sexta-feira, 21 de março de 2014

O RIO E O MAR - Ilustração

Uma pequena vertente de água nasceu no alto da montanha. Foi descendo pela encosta e, aos poucos  aumentando de volume. Foi abrindo passagem por entre pedras e árvores. As suas margens assinalavam a festa da vida: arbustos, flores, borboletas, pequenos animais e muitos pássaros. De vez em quando, uma pequena queda; depois, um remanso maior. Conheceu outras correntes de água e seguiam juntas. Suas águas semeavam progresso e felicidade. Nelas, os peixes se multiplicavam. Ao longo do rio cresciam lavouras, crianças brincavam e em muitos corações nascia o amor. Era a festa da vida. O rio era muito feliz.
Depois de centenas de quilômetros, o rio foi despertado para uma realidade inquietante: o caminho seguia inexoravelmente em direção ao mar. Chegaria o dia em que iria adentrar nele e desaparecer para sempre. E o rio teve medo. Pensou num meio de fugir dessa realidade  mas era impossível. Os rios não param e, muito menos, voltam atrás. Ao fazer uma grande curva, avistou as ondas possantes do mar. Fez uma última descida. Era o fim. Entrou no mar.
Descobriu, então, a grande verdade: entrar no mar não é desaparecer, mas fazer parte dele. E o que parecia ser o fim era o começo de uma vida nova e definitiva. Era a comunhão de todos os rios. Era o fim lógico de sua jor­nada. Era seu destino; desapareceu o rio e nasceu o mar.
Assim é a vida. O início é frágil. Depois vem o riso, a festa, o amor. A caminhada prossegue. De vez em quando  uma queda, um momento de estagnação; depois, o recomeçar a uma velocidade cada vez maior. E numa curva do caminho situa-se o fim. Começa o mar sem fim da eternidade.
Diante de determinados fatos, muitas pessoas se questionam: existe o destino? Sim, existe. Todos somos destinados à felicidade, todos somos destinados pelo Pai a uma vida feliz e definitiva com ele. O rio não pode fugir do seu destino. Pode perder parte das águas em areias desérticas ou em pantanais, mas um dia suas águas chegarão ao mar.
A criatura humana, obra-prima de Deus, é dotada de liberdade. É ela que escolhe seu destino. É ela que escolhe ser feliz ou não. Na realidade, cada um escolhe o seu destino  Aquele que vive com Deus na terra, terá uma eternidade feliz com ele. E esse viver com Deus supõe a comunhão fraterna. Mas aquele que escolhe uma vida egoísta, sem Deus, sem os irmãos, está escolhendo a eterna solidão.

Você acredita no destino? Qual o nosso destino?
“A criatura humana, obra-prima de Deus, é dotada de liberdade." 
Essa afirmação, o que fala a você?

Nenhum comentário: