sexta-feira, 9 de agosto de 2013

NÃO CONSTRUA SUA CASA NA AREIA

A casa dos perversos será destruída, mas a tenda dos retos florescerá (Pv 14.11).
Uma casa pode ser muito bonita e atraente, mas, se não for construída sobre um sólido fundamento, acabará destruída quando a tempestade chegar. E como construir uma casa sobre a areia. Quando a chuva cai, o vento sopra e os rios batem nos alicerces, a casa vai ao chão. É assim que acontece com a casa do perverso. A vida daqueles que não conhecem a Deus carece de fundamento. A Bíblia diz que, se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham aqueles que a edificam. Construir uma família sem a presença de Deus é construir para o desastre. Dinheiro e sucesso não podem manter uma família firme diante das tempestades da vida. A maior necessidade da família não é de coisas, mas de Deus. É por isso que a tenda dos retos florescerá. Não porque sua casa está fora do alcance da tempestade, mas porque, embora a chuva caia no telhado, os ventos soprem contra a parede e os rios açoitem os alicerces, a casa permanece de pé, uma vez que não foi construída sobre a areia, mas sobre a rocha. Essa tenda floresce porque Deus ali habita. Floresce porque a bênção de Deus está sobre ela. Floresce porque aqueles que habitam nessa tenda são como árvores plantadas junto às correntes das águas, que jamais murcham e jamais deixam de produzir o seu fruto.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de Deus?


Pergunta: "É a Bíblia verdadeiramente a Palavra de Deus?"

Resposta: Nossa resposta a esta pergunta não irá apenas determinar como vemos a Bíblia e sua importância para nossas vidas, mas também, ao final, provocar em nós um impacto eterno. Se a Bíblia é de fato a palavra de Deus, devemos então estimá-la, estudá-la, obedecer-lhe e nela confiar. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, dispensá-la, então, é dispensar o próprio Deus.

O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidência e exemplo de Seu amor por nós. O termo “revelação” significa simplesmente que Deus comunicou à humanidade como Ele é e como nós podemos ter um correto relacionamento com Ele. São coisas que não poderíamos saber se Deus, na Bíblia, não as tivesse revelado divinamente a nós. Embora a revelação de Deus sobre Si mesmo tenha sido dada progressivamente, ao longo de aproximadamente 1500 anos, ela sempre conteve tudo que o homem precisava saber sobre Deus para com Ele ter um bom relacionamento. Se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, é portanto a autoridade final sobre todas as questões de fé, prática religiosa e moral.

A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: como podemos saber que a Bíblia é a Palavra de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único sobre a Bíblia que a separa de todos os outros livros religiosos já escritos? Existe alguma evidência de que a Bíblia é realmente a Palavra de Deus? Estes são os tipos de perguntas que merecem análise se formos seriamente examinar a afirmação bíblica de que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática.

Não pode haver dúvida sobre o fato de que a própria Bíblia afirma ser a verdadeira Palavra de Deus. Tal pode ser claramente observado em versículos como 2 Timóteo 3:15-17, que diz: “... desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

A fim de responder a estas perguntas, devemos observar tanto as evidências internas quanto as evidências externas de que a Bíblia é mesmo a Palavra de Deus. Evidências internas são aquelas coisas do interior da Bíblia que testificam sua origem divina. Uma das primeiras evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a sua unidade. Apesar de, na verdade, ser composta de sessenta e seis livros individuais, escritos em três continentes, em três diferentes línguas, durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 40 autores (que tinham profissões diferentes), a Bíblia permanece como um livro unificado desde o início até o fim, sem contradições. Esta unidade é singular em comparação a todos os outros livros e é evidência da origem divina das palavras, enquanto Deus moveu homens de tal forma que registraram as Suas palavras.

Outra evidência interna que indica que a Bíblia é a Palavra de Deus é observada nas profecias detalhadas contidas em suas páginas. A Bíblia contém centenas de detalhadas profecias relacionadas ao futuro de nações individuais, incluindo Israel, ao futuro de certas cidades, ao futuro da humanidade, e à vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de Israel, mas de todos que Nele cressem. Ao contrário de profecias encontradas em outros livros religiosos, ou das profecias feitas por Nostradamus, as profecias bíblicas são extremamente detalhadas e nunca falharam em se tornar realidade. Há mais de trezentas profecias relacionadas a Jesus Cristo apenas no Antigo Testamento. Não apenas foi predito onde Ele nasceria e de qual família viria, mas também como Ele morreria e que ressuscitaria ao terceiro dia. Simplesmente não há maneira lógica de explicar as profecias cumpridas da Bíblia a não ser por origem divina. Não existe outro livro religioso com a extensão ou o tipo de previsão das profecias que a Bíblia contém.

Uma terceira evidência interna da origem divina da Bíblia é notada na sua autoridade e poder únicos. Enquanto esta evidência é mais subjetiva do que as duas evidências anteriores, ela não é nada menos do que testemunho poderoso da origem divina da Bíblia. A Bíblia tem autoridade única, que não se parece com a de qualquer outro livro já escrito. Esta autoridade e poder podem ser vistos com mais clareza pela forma como inúmeras vidas já foram transformadas pela leitura da Bíblia. Curou viciados em drogas, libertou homossexuais, transformou a vida de pessoas sem rumo, modificou criminosos de coração duro, repreende pecadores, e sua leitura transforma o ódio em amor. A Bíblia possui um poder dinâmico e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de Deus.

Além das evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus, existem também evidências externas que indicam isto. Uma destas evidências é o caráter histórico da Bíblia. Como a Bíblia relata eventos históricos, a sua veracidade e precisão estão sujeitas à verificação, como qualquer outro documento histórico. Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros documentos escritos, os relatos históricos da Bíblia foram várias vezes comprovados como verdadeiros e precisos. Na verdade, todas as evidências arqueológicas e encontradas em manuscritos que validam a Bíblia a tornam o melhor livro documentado do mundo antigo. O fato de que a Bíblia registra precisa e verdadeiramente eventos historicamente verificáveis é uma grande indicação da sua veracidade ao lidar com assuntos religiosos e doutrinas, ajudando a substanciar sua afirmação em ser a Palavra Deus.

Outra evidência externa de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a integridade de seus autores humanos. Como mencionado anteriormente, Deus usou homens vindos de diversas profissões e ofícios para registrar as Suas palavras para nós. Estudando as vidas destes homens, não há boa razão para acreditar que não tenham sido homens honestos e sinceros. Examinando suas vidas e o fato de que estavam dispostos a morrer (quase sempre mortes terríveis) pelo que acreditavam, logo se torna claro que estes homens comuns, porém honestos, realmente criam que Deus com eles havia falado. Os homens que escreveram o Novo Testamento e centenas de outros crentes (1 Coríntios 15:6) sabiam a verdade da sua mensagem porque haviam visto e passado tempo com Jesus Cristo depois que Ele ressuscitou dentre os mortos. A transformação ao ter visto o Cristo Ressuscitado causou tremendo impacto nestes homens. Eles passaram do “esconder-se com medo” ao estado de “disposição a morrer pela mensagem que Deus lhes havia revelado”. Suas vidas e mortes testificam o fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.

Uma última evidência externa de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus é seu “caráter indestrutível”. Por causa de sua importância e de sua afirmação em ser a Palavra de Deus, a Bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que qualquer outro livro na história. Dos primeiros imperadores romanos como Diocleciano, passando por ditadores comunistas e até chegar aos ateus e agnósticos modernos, a Bíblia resistiu e permaneceu a todos os seus ataques e continua sendo o livro mais publicado no mundo hoje.

Através dos tempos, céticos tiveram a Bíblia como mitológica, mas a arqueologia a estabeleceu como histórica. Seus oponentes atacaram seus ensinamentos como sendo primitivos e desatualizados, porém estes, somados a seus conceitos morais e legais, tiveram uma influência positiva em sociedades e culturas do mundo todo. Ela continua a ser atacada pela ciência, psicologia e por movimentos políticos, mas mesmo assim permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita. Ela é um livro que transformou inúmeras vidas e culturas através dos últimos 2000 anos. Não importa o quanto seus oponentes tentem atacá-la, destruí-la ou fazer com que perca sua reputação, a Bíblia permanece tão forte, verdadeira e relevante após os ataques quanto antes. A precisão com que foi preservada, apesar de todas as tentativas de corrompê-la, atacá-la ou destruí-la é o testemunho claro do fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus. Não deveria ser surpresa para nós que, não importa o quanto seja atacada, ela sempre volta igual e ilesa. Afinal, Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31). Após observar as evidências, qualquer um pode dizer sem dúvida nenhuma que “Sim, a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.”

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

QUEM ZOMBA DO PECADO É LOUCO

Os loucos Zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade (Pv 14.9).

O pecado é um embuste. É uma isca apetitosa, mas esconde a fisga da morte. Promete o maior dos prazeres e paga com a maior das desventuras. E o maior de todos os males. E pior do que a pobreza, a solidão, a doença e a própria morte. Todos esses males, embora tão graves, não podem afastar uma pessoa de Deus, mas o pecado nos afasta de Deus agora e por toda a eternidade. O pecado é maligníssimo. Seu salário é a morte. Por isso, só uma pessoa louca zomba do pecado. Só os tolos pecam e não se importam. Só os insensatos zombam da ideia de reparar o pecado cometido. Entre os retos, porém, há coração quebrantado, arrependimento e boa vontade. Os retos são aqueles que reconhecem, confessam e abandonam seus pecados. Sentem tristeza pelo pecado, e não apenas pelas consequências. Os retos são aqueles que encontram o favor de Deus, recebem seu perdão e ficam livres da culpa. Os retos abominam as coisas que Deus abomina, afastam-se daquilo que Deus repudia e buscam o que Deus ama. Os retos fogem do pecado para Deus, enquanto os tolos fogem de Deus para o pecado.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

FAZEI DISCÍPULOS 15 – INICIE UMA CLASSE DE DISCIPULADO

TEXTO BÁSICO: De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram, jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, Testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. (Atos 20.17-24).
OBJETIVO PROPOSTO: Conhecer a importância do discipulado para multiplicar a igreja.
INTRODUÇÃO: Fazer discípulos é a ordem que recebemos do nosso Senhor Jesus. Antes de se fazer assunto aos céus, Jesus deu uma ordem muito clara: fazer discípulos!
Hoje em dia, vivemos em épocas em que essa ordem de Jesus se tornou muito confusa porque muitos de nós não sabemos o que realmente ela significa, mas, os discípulos, quando a receberam, sabiam muito bem o que Jesus estava querendo dizer, porque eles experimentaram um verdadeiro discipulado. Um discipulado eficaz.
Jesus sabia que o discipulado não era um mero encontro semanal, era um encontro de vida, era um relacionamento. Jesus sabia que não adiantaria explicar, não adiantaria dar uma aula.
O discipulado eficaz envolve transmissão de vida, relacionamento, cobertura pessoal, acompanhamento constante, choro, clamor, envolvimento pessoal... No discipulado eficaz não há espaço para professores e alunos.
Há espaço para pais e filhos. É importante que aquele que discipula saiba exatamente onde o discípulo está e onde deve chegar. Aquele que discipula deve saber, com precisão, qual a diferença entre o discípulo que ele cuida e a vida de Jesus. O discipulado eficaz é aquele que busca diminuir essa diferença. O que Jesus queria dizer quando mandou fazer discípulos?
EXPOSIÇÃO
O que é discipulado?
Lembre-se da comissão missionária de Jesus: Ide e fazei discípulos! Jesus explicou o que ele queria dizer quando adicionou as instruções, (1) batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; e (2) ensinado-os a guardar tudo que vos tenho ordenado (Mt 28.19-20).
Os discípulos de Jesus sabem quem é o verdadeiro Deus e como ele salva aqueles que acreditam nele, por meio de Jesus. Os discípulos ouvem a Palavra de Deus e a seguem. "Fazer" discípulos significa informar às pessoas sobre Deus e sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus.
O discipulado significa adorar a Deus, louvá-lo, obedecer seus mandamentos, estudar a Bíblia, servir às necessidades dos outros, ser parte da comunhão da igreja e contar aos não-cristãos sobre a salvação por meio de Cristo.
O discipulado significa colocar de lado o "velho homem que se corrompe segundo as concupiscências do engano" e, pelo poder do Espírito Santo, revestir-se do "novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.22-24).
Quem convidar para uma classe de discipulado
Convide aqueles que atendem ao estudo bíblico, que mostram interesse em aprender mais sobre os ensinamentos bíblicos e que desejam ser batizados.
Quando e onde se encontrar
Ensine a classe num horário que seja conveniente para aqueles que mais desejam atendê-la. Pode ser necessário ter mais muito ocupada. Dê a aula num lugar onde vocês não sejam interrompidos ou perturbados.
Quem deve ensinar?
Via de regra, a pessoa que ensina a Bíblia é a mesma que lidera o discipulado, mas outra pessoa poderá assumir tal posição. O importante é que seja alguém bem preparado, uma pessoa de oração e que estuda a Bíblia. Deve se lembrar de que os ensinamentos da Palavra de Deus têm consequências eternas para as vidas das pessoas que os ouvem. A Bíblia diz, "a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10.17).
O que estudar?
O que significa ser um discípulo de Cristo faz? Estude o que a Bíblia ensina e livros com as doutrinas básicas da Bíblia que você pode usar em aula.
Quanto tempo a classe deve durar?
Estimule todos na classe a continuarem até que tenham estudado as doutrinas principais acerca de Deus, da salvação e da vida cristã. Dessa Classe deve sair alguns para ser batizados e se tornar membros da igreja.
Novas classes podem ser oferecidas, depois disso, àqueles que desejam aprender a Palavra de Deus e seguir a Jesus.
Quem deve se tornar membro da igreja?
1. Todos que professarem a fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor serão batizados no nome do Trino Deus.
2. Todos que concordarem com as doutrinas básicas da Bíblia acerca de Deus, da salvação e da vida cristã, nas quais a igreja foi estabelecida.
3. É maravilhoso ver como Deus trabalha de uma geração a outra. O que Deus prometeu a Abraão, o pai de todos os fiéis (Rm 4.11), permanece verdadeiro.
“Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência” (Gn 17.7).
3o PASSO – PROVER PARA A VIDA E O CRESCMENTO DA IGREJA
Não basta reunir novos fiéis e organizar igrejas. Cristo quer que elas cresçam na fé, no amor e serviço, tanto quanto em número. Os líderes devem dar atenção especial para o seguinte:
1. Adoração
APLICAÇÃO
1. Por conhecer o verdadeiro Deus, os crentes têm a ordem direta para fazer discípulos;
2. A multiplicação da igreja depende do esforço de cada membros em cumpris a ordem de Mt 28:19-20;
3. Você só saberá se é capaz de fazer discípulos quando começar uma classe ou estudo.
CONCLUSÃO
A igreja ativa na evangelização contínua, ganha novas pessoas para Cristo.
Os membros começam novos estudos bíblicos e repetem o processo de iniciar novas congregações.
Os membros da igreja brilham como luzeiros do reino de Deus. Eles dão glória a Deus ao se oporem ao mal e promoverem o que é bom. Defendem a verdade e promovem a justiça, mesmo que isso custe sacrifício ou perseguição.
ORAÇÃO
Deus, eu te agradeço por me fazer discípulo de Cristo. Ajuda-me a compartilhar tua Palavra com os não-crentes. Dai-me sabedoria do Espírito para que eu consiga ajudar a outros se tornarem discípulo de Cristo. Sozinho(a) não conseguirei. Oro em nome de Jesus. Amém.


Estudo aplicado na EBD no dia 07/07/2013 – Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu pelo Rev. José Francisco do Nascimento.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CONHECE-TE A TI MESMO

A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora (Pv 14.8).
O grande reformador João Calvino afirma na edição das Institutas da religião cristã que só podemos conhecer a Deus porque ele se revelou a nós. Isso está ima de questionamento. Também é uma verdade incontroversa que só podemos conhecer a nós mesmos pelas lentes da sabedoria. O pecado tornou-nos seres ambíguos, contraditórios e paradoxais. Somos seres em conflito. Em conflito com Deus, com o próximo, conosco mesmos e com a natureza. Há uma esquizofrenia instalada em nosso peito. O bem que queremos fazer, não o fazemos, mas o mal que não queremos, esse praticamos. O prudente é, portanto, aquele que busca entender o seu próprio caminho à luz da Palavra de Deus, pela iluminação do Espírito Santo. O tolo, com sua estultícia, além de viver enganado acerca de sua identidade e seu destino, ainda faz da vida uma corrida inglória com o propósito de enganar os outros. O tolo não sabe o que faz. Sua vida é uma miragem. Seus conselhos são perversos. Seus lábios são cheios de engano. Seu caminho desemboca na ruína. Precisamos orar como o salmista: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos (Sl 139.23).

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O CULTO DOMÉSTICO

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” - Romanos 12.1.
Antes de tudo o mais, o crente precisa entender o significado da palavra culto e a sua relevância. Paulo, dirigindo-se à igreja, apelou aos crentes para que se reunissem em culto racional (grego: logikên latreian), isto é, não se deixassem escravizar pela força do hábito e transformassem o local e momento de ajuntamento em mero ponto de encontro de pessoas, onde a liturgia de culto fosse a tônica principal, as apresentações religiosas ocorressem sem devoção verdadeira das almas.
Adorando ao Senhor em
Quando Jesus instruiu acerca da oração, ensinou como e qual o local ideal para orar. A sugestão de oração é a fórmula Pai Nosso. O lugar mais apropriado para expressá-la é à sós, na intimidade do aposento em nosso lar (Mateus 6.5-13). Assim, Cristo demonstra que Deus é companheiro em todos os momentos da vida do ser humano, está conosco no seio familiar e pronto para ouvir a cada um que, particularmente, se prostra em adoração sincera.
O culto que agrada a Deus é realizado por quem usa seu raciocínio lógico. Sabe qual é o motivo de louvar e a quem louva. O culto doméstico é um culto realizado por uma família, dentro do lar, reunidos os membros e outras pessoas que desejam dele participar, momento em que é lida e explicada a Palavra de Deus e cânticos são entoados, orações são feitas.
Os mais importantes conceitos da vida são formados na intimidade familiar. Nenhum cristão deve cultuar a Deus apenas no horário de reuniões na igreja. É um enorme desperdício não usar o tempo vivido na residência para adorar ao Senhor, pois se assim fazemos ampliamos a comunhão com Ele e é solidificada a comunhão familiar e cristã.
As Escrituras Sagradas indicam que é mister os pais ensinarem seus filhos a guardarem os preceitos divinos. Na agitação da vida moderna, os filhos passam muito tempo fora de casa, ficam entregues às influências da cultura deste mundo e pouco tempo na companhia de seus pais. Convém, portanto, reservar espaço de tempo em que estão em casa tendo em vista a estruturação da fé das crianças. Os momentos de culto doméstico são períodos para transmitir a fé (Deuteronômio 4.9; Provérbios 22.9; Efésios 6.4).
"E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te" - Deuteronômio 6.6-7. "Assentando em sua casa": posição de descanso. "Andando pelo caminho": vivência da família em tarefas fora do lar. "Deitando-se": hora de dormir. "Levantando-se": ao acordar. Note que o culto familiar não se resume em alguns instantes do dia, a adoração ao Senhor deve ser incorporada ao cotidiano.
É salutar introduzir na rotina da casa o hábito da prática do culto doméstico. Não deve existir nada melhor do que examinar a Palavra de Deus junto com entes queridos. No ambiente familiar há aconchego diário, é o lugar em que coletivamente marido e esposa, pai e mãe, filhos e irmãos, possuem mais oportunidades de dedicarem momentos para ler e explanar conteúdo bíblico, entoar hinos e orar.
Se isso ocorre, é desenvolvido no coração das crianças o princípio da adoração a Deus, desperta nelas a vocação cristã, além de sedimentar em seus corações princípios morais. Tal experiência produz estabilidade espiritual, é fator de muita alegria e paz. Laços familiares que outrora eram de desavenças e desunião se fortalecem em afeição, amizade e harmonia. O exercício da santificação se instala entre todos. Surgem motivos para testemunhar a ação benéfica de Deus no âmbito familiar, os membros da família tornam-se participantes de bênçãos cuja origem são os momentos de cultos domésticos.
Enfim, o culto doméstico traz muitos benefícios aos servos de Deus, à igreja e à sociedade.

Por Eliseu Antonio Gomes