sábado, 19 de maio de 2012

JUSTIÇA, O CAMINHO DA VIDA


Tão certo como a justiça conduz para a vida, assim o que segue o mal, para a sua morte o faz (Pv 11.19)
A prática da justiça é um caminho seguro. Mesmo que os homens não a reconheçam ou até mesmo nos persigam por causa dela, somos bem-aventurados. A justiça conduz para a vida. Aqueles, porém, que seguem o mal armam ciladas para sés próprios pés. Aqueles que andam pelos caminhos escorregadios da maldade transtornam a vida dos outros e abreviam seus próprios dias. Se a justiça é o caminho da vida, a maldade é a autopista da morte. a justiça é um caminho estreito, e poucos acertam com ele; a maldade, porém, é uma avenida larga e espaçosa, e uma multidão se aglomera nessa maratona cuja reta de chegada é a morte. a justiça, mesmo cruzando vales escuros, subindo ladeiras íngremes e atravessando pinguelas estreitas sobre pântanos lodacentos, tem seu destino final na glória eterna. A justiça não ficará sem recompensa. A justiça conduz à vida, pois os justos são todos aqueles que foram justificados por Cristo e receberam dele vida eterna. A maldade tem sua paga e seu salário. Também receberá sua justa recompensa. A Palavra de Deus é categórica: o que segue o mal, para a sua morte o faz (Pv 11.19). Siga o caminho da vida; fuja do caminho da morte!
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

PERVERSIDADE, UM SALÁRIO ILUSÓRIO


O perverso recebe um salário ilusório, mas o que semeia justiça terá recompensa verdadeira  (Pv 11.18)
O dinheiro granjeado com desonestidade é como um salário ilusório. Do mesmo modo que chega fácil, vai embora rápido. A ânsia pela riqueza transforma muitas pessoas em verdadeiros monstros. Temos visto filhos que matam seus pais para tomarem posse antecipada da herança. Temos visto cônjuges que tramam a morte de seu consorte para açambarcar seus tesouros. Temos visto políticos desonestos que rouba o erário para abastecer suas contas polpudas nos paraísos fiscais. Temos visto empresários bandidos que compram a peso de ouro licitações públicas e se mancomunam com órgãos públicos para enriquecer ilicitamente. Esses expedientes, entretanto, não são seguros. De vez em quando a luz da verdade chega a esses porões imundos e traz à tona toda a podridão da corrupção, deixando envergonhados seus protagonistas de colarinho branco. O sábio é enfático: o perverso recebe um salário ilusório. O que semeia injustiça, mesmo privados das benesses da riqueza terrena, tem uma recompensa verdadeira. Há coisas mais importantes do que dinheiro, como o bom nome, a paz de espírito, uma família harmoniosa e a comunhão com Deus. Não ajunte os tesouros da impiedade; ajunte tesouros lá no Céu!
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

LOBOS DENTRO DE MIM


Um velho avô disse ao neto, que veio a ele com raiva de um amigo: “Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, muitas vezes, senti grande ódio daqueles que me fizeram mal, sem qualquer arrependimento das consequências de seus atos. Todavia o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra esses sentimentos”.
E o avô continuou: “É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende. Ele só lutará quando for certo fazer isso, de maneira correta. Mas o outro lobo, ah! Esse é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. É uma raiva inútil, pois ela não irá mudar coisa alguma! Alguma vezes é difícil conviver com esses dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”.
O garoto fitou os intensamente os olhos do avô e perguntou: “Qual deles vence, vovô?”. O velho sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento mais frequentemente dentro de mim”.
Todos nascemos com capacidade de sentir amor, raiva, alegria, tristeza, ciúme e muitas outras coisas.
Ninguém nasce violento, embora a agressividade faça parte da nossa natureza humana. Aprendemos a ser agressivos nos relacionamentos com as pessoas mais próximas.
Mas podemos transformar essa agressividade num sentimento pacifico.
A luta pela paz tem mais sentido quando falamos também de luta maior: a luta por uma sociedade mais justa e solidária que leve vida plena a todas as pessoas. A conquista dessa sociedade exige mobilização de todos os cidadãos e governantes, conscientizando as pessoas sobre seus direitos e deveres.

As pessoas se tornam boa ou má de um momento para outro?
Como começar hoje uma nova vida?
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” Atos 16.31.

Do livro: ABRINDO CAMINHOS
Parábolas e reflexões – Paulinas
Digitado por: Rev. Zé Francisco.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

BONDADE, UM INVESTIMENTO EM SI MESMO


O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere (Pv 11.17)
Quando fazemos o bem ao outros, somos os primeiros beneficiados. O bem que praticamos aos outros retorna para nós mesmos. A Bíblia diz: certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor (Ef 6.8). Bebemos o refluxo do nosso próprio fluxo. Colhemos com fartura o que semeamos no campo dos outros. A prática do bem é melhor e o mais seguro investimento que podemos fazer na vida. O apóstolo Paulo diz que o marido que ama a sua mulher a si mesmo se ama. E Salomão afirma que aquele que faz o bem aos outros a si mesmo o faz. Não é essa, porém, a realidade do perverso. O mal que ele intenta fazer contra o próximo cai sobre sua própria cabeça. Ele recebe a paga de sua maldade. O homem cruel é como um louco que fere a si mesmo. Comete o desatino da autofagia. As flechas envenenadas que ele lança sobre os outros voltam-se contra sua própria vida. A crueldade, antes de destruir seu destinatário, destrói seu remetente. A bondade é um investimento em si mesmo, mas a crueldade é a destruição de si mesmo. Fazer o bem compensa, mas praticar o mal é a mais consumada loucura. O que você tem semeado: o bem ou mal? Bondade ou crueldade?
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

OMBRO AMIGO! PEDAGOGIA DA CADEIRA


Procura-se um ombro. Não uma pessoa, mas um ombro. Onde a gente possa chorar ou encostar na hora da mágoa que sentimos dentro da nossa casa, exatamente no lugar em que deveríamos nos sentir seguros e felizes. Sim, nossa casa às vezes torna-se um vale de lágrimas. Sentimos necessidade de apoio espiritual e emocional. 
Nos tempos de Josué, Deus preparou umas cidades de refúgio. Eram lugares para onde o pecador deveria correr e abrigar-se quando porventura cometesse um assassinato por engano. O culpado saía cheio de mágoa, de indecisões, de medo, de lágrimas, e acabava sentindo solidão porque tinha que fugir às pessoas da sua cidade para escapar do vingador. Entre as cidades refúgio, havia uma cujo nome era Siquém, que significa: Ombro. 
Era como se Deus estivesse dizendo ao pecador culpado e machucado: “venha, tem um Ombro esperando por você!” 
Na cidade Ombro, o pecador chorava, contava sua história, era compreendido e abrigado. Até hoje pessoas chorosas e com feridas abertas procuram desesperadamente por esse lugar e nem sempre encontram. 
Deus coloca pessoas maravilhosas em nosso caminho. São eloquentes, leais, amáveis, verdadeiras, e possuem um conhecimento profundo. Elas têm uma inteligência acima da média, têm olhos atentos para nos avisar do perigo. Mãos prontas para toda boa obra. 
O que procuramos é um Ombro. E isso nem sempre achamos no nosso círculo de convivência. Ansiamos pelo cuidado dos outros o tempo todo e a nossa busca até se confunde com a história do próprio ser humano. 
A alma da criança anseia sedenta pelo colo da mãe, onde nos momentos mais agudos da sua dorzinha de barriga, sempre encontrou um abrigo. 
Já no primeiro dia de aula, reclama a atenção que em casa era só para ela e que agora é dividida com mais quarenta. 
Pouco tempo depois, ao brincar sozinha no quintal, lamenta não ter um adulto que possa consertar seu brinquedo quebrado, ou espantar o cachorro que para na calçada e olha curioso em sua direção. 
O adolescente cheio de dúvidas precisa conversar sobre sexualidade e drogas, mas olhando para todos os lados, não encontra alguém interessado em ouvi-lo e que numa linguagem informal possa responder-lhe algumas perguntas. 
Poucos dias e o primeiro amor bate à porta. Enquanto vira os olhos para o nada e olha para lugar nenhum, a jovem enamorada suspira: “Acho que estou amando”. Mas quem poderá se assentar com ela para falar melhor sobre esses sentimentos tão misteriosos? 
Vem à vida adulta e com ela as dúvidas de gente grande. Aí percebemos que não conhecemos bem a pessoa que por tanto tempo esteve ao nosso lado. Às vezes pensamos que não conhecemos nem a nós mesmos direito. Onde estão os amigos? 
As mãos já estão trêmulas, a voz já falha quando chega à velhice. As pernas outrora tão velozes, mal param em pé. A mente já não se lembra de tudo. Filhos, netos, vizinhos, bisnetos, sobrinhos, ninguém nos visita mais com tanta frequência. Voltamos no tempo, querendo o colo que há tempos não temos mais. 



Assim é a vida 
Sentar ao lado para ajudar o outro, aconselhar, ouvir, interessar-se socorrer. É isso que chamo de “Pedagogia da Cadeira”, um tipo de ministério que tanto falta em nossos dias. 
É uma viagem de aprendizado com alguém que encontrou tempo para assentar-se com os pecadores. 
É um trabalho educacional para ajudar aqueles que precisam e desejam ser ajudados.
                                                                                              
 Capelão escolar: Pr. José Francisco - digitado por: Rev. Zé Francisco.

Pedagogia da Cadeira - Sérgio Rodrigues Ferreira
Pedagogia da Cadeira é um livro empolgante e desafiador. Com sua linguagem moderna, o autor nos leva a uma reflexão profunda da nossa postura diante dos percalços alheios. É um convite a uma nova pedagogia de sentar-se para ouvir, assim como Jesus fazia.
Como o autor, Sérgio Ferreira bem nos lembra, mantenha sempre uma cadeira vazia perto de você porque haverá pessoas em busca desse espaço pedagógico e curativo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

CORAÇÃO BONDOSO, MELHOR DO QUE BOLSO CHEIO


A mulher bondosa conquista o respeito, mas os homens cruéis só conquistam riquezas (PV 11.16, NVI).
Há um contraste aqui entre a mulher de coração generoso, que conquista o respeito dos poderosos, e os homens cruéis, que só conquistam riquezas. Há ricos que são desprezados pelo povo porque adquiriram essa riqueza com opressão, corrupção e devassidão. A riqueza da iniquidade não traz honra, mas desprezo. Não é fruto do trabalho honesto, mas do roubo criminoso. Não promove a glória de Deus; ao contrário, atrai sua ira. Não promove o bem do próximo, mas lhe traz opressão. Os homens cruéis só têm dinheiro, mas nenhum respeito. Quando deixarem este mundo, nada levarão de suas riquezas, mas certamente carregarão o desgosto do povo e a condenação divina. A mulher de coração generoso, porém, mesmo não tendo acumulado riquezas na terra, possui um tesouro no céu. Seu coração não é um poço de avareza, mas uma fonte de generosidade. Seus bens estão a serviço de Deus e do próximo, porque seu tesouro não está aqui, mas lá no alto, onde Cristo vive. Permanece o conselho do sábio: um coração bondoso é melhor do que um bolso cheio. É melhor conquistar respeito do que riquezas. É melhor ajuntar tesouros no céu do que acumulá-los na terra.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pastores feridos

Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja.

Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço.
Por Marcelo Brasileiro

Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma encruzilhada. Passou a duvidar se valeria mesmo a pena ser um pastor evangélico. Afinal, a vida não seria melhor sem o tal “chamado pastoral”?
As razões para sua inquietação eram enormes. Ordenado pastor desde 1995, foi justamente na igreja que experimentou seus piores dissabores. Conheceu a intriga, lutou contra conchavos, desgastou-se para desmantelar o que chama de “estrutura de corrupção” dentro de uma das igrejas que pastoreou. Mas, no fim de tudo isso, percebeu que a luta fora inglória. José Nilton se enfraqueceu emocionalmente e viu o casamento ir por água abaixo. Mesmo vencendo o braço-de-ferro para sanar a administração de sua igreja, perdeu o controle da vida. A mulher não foi capaz de suportar o que o ministério pastoral fez com ele. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta. Com o fim do casamento, perdeu também a companhia permanente da filha pequena, uma das maiores dores de sua vida.
Foi preciso parar. No fim de 2010, José Nilton protocolou uma carta à direção de sua igreja requisitando a “disponibilidade ativa”, uma licença concedida aos pastores da denominação. Passou todo o ano de 2011 longe das funções ministeriais. No período, foi exercer outras funções, como advogado e professor de escola pública e de seminário. “Acho possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, raciocina, analisando a vida em perspectiva. “Não acredito mais que um ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”. Reconstruindo-se das cicatrizes, Nilton casou-se novamente. E, este ano retornou ao púlpito, assumindo o pastoreio de uma igreja na zona leste de São Paulo. Todavia, não descarta outro freio de arrumação. “Acho que a vida útil de um líder é de três anos”, raciocina. “É o período em que ele mantém toda a força e disposição. Depois, é bom que esse processo seja renovado”. É assim que ele pretende caminhar daqui para frente: sem fazer do pastorado o centro ou a razão da sua vida.
 
Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja. Uma das maiores denominações pentecostais do país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres –, registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês desde o ano passado. Os números estão nas circulares da própria igreja. Não é gente que abandona a fé em Cristo, naturalmente; em sua maioria, os religiosos que pedem licença ou desligamento das atividades pastorais continuam vivendo sua vida cristã, como fez José Nilton no período em que esteve afastado do púlpito. É que as pressões espirituais e as demandas familiares e pessoais dos pastores, nem sempre supridas, constituem uma carga difícil de suportar ao longo doa anos. Some-se a isso os problemas enfrentados na própria igreja, as cobranças da liderança, a necessidade de administrar a obra sob o ponto de vista financeiro e – não raro – as disputas por poder e se terá uma ideia do conjunto de fatores que podem levar mesmo aquele abençoado homem de Deus a chutar tudo para o alto.
A própria IPI, onde José Nilton militou, embora muito menor que a Quadrangular – conta com cerca de 500 igrejas no país e 690 pastores registrados –, teria hoje algo em torno de 50 ministros licenciados, número registrado em relatório de 2009. Pode parecer pouco, mas representa quase dez por cento do corpo de pastores ativos. Caso se projete esse percentual à dimensão da já gigantesca Igreja Evangélica brasileira, com seus aproximadamente 40 milhões de fiéis, dá para estimar que a defecção dos púlpitos é mesmo numerosa. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas, o número de pastores evangélicos no país é cinco vezes maior do que a de padres católicos, que em 2006 era de 18,6 mil segundo o levantamento Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais. Porém, devido à informalidade da atividade pastoral no país, é certo que os números sejam bem maiores.

FERIDOS QUE FEREM
O chamado pastoral sempre foi o mais valorizado no segmento evangélico. Por essa razão, é de se estranhar quando alguém que se diz escolhido por Deus para apascentar suas ovelhas resolva abandonar esse caminho. Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam explicar os principais motivos que levam os pastores a deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. Uma delas foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, contatou mil pastores que exerciam liderança em suas comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam (item expresso por 98% dos entrevistados), mais da metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho que é fácil ficar desanimado”. Curiosamente, foram os veteranos, com mais 65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das megaigrejas foram os que mais reclamaram de problemas. De acordo com o presidente da área de pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou diversas igrejas –, a principal razão para o desânimo pode vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por uma mentalidade consumista cristã ferem todos os envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu blog pessoal.
Outras pesquisas nos EUA vão além. O Instituto Francis Schaeffer, por exemplo, revelou que, no último ano, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja. Numa pesquisa da entidade, 57% dos pastores ouvidos admitiram que deixariam suas igrejas locais, mesmo se fosse para um trabalho secular, caso tivessem oportunidade. E cerca de 70% afirmam sofrer depressão e admitem só ler a Bíblia quando preparam suas pregações. Do lado de cá do Equador, o nível de desistência também é elevado, ainda mais levando-se em conta as grandes expectativas apresentadas no início da caminhada pastoral pelos calouros dos seminários. “No começo do curso, percebemos que uma boa parte dos alunos possui um positivo encantamento pelo ministério. Mais adiante, já demonstram preocupação com alguns dilemas”, observa o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, o pastor batista Lourenço Stélio Rega. Ele estima que 40% dos alunos que iniciam a faculdade de teologia desistem no meio do caminho. Os que chegam à ordenação, contudo, percebem que a luta será uma constante ao longo da vida ministerial – como, aliás, a própria Bíblia antecipa.
E, se é bom que o ministro seja alguém equilibrado, que viva no Espírito e não na carne, que governa bem a própria casa, seja marido de uma só mulher (ou vice-versa, já que, nos tempos do apóstolo Paulo não se praticava a ordenação feminina) e tantos outros requisitos, forçoso é reconhecer que muita gente fica pelo caminho pelos próprios erros. “O ministério é algo muito sério” lembra Gedimar de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape em Santo Antonio (ES) e líder nacional do Ministério de Apoio aos Pastores e Igrejas, o Mapi. “Se um médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações eternas.”

Desde que foi criado, há 20 anos, em Belo Horizonte (MG), como um braço do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), o Mapi já atendeu milhares de pastores pelo país. Dessa experiência, Gedimar traça quatro principais razões que podem ser cruciais para a desmotivação e o abandono do ministério. “Ativismo exagerado, que não deixa tempo para a família ou o descanso; vida moral vacilante, que abre espaço para a tentação na área sexual; feridas emocionais e conflitos não resolvidos; e desgaste com a liderança, enfrentando líderes autoritários e que não cooperam”, enumera. Para ele, é preciso que tanto os membros das igrejas quanto as lideranças denominacionais tenham um cuidado especial com os pastores. “Muitos sofrem feridas, como também, muitas vezes, chegam para o ministério já machucados. E, infelizmente, pastor ferido acaba ferindo”.
Quanto à responsabilidade do próprio pastor com o zelo ministerial, Gedimar é taxativo: “É melhor declinar do ministério do que fazê-lo de qualquer jeito ou por simples necessidade”. “É preciso criar em torno do ministro algumas estruturas protetoras. É muito bom que o líder conte com um grupo de outros pastores onde possa se abrir e compartilhar suas lutas; um mentor que possa ajudá-lo a crescer e acompanhamento para seu casamento e família e, por fim, ter companheiros com quem possa desenvolver amizades e relacionamentos saudáveis e sólidos”, enumera.

EXPECTATIVAS
Juracy Carlos Bahia, pastor e diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), sediada no Rio de Janeiro, conhece bem o dilema dos colegas que, a certa altura do ministério, sentem-se questionados não só pelos outros, mas, sobretudo, por si mesmos. Ele lida com isso na prática e sabe que o preço acaba sendo caro demais. “Toda atividade que envolve vocação, como a do professor, a do médico ou a do pastor, é vista com muita expectativa. Quando se abandona esse caminho, é natural um sentimento de inadequação”. Para Bahia, o desencantamento com o ministério pastoral é fruto também do que entende como frustrações no contexto eclesiástico. Há pastores, por exemplo, que julgam não ter todo seu potencial intelectual utilizado pela comunidade. “Às vezes, o ministro acha que a igreja que pastoreia é pequena demais para seus projetos pessoais”, opina. Isso, acredita Bahia, estimula muitos a acumularem diversas funções, além das pastorais. “Eu defendo que os pastores atuem integralmente em seus ministérios. Porém, o que temos visto são pastores-advogados, pastores-professores, enfim, pastores que exercem outras profissões paralelas ao púlpito”, observa.
No entender do dirigente da OPBB, esse acúmulo de funções mina a energia e o potencial do obreiro para o serviço de Deus. A associação reúne aproximadamente dez mil pastores batistas e Bahia observa isso no seio da própria entidade: “Creio que metade deles sofra com a fuga das atividades pastorais para as seculares”. Contudo, ele acredita que deixar o ministério não é algo necessariamente negativo. “A pessoa pode ter se sentido vocacionada e, mais adiante na vida, por meio da experiência, das orações e interação com outros pastores, é perfeitamente possível chegar à conclusão que a interpretação que fez sobre seu chamado não foi adequada e sim emotiva”.
Quando, já na meia idade, casado e com dois filhos, ingressou no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), na capital pernambucana, Recife, Francisco das Chagas dos Santos parecia um menino de tanto entusiasmo. Nem mesmo as críticas de parentes para que buscasse uma colocação social que lhe desse mais status e dinheiro o desmotivou. “A igreja, para mim, é a melhor das oportunidades de buscar e conhecer meu Criador para que, pela graça, eu continue com firmeza a abrir espaço em meu coração para que ele cumpra sua vontade em mim, inclusive no ministério pastoral”, anotou em sua redação para o ingresso no SPN, em 1998. Ele formou-se no curso, foi ordenado pastor em 2003 e dirigiu igrejas nas cidades de Garanhuns e Saloá.
Hoje, aos 54 anos, Francisco trabalha como servidor público no Instituto Agronômico de Pernambuco. Ainda não curou todas as feridas e ressentimentos desde que, em 2010, entregou seu pedido de desligamento da denominação. Ele lamenta o tratamento recebido pelos seus superiores enquanto foi pastor. “Minha opinião sobre igreja não mudou. Nunca planejei um dia pedir licença ou despojamento do ministério. Mas entendo que somos o Corpo de Cristo, e, se uma unha dói, todos nós estamos doentes”, pondera. “Não é possível ser pastor sem pensar em restaurar vidas – e existem muitas vidas precisando de conserto, inclusive entre nós, pastores”.
A vida longe dos púlpitos ainda não foi totalmente sublimada e Francisco sabe bem que será constantemente indagado sobre sua decisão de deixar o ministério. “A impressão é que você deixou um desfalque, que adulterou ou algo parecido”, observa. Ele não considera voltar a pastorear pela denominação na qual se formou, porém não consegue deixar de imaginar-se como pastor. “Uma vez pastor, pastor para sempre”, recita, “muito embora as pessoas, em geral, acreditem que seja necessário um púlpito.”

Retirado do site: http://cristianismohoje.com.br/


Deus lhe pague

 Certa vez, um mendigo bate à porta de um homem muito rico e avarento para lhe pedir ajuda. O rico, para se ver livre do importuno, deu-lhe uma moedinha de pouco valor. O mendigo recebeu a moedinha e agradeceu: “Deus lhe pague”. E foi embora.
Mas o rico, que nunca tinha ouvido essa forma de agradecimento, perguntou a um empregado: “quanto vale um ‘Deus lhe pague’?”. O empregado respondeu: “não sei, não, senhor. Talvez o padre possa responder ao patrão”. O rico, curioso, perguntou a um padre: “Quanto vale um ‘Deus lhe pague’?”. O padre retrucou: “Só sei que vale muito. Mas talvez o bispo possa lhe responder com mais precisão”. O homem ficou intrigado, e como era muito avarento, pensou que poderia lucrar com a boa ação que tinha feito ao mendigo. Foi ao bispo, e este lhe respondeu: “Essa pergunta é difícil! Só Jesus Cristo pode responder a senhor!”.
Acreditando tratar-se de algo realmente muito valioso, o rico foi a uma igreja e rezou, pedindo a Jesus Cristo que lhe dissesse quanto valia um “Deus lhe pague”. Como não ouvisse nada, levantou-se e saiu, frustrado. Mas ao sair, eis que na porta da igreja estava sentado um mendigo, o mesmo a quem ele havia dado a moedinha, que lhe estendeu a Mao pedindo uma esmola. O rico, reconhecendo-o, fez-lhe esta pergunta: “se você me disser exatamente quanto vale um ‘Deus lhe pague’, eu sustentarei você com tudo o que você precisar, por toda a sua vida”. Mas o pobre, abaixando a cabeça, disse: “Seu moço, infelizmente eu não posso lhe dizer, porque um ‘Deus lhe pague’ tem um valor infinito. Nem todo ouro do mundo valeria mais do que um ‘Deus lhe pague’ dito com o coração. Mas se o senhor puder me dar um trocadinho, que Deus lhe pague”. O rico, vendo a sinceridade do mendigo que não tirou proveito da situação, deu-se por satisfeito. Cumprindo com sua palavra, cuidou do mendigo com tudo aquilo de que ele precisou, por toda a sua vida.
Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício (Pv 19.17).  
Quanto você paga pela luz do sol, pelas noites estreladas, pela chuva e pela primavera?

                                  ABRINDO CAMINHOS 
                         Dom Itamar Vian / Frei Aldo Colombo
                               Parábolas e reflexões – Paulinas
                            Digitado por: Rev. Zé Francisco.

domingo, 13 de maio de 2012

A RECOMPENSA DA BONDADE


Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os perversos, juntos às portas do justo (Pv 14.19)
Os homens maus temporariamente parecem ser mais fortes, mais espertos e mais bem-sucedidos do que os homens bons. Prevalecem pela força. Fazem estardalhaço nos tribunais e amedrontam pelas suas bravatas. Porém, essa vantagem dos maus é apenas aparente e temporária. A maldade não compensa. As conquistas alcançadas pelo uso da maldade terminam em derrotas amargas e fatídicas. O prevalecimento pela força torna-se fraqueza consumada. As vitórias adquiridas pela injustiça convertem-se em fracasso vergonhoso. Os justos mesmo sofrendo afrontas e ameaças, mesmo colhendo perdas e prejuízos, triunfarão, ao passo que os maus terão de inclina-se perante a face dos bons, e os perversos terão que se dobrar à porta dos justos. A maldade não compensa. Pode parecer robusta e imbatível, mas carrega dentro de si o potencial para o desastre. A bondade, contudo, tem recompensa garantida. Os bons podem até descer à cova, vítimas da mais clamorosa injustiça, mas receberão do reto Juiz a bem-aventurada recompensa. Os justos podem até sofrer temporariamente escárnios e perseguições, mas no final usufruirão de gloriosa recompensa, senão da terra, certamente do céu.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

FELIZ DIAS DAS MÃES