sexta-feira, 18 de julho de 2008


A Lei da Homofobia
(Rubem Amorese - ULTIMATO Jan/Fev 2008)
“Dentro do cine Gay Astor, você encontra na parte de baixo filmes hetero, na de cima, os de temática gay. Dentro do dark room e no banheiro, além das famosas pegações, ocorre também sexo de dupla e grupal. Por apenas cinco reais, a diversão vai até as dez da noite. Não esqueça de levar camisinha e gel.” Léo Mendes

O convite acima foi publicado num domingo, na “Coluna do Meio” do jornal goiano Diário da Manhã, voltada para o público gay. Léo Mendes é o jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho, presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneros de Goiás e membro titular da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde.1 Enquanto o PL 1.151/1995, da então deputada Marta Suplicy (PT-SP), que disciplina a união civil entre pessoas do mesmo sexo, permanece à espera de um descuido dos contrários à sua aprovação, prospera, em paralelo, a chamada “Lei da Homofobia” (PL 5.003/2001), que, aprovada em plenário, seguiu para o Senado. A última ação sofrida pela “Lei do Casamento Gay” foi o requerimento do deputado Celso Russomanno (PP-SP) que solicitava sua inclusão na ordem do dia, em 14 de agosto de 2007. Ainda não foi dessa vez. A leitura do convite acima gera inquietação sobre as reais intenções dos gays ao proporem a “Lei da Homofobia” (PLC nº 122/2006, no Senado). O projeto, de autoria da deputada Iara Bernardi (PT-SP), altera a Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao § 3º do art. 140 do Decreto-Lei 2.848/1940 (Código Penal), e ao art. 5º do Decreto-Lei 5.452/1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT), e dá outras providências. Sua relatora é a senadora Fátima Cleide (PT-RO). A modificação pretendida à citada Lei 7.716/89 (chamada “Lei do Racismo”) é simples: equiparar a condição homossexual àquela de raça e cor. Advogam que ser homossexual é como ser branco, negro, judeu ou mesmo idoso; um fato não-moral (por não haver escolha envolvida; não existiria a opção de não ser gay). Alguns chegam a afirmar a existência do gene da homossexualidade. Pretendem, com isso, que qualquer crítica a um homossexual seja vista como violência homofóbica, crime semelhante ao racismo. Outros afirmam que eles desejam instaurar o delito de opinião. Pretende-se modificar, também, a CLT, tipificando a discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. No caso, as penas são duríssimas. No dia 24 de outubro de 2007, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) acolheu questão de ordem do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), para o adiamento da matéria. Os defensores desse Projeto de Lei afirmam que ele não atingirá as entidades religiosas. Dizem que a Constituição Federal garante a liberdade de crença, credo e culto. Entretanto, a Carta Magna fala em proteção “na forma da lei”. Com efeito, alguns tribunais brasileiros já baseiam as suas decisões no “princípio da dignidade e igualdade humanas”. Lembro um caso conhecido: em novembro de 2006, o jornal O Tropeiro, da cidade de Rancho Queimado, SC, publicou uma matéria em que promovia o homossexualismo. O pastor luterano Ademir Kreutzfeld, preocupado com seus fiéis, ligou para os comerciantes locais questionando seu patrocínio para aquele tipo de reportagem, e estes cortaram as verbas. O responsável pelo jornal, um ativista gay, deu queixa contra o pastor numa delegacia, alegando “homofobia”; o delegado, aceitando a queixa, intimou o pastor a se explicar. O reverendo Ademir está sendo processado por homofobia, antes da aprovação da lei. Por outro lado, conta-se que, durante a visita do papa ao Brasil, o líder gay Luiz Mott queimou, acintosamente, na porta da Catedral da Sé, em Salvador, fotos de Bento XVI.

Que punição esse ato de violência simbólica lhe valeu? Nenhuma. Um último registro: toda vez que o PLC 122/2006 entra na pauta da CDH, as caixas postais dos senadores são abarrotadas de e-mails de protesto. A ponto de tirar do ar, por mais de 24 horas, o site do Senado.

Notas 1. José Maria e Silva, “A ditadura da depravação”. Jornal Opção, edição on-line, 17-23 jun. 2007. (www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Reportagens&idjornal=242&idrep=2312) 2. Adaptado de José Maria e Silva, op. cit.
O vírus da violência
(Artigo de Pratileira de ULTIMATO)
Todos os dias surge algum incidente que toma o lugar do que até ontem nos aterrorizava e nos fazia a seguinte pergunta: Como o ser humano é capaz disso?Assistimos, passivos muitas vezes, e vivenciamos tudo o que de pior o homem é capaz de cometer por dinheiro, ira, fama ou qualquer outro motivo. Policiais entregando bandidos a outros bandidos, balas perdidas atingindo inocentes, pais matando filhos (e vice-versa), assaltos a hospitais, seqüestros, agressões racistas e muito outros casos horrendos estão aí para quem quiser ver e saber. Todo cuidado é pouco em nossos dias!A violência tem se espalhado rapidamente como um vírus mortal.
“O que é a violência, senão a expressão do fracasso? O que é o amor — e a paciência —, senão a tradução da vitória? Quando as ruas, as nações, as casas, os casamentos e a família expressam violência, estão apenas confessando sua ira ou inaceitação contra o próprio fracasso ou o medo de fracassar. Posto que o homem que é vitorioso no coração, auto-suficiente em Deus não tem necessidade de manifestar violência. Ou seja: não tem de violar nada, pular cercas, avançar, esmurrar física ou verbalmente, deitar ao chão, humilhar ou acusar mentirosa e iradamente ninguém. Será que é comum alguém feliz consigo mesmo e com Deus bradar de ira, agredir pessoas com qualquer tipo de violência? Se acaso essa pessoa chega a perder o controle e as estribeiras é que ela subitamente largou a mão de Deus. A reação colérica, o familiar faniquito — ou sempre ou vez ou outra — frente a coisas que molestam, humilham, agridem o bem-estar fisiológico ou emocional de uma pessoa revelam apenas um grande vazio de Deus. É como um arroio que vai fluindo, até que algo lhe interrompe o fluxo: ele salta como que em cascata sobre a coisa que lhe criou empecilho no caminho.Se a pessoa que se encontra frente a algum obstáculo que a surpreende e assusta é dotada daquela força e dignidade inicialmente transmitida pelos pais e a família, e reabastecida em Deus, ela vai resistir a esse obstáculo sem liberar seu descontentamento em gritos, xingamentos, imprecações e agressões. Tudo isso provoca tumulto e medo, mas ainda que o insulto tenha alguma base, se a pessoa tem meios seguros, como o perdão de Deus, então o temor desaparece, e a paz invade o coração da pessoa agredida.É a ânsia de domínio, de afirmação, de ter mais e mais, de se expandir sobre o outro, de ultrapassá-lo e até mesmo derrubá-lo, de sempre impor a própria vontade o principal ingrediente da ira ou da cólera provocativas da violência. A pessoa não se contenta com o que é ou o que tem — ou o que não tem — e, inundada dessa carência, da impotência em ultrapassar aquele que inveja, zumbe em gritos de cólera. O mundo está extremamente carente de tudo — alimento, remédio, atendimento hospitalar e médico, educação, emprego, dinheiro, mas principalmente de exemplo saudável e de amor. Se o que se gasta com projetos espaciais e com a confecção de bombas termo-nucleares fosse aplicado com o mesmo rigor e interesse no combate à pobreza, à fome e ao desemprego no Terceiro Mundo a humanidade estaria evoluindo como um todo harmonioso e criativo. Infelizmente todos esses problemas têm como fundamento a mais absoluta ausência de Deus entre os valores considerados pelo homem. Porque os pais nunca se lembram de Deus, eles não educam os filhos no temor do Senhor. Não têm conversa, diálogo, olhar carinhoso, ouvido para ouvir queixas e viagens emocionais, tempo para gastar com quem de repente se sente só e quer ser ouvido... Pois se alguém se nega a ouvir — ainda que seja um emaranhado de elucubrações — pode estar cometendo uma tremenda violência! O lar pode portanto se transformar numa prisão turbulenta ou num frio jazigo de almas solitárias e carentes — futuros violentos. A alma dessas crianças, adolescentes e jovens — a caminho da adultice — vai se locupletando de sentimentos daninhos, para si próprios e para a sociedade. E são esses sentimentos perversos que vão para as ruas, invadem praças e cidades e favelas, onde vomitam seu veneno em forma de violência. A violência nasce em pseudo-lares e floresce em pseudo-casamentos e nas ruas. É um contínuo vaivém de lágrimas e sangue. Tudo porque naquele berço inicial o rosto de Deus não se fazia ver. Tudo porque aquele governo e aquelas autoridades eram corruptas, sem o menor temor de Deus.É preciso lutar contra a violência, exercitando o amor e a paz de Deus, que fogem a todo entendimento. Pois somente Ele pode transmitir sentimentos de perdão e misericórdia aos seres humanos, tão escravos de seus humores, sua ambição, insatisfação e orgulho. É Ele, somente Ele, mediante Jesus Cristo, que deita água fria sobre a água escaldante; que faz da água vinho novo para que a cada dia a vida num lar, num país ou numa cidade valha a pena, e não se queira desistir."•

Fernanda Brandão Lobato, assistente editorial da Revista ULTIMATO.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Olá gente,
Estou colocando estas charges engraçadas, mas na verdade, quero que vocês reflitam na atual situação dos políticos brasileiros. Ninguém acredita em político honesto, embora saibamos que existe alguns (poucos). Porém, não é correto eleger quem nunca mostrou para que foi eleito. Neste ano de eleções, vamos permitir que se repita a mesma coisa dos anteriores??? Tá na hora de dar um basta nessa desconfiança e colocar alguém menos comprometido consigo mesmo, mas que seja comprometido com as nessecidades da coletividade. Vote consciênte. Vote confiante de que, após as eleições você não será tido(a) por besta. Seja exigente. Investigue seu candidato a partir de agora. Veja se ele não está envolvido em fraudes ou corrupção. Você correrá menos riscos de se sentir um(a) besta.

segunda-feira, 14 de julho de 2008



O MISTÉRIO CONTINUA – (parte 2)

O MILAGRE DA PATERNIDADE E DA MATERNIDADE
(Gene Edward Veith, Jr.).
O poder criador estabelecido em Gênesis – a capacidade de criar uma nova vida – se manifestam nos seres humanos que se ajuntam e o nascimento de uma criança é um verdadeiro milagre. Isso acontece com tanta freqüência que as pessoas tendem a esquecer que é algo surpreendente e é um milagre – exceto, geralmente, quando acontece com elas.
Quando um casal tem um filho, o milagre da natureza que acontece é palpável. Embora a mãe e o pai tenham concebido a criança – que possui o seu DNA – naturalmente, foi Deus quem fez a criança por meio deles. “Tu nos teceste no seio de minha mãe” (Sl 139.13). Deus, o doador da vida, na verdade está presente e trabalhando na concepção e na gravidez.
Quando as crianças nascem, estão num estado de total dependência. Elas precisam dos pais, pois não sabem comer, não sabem falar, não conseguem se locomover, etc. Assim como a criança depende do cuidado dos pais, nós dependemos do cuidado do nosso Pai, não somente quando somos jovens, mas, por toda á vida.
Os pais – como Deus – não só trazem o filho ao mundo, como também sustentam a vida de seu filho. Ou seja, é Deus agindo por meio dos pais. Além do mais, os pais são instrumentos usados por Deus para transmitir a fé para seus filhos. É tarefa dos pais ensinar “a criança no caminho em que deve andar” (Pv 22.6). A família funciona como uma mini-igreja em si própria, e os pais são os responsáveis pelo ensino da Palavra de Deus (Dt 4.9; 6.7).
A magnitude do papel dos pais, o poder notável que os pais e as mães têm para criar, alimentar e moldar seus filhos, tanto física como espiritualmente, está relacionada ao fato de que Deus é o verdadeiro Pai. Veja a oração que Jesus ensinou: “Pai nosso que estás nos céus”. Deus promete ser seu pai, diretamente, o “Pai dos órfãos” (Sl 68.5). O fato de Deus ter escolhido o homem, esse vaso de barro comum, desorientado e possível de erros para desempenhar a paternidade é mais um de seus milagres.
A indignação de um bebê, a insistência em ser o centro do universo e querer que os adultos façam tudo o que ele quer são para Santo Agostinho um sinal do pecado original, um ato infantil de rebelião cósmica que se prolonga até mesmo quando somos adultos. Há um Mandamento claro e obrigatório, um princípio moral igual ao de não matar ou não roubar para os filhos: “Honra teu pai e tua mãe” (Ex 20.12). Segundo Lutero, os filhos precisam “compreender que seu corpo e a vida que têm foram recebidos de seus pais e que foram alimentados e cuidados por seus eles, desde o trocar das fraldas”. Aqueles que olham para essa questão e pensam sobre isso irão espontaneamente prestar honra a seus pais e estimá-los.
Os pais merecem respeito, embora eles possam ser fracos, deficientes, impotentes e esquisitos (!), eles ainda continuam sendo pai e mãe concedidos por Deus. O relacionamento entre pais e filhos continua mesmo depois que eles crescem e se tornam adultos. Ainda são filhas e filhos. Enquanto os pais estiverem vivos, devem ser honrados. O Apóstolo Paulo adverte: “se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente (não cristão)” (1Tm 5.8). Rejeitar a família é equivalente a rejeitar a Deus, uma vez que ele está na família.
Numa família bem-estruturada, os pais amam os filhos e servem a eles. Os filhos amam e servem a seus pais. A mulher ama e serve a seu marido. E o marido ama e serve a sua mulher. Do mesmo modo, como os empregados e empregadores, os governantes e cidadãos, os pastores e membros amam e servem uns aos outros.
Reconhecer a autoridade tende a ser uma resposta ao amor e serviço que os filhos receberam. Os filhos obedecerão mais prontamente aos pais que eles sabem que o amam. Como diz Lutero sobre a tarefa de ser pai: Todos agimos como se Deus tivesse nos dado filhos para nosso lazer e diversão, como se não tivéssemos nada a ver com o que eles aprendem ou modo como eles vivem”.
Os pais não são vocacionados para essa nobre função com o fim de negligenciar, mimar nem maltratar os seus filhos. O abuso de crianças, a crueldade mental, a negligência, a frieza de coração, as brigas domésticas, a incitação dos filhos à ira (Ef 6.4) – nada disso tem a ver com as intenções de Deus para a família.
Os pais são bênçãos para os filhos, os filhos são bênçãos para os pais, o marido é uma bênção para a mulher e a mulher uma bênção para o marido. Esse é o milagre de Deus para a família – apesar de nossa carne passível de erros e fracassos, Deus continua a derramar o seu amor por meio dos seres humanos que ele colocou em famílias.

Que Deus abençoe as famílias!!!!