sexta-feira, 22 de março de 2013

FAZEI DISCÍPULOS 3 – O VALOR DA BÍBLIA NA EVANGELIZAÇÃO


TEXTO BÍBLICO: A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu! (Sl 19.7-9).
OBJETIVO PROPOSTO: Reconhecer que a Palavra de Deus é importante para sua vida.
INTRODUÇÃO: A Bíblia é a Palavra de Deus. Cremos que a inspiração ou influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores foi completa, dinâmica e verbal (2Tm 3.1-16; 2Pe 1.20-21;  3.15-16; Mt 5.18; 1Co 1.13). É por meio da Bíblia que Deus revela a sua vontade. Ele resume as ideias e o pensamento de Deus para nós. Jesus Cristo é o tema principal da Bíblia. Ela é constituída de duas partes, AT e NT; escrita em hebraico e grego popular.
REVELAÇÃO ESCRITA
O QUE É:
COMO É:
O QUE FAZ:
LEI
TESTEMUNHO
PRECEITO
MANDAMENTO
TEMOR
JUÍZOS
PERFEITA
FIEL
RETO
PURO
LÍPIDO
VERDADEIROS
RESTAURA
DÁ SABEDORIA
ALEGRIA
ILUMINA
PERMANECE
JUSTIFICA

EXPOSIÇÃO DA LIÇÃO
1. A LEI DO SENHOR É PERFEITA E RESTAURA A ALMA
a)   O substantivo “Lei” => compreende a vontade de Deus revelada ou instrução revelada (Js 1.8);
b)  O adjetivo “perfeita” => Descreve a absoluta perfeição (Sl 18.30; Rm 12.2);
c)   O verbo “restaurar” => Indica o que a Palavra faz em benefício do homem (sl 23.3). Suficiente para restaurar.

2. “O TESTEMUNHO DO SENHOR É FIEL E DÁ SABEDORIA AOS SÍMPLICES”
Testemunho (edut) – um depoimento divino. É a verdade atestada pelo próprio Deus (1Jo 5.9).
“Fiel” significa aquilo que é firme e comprovado, ou seja, o testemunho de Deus é inabalável, irremovível, inconfundível e digno de confiança (ver Mt 7.24-25).
O “símplice” é aquela pessoa ingênua, ignorante e influenciável, que ao receber a influência da Bíblia se torna sábia (2Tm 3.15) – A Bíblia é a fonte de sabedoria e discernimento.
3. “OS PRECEITOS DO SENHOR SÃO RETOS, E ALEGRAM O CORAÇÃO”.
“Preceitos” são orientações e princípios divinos para o caráter e a conduta. Todos precisam e clamam por orientações. (horóscopos, búzios, ocultismo etc.), mas somente os preceitos do Senhor são retos, ou seja, têm o poder de revelar e conduzir ao certo e verdadeiro (Sl 119.105) – O “viver correto” produz alegria. Quando alguém vive segundo os preceitos do Senhor é invadido pela alegria. (Sl 119.50); Jr 15.16).
4. “O MANDAMENTO DO SENHOR É PURO E ILUMINA OS OLHOS”
O substantivo “mandamento” (mitsua) mostra a maneira como Deus se dirige a nós. A Bíblia não é um livro de sugestões. São ordens divinas que devem ser obedecidas. São princípios obrigatórios.
O adjetivo “puro” mostra a clareza e a lucidez da palavra (Sl 12.6). A Bíblia “ilumina os olhos”, ou seja, traz entendimento em meios à ignorância espiritual. Ela está em forte contraste com a sabedoria humana (1Co 1.20).
5. “O TEMOR DO SENHOR É LÍMPIDO E PERMANECE PARA SEMPRE”
A palavra “Temor” é sinônimo para a Bíblia. O propósito da Bíblia é aplicar a vontade de Deus ao ouvinte, suscitando a reverencia. “Temor” fala da admiração reverente a Deus que nos compele a adorá-lO. Portanto a Bíblia é o nosso manual de adoração.
O adjetivo “límpido” fala da ausência de impureza, sujeira ou contaminação. A Escritura é perfeita e inalterável (Mc 13.31). Ela não envelhece e não se desatualiza. O homem pós-modernos é exatamente o que sempre foi desde que caiu, e sempre tem que enfrentar os mesmos problemas. Hoje mais do que nunca, as pessoas precisam da Bíblia.
6. “OS JUÍZOS DO SENHOR SÃO VERDADEIROS E TODOS IGUALMENTE JUSTOS”
“Juízos” são as decisões judiciais que Ele registrou com respeito a várias situação humanas – ordenanças ou vereditos divinos que procedem do trono do Supremo Juiz. A Bíblia é o padrão divino para julgar a vida e o destino eterno dos homens (Sl 98.9). 
 “Verdadeiros”, “verdade” – confiabilidade. (Sl 25.10). Verdade em contraste com a falsidade, a mentira e o engano. À parte da Bíblia não existe a verdade (Jo 8.43-47). Que grande privilegio é possuir a Palavra da Verdade.
Por ser verdadeira, a Bíblia é totalmente justa. A verdade promove a justiça. Na frase “igualmente justos”, o advérbio significa literalmente “justos”, isto é, todos da mesma forma, “justos cada um” (Sl 119.160).
APLICAÇÃO:
1.      A primeira e mais importante decisão da minha é reconhecer a Bíblia como a Palavra revelada de Deus.
2.      Reconhecer a Bíblia como a Palavra de Deus significa aceitá-la como manual de vida “eterna”.
3.      Precisamos reconhecer a necessidade do Espírito Santo para compreender e obedecer a Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
O valor da Bíblia baseia-se no fato de ser ela “do SENHOR”. Cada característica descrita pelo salmista inclui a expressão “do Senhor”. Ela procede de “Yaweh”, o Deus da Aliança (Êx 3.13-15). Não há substitutos para a Escritura no que tange ao atendimento das necessidades da alma humana. Ela provém do próprio Deus. “Toda Escritura é inspirada por Deus”. Declara Paulo.


IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN

Estudo da Escola bíblica do dia 03/03/2013 – Pr. José Francisco.

O ALTO VALOR DO MENSAGEIRO FIEL


O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é mediana (Pv 13.17).
Um mensageiro é aquele que leva a mensagem de alguém para outro alguém. O mensageiro fiel é aquele que leva essa mensagem com fidelidade e agilidade. Ele não retarda o tempo nem muda a mensagem. O mau mensageiro é infiel àquele que o comissionou. E negligente com respeito ao conteúdo da mensagem c descuidado para com a urgência da mensagem. O mau mensageiro não apenas se precipita no mal e cai em dificuldade, mas também faz os outros caírem no mal. O mau mensageiro ainda é aquele que transporta mensagens de morte e não de vida, de escravidão e não de liberdade, de perdição e não de salvação. E agente das trevas, e não da luz. E portador de más notícias, e não arauto das boas-novas. Completamente diferente é o embaixador fiel. Ele é íntegro em seu caráter, fiel à sua missão e zeloso em sua proclamação. O embaixador fiel é medicina. Tem pés formosos e lábios que destilam a verdade. E mensageiro de salvação. E embaixador dos céus, ministro da reconciliação e profeta do Altíssimo. Sua vocação é sacrossanta, sua missão é bendita, sua mensagem é restauradora. O embaixador fiel leva esperança por onde passa, espalha o perfume de Cristo por onde anda e esparge a luz do evangelho por todos os recantos.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

Conheça a receita do amor.


"Viver de forma harmoniosa é uma arte que se aprende".
Se vocês praticarem, haverá uma mudança radical!
1. Nunca fiquem ambos zangados ao mesmo tempo;
2. Nunca lance no rosto um do outro os erros do passado;
3. Nunca se esqueçam das horas felizes de quando começaram a se amar;
4. Nunca se encontrem sem um terno bem-vindo;
5. Nunca usem indiretas, quer estejam sozinhos ou em presença de outros;
6. Jamais grite um com o outro, a não ser que a casa esteja pegando fogo;
7. Procure cada um se esforçar ao máximo para estar de acordo com os desejos do outro;
8. Seja a renúncia de si mesmo o alvo e a prática de cada dia;
9. Nunca deixem o sol se pôr sobre qualquer zanga ou ressentimento; melhor mesmo é não se zangar!
10. Jamais dêem ensejo a que um pedido razoável tenha de ser feito duas vezes;
11. Nunca façam um comentário em público que possa magoar o outro, às vezes, parece engraçado, mas fere;
12. Nunca suspirem pelo que poderia ter sido, mas tirem o melhor partido daquilo que é;
13. Não censurem, a não ser que tenham a certeza de que uma falta foi cometida e, mesmo assim, falem sempre com amor;
14. Jamais se despeçam sem palavras amáveis, nas quais pensem enquanto separados. Breves palavras proferidas na manhã preenchem um longo dia;
15. Não deixem que nenhuma falta cometida fique sem ser confessada e perdoada;
16. Não se esqueçam de que o lugar mais próximo do céu na terra é aquele em que duas almas se tornam parceiras no amor sacrificial;
17. Não fiquem satisfeitos enquanto não tiverem certos de que estão ambos trilhando o caminho estreito e reto, um ajudando o outro;
18. Jamais se esqueçam de que o casamento foi estabelecido por Deus e que só a sua benção pode torná-lo o que deve ser;
19. Não permitam que esperanças terrenas os distanciem do lar eterno;
20. Jamais deixem de regar o amor com muito carinho e afeto.
Ser feliz é possível, porém é uma busca permanente que requer muito amor, esforço e dedicação.
Outro dia eu li em algum lugar uma frase que me chamou atenção, "A felicidade é um sentimento que se multiplica na medida que você vai repartindo".
Meu conselho a você é, nunca aceite viver dentro de um casamento infeliz, você pode ser um agente de transformação para fazer do seu relacionamento uma fonte de nutrição permanente.
O casamento pode ser aquilo que você decidir que ele seja. Pratique esse princípio, entre ter razão e ser feliz, faça sempre a melhor escolha, ser feliz.
Muitas vezes gastamos dez reais em uma discussão por aquilo que não vale cinqüenta centavos. As mulheres felizes no casamento, sabem colocar inteligência nas suas emoções, elas respondem com base em princípios e não de acordo com o que estão sentindo.
Você pode fazer parte do grupo de mulheres que vivem o melhor de Deus nesta terra dentro do seu relacionamento conjugal.
Viva com intensidade, seja otimista, invista em você e no seu cônjuge, diga sempre não ao conformismo. A grandeza de uma mulher está na sua capacidade de vencer a si mesma e se tornar agente de mudança aonde quer que Deus a colocar.
Que o Senhor da qualidade de vida, Jesus, seja sempre a fonte da sua alegria de viver ao lado do seu marido!
"Que na sua mesa nunca falte o pão de trigo, no seu relacionamento, o pão do carinho e no ambiente da sua casa, o Pão Vivo que desceu do céu, Jesus, o nosso Senhor!"

Do Livro: Os 5 Segredos das Mulheres Felizes no Casamento - Josué Gonçalves.

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Poder do Louvor (2)


O verdadeiro louvor torna-se um meio pelo qual o poder de Deus opera no meio da igreja. Existem vários fatores que tornam o louvor uma força influente e outros que podem até inutilizá-lo. O poder do louvor se relaciona a vários elementos: seu veículo, seu conteúdo, sua origem, seu propósito e seu agente.
Na maioria das vezes, o louvor tem a música como veículo. Encontra-se aí então um elemento poderoso. A música é uma linguagem universal e tem o poder de influenciar o corpo e a mente das pessoas em qualquer lugar do mundo, em qualquer cultura. Ritmo e melodia exercem influência psicológica, produzindo efeitos físicos diversos. O corpo é induzido ao movimento, de modo quase automático. A mente se torna receptiva quando a música é agradável. Desse modo, sentimentos são estimulados e comportamentos são alterados.
O poder da música explica sua ampla utilização no nosso dia-a-dia, seja nos anúncios comerciais, nos eventos, nas religiões, na política, na didática, nas forças armadas, no futebol, nas terapias, etc.. Com motivo ou sem motivo, com objetivo específico ou por simples prazer, a música está em toda parte em virtude do poder que lhe é inerente.
As forças armadas se utilizam da música para estimular o patriotismo de seus soldados. Os hinos dos times de futebol também conseguem efeito semelhante em suas torcidas. Não é de se estranhar que alguns jogos terminem em guerra. Nas campanhas políticas a música é usada para gravar na memória os nomes dos candidatos, seus números e suas ideologias. O mesmo recurso é usado por alguns professores para que seus alunos guardem fórmulas matemáticas e regras gramaticais.
Ao ouvir uma música, podemos nos lembrar de fatos passados, lugares, pessoas, sentimentos, como se, por um momento, estivéssemos revivendo tudo aquilo.
A música provoca estados emocionais diversos: agitação, calma, romantismo. Pode fazer rir ou chorar.
Acrescentando a tudo isso a letra, a mensagem e o seu significado, teremos o poder musical multiplicado.
A música é algo poderoso e isto é muito sério, pois o seu uso pode ser para o bem ou para o mal. Existem músicas que estimulam a rebeldia, a violência, o vício, o sexo e até mesmo o suicídio. Muitas pessoas têm seu comportamento influenciado pelo tipo de música que ouvem.
Quando trabalhamos com a música dentro da igreja, devemos estar conscientes de que estamos manipulando algo muito poderoso. Precisamos estar atentos para não usarmos a música de um modo que venha estimular o pecado.
O poder do louvor é muito mais do que o poder da música, mas esta abordagem nos permite compreender o princípio da questão. Através do louvor nós influenciamos as pessoas. Que tipo de influência estamos passando?
A música evangélica, quando usada corretamente, é poderosa para a fixação da palavra de Deus, para sua compreensão e para conduzir as pessoas à contrição ou ao júbilo na presença do Senhor. Para ter plena eficácia, nosso louvor precisa ter a unção e o poder do Espírito Santo, conforme abordaremos mais especificamente em nossos próximos artigos.
O poder da música foi criado por Deus. Contudo, é um princípio universal e está à disposição de todos. Até o Diabo usa a música para os seus fins escusos. Que nós possamos usá-la para a honra e para a glória do nosso Deus.

Em caso de utilização desse material, favor mencionar o nome do autor: Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

O CONHECIMENTO VALE MAIS DO QUE OURO


Todo prudente procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura (Pv 13.16).
O conhecimento é um bem inalienável. Investir em conhecimento é acumular um tesouro que ninguém lhe pode roubar. O conhecimento vale mais do que ouro. E uma joia que brilha sempre e nunca perde o valor. O prudente procede com conhecimento. Seu conhecimento o promove, o destaca e o faz assentar-se entre príncipes. Os bens materiais podem ser roubados e saqueados, mas nenhuma força da terra pode arrombar o cofre onde você entesoura o conhecimento. O prudente, porém, não é apenas aquele que tem o conhecimento, mas também aquele que procede com conhecimento. Sabedoria é o conhecimento corretamente aplicado. Não basta saber; é preciso colocar em prática o que se sabe. Tanto o saber sem agir como o agir sem saber são atitudes insensatas. O tolo é aquele que rejeita o conhecimento e ao mesmo tempo espraia a sua loucura. Fala do que não entende e age inconsequentemente. Espalha sua tolice, provoca desconforto com suas ideias insensatas e com suas atitudes agressivas magoa as pessoas à sua volta. Invista no conhecimento; ele vale mais do que ouro!
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Batismo com o Espírito Santo e com Fogo


“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3:11).
A nossa intenção neste pequeno artigo não é analisar de uma forma geral o ensinamento antibíblico de um batismo com o Espírito Santo pós-conversão, defendido pelos pentecostais e neopentecostais. Antes, queremos atentar para a passagem acima e ver à luz das Escrituras o que significa o “batismo com o Espírito Santo e com fogo” (vale ressaltar que esta é uma das passagens prediletas dos pentecostais e neopentecostais, a qual eles afirmam ensinar a necessidade de um revestimento de poder para os crentes após a conversão).
Tanto pentecostais como muitos reformados creem que “o batismo com o Espírito Santo e com fogo” se refere ao batismo que os crentes genuínos recebem (é claro que a diferença quanto ao tempo desse recebimento e a extensão do mesmo é fundamental entre esses dois grupos). Mas o que diz “a Lei e o Testemunho”?
Primeiramente, vejamos o contexto da passagem: 7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? 8 - Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento 9 - e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 10 - E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. 11 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 - Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. (Mateus 3:7-12, ênfase adicionada).
Analisando cuidadosamente o discurso de João Batista, vemos que a expressão “batizará com o Espírito Santo e com fogo” refere-se a dois batismos distintos para duas classes de pessoas distintas: - O batismo com o Espírito é para o trigo, ou seja, para aqueles que produziram,
pela graça de Deus, frutos dignos de arrependimento. O trigo é recolhido no Seu celeiro em virtude de ser algo muito valioso, muito precioso.
- O batismo com fogo é para a palha, ou seja, para aquelas “árvores” que não produziram frutos, as quais serão cortadas e lançadas no fogo. Assim, a palha será separada do trigo, ou seja, os ímpios dos bons, e será queimada no fogo que nunca se apaga.
Além do mais, João Batista não estava se dirigindo aos discípulos dele ou de Cristo. Ao contrário, ele falava com os “fariseus e saduceus” que estavam querendo se batizar, sem demonstrar arrependimento. A esses ele diz: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?”. Certamente João Batista não prometeria um batismo com Espírito Santo para tais pessoas.
Portanto, ao invés do “batismo com fogo” ser uma promessa para os crentes, ele é uma frase expressiva dos terríveis julgamentos que Ele (Jesus) infligiria sobre a nação Judia e sobre todos quantos morressem impenitentes; quando Ele os condenará pelo pecado de rejeitá-Lo; e quando Ele aparecer como o “fogo do ourives” e como o “sabão dos lavandeiros” (Malaquias 3:2); quando “o dia do Senhor” vier “ardendo como forno” (Malaquias 4:1); quando Ele “limpar o sangue de Jerusalém”, Seu próprio sangue e o sangue dos Apóstolos e Profetas derramados nela, “do meio dela, com o espírito de justiça e com o espírito de ardor”; o batismo com fogo é o mesmo que a “ira vindoura”, com a qual os ouvintes de João Batista são ameaçados no contexto, na ocasião da qual as árvores infrutíferas “serão cortadas e lançadas no fogo” e a “palha” será queimada com fogo que nunca se apaga.
Aqueles que insistem em afirmar que o “batismo com o Espírito Santo e com fogo” se refere a um só batismo, experimentado pelos crentes, costumam apelas para Atos 2:3 como prova de sua teoria. Contudo, lemos assim nesse verso: “Apareceram línguas como de fogo, pousando sobre cada um deles”. Note que as línguas eram COMO de fogo e não DE fogo, ou seja, elas tinham apenas aparência de fogo. Além do mais, não vemos este ato repetido em numa parte da Bíblia. Até mesmo no batismo de Cornélio e de sua casa, o qual Pedro afirma ser o mesmo fenômeno experimentado por ele e os outros apóstolos, as “línguas como de fogo estão ausentes”. Poderíamos ainda dizer que se “línguas como de fogo” fosse cumprimento de “batismo com fogo”, esta promessa não é para nós, visto que ninguém, senão os 120 reunidos no cenáculo no dia de Pentecoste, experimentou isso em toda a história cristã.
É verdade que, como Calvino disse, é Cristo quem concede o Espírito de regeneração, e que, como o fogo, este Espírito nos purifica retirando a nossa imundícia. O Espírito tanto ilumina como purifica. Contudo, Mateus 3:11 não se refere a esta obra purificadora nos crentes, mas ao juízo final preparado para os ímpios. Portanto, concluímos com o puritano Dr. John Gill: “E como este sentido [o de julgamento para os ímpios] melhor concorda com o contexto, creio ser ele o genuíno; visto que João não está falando para os discípulos de Cristo, que ainda não tinham sido chamados, e que somente no dia de Pentecostes foram batizados com o Espírito Santo e com fogo, no outro sentido desta frase [no sentido de fogo como a obra da graça purificadora para os crentes – ver Isaías 6:6,7; Zacarias 13:9; Malaquias 3:3; 1 Pedro 1:7]; mas ele se dirigia aos Judeus, alguns dos quais tinham sido batizados por ele”. (Do Livro Línguas estranhas entre nos Crentes)
http://www.monergismo.com/textos/pentecostalismo/batismo_espiritosanto.htm
Autor: Felipe Sabino de Araújo Neto
(No próximo: Qual o tipo de línguas em 1Cor 14? – Aguarde).

REV. JOSÉ FRANCISCO – IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN
VIVENDO E CRESCENDO NO EVANGELHO

O VALOR INESTIMÁVEL DO BOM SENSO


A boa inteligência consegue favor, mas o caminho dos pérfidos é intransitável (Pv 13.15).
O bom senso cabe em todo lugar. O bom senso abre portas, desbloqueia caminhos, remove obstáculos e alcança favores. O bom senso ou a boa inteligência não trilha pelo caminho da arrogância. Não estica o pescoço com a tola intenção de sobressair-se sobre os demais. O bom senso não proclama seus próprios feitos, não faz propaganda de suas próprias obras nem se arvora soberbamente contra os outros apenas para denunciar suas fraquezas. A boa inteligência consegue favor porque segue as pegadas da humildade, e a humildade é o portal da honra. Completamente diferente é o caminho do pérfido, soberbo e infiel. Seu caminho é áspero e intransitável. Sua companhia é indesejável, suas palavras são insensatas, suas ações são injustas, sua vida é um laço mortal. A Palavra de Deus nos mostra que o segredo da felicidade é afastar-nos do caminho dos perversos. Diz o salmista: Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite (SI 1.1,2).
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

Louvor e Adoração (1)


“Todo ser que respira louve ao Senhor” Salmo 150.6
O louvor tem sido cada vez mais valorizado e praticado pelos cristãos. Compositores, cantores e instrumentistas têm se dedicado muito, o Senhor tem abençoado, e a qualidade da música cristã vem melhorando bastante nas últimas décadas. Por outro lado, a falta de conhecimento ainda produz erros diversos e impede que muitas pessoas alcancem o nível de adoração que o Senhor deseja. É, portanto, oportuno que empreendamos um exame bíblico e uma análise do tema que nos permita avaliar nossa realidade e nossos conceitos nessa importante área da prática cristã. Esta é a primeira de uma série de mensagens, nas quais estaremos abordando vários aspectos ligados ao louvor e à adoração, buscando, assim, o conhecimento que nos ajude a oferecer ao Senhor o melhor dos nossos lábios e do nosso coração.

É importante ressaltarmos a diferença entre louvor e adoração. Louvor é elogio. É expressão de reconhecimento das qualidades de alguém ou de seus atos. Tal expressão normalmente se faz através de palavras. Quando dizemos: “Senhor, Tu és maravilhoso”, isto é louvor. Quando dizemos: “Senhor, muito obrigado pelo alimento”, isto é ação de graças, agradecimento. A adoração, por sua vez, é uma atitude espiritual, caracterizada por um amor intenso, reconhecimento da majestade divina e se traduz em disposição para servir ao Senhor. A adoração é interior, mas pode ser acompanhada de gestos exteriores, tais como o levantar das mãos, em sinal de rendição, ou o ajoelhar ou o prostrar-se diante do Senhor.

O louvor pode ser dirigido a Deus ou aos homens (Pv.27.21; Pv.31.30; Rm.3.3; II Cor.7.14). Afinal, louvor é elogio. A bíblia diz que o próprio Deus louvará aos salvos (I Cor. 4.5). A adoração, porém, só pode ser dirigida a Deus. “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto” (Mateus 4.10; Ap.19.10).
Podemos louvar ao Senhor com nossas palavras, declarando seus atributos e a grandeza dos seus feitos. Esta é também uma forma de testemunho da nossa fé. Podemos fazer isto falando ou cantando. Vemos, portanto, que louvor não é sinônimo de música, como muitos consideram. É preciso que compreendamos isso. O louvor a Deus, antes de ter uma forma musical, precisa ser uma experiência pessoal e espiritual. É maravilhoso cantar as canções que outros irmãos fizeram, mas é também importante que cada pessoa louve ao Senhor com suas próprias palavras, falando ou cantando sobre sua própria realidade e sua experiência com Deus. Louvor é uma forma de oração.
O louvor existe, não para ser um elemento a mais no culto, nem para servir como entretenimento. Sua beleza muitas vezes nos deixa maravilhados, mas isso não é o mais importante. Muitas vezes ficamos preocupados com as questões técnicas do louvor musical e nos esquecemos dos fatores espirituais. Tudo isso tem a sua importância, mas o espiritual precisa ser priorizado, embora não sirva como desculpa para a deficiência técnica.

Como ministros de louvor, trabalhamos muito para a sua realização, e da melhor forma possível. Precisamos, porém, estar atentos para o objetivo do que fazemos. O louvor foi realizado, mas... foi eficaz? Produziu efeitos? Muitas pessoas nem imaginam que o louvor possa produzir algum efeito. Mas vejamos o que diz o texto de Atos 16.25-26: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.” Nesse episódio, o efeito do louvor foi a libertação dos cativos. O poder de Deus se manifestou naquele lugar.

O louvor precisa sair do coração do homem, iluminado pelo Espírito Santo, e alcançar o coração de Deus. Existem muitas questões implícitas nessa frase, muitos aspectos que viabilizam ou bloqueiam o verdadeiro louvor, conforme estudaremos oportunamente. Quando conseguimos alcançar o coração de Deus e agradá-lo, então o Senhor libera o seu poder, de maneira que naquele ambiente, onde o verdadeiro louvor se realiza, a ação de Deus acontece. Os demônios não podem permanecer (I Sm.16.16; Salmo 149.6-9). Os oprimidos são libertos e há uma atmosfera celestial, propícia à ação do Espírito Santo e adequada para o pronunciamento da mensagem profética (II Rs.3.15-16).

Que o Senhor nos abençoe para que o nosso louvor seja aperfeiçoado como instrumento do Espírito Santo no meio do seu povo.

Autor: Profº Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia