domingo, 23 de dezembro de 2012

CRISTO: O MESSIAS PROMETIDO - UMA ANÁLISE DO SEU MINISTÉRIO A PARTIR DE ISAÍAS 9.1-7


TEXTO BÍBLICO: Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. (...) Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;  para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. (Isaías 9:1-7).
INTRODUÇÃO: A promessa acerca do descendente que viria para ser o vitorioso sobre a serpente. (Gn 3.15); A progressividade da revelação com relação ao Messias (caráter e obra). Isaías: “o profeta evangélico”, por conta da riqueza de detalhes com que anuncia o Messias. O contexto de opressão e servidão acentuava a urgente necessidade da vinda do Messias (v. 9.1-5) - Mas quem é este? Qual o seu nome?
PERCEBENDO O TEXTO:
Aspectos gerais:
  1.  Sua perfeita divindade e humanidade
  2.  Sua vinda é expressão de favor
  3.  Sua função é real
  4.  Sua obra é final, justa, sábia, santa e eterna
  5.  A fidelidade do Senhor é atestada

E O SEU NOME SERÁ ...
Maravilhoso Conselheiro: Algo extraordinário no que toca à aplicação da sabedoria
Deus Forte: Deus de poder ou poderoso Deus. O Deus grande que possui todo poder. Sua humanidade não é posta em questionamento
Pai da Eternidade: Aquele que tem existência contínua. Os mesmos atributos do Pai. Ele é o mesmo que Yhaweh para o seu povo
Príncipe da Paz: Descendente real e com qualidades para governar. Este rei é íntegro, e promoverá liberdade e uma integração da vida. Seu governo gerará paz no presente e no futuro
APLICAÇÕES:
1. A esperança em Cristo é a melhor solução para tempos de dores.
2.  A graça de Deus em meio a tempos de trevas.
3.  O conhecimento de Deus como um lenitivo para o aflito.
4.  O fiel cumprimento das promessas do Senhor.
5.  Qual o sentido do Natal de Cristo em face da profecia de Isaías? Esperança, consolo, gratidão, alegria, etc.

CONCLUSÃO:
Nunca poderemos entender o sentido do Natal sem compreender a Pessoa do Senhor Jesus. Natal sem o Cristo da Escritura não é verdadeiro natal.

Aula da Escola Bíblica Dominical em Ipanguaçu-Rn - 23 de dezembro de 2012
Igreja Presbiteriana - Pr. José Francisco.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Crescimento Espiritual: Evidências visíveis da santificação - Parte 3


TEXTOS BÍBLICOS: Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. (Mt 7.15-23).

INTRODUÇÃO:
1. A santificação ou crescimento espiritual se distingue de outros aspectos da vida cristã.
2. Mas o que poderemos ver que nos possibilitará atestar que uma pessoa está crescendo espiritualmente? Quais são os sinais visíveis disto? Quais os frutos? Há possibilidade de engano neste sentido?

EVIDÊNCIAS DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL:
1. Crescer espiritualmente não consiste em conversar sobre assuntos religiosos (1 Co 13. 1; 1 Jo 3.18).
2. Crescer espiritualmente não consiste em sentimentos religiosos passageiros (Mt 13.20).
3. Crescer espiritualmente não consiste em formalismo externo ou devoção exterior, usos e costumes (1 Rs 19.26-29; Cl 2.16-23).
4. Crescer espiritualmente não consiste em afastar-se dos deveres sociais, ser um eremita (Jo 17.5; Mt 5.14-6).
5. Crescer espiritualmente não consiste em uma vida de casual obediência (Ef 4.1; 1 Pd 3.7).
6. Crescer espiritualmente consiste no respeito e esforço habitual para obedecer à lei de Deus, aos preceitos de Cristo, segundo os padrões estabelecidos para a igreja (Jo 15.4; 1 Co 9.27; Cl 4.16; 1Tm 1.8).
7. Crescer espiritualmente consiste num perceber, experimentar e compartilhar as graças recebidas de Deus, sendo a mais distintas delas  é o amor (Mt 10.8; 1 Co 13.1-3).
8. Crescer espiritualmente consiste em dar atenção as graças passivas – frutos do Espírito (1 Pd 2.21-23; Gl 5.22,23).
9. Crescer espiritualmente consiste no esforço contínuo para fazer a vontade de Cristo e viver a luz de seus preceitos práticos (Jo 13.34-35;15.14).

APLICAÇÕES:
1. Devemos evidenciar o crescimento espiritual por meio de sinais visíveis. Quais têm sido estes sinais em sua vida? 2. Você tem buscado os verdadeiros sinais ou apenas aqueles que são mais notórios, porém que nada revelam a verdadeira espiritualidade? 3. Não pense que daremos todos os sinais completamente, contudo não se esconda nisto para deixar de buscar o padrão sublime.

CONCLUSÃO:
“É insensatez fingir santificação”, se não estivermos frutificando. As pessoas intempestivas, cruéis na língua, caprichosas na vida, desagradáveis para com todos, vingativas, exigentes, maliciosas, impuras, etc., pouco conhecem e experimentam o que é verdadeiro crescimento espiritual. (J.C. Ryle).

*Essa série de Estudos está sendo aplicado na Escola Dominical da Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn


IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN

VIVENDO E CRESCENDO NO EVANGELHO

REV. JOSÉ FRANCISCO DO NASCIMENTO

A VIDA DO JUSTO, UM GUIA CONFIÁVEL


O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar (Pv 12.26).
O justo é aquele que embora não tenha justiça própria, foi justificado pela Imputação da justiça do Senhor Jesus Cristo, o Justo. Deus é justo e o justificador daquele que crê.  O justo é aquele que foi coberto com o manto da justiça de Cristo, recebido na família de Deus, está quite com a lei de Deus e com as demandas da sua justiça. O justo foi transferido do reino das trevas para o reino da luz, da potestade de Satanás para o senhorio de Cristo. A vida do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O justo serve de guia para o seu companheiro. Ele é confiável. O Caminho dos perversos, porém, é uma estrada larga, convidativa e cheia de atrações, mas o seu destino final é a perdição eterna. O caminho dos perversos é cheio de encruzilhadas e bifurcações. Ao longo desse caminho muitas placas prometem prazeres, aventuras e sucesso, mas tudo isso não passa de engodo e consumada farsa. O caminho do perverso, embora pareça muito iluminado, é coberto de densa escuridão. Os ímpios nem sabem em que tropeçam . O caminho dos perversos faz os homens errarem, pois distancia as pessoas de Cristo, que é ele mesmo o Caminho!
A Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

“ A bíblia é mentirosa ou mal interpretada


 “ A bíblia é mentirosa” 
E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará - Jo 8.32.

Desde muito tempo tenho ouvido muitas mensagens pregadas em púlpitos evangélicos, e tenho notado que na maioria as interpretações de alguns texto segue a uma regra , regra essa que quando os mesmos pregão não seguem a boa hermenêutica bíblica quando colocam as interpretações particulares desprezando ou ignorando o sentido real  do texto.

Ao tratar desse tema, me baseio na postura de muita gente que estão decepcionados com a bíblia, por acreditarem piamente que ela é mentirosa. Quero explicar que o meu ponto de vista sobre a bíblia é de uma submissão muito grande, pois acredito ser ela a Palavra de Deus e a nossa regra de fé e prática. Mas, infelizmente nem todos pensam assim. Quero citar um texto que talvez seja um dos que faz mais os que "supostamente" foram enganados pela bíblia desacreditar nela e viver uma vida de revolta contra as Sagradas Escrituras. Atos 16:30-31 narra o episódio em que o carcereiro após todo acontecimento lá na prisão, faz uma pergunta, "QUE DEVO FAZER PARA SER SALVO?" Paulo responde: "Crer no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa". Esse texto é brilhante, mas infelizmente tem causado tristeza em muita gente. A maioria dos pregadores dizem ser esse texto uma promessa para quem se converte. E o que é pior, dizem ser regra; quando eles falam isso gera nos ouvintes, uma expectativa muito grande, pois eles sempre dizem que Deus foi quem falou. Já que a bíblia é a palavra de Deus deve ser recebido como verdade de Deus! Daí o indivíduo acredita e vai para casa feliz, mas um dia quando, "supostamente", um familiar seu morre sem ser convertido, eles então começam a reivindicar de Deus através do texto acima citado. É daí  que vem as decepções. Esse assunto é muito sério. Esse é apenas um exemplo, mas existem outros que também tem causado desilusão por não haver uma interpretação fiel.
O texto em questão foi uma promessa feita ao carcereiro, mas claro que se estiver nos propósitos de Deus alguém de sua família ser salvo, isso vai acontecer com certeza. Agora se não tiver, não adianta apelar para o texto. Perceba que o texto se cumpriu na família do carcereiro, pois todos foram  salvos. Isso quer dizer que a bíblia é verdadeira. Porém o  problema é que há muitos falsos intérpretes da mesma. Ou muitos dos que se dizem pregadores não tem formação teológica suficiente para expor com segurança as verdades da Palavra de Deus. Que Deus nos salve de tais intérpretes.

Texto retirado do site http://pastorlucivaldo.blogspot.com.br, com alguns acréscimo pelo autor do Blog, Pr. José Francisco.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ANSIEDADE, O ABATIMENTO DO CORAÇÃO


A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra (Pv 12.25).
A ansiedade é o mal do século, a doença mais democrática da nossa geração. Atinge crianças e velhos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus. No grego, a palavra ansiedade significa “estrangulamento”. A ansiedade sufoca e tira o oxigênio. Ela não nos ajuda a resolver os problemas hoje, apenas nos enfraquece para enfrentá-los amanha. Ansiedade é ocupar-se de um problema que ainda não existe, e 70% dos assuntos que nos deixam ansiosos nunca acontecerão. A ansiedade é inútil, já que, por mais ansiosos que estejamos, não poderemos acrescentar um único dia à nossa vida. A ansiedade é prejudicial porque drena as nossas energias, rouba nossas forças e superdimenciona nossas crises. É sinal evidente de incredulidade, porque só aqueles que não confiam na providência de Deus vivem ansiosos quanto a seu futuro. A ansiedade abate o espírito do homem, mas a boa palavra o alegra. Devemos alimentar nossa alma com as palavras que emanam da boca de Deus, em vez de abastecer nosso coração com o alarido da ansiedade. Devemos olhar não para p fragor da tempestade, mas para aquele que está no controle da tempestade para no fazer bonança.
A Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

sábado, 1 de dezembro de 2012

É legítima a comemoração do Natal?


O natal é uma celebração cristã? Há motivos para não festejar a data? Rev. Hernandes Dias Lopes faz uma reflexão sobre o assunto
É tempo de natal! As comemorações se iniciam muito antes da data oficial da celebração. Igrejas cristãs em todo o mundo realizam atividades alusivas ao nascimento de Jesus.
Neste período há também especulações sobre ser certo ou errado o cristão festejar a data. A forte comercialização no período faz com que o verdadeiro sentido do natal se perca. Será?
"O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onda entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:
1. A distorção do Natal
Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.
2. A proibição do Natal
Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
3. A celebração do Natal
 O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!"

Rev. Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

LÍNGUAS ENTRE OS CRENTES - 04


O Valor das Línguas
É importante entender o valor que o Novo Testamento coloca sobre o dom de línguas. O dom é importante? Ele é para os Carismáticos de hoje. Era para a igreja em Corinto. Ele era importante para os escritores do Novo Testamento? A resposta para isto é claramente: “não”! Certamente o dom tinha propósitos para servir, e assim foi importante para aqueles propósitos. Mas o dom em si mesmo nunca foi enfatizado pelos escritores do Novo Testamento.
O Livro de Atos
No livro de Atos, o dom é exercido somente três vezes (Atos 2, 10, 19). Ele é mais adiante mencionado no capítulo 11 e pode ter ocorrido no capítulo 8. Mas isto é tudo o que Lucas diz sobre o dom em todo o livro de Atos, cobrindo todos aqueles muitos anos do primeiro século da igreja. Julgando a observação de Paulo em 1 Coríntios 14:18, ele falou em línguas frequentemente durante este período, mas o Espírito Santo (e assim, Lucas) não reconheceu isto como sendo algo digno de nota.
As Epístolas Paulinas
Nenhuma epístola do Novo Testamento jamais discute ou mesmo menciona o dom, exceto a carta de Paulo para o problema na igreja de Corinto. Mesmo em Efésios e Romanos, onde Paulo menciona e lista vários dons espirituais, as línguas estão impressionantemente ausentes.
1 Coríntios 12-14
Paulo discute o assunto das línguas largamente em 1 Coríntios 12-14; deveras, tudo dos capítulos 12-13 são construções para sua discussão direta das línguas no capítulo 14. Contudo, para enfatizar a relativa irrelevância das línguas, Paulo está sempre mencionando o dom por último em suas listas de dons (junto com o dom de interpretação de línguas; cf. 1 Coríntios 12:10,28,29-30). Seu propósito específico nas suas listas de dons em 1 Coríntios 12:28 é mostrar que há dons mais importantes do que outros; novamente, as línguas estão por último. Ele mais adiante mostra a relativa irrelevância das línguas em 1 Coríntios 12:29-30 ao apontar que Deus nunca intentou que todo mundo tivesse este dom.
1 Coríntios 14
1. O Tema
A coisa impressionante sobre 1 Coríntios 14 é que mesmo uma leitura superficial do capítulo revela que Paulo não está enfatizando de modo algum o dom de línguas, mas ele está realmente desenfatizando-o. Isto é significante à luz do argumento comum dado pelos faladores de línguas hoje: “visto que Paulo escreveu tanto sobre o assunto, ele deve ser muito importante para nós”. Este argumento perdeu o ponto completamente. Paulo não escreveu 1 Coríntios 14 para elevar o dom de línguas, mas para examinar e avaliar o abuso e ênfase exagerada dele. Ele escreveu para tratar de um problema associado com o dom. Paulo escreveu da mesma forma muito sobre comer alimentos e sobre a liberdade Cristã (1 Coríntios 8-10), mas isto não elevou o exercício da liberdade de alguém, mas a restringiu. Ele devotou tempo e espaço para um problema específico numa situação específica para um propósito específico; não é então para nós elevarmos o seu problema específico, mas antes para entender os princípios envolvidos e aplicá-los para nossas próprias circunstâncias.
Paulo não escreveu 1 Coríntios 14 para elevar o dom de línguas, e é um completo mal-entendido do capítulo pensar de outra forma. Paulo declara logo no início (versos 1-2) que as línguas são inferiores, e então ele procede para estabelecer este ponto até o verso 25. A relativa inutilidade das línguas é seu tema declarado através desses versículos. Eu tenho ouvido que um pregador de rádio disse que a completa verdade de 1 Coríntios 14 é: “fica frio!” Isto está exatamente correto. É espantoso, então, como alguns podem olhar para onde a Bíblia deprecia algo e usar esta mesma passagem para elevar isto.
O propósito da declaração de Paulo no capítulo 14 é mostrar que os dons que apresentam claramente a Palavra de Deus, seja por revelação (profecia, verso 1) ou por ensino (verso 19), são vastamente superiores ao dom de línguas; este é o seu ponto de início no verso 1: “procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.
2. A Explicação
Então ele procede para explicar esta preferência nos versos 2-25, onde ele passa a demonstrar extensivamente a inferioridade das línguas. Os princípios envolvidos aqui são: 1) entendimento, ou inteligibilidade (verso 2), e 2) edificação (versos 3-6). Nada que não seja compreensível é edificante; este é o princípio que domina a discussão seguinte. As línguas, ele diz, não são tão edificantes porque elas nãosão compreensíveis (até que elas sejam interpretadas); assim, porque tanta incomodação por causa delas?
3. A Ilustração
Ele então dá duas ilustrações de seu ponto: 1) instrumentos musicais (versos 7-9) e, 2) a própria linguagem humana (versos 9-14; nota o “assim também” ou “da mesma forma” do versículo 9, apontando para o fato de que ele está ilustrando seu ponto dos versículos precedentes). O ponto de sua ilustração é que o som deve ser distinto e claro, ou senão eles são inúteis.
Você já ouviu alguma vez um locutor que pôde te maravilhar com sua capacidade de falar, mas quando ele terminou você quis saber o que ele disse? Esta é a segunda ilustração de Paulo. Tal locutor está “falando ao ar” (v. 9). Isto, Paulo diz, é precisamente o que as pessoas pensam quando você fala em línguas. Você é como um bárbaro para eles, um estrangeiro, porque eles não podem entendê-lo. Que edificação há nisto (veja v. 16)?
Se o seu pastor se levantasse para sua oração pastoral na próxima manhã de Domingo e dissesse, "Eulogetos ho theos kai pater tou kuriou hemon Iesou Chistou” . Você poderia dizer “Amém” para esta oração (veja v. 16)? Se alguém se levantasse também e desse a interpretação – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Você diria, “Porque ele não disse isso da primeira vez?!” Este é exatamente o ponto de Paulo. Pela sua própria natureza, a oração como dado na primeira vez era inteligível para qualquer um que não conhecesse o idioma, e assim não poderia edificar; portanto, as línguas são inferiores.
4. A Prática de Paulo
Precisamente por causa disto, Paulo diz no verso 19, “todavia na igreja eu antes quero falar cinco palavras com o meu entendimento, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua”. É impressionante como este verso tem sido negligenciado. Se as palavras têm algum significado, Paulo diz aqui que ele nunca falou em línguas na igreja. Ele disse que simplesmente não preferia, pois isto não serviria para edificar como fazem o ensino ou profecia. O claro ensino da Palavra de Deus era preeminente, porque isto é o que edifica. (Sua referência no verso 18 para suas línguas deve então se referir ao seu uso delas em suas jornadas missionárias, não como uma função de adoração na igreja local)
No verso 20 ele lhes fala que este entendimento requer um pouco de maturidade da parte deles. O presente pensamento deles sobre o dom de línguas era infantil e egoísta.
5. Um Exemplo Prova o Ponto
Finalmente, nos versos 23-25, ele descreve uma reunião da igreja; ele ainda está tratando seu ponto que a profecia é superior às línguas porque ela é muito mais edificante. “Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão porventura que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum incrédulo ou indouto entrar, por todos é convencido, por todos é julgado; os segredos do seu coração se tornam manifestos; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está verdadeiramente entre vós”. “O que vocês desejam fazer nas suas reuniões?”, ele pergunta. “Vocês querem se mostrar? Ou querem ver o povo edificado?” Esta questão responde a si mesma. À luz disto, a única solução é fazer o que Paulo fez; isto é, não praticar línguas na igreja (v. 19). Isto é o porque ele lhes ordena a crescer no entendimento (verso 20).
Sumário
É sempre importante que nossas atitudes sejam refletivas do apóstolo inspirado. É abundantemente claro que Paulo não enfatizou o dom de línguas, antes ele o desenfatizou. Depois de tudo isto, alguém pode somente se maravilhar de quão pouco o dom de línguas foi exercitado na igreja de Corinto! “Mas”, alguém pode objetar, “se seguirmos isto, nunca mais teremos línguas na igreja!” Uma observação muito interessante e criteriosa. (Do Livro Línguas estranhas entre nos Crentes)

(No próximo: Os Faladores de Línguas: Quem Pode Falar? – Aguarde)
Pr. José Francisco – Igreja Presbiteriana do Brasil

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SUCESSO, FRUTO DO TRABALHO


A mão diligente dominará, mas a remissa será sujeita a trabalhos forçados (Pv 12.24).
Thomas Alva Edson, um dos maiores cientistas de todos os tempos, disse que as nossas vitorias são resultados de 10% de inspiração e 90% de transpiração. O sucesso é o resultado do esforço diligente e do trabalho abnegado. Aqueles que se dedicam aos estudos, esmeram-se no seu labor, trabalham dom diligencia e fazem tudo com excelência são conduzidos às posições de liderança em todas as áreas da vida. O sucesso não é uma questão de sorte, mas de diligencia. O preguiçoso, que faz corpo mole, que não se empenha nos estudos nem trabalha com dedicação, empobrecerá. Na verdade, aqueles cujas mãos são lerdas e remissas acabam sendo destinados aos trabalhos mais rudes e de menor remuneração. Na vida, nós colhemos o quer plantamos. Aqueles que semeiam pouco têm uma safra medíocre, mas aqueles que semeiam com fartura, com abundância ceifarão. Aqueles que cobrem a fronte de suor e trabalham com esmerado esforço terão sua recompensa. Honra e riquezas estão destinadas aos diligentes, mas pobreza e desprezo soa a porção dos preguiçosos. O trabalho não é maldição, mas bênção; não é fardo, mas deleite. O trabalho não mata, ao contrario, motiva-nos a viver de forma exponencial!
A Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Conhecer e ser conhecido

Para que fomos feitos? Para conhecer a Deus. Que alvo devemos estabelecer para nós na vida? Conhecer a Deus. O que é a "vida eterna" dada por Jesus? O conhecimento de Deus. "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3).
Qual é a melhor coisa na vida, que traz alegria, prazer e contentamento acima de todas as outras? O conhecimento de Deus. "Assim diz o Senhor: 'Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor" (Jr 9:23, 24a).
Das situações em que Deus vê o homem, qual lhe dá mais prazer? O conhecimento dele. "... quero [...] conhecimento de Deus, mais do que holocaustos", diz Deus (Os 6:6; ra).

Dissemos muitas coisas nestas poucas sentenças. O ponto que queremos evidenciar é aquele que aquece o coração de cada cristão, embora o adepto da religião apenas formal não seja afetado por ele. (Justamente por este fato evidencia sua condição não-regenerada.) O que dissemos proporciona instantaneamente o alicerce, a forma e o alvo de nossa vida, além de um princípio de prioridades e uma escala de valores.

Uma vez que você se convença de que a principal razão de sua estada aqui é conhecer a Deus, muitos dos problemas da vida se enquadrarão devidamente. O mundo está cheio de vítimas do mal devastador que Albert Camus1 denominou absurdismo ("a vida é uma piada sem graça") e da doença que chamaremos "febre de Maria Antonieta"2 ("nada tem gosto"), já que foi ela que encontrou essa frase para descrevê-la.

Essas enfermidades prejudicam toda uma vida: tudo de repente se torna um problema e um aborrecimento, porque nada parece valer a pena. Mas os vermes do absurdismo e a "febre de Maria Antonieta" são doenças às quais, pela própria natureza, o cristão está imune, exceto por momentos ocasionais de perturbação, quando o poder da tentação deforma-lhe a mente; mas estes, graças a Deus, não duram muito.

O que dá valor à vida é ter um grande objetivo, alguma coisa que prenda nossa imaginação e conserve nossa fidelidade; e isto o cristão tem como ninguém. Pois haverá objetivo mais alto, mais exaltado e mais estimulante que conhecer a Deus?

De outro ponto de vista, entretanto, ainda não dissemos muita coisa. Quando falamos sobre conhecer a Deus, usamos uma fórmula verbal, e as fórmulas são como cheques, não têm nenhum valor a menos que saibamos como sacá-los. Sobre o que falamos ao usar a expressão conhecer a Deus? Sobre certo

tipo de emoção? Arrepios na espinha? Um sentimento irreal, como em um sonho? A sensação de entorpecimento e euforia procurada pelos viciados em drogas? Ou conhecer a Deus é um tipo de experiência intelectual? Ouvimos vozes? Temos visões? Pensamentos estranhos começam a passar pela mente? Ou o quê? Estes assuntos devem ser discutidos especialmente porque, segundo as Escrituras, trata-se de uma área na qual é fácil ser enganado, e às vezes se pensa conhecer a Deus quando isso não é verdade. Perguntamos então: que tipo de atividade, ou acontecimento pode ser propriamente descrito como "conhecer a Deus"?

O QUE O CONHECIMENTO DE DEUS ENVOLVE

Logo de início está claro que "conhecer" a Deus é necessariamente um assunto mais complexo que "conhecer" uma pessoa, assim como "conhecer" meu vizinho é mais complexo que "conhecer" uma casa, um livro ou uma língua. Quanto mais complexo o assunto, mais difícil é obter conhecimento sobre ele. Conhecer algo inanimado, como o Ben Nevis3 ou o Museu Britânico, é possível mediante a inspeção e a exploração. Essas atividades, embora exigentes em termos de esforço concentrado, são relativamente fáceis de descrever.

Quando se trata, porém, de coisas vivas, conhecê-las se torna muito mais complicado. Não se conhece realmente algo vivo enquanto não se souber, além da história passada, como costuma reagir e se comportar em certas circunstâncias. Uma pessoa que diz "Eu conheço este cavalo" normalmente não está indicando apenas que "já o viu antes" (embora possa ter só esse significado). O mais provável, entretanto, é que a pessoa queira dizer: "Conheço o comportamento dele e posso dizer-lhe como deve ser conduzido". Tal conhecimento só ocorre depois de algum contato anterior com o cavalo, vendo-o em ação e tentando conduzi-lo.


No caso de seres humanos, a situação é mais complicada ainda, porque, diversamente dos cavalos, as pessoas fazem segredo e não mostram aos outros tudo o que lhes vai no coração. Poucos dias são suficientes para conhecer completamente um cavalo, mas você pode passar meses e anos convivendo com outra pessoa e ainda dizer: "Eu realmente não a conheço bem". Reconhecemos graus de conhecimento acerca de nossos semelhantes; nós os conhecemos "bem", "não muito bem", "só nos cumprimentamos", "intimamente" ou "pelo avesso", de acordo com o grau de abertura deles para conosco.

Assim, a qualidade e a extensão de nosso conhecimento sobre outras pessoas depende mais delas que de nós. Nosso conhecimento é mais o resultado da permissão para que as conheçamos que de nosso esforço nesse sentido. Quando nos encontramos, devemos dar-lhes nossa atenção e demonstrar interesse, manifestando boa vontade e nos abrindo de maneira amigável. A partir desse ponto, entretanto, são as outras pessoas que decidem se vamos chegar a conhecê-las ou não.

Imagine agora que seremos apresentados a alguém que sentimos ser "superior" a nós, quer em posição, distinção intelectual, habilidade profissional, santidade pessoal quer de outro modo qualquer. Quanto mais consciência tivermos de nossa inferioridade maior será a sensação de que nosso papel é apenas ouvir respeitosamente e deixar que a pessoa tome a iniciativa da conversa. (Pense em um encontro com a rainha da Inglaterra ou com o presidente do Brasil.) Gostaríamos de conhecer pessoas assim importantes, mas sentimos que isso depende mais da decisão delas que da nossa. Se elas se restringirem ao protocolo, não poderemos reclamar, ainda que fiquemos desapontados, pois, afinal, não tínhamos nenhum direito a sua amizade.

Mas se, ao contrário, elas começarem a fazer confidências e a falar francamente o que pensam sobre assuntos comuns, se nos convidarem para algum programa particular que tenham planejado e pedir que estejamos permanentemente disponíveis para esse tipo de colaboração sempre que precisarem de nós, então nos sentiremos tremendamente privilegiados e nossa perspectiva mudará completamente. Se a vida até então parecia sem importância e monótona, não o será mais, agora que essas grandes personagens nos incluíram entre seus assistentes pessoais. Que grande novidade para transmitir à família — e uma boa razão pela qual viver!

Respeitadas as diferenças, esta é uma ilustração do que significa conhecer a Deus. O poderoso e justo Deus disse por meio de Jeremias: "mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me..." (Jr 9.24a) — pois conhecer a Deus é um relacionamento capaz de fazer vibrar o coração humano.

O que acontece é que o Criador todo-poderoso, o Senhor dos Exércitos, o grande Deus diante de quem as nações são como uma gota no oceano, se aproxima de você e começa a falar-lhe por meio das palavras e verdades das Sagradas Escrituras. Talvez você já conheça a Bíblia e as verdades cristãs há muito tempo, mas não tenham muito significado. Um dia, porém, você desperta para o fato de que Deus está realmente falando com você — você! — por meio da mensagem bíblica. Enquanto você ouve as palavras de Deus, sente-se cada vez mais diminuído, pois Deus lhe fala sobre seu pecado, sua culpa e sua fraqueza, sua cegueira e sua insensatez e o leva a considerar-se sem esperança e indefeso, e a implorar por perdão.

Mas isto não é tudo. À medida que ouve, você compreende que Deus está realmente lhe abrindo o coração dele, tornando-se seu amigo e aceitando-o como companheiro — segundo a expressão de Barth, um parceiro da aliança. É um fato desconcertante, mas verdadeiro — o relacionamento em que seres humanos pecaminosos conhecem a Deus é tal que Deus, por assim dizer, os aceita como seus assistentes para serem daí por diante seus cooperadores (v. 1Co 3:9) e amigos pessoais. O ato divino de tirar José da prisão e torná-lo primeiro-ministro do Faraó ilustra o que ele faz com todo cristão: de prisioneiro de Satanás, vê-se transferido a uma posição de confiança a serviço de Deus. Sua vida é transformada imediatamente.

A diferença entre sentir orgulho ou vergonha da condição de servo depende daquele a quem se serve. Muitas pessoas falaram do orgulho de prestar serviços pessoais a sir Winston Churchill na Segunda Guerra Mundial. Quão maior deveria ser o orgulho e a glória de conhecer e servir ao Senhor do céu e da terra!

O que então está contido no ato de conhecer a Deus? Juntando os vários elementos incluídos neste relacionamento, já delineados, podemos dizer que o conhecimento de Deus envolve inicialmente o ato de ouvir a Palavra de Deus e recebê-la de acordo com a interpretação do Espírito Santo ao aplicá-la a nós. Em segundo lugar, prestar atenção à natureza e ao caráter de Deus revelados em sua Palavra e obra; em terceiro lugar, aceitar seu convite e obedecer a suas ordens e, em quarto lugar, reconhecer o amor demonstrado por Deus e alegrar-nos nele. Com isso, o Senhor se aproxima de nós e nos atrai para sua divina companhia. (O Conhecimento de Deus - J. I. Packer - versão eletrônica)

1Filósofo de origem argelina (1913-1960), radicado na França. Foi um dos principais proponentes do existencialismo. Seus livros são marcados pela visão desesperançada e niilista da condição humana. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957.
2Mulher de Luís xvi, rei da França. De ascendência austríaca (1755-1793), era odiada por muitos franceses. Conhecida por sua vida regalada e por debochar dos desafortunados, foi guilhotinada durante a Revolução Francesa.
3A montanha mais alta da Escócia (Reino Unido), com 1 343 metros.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

CRESCIMENTO ESPIRITUAL: ASPECTOS DISTINTIVOS - Parte 2


TEXTOS BÍBLICOS:
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. (Jo 17: 15- 17).

INTRODUÇÃO:
A união com Cristo certamente redundará em crescimento espiritual, santificação, este é um caminho inevitável. (1 Ts 5.24).
Mas como saberei se estou no caminho certo? Quais devem ser os aspectos distintivos do crescimento espiritual, da santificação?

CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DA SANTIFICAÇÃO
1. É o resultado lógico de todo que é unido a Cristo por meio de uma verdadeira fé. (Jo 15.5)
2. É o resultado e a consequência inseparável da regeneração. (1 Jo 3.6; 2. 29)
3. É a única evidência da habitação do Espírito Santo. (Gl 5.22, 23)
4. É o único sinal seguro da eleição divina. (1 Ts 1.3, 4)
5. É algo que sempre será visto. (Lc 6.44)
6. É algo pelo que todo crente é responsável. (Fp 2.12);
7. É algo que admite crescimento e diferentes graus. (1Ts 4.1; 5.23; 2 Pd 3.18);
8. É algo que depende muito do uso dos meios que o Senhor deixou. (Jo 17.7; Mt 26.26, Lc 18.1);
9. É algo que não impede que o homem enfrente conflito espiritual interior. (Gl 5.17)
10. É algo que não justifica o homem, mas agrada a Deus. (Rm 3.20, 28; Hb 13.16)
11. É algo que será absolutamente necessária no Dia do juízo. (Jo 5.29; 2 Co 5.10; Ap 20. 13)
12. É absolutamente necessária para treinamento e preparação para o céu (Sl 15).
APLICAÇÕES:
1.      O crescimento espiritual se distingue de toda falsa religiosidade. Logo, que tipo de religião é a minha? (Tg 1.26, 27);
2.      Um crescimento espiritual é visível. Tenho visto em mim e em meus irmãos este crescimento? (1 Ts 1.3-4);
3.      Peçamos a Deus a graça de sermos santos no mundo (Jo 17.9).
CONCLUSÃO:
Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia (1 Ts 1.2-7).

Estudo aplicado na Escola Bíblica Dominical
Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn
Pr. José Francisco.

FANFARRONICE, PURA INSENSATEZ


O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia (Pv 12.23).
O sábio é aquele que sabe que nada sabe. O homem prudente não vive tocando trombetas acerca do seu conhecimento nem fazendo propaganda de suas virtudes. Fanfarronice e pura insensatez. Não devem ser os nossos lábios que nos louvam. A soberba é a porta de entrada do fracasso, a sala de espera da vergonha, o palco da queda. Os que se exaltam serão humilhados. Os que querem ocupar os primeiros lugares serão colocados no final da fila. O homem prudente oculta o conhecimento. Ele não enaltece a si mesmo como um fariseu soberbo nem se compara aos demais apenas para sobressair-se. A humildade é o caminho da honra, enquanto a altivez é a autopista da vergonha. O insensato não apenas proclama a estultícia, mas também anuncia as virtudes que não possui. Apresenta-se como herói quando seu verdadeiro papel é o de vilão. Exibe-se em público como benfeitor, mas na verdade não passa de um larápio. O insensato é um falso intelectual e um falso filantropo. Vive apenas de aparência. É apenas um ator que representa um papel no palco da vida. Não vale a pena viver como um hipócrita, tentando enganar os outros e enganando a si mesmo.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

LÍNGUAS ENTRE OS CRENTES - OBJEÇÕES (3)


Continuando nossa série de estudos sobre as “Línguas entre os crentes falaremos da objeções. Diante do que foi dito na postagem “2” afirma-se que o fato das línguas serem idiomas estrangeiros é evidente a partir das seguintes considerações.

AS OBJEÇÕES

Parece que as evidências dadas acima são insuperáveis. Contudo, aqueles que sustentam que as línguas eram um falar extático, apresentam os seguintes argumentos:
Objeção #1. No Pentecoste, quando os apóstolos falaram em línguas, eles foram acusados de estarem bêbados (Atos 2:13).
Este é um argumento comum e justo. Uma análise mais atenta da passagem, contudo, revela que havia dois grupos de pessoas presentes: 1) os estrangeiros que entendiam em seus próprios idiomas e estavam “todos maravilhados” com tão impressionante fenômeno (versos 9-12), e 2) os Judeus Palestinos que, em vista de os apóstolos estarem falando em idiomas estrangeiros, não podiam entender o que eles estavam falando. Estes Judeus Palestinos locais são descritos como “outros” (heteroi) no verso 13 em contraste com os estrangeiros listados nos versos 9-12. O verso 13 diz, então, que eram estes Judeus locais que estavam lançando a acusação de embriaguez. Os idiomas que estavam sendo falados eram claramente entendidos pelos estrangeiros, por isso eles não foram os que levantaram a acusação de embriaguez. Além do mais, como já mostrado, as línguas de Atos 2 foram especificamente chamadas “idiomas” [ou “línguas” em algumas versões] (dialektos) nos versos 6 e 8.
(Isto, a propósito, também mostra que o milagre de Pentecoste era de fala, não de audição, porque havia aqueles que não entenderam. Um milagre de audição teria sido experimentado pelos Judeus locais e estrangeiros igualmente.)
Objeção #2. Paulo fala de “línguas dos anjos” em 1 Coríntios 13:1, o que deve se referir à uma linguagem celestial desconhecida por qualquer ser humano.
O problema com este entendimento desta frase é que Paulo, em todo este cenário dos versos 1-3, está falando em termos hipotéticos. O “aindas” nestes versos estão no modo subjuntivo, o modo da irrealidade. Nestes versos Paulo está falando de coisas que claramente não aconteceram, tais como dar seu corpo para ser queimado (verso 3). Ele está simplesmente falando no superlativo para enfatizar o que estava falando. Não há nada aqui que demande balbucio. Além do mais, não há exemplo de ninguém no Novo Testamento falando numa língua angelical.
Objeção #3. Em 1 Coríntios 14, Paulo usa o termo laleo (“falar”; por exemplo, verso 2). Esta palavra significa tagarelice ininteligível.
O fato do assunto é que este verbo grego não precisa de modo algum ser entendido como uma tagarelice; ela mui frequentemente significa simplesmente “falar” (por exemplo, Mateus 9:18). Paulo usa este verbo no verso 21, sem dúvida, porque este é o verbo usado na Septuaginta que ele está citando. Além do mais, os verso 34-35 do mesmo capítulo usam o verbo para descrever “o fazer perguntas”. Finalmente, o verso 16 equaciona este termo com lego, um verbo grego que sempre significa “falar” ou “dizer”.
Objeção #4. O termo “línguas desconhecidas” indica expressões extáticas.
O primeiro e mais óbvio problema com este argumento é que o termo “desconhecidas” é uma adição feita pelos tradutores da King James; a palavra não está nos manuscritos gregos (note que ela está sempre escrita em itálico). Evidentemente os tradutores caíram no erro comum de permitir que sua teologia desnecessariamente influenciasse sua tradução. Além do mais, até mesmo se a palavra fosse genuína, ela não demandaria balbucio; ela poderia da mesma forma se referir ao idioma desconhecido pelo locutor.
Objeção #5 . I Coríntios 14:2 diz que os que falam em línguas falam “a Deus” e
que “nenhum homem entende” a língua.
É interessante encontrar alguns versos das Escrituras usados para sustentar um ponto, quando o verso ensina exatamente o oposto; tal é o caso com este argumento. Como será demonstrado, Paulo argüi nesta passagem que um intérprete é necessário, de outra forma as línguas seriam inúteis, porque elas não seriam entendidas. Como resultado, alguém falar em línguas (sem um intérprete) é falar somente a Deus, porque, pela natureza do caso, ninguém pode entendê-lo (porque não há intérprete).
Objeção #6. A necessidade de um intérprete em Corinto mostra que as línguas
dos Coríntios eram diferentes das línguas em Atos.
Novamente, este argumento também sustenta o ponto oposto. Em Atos, os estrangeiros ouviram em seu próprio idioma, de modo que eles não necessitavam de intérprete. Em Corinto quando um homem falava em uma língua estrangeira, ela era pela natureza do caso ininteligível; um tradutor era necessário simplesmente porque não havia estrangeiros presentes para entender o idioma falado. A expressão era ininteligível para os ouvintes, mas não para o locutor.
Objeção #7. I Coríntios 14:14-15 diz, " Porque se eu orar em língua, o meu
espírito ora, sim, mas o meu entendimento fica infrutífero. Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento”. É arguido que Paulo aqui contrasta orar com o espírito com orar com a mente. Orar com o espírito, é dito, significa orar com fala ininteligível, a mente estando “infrutífera”; orar com a mente é orar em linguagem humana.
Os Coríntios poderiam estar simplesmente abusando do dom de línguas desta forma, e isto é o que Paulo procurar corrigir naqueles versos. Estes versos, então, dirão a mesma coisa para ensinar exatamente o oposto. A palavra “infrutífero” significa “improdutivo”. É evidente pela explicação do verso 16 que Paulo está falando da oração pública. Tudo que ele diz é que se você orar em uma língua, você pode pensar que está orando, mas você realmente não está realizando nada; isto é infrutífero, improdutivo. Você deve, antes, procurar edificar a igreja (verso 12); isto é, pela oração em um idioma que todos possam entender.
No verso 15 ele dá a solução: toda oração deve ser tanto com o espírito como com o entendimento. Em outras palavras, todas elas devem ser inteligíveis; senão ela não será produtiva, e aqueles que ouvem não serão capazes de dizer “Amém” quando você terminar “porque que não sabem o que dizes” (verso 16b). Não importa o que possa não ser claro sobre este verso, está muito claro que na mente do apóstolo “orar no Espírito” não indica a ausência do entendimento; oração deve ser tanto “no Espírito” como “com a mente”. Além do mais, como foi mostrado acima, falar em línguas não era algo feito sem a mente; era algo inteligente e deliberado.
Muitos apelam para Romanos 8:26 para sustentar esta mesma alegação que orar “no Espírito” é orar em fala extática. “Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Mas note que os “gemidos” são feitos pelo Espírito, não pelo Cristão. Este verso simplesmente descreve o crente em oração desejando mas não sabendo realmente como orar segundo a vontade de Deus, em cujo caso o Espírito Santo leva aquele desejo sincero da coração ao trono em uma oração agradável a Deus. O verso não diz nada sobre “oração em línguas”. Nada!
Sumário
O dom de línguas era a capacidade de falar em uma língua estrangeira não conhecida ou estudada previamente pelo locutor. O verdadeiro dom não tem nada a ver com balbucios. O dom de interpretação de línguas era a capacidade de traduzir a mensagem dada em uma língua estrangeira. Não há evidência de que as línguas de Atos sejam algo diferente das línguas de 1 Coríntios, exceto que pode ter havido algum abuso do verdadeiro dom pelos Coríntios. (Do Livro "Línguas estranhas entre os crentes).


IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN
VIVENDO E CRESCENDO NO EVANGELHO
Rev. José Francisco do Nascimento