segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Perseguidos no mundo por causa da fé reformada
INTERNACIONAL - Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”. Romanos 1.17 . Esse texto que abre a epístola de Paulo à Igreja de Roma foi revelado posteriormente a um homem que mudaria para sempre a história da Igreja cristã e, principalmente, do cristianismo vivido em sua época. Ansiando por buscar o perdão de Deus para seus pecados, Martinho Lutero, ao estudar Romanos 1.17, compreendeu que somente se alcança a salvação por intermédio da fé em Cristo Jesus, não por meio de obras como ensinava a Igreja Católica Romana. Em seu entendimento sobre esse texto, formulou a base de sua doutrina: a justificação pela fé. Já discordando da Igreja Católica Romana em muitos pontos doutrinários, Lutero prega 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Nelas, ele não apenas defendia sua doutrina de justificação pela fé, mas principalmente pregava contra a venda de indulgências. Estava iniciada a Reforma Protestante, que dominou inicialmente o norte da Europa e, ao longo dos anos, foi ganhando o mundo. Hoje, a base doutrinária das igrejas evangélicas é derivada dos ensinamentos de Lutero e dos demais reformadores que surgiram após ele, como João Calvino, por exemplo. Toda essa história demonstra muito bem o poder que tem a Palavra de Deus, pois a partir de uma única frase – “o justo viverá pela fé” – ocorreu uma transformação tão grande na história do cristianismo que até hoje se sente os seus efeitos. É essa mesma Palavra poderosa que tem sustentado a vida dos cristãos que enfrentam perseguição em mais de 50 países, em pleno século 21. Foi essa Palavra que sustentou os apóstolos, os cristãos da Igreja Primitiva, os reformadores e que continua sustentando a Igreja Perseguida e todos os filhos de Deus. Cristãos que vivem na Índia, Argélia, China, no Sudão, Paquistão e em tantos outros países onde são perseguidos conhecem o real sentido de viver e também de morrer pela fé em Cristo Jesus. Dia após dia, eles são levados a renovar seu compromisso de fé e amor pela verdade do evangelho. Um dia, eles tiveram fé para crer na salvação, e essa fé os tem fortalecido para enfrentarem prisões, violência, fome e todo tipo de privações. Tudo isso porque é por meio dela que os perseguidos podem ter a certeza de vida eterna num lugar onde não mais haverá choro, em que o próprio Deus enxugará de seus olhos todas as lágrimas. Contudo, a história da Igreja Perseguida não é marcada apenas por histórias de sofrimento, muito pelo contrário. Se ela existe até hoje, é porque, além de ter sua confiança na glória futura, a fé pela qual vive proporciona-lhe a verdadeira alegria e o conhecimento do Deus que tem poder para livrá-la de todo mal.
Por Desiree Froes Rocha
Fonte: Missão Portas Abertas

domingo, 7 de dezembro de 2008

um acampamento às avessas
Ninguém poderia imaginar que, passados duzentos anos, outro americano fundasse mais ao norte um acampamento às avessas. Trata-se de Edwin Kagin, de 66 anos, filho de um pastor presbiteriano cuja linhagem remonta ao reformador escocês John Knox. Kagin e sua esposa Helen fundaram em 1996, nas proximidades de Clarksville, em Ohio, o primeiro acampamento ateísta da América, o Acampamento Quest*. Lá as crianças não fazem a famosa oração: “Em paz me deito e logo pego no sono porque Papai do céu me guarda”. Nas caminhadas em meio à natureza, elas vêem a beleza da evolução, e não a beleza da criação. No refeitório elas vêem retratos de livres pensadores e de cientistas notáveis, do evolucionista Charles Darwin ao ator Woody Allen. Faixas anunciam que “Jesus não está vindo” e protestam contra a prática da oração nas escolas. O piloto Golly leva as crianças para passear no seu Cessna e quando chega a certa altura pergunta às crianças: “Vocês acharam Papai do céu aqui em cima?” Então ele sobe mais um pouco e repete a mesma pergunta. As crianças voltam convencidas de que Deus não existe. Se Deus não existe, não há necessidade de religião. Alguém aproveita a ocasião para insinuar que o mundo seria melhor sem religião. No acampamento mais recente, no verão americano de 2007, havia 47 novas crianças, entre 8 e 17 anos. E outros cem acampamentos da mesma linha foram fundados nos Estados americanos de Michigan, Minnesota e Califórnia e no Estado canadense de Ontário. Sem dúvida, esses acampamentos ateístas são um reflexo do mistério da iniqüidade e da apostasia que se desenvolve nos Estados Unidos. Um levantamento feito em 2003 revelou que 9% dos norte-americanos declaram não acreditar em Deus e outros 12% se mostram indecisos quanto à existência de Deus. Estima-se que os não-crentes são mais numerosos do que a soma de judeus praticantes, mórmons, testemunhas de Jeová, hindus, muçulmanos, católicos ortodoxos e presbiterianos.
Do Lado certo a visão é diferente
Quando o Acampamento é realizado por Cristãos, a visão e o ensino é totalmente contrário.
Não há coisa melhor para uma criança do que passar uma semana nos famosos acampamentos de verão. Elas deixam os pais em casa, se encontram com outras crianças, fazem novas amizades, brincam, comem, praticam esportes, caminham por trilhas que atravessam matas e córregos, observam a beleza da criação, vêem o sol nascer e se pôr, observam o verde e as flores, a lua e as estrelas. Relacionam tudo isso com a majestade de Deus, cantam hinos, fazem exercícios devocionais, ouvem a leitura e a exposição da Palavra de Deus e oram juntas. Como resultado, não poucas crianças voltam para casa com o coração cheio de Deus. Algumas chegam a se comprometer pessoalmente com Jesus Cristo nesses dias e nesses lugares. A técnica foi desenvolvida por James Mcgrady, em Kentucky, nos Estados Unidos, no verão de 1800.
Nota *Chicago Tribune, 27/06/2007, p. 1.
Fonte: UTIMATO Nov/Dez de 2007
Ele traduziu a Bíblia e as fábulas de esopo
Em 1642, um adolescente de 14 anos, chamado João Ferreira de Almeida, nascido em Lisboa e residente na ilha de Java (Indonésia), leu um folheto em espanhol intitulado "A Diferença da Cristandade da Igreja Reformada e Romana" e se tornou calvinista. O rapazinho era um gênio em lingüística e, aos 17 anos, já havia traduzido para o português o Novo Testamento, servindo-se da versão latina de Beza, da espanhola, da francesa e da italiana. Casou-se com a filha de um pastor holandês, que muito o ajudou no estudo do holandês e do grego. Com a idade de 28 anos ordenou-se pastor da Igreja Reformada e foi enviado como missionário ao Ceilão e à Índia. Mais tarde voltou para Java e pastoreou a comunidade portuguesa de Batávia, hoje Jacarta, capital da Indonésia. Dos originais grego e hebraico, traduziu todo o Novo Testamento (1670) e quase todo o Velho Testamento (de Gênesis a Ezequiel, 48.21). A impressão foi custeada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais. Um volume, na 3ª edição, impresso em Amsterdam, em 1712, pode ser visto na Seção de Livros Raros da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.João Ferreira de Almeida é o primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa e o autor da 32ª versão integral da Bíblia nas línguas modernas, depois da Reforma. A obra tem sido revisada várias vezes. A Sociedade Bíblica do Brasil gastou dez anos para apresentar uma edição revista e atualizada no Brasil da tradução de Almeida. É a versão mais usada pelos evangélicos brasileiros. O extraordinário lisboeta traduziu também a liturgia das Igrejas Reformadas, o Catecismo de Heidelberg e as fábulas de Esopo (aos 44 anos).A morte o levou no dia 6 de agosto de 1691, com a idade de 63 anos.
Elben César- Fonte: Editora UTIMATO.