sexta-feira, 22 de junho de 2012

Homossexualidade: o papel da “dura lex” e da “sola gratia”




Nos países livres tanto os homossexuais como os heterossexuais têm direito à palavra. No regime democrático, ninguém deve ser ameaçado e
constrangido a calar-se, tanto na defesa da homossexualidade como na defesa da heterossexualidade. Se antes a tendência era a repressão dos homossexuais, a tendência hoje é a repressão daqueles que se opõem à prática homossexual por princípios morais e religiosos.
Na condenação do homossexualismo, Ultimato deseja, antes de tudo, ser coerente e proclamar para uns e outros que a Bíblia coloca os avarentos, os caluniadores, os trapaceiros, os idólatras, os ladrões e os adúlteros ao lado dos homossexuais passivos e ativos (1 Co 6.9,10). Mas também coloca a prática homossexual ao lado do homicídio, do seqüestro e do perjuro (1 Tm 1.9,10). Para manter-se coerente, a revista entende que a Igreja precisa ser fiel ao compromisso ético e ao compromisso evangélico.
Por força do primeiro, ela se obriga a dizer que a prática homossexual é uma união ilícita. Apesar da complexidade do problema. Apesar da propaganda ostensiva (da novela “Mulheres Apaixonadas” e da Parada do Orgulho Gay, por exemplo). Apesar dos direitos que vão sendo adquiridos (os casais homossexuais têm algum nível de proteção legal em treze países da Europa, em dois da Oceania e no Canadá). Apesar da quebra da unanimidade cristã na condenação ao homossexualismo (uma igreja gay já tem 40 mil fiéis espalhados em dezoito países). Apesar dos escândalos que ocorrem no ambiente cristão (clérigos envolvidos em práticas homossexuais).
Por força do segundo compromisso — o compromisso evangélico — a Igreja se obriga a pregar as boas notícias do amor, da misericórdia e do perdão de Deus. Precisa lembrar e anunciar que Jesus não veio buscar justos, mas pecadores ao arrependimento (Lc 5.31,32). Precisa se lembrar do trato que Jesus dispensou às três mulheres sem nome — a mulher samaritana (Jo 4.1-42), a mulher adúltera (Jo 8.1-11) e a mulher pecadora (Lc 7.36-50). Precisa se lembrar das três parábolas elucidativas de Lucas 15: a da ovelha perdida (apenas uma em cem), a da moeda perdida (apenas uma em dez) e a do filho perdido (apenas um em dois). Precisa se lembrar de que a “dura lex” e a “sola gratia” não são opostas entre si, mas complementares: “A lei sobreveio para dar plena consciência da falta; mas, onde foi grande o pecado, foi bem maior a graça” (Rm 5.20, EP).
Entre o compromisso ético e o compromisso evangélico, o último é mais importante que o primeiro. Pois Jesus veio para “buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19.10). Jesus é a resposta da súplica três vezes milenar: “Andei vagando como ovelha perdida; vem em busca do teu servo” (Sl 119.176).
Fonte: Revista ULTIMATO - Edição 284/set-out - 2003

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Pecado e a Glória de Cristo


D. M. Lloyd-Jones
  
Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. I Timóteo 1.15

Ninguém jamais terá uma concepção verdadeira do ensino bíblico sobre a redenção, se não possuir clareza de entendimento sobre a doutrina bíblica do pecado. E essa é a razão por que muitas pessoas, em nossos dias, são inseguras e vagas em suas idéias a respeito da redenção. A idéia mais comum é a de que o Senhor Jesus é um tipo de amigo ao qual todos podem recorrer em dificuldades, como se isso fosse tudo a respeito dEle. O Senhor Jesus é esse tipo de amigo - e temos de agradecer a Deus! Mas isso não é redenção em todo o seu escopo, em sua inteireza ou em sua essência. Você não pode começar a avaliar a redenção, até que compreenda o que a Bíblia nos ensina a respeito da condição do homem no pecado e de todos os efeitos do pecado no homem. Permita-me dizê-lo com outras palavras: você não pode entender a doutrina da encarnação de Cristo, a menos que entenda a doutrina do pecado. 

A Bíblia nos ensina que o homem estava em uma condição tão deplorável, que exigia a vinda, dos céus à terra, da Segunda Pessoa da bendita e santíssima Trindade. Ele teve de humilhar-se e assumir a natureza humana, nascendo como um bebê. Isso era absolutamente essencial, para que o homem fosse redimido. Por quê? Por causa do pecado e da sua natureza. Por conseguinte, você não pode entender a encarnação de Jesus, a menos que tenha um entendimento claro sobre o pecado. De maneira semelhante, considere a cruz no monte Calvário. O que ela significa? O que a cruz nos diz? O que aconteceu lá? Digo novamente que você não pode entender a morte de nosso Senhor e o que Ele fez na cruz, se não possui um entendimento claro sobre a doutrina do pecado. A completa imprecisão das idéias de muitas pessoas a respeito da morte de nosso Salvador se deve completamente a este fato: e elas não gostam da doutrina da substituição, não gostam da doutrina do sofrimento penal. Isso acontece porque nunca compreenderam o problema e não vêem o homem como um criatura caída no pecado. Estas são as doutrinas fundamentais da fé cristã; não se pode entender a redenção, exceto à luz da terrível condição do homem no pecado. 

Fonte: Devocional do mês da Editora Fiel, Versão online.

DISCIPLINA, O CAMINHO DA SABEDORIA


Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido (Pv 12.1)
A disciplina não é castigo, mas um ato responsável de amor. Não visa esmagar ou destruir o ofensor, mas restaurar-lhe a alma. A disciplina é preventiva, evita que outros caiam no mesmo erro; e também restauradora, ajuda o caído a levantar-se. A disciplina não produz alegria imediata, mas frutos permanentes. As feridas provocadas por ela trazem cura, mas curar superficialmente uma ferida gera morte. Deus só disciplinas os filhos a quem ama. Os bastardos, que não são filhos, são corrigidos. Por isso, perecem em seus pecados. Salomão é categórico: Quem ama a disciplina ama o conhecimento (Pv 12.12). Aprendemos pelos preceitos, pelos exemplos e também por meio dos nossos erros. Um fracasso só é fracasso quando não aprendemos com ele. Nossos erros não precisam ser nossos coveiros; podem ser nossos pedagogos. Só os estúpidos aborrecem a repreensão; os sábios amam a disciplina. A disciplina é o caminho do conhecimento prático e da sabedoria que vem lá do alto.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco