TEXTO
BÁSICO: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o
que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos
pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós.
Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira,
vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora,
à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se
permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que
quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito
fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos
amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis
no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no
seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em
vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: que vos ameis uns
aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a
própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu
vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu
senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos
tenho dado a conhecer. (João
15.1-16).
OBBJETIVO
PROPOSTO: compreender que deus
exige produtividade espiritual dos seus discípulos.
INTRODUÇÃO: Na vida espiritual Deus cobra produtividade do seu
povo. Em Gênesis capítulo 1, ao criar todas as coisas, Deus não somente
produziu, mas exigiu produtividade: "Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei
a terra e sujeitai-a..." (Gn 1.27-28). Abençoado por Deus, o homem
deve produzir e administrar a produção. Portanto, ser criativo e produtivo é
uma maneira de refletir a imagem e a semelhança de Deus em nós.
Neste estudo refletiremos em João 15, que revela a
cobrança que Jesus nos faz acerca da nossa produtividade espiritual. Fruto é o
que Jesus espera:
EXPOSIÇÃO
DA LIÇÃO
1.
A FIGURA DA VIDEIRA - “... Eu sou a videira verdadeira afirma Jesus”
(Jo 15.1). O simbolismo da videira acha a sua explicação no Antigo Testamento.
O povo de Israel é uma videira que foi trazida do Egito por Deus (Sl 80.8; Is
5.7; Jr 2.21).
No Novo Testamento, Jesus através da parábola dos
lavradores maus (Mt 21.33-46; Mc 12.1-12; Lc 20.9-19) reformula o sentido
simbólico da videira como a nação de Israel.
Os arrendatários da vinha (a nação de Israel) mataram
os servos (os profetas até João) enviados pelo dono (Deus) para receber seus
frutos. Ao matarem o herdeiro (Jesus), os arrendatários pensavam que a vinha
seria deles. O dono porém, executou estes maus lavradores e colocou outros no
lugar deles (Mt 21.43).
Enquanto no Antigo Testamento Israel era a videira
ou a vinha, a videira agora é concentrada na pessoa do próprio Jesus. Ele é a
videira verdadeira.
No Antigo Testamento a videira é sempre vista no seu
aspecto de degeneração (Ez 15; Os 10.1). Porém, Jesus como a videira verdadeira
é um organismo vivo que transmite vida a outros organismos.
Os discípulos são os ramos. Assim como os ramos de
uma videira se acham ligados ao tronco principal, assim também cada crente se
acha ligado a Cristo, recebendo dEle a vida. Deus Pai é o agricultor, ou seja,
aquele que planta, cuida e faz crescer. Lavoura de Deus sois vós (1 Co
3.9). "O agricultor não somente é aquele que ara a terra, mas também é
aquele que planta e cuida da videira. Aquele que originou as relações existentes
entre a videira e os ramos, ao plantar a Videira verdadeira nesta terra é quem
cuida dela e garante que a mesma produzirá frutos" (Alford).
2.
A PRODUTIVIDADE DOS RAMOS
"Todo ramo que, estando em mim, não der fruto,
ele o corta..." (Jo 15.2). Aqui Jesus estabelece o princípio da
produtividade espiritual. A pessoa que "está em Cristo" deve refletir
essa união através da frutificação espiritual.
2.1.
Quanto ao Ramo
A sua existência baseia-se na escolha divina.
"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a
vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça..." (Jo 15.16).
Fomos
eleitos e chamados: para a alegria
(15.11); para o amor (15.12); para sermos amigos de Jesus (15.13- 15); para
sermos embaixadores de Deus no mundo (15.16); para sermos membros privilegiados
da família de Deus (15.16) [W. Barclay].
O nosso dever é produzir. A improdutividade
resultará em corte: "Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o
corta..." (Jo 15.2). Há motivação para aquele que produz: "...e todo
o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda!'.
O ramo para produzir necessita "permanecer em
Cristo". Sem Cristo, o ramo secará e servirá apenas para o fogo: Se alguém
não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o
apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15.6). A madeira da videira não serve
para nada, senão como lenha (Ez 15.1-8).
O ramo para frutificar precisa da seiva. O cristão
recebe a seiva para frutificar através da vida de oração e estudo da Palavra de
Deus. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes, e vos será feito (15.7). Ler: Cl 3.16 e Ef 6.18-19.
2.2.
Quanto ao Fruto
O segredo ou a condição para a frutificação
espiritual é "estar" e "permanecer" em Cristo. Nos
versículos de 4-6, Jesus repete a palavra "permanecer" por sete
vezes. Para a Teologia essa experiência é chamada de "União Mística com Cristo". O ramo, quando considerado
separadamente, à parte da videira, não possui qualquer fonte original de vida.
A seiva flui da videira para o ramo, daí para os raminhos, e então para as
folhas e os frutos. Por si mesmo, o ramo é um órgão destituído de vida, que só
cumpre as suas funções quando está vinculado à videira. Ler: Cl 1.23; 2.19; Ef 5.30; Jo 6.57.
A
essência do fruto espiritual é a obediência aos mandamentos de Deus.
a) Obedecer a Deus é uma prova de amor (Jo 15.10; Jo
14.21).
b) Obedecer a Deus é uma prova de amizade (Jo 15.14).
c) A natureza do fruto é espiritual: “... amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio..." (Gl 5.22-23). Sendo assim, a sua origem é sobrenatural
(do Espírito) e o seu desenvolvimento é gradual.
APLICAÇÃO
1. Quando Deus é glorificado? através dos frutos espirituais,
"...fruto..." (v.2), "...mais fruto ainda..." (v.2),
"...muito fruto..." (vv.5 e 8).
2. Tudo tem um só objetivo: a glorificação do Pai, porquanto foi Ele quem
planejou que os homens fossem frutíferos. "Nisto é glorificado meu Pai, em
que deis muito fruto..." (v.8).
3. Você está disposto a ser um discípulo produtivo?
CONCLUSÃO:
A vida de um discípulo deve ser marcada pela
produtividade e frutificação espiritual decorrente do fato dele ter sido
escolhido por Deus para essa tarefa (Jo 15.16). A produtividade espiritual é
permanente ou eterna, "...vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça..." (Jo 15.16). Fruto permanente
indica que o trabalho realizado pelo cristão neste mundo tem consequências
eternas tanto para quem o realiza como para quem o recebe. “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes
na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1
Co 15.58).
Estudo Aplicado na EBD no dia 12/05/2013,
Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn
Pr. José Francisco do Nascimento