sábado, 16 de fevereiro de 2013

AS REGRAS "PARA FALAR EM LÍNGUAS"


Como temos visto através de 1 Coríntios 14, Paulo esteve severamente restringindo o dom de línguas. Começando com o verso 26, contudo, ele adiciona mais regras ainda. Nenhum outro dom é regulado como o é o dom de línguas. 
Paulo esteve explicando aos Coríntios o propósito dos dons, que eles servem como um sinal para os incrédulos. Agora ele lhes diz que este propósito não pode ser servido, a menos que o dom seja exercido do maneira apropriada e de acordo com determinados linhas de direção.

Aqui estão as regras que o apóstolo Paulo dá para o exercício do dom de línguas:
1. Edificação (verso 26). Este é o princípio regulador de todos os dons em geral. Eles devem servir para edificar os outros.
2. Não mais do que três num culto (verso 27). “Quando muito três” indica que ter três diferentes pessoas falando em línguas em um dado culto seria raro. Congregações inteiras falando, cantando ou orando em línguas é especificamente proibido aqui.
3. Um de cada vez (verse 27). "Cada um por sua vez" restringe o falar em línguas a um homem por vez; qualquer um a mais acrescentaria somente confusão. Já é uma confusão suficiente escutar um idioma estrangeiro; escutar duas ou mais pessoas ao mesmo tempo seria fútil e certamente não poderia edificar. A prática comum contemporânea de ficar de pé falando em línguas durante a pregação é também proibida aqui.
4. Deve haver somente um intérprete (verso 27). O verbo Grego “um” é o número um, não uma palavra geral se referindo a “algum”. Paulo requer aqui que o mesmo intérprete dê as interpretações das mensagens dadas por uma, duas ou no máximo três pessoas. Nenhum outro intérprete deve falar.
5. O intérprete deve ser alguém à exceção daqueles que estão falando em línguas (versos 27-29). Paulo não permite que alguém fale em uma língua para dar sua própria interpretação.
6. Ordem (versos 29-33, 40). Os dons nunca devem ser exercidos de um modo que tenda à “confusão”, porque depreciaria seu propósito (edificar). Embora o formalismo não seja a única resposta, o caos é claramente excluído. O serviço de adoração deve ser conduzido de uma forma ordenada.
7. Auto controle (verso 32). "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” exclui qualquer escusa tal como, “Eu simplesmente não pude me refrear; o Espírito Santo apenas tomou o comando”! Paulo expressamente requer que o homem esteja em controle de suas faculdades mentais em todo tempo. Ser “arrastado” é refletivo das religiões pagãs, não dos dons Cristãos (1 Coríntios 12:2). Esta regra impede qualquer assim chamado “cair no Espírito” ou algo semelhante em que a pessoa está completamente fora de controle; quando o Espírito Santo requer auto controle, Ele então não causará o oposto. Ele não violará Sua própria palavra. A objeção frequentemente dada é, “Mas e se o Espírito Santo me encher de uma forma que eu perca o contato com a realidade?” ou, “Eu simplesmente não pude controlar o Espírito”, ou algo parecido. Mas a clara premissa deste versículo é que o Espírito Santo nunca fará isto. Ele proibiu-a, e Ele simplesmente nunca fará algo que é contrário à Sua palavra. Nunca!
8. Nenhuma mulher permitida (versos 35-38). Paulo não poderia ser mais claro nesta proibição. “As mulheres estejam caladas nas igrejas”. Não importa ao que mais se refira, isto pelo menos refere-se ao exercício dos dons de línguas e profecia, porque este é o contexto no qual este mandamento é dado. Percebendo, evidentemente, a tempestade de protesto que este mandamento receberia, Paulo acompanha o mesmo com uma declaração de autoridade nos versos 36-38, que diz, efetivamente, “se você não concorda comigo nisto, você é um arrogante (verso 36), não espiritual (verso 37), e um rebeldemente ignorante” (verso 38). A regra não poderia ser mais clara; rejeitá-la desafia diretamente o apóstolo inspirado.
Outras restrições já apontadas, mas não declaradas ou listadas naqueles versos também se aplicam. Eles são as seguintes:
9. As línguas devem ser idiomas. Balbucio é completamente estranho ao dom de línguas do Novo Testamento. Falar em uma “expressão extática” é inteiramente sem garantia Bíblica.
10. As línguas devem servir para propósitos apropriados. O uso pessoal e devocional não é o propósito Bíblico servido pelo dom.
11. As línguas devem ser públicas. O uso privado do dom é completamente sem precedente e não pode servir como um sinal para os incrédulos.

SUMÁRIO

Estas são as regras para o dom de línguas nas quais o apóstolo inspirado não deixa espaço para debate (versos 36-38). Onde estas regras não são seguidas, podemos estar certos de que não é um dom genuíno, mas uma falsificação.
Novamente, alguém pode objetar, “Mas todas estas restrições podem abolir inteiramente a prática!” E novamente também, esta é uma observação muito criteriosa. Pergunto-me o que aconteceu em Corinto. (Do Livro Línguas estranhas entre nos Crentes)


(No próximo: A Cessação das Línguas? – Aguarde).

Pr. José Francisco – Igreja Presbiteriana do Brasil

IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN
VIVENDO E CRESCENDO NO EVANGELHO

DO CORDEL "O MUNDO TÁ DIFERENTE"


Para fazer estes versos
Peço a Deus sabedoria
Vamos juntos analisar
O mundo de hoje em dia
Se comparar com o passado
Vamos ficar abismado
Minha avó bem que dizia

Ela bem que entendia
Do presente e do passado
Não está mais com agente
Foi morar do outro lado
Mas deixou o seu ensino
Aprendi desde menino
Por isso sou preparado

Observe o meu recado
E veja o que vou falar
Pois a nossa juventude
Não sabe mais respeitar
A educação é fraca
O mundo ta de ressaca
A tendência é piorar



Nossa educação no lar
Está muito ultrapassada
Ninguém chama de senhor
Quem tem idade avançada
A benção não pede mais
Ninguém respeita os pais
A coisa está bagunçada


Na minha época passada
Minha mãe me ensinou
A respeitar os mais velhos
Fazendo a ele favor
Sempre com educação
Pedindo dele a benção
Isso tinha muito valor


Mas esse tempo, doutor,
Passou e não volta mais
Hoje vemos é rebeldia
Dos filhos contra os pais
Não querendo obedecer
Fazem seu próprio querer
Nisso todos são iguais

E se isso vai mudar
Resta a nós a esperança
Em Jesus de Nazaré
Ponho nele a confiança
Vou ensinar com amor
O caminho do Senhor
Ainda quando criança

O Autor desses versos é Pastor-teólogo da Igreja Presbiteriana em Ipanguaçu-Rn.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O PROPÓSITO DAS LÍNGUAS


O Propósito Errado

É comumente crido que as línguas servem para o propósito de auto-edificação. As línguas, muitos pensam, edificam aquele que fala com elas; e assim, este é o propósito delas.
Contudo, a ideia de que as línguas são para edificação própria é completamente infundada; ela é precisamente contrária a tudo o que Paulo estava construindo através dos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios. O apóstolo enfatizou grandemente que os dons espirituais são para a edificação de outros. Ele diz em 1 Coríntios 12:7 que os dons são “para o bem comum”. O cântico do amor de Paulo em 1 Coríntios 13 é tão linda, em si e de si mesmo, que muitos perderam seu ponto exato: ele está mostrando que os dos devem ser exercitados em amor, e se eles são exercitados em amor, eles devem ser exercitados para o benefício de outros, não próprio. “O amor não busca os seus próprios interesses” (verso 5) mas se foca nos outros. Exercitar um dom simplesmente para o benefício pessoal seria uma prostituição dele.
Esta é precisamente a carga do argumento de Paulo em 1 Coríntios 14. Os dons são para edificar os outros, a igreja, não a si próprio (veja os versos 3, 4, 5, 12, 17, 26). Seu argumento nos versos 1-3 é simplesmente que as línguas são inferiores porque elas não tendem à edificação como fazem as profecias.
O argumento frequentemente dado é que em 1 Coríntios 14:2 e 4 Paulo declara que a auto-edificação é o propósito das línguas: “Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios...O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”. Isto, contudo, é um completo mal-entendido do verso; de fato, isto é precisamente a reversão do seu significado pretendido. Sim, se um homem se levanta na igreja e fala em uma língua (sem intérprete), somente Deus o entende, assim ele não fala aos homens, somente a Deus, e somente a própria pessoa é edificada. Paulo não está comentando isto – ele está criticando isto. Ele diz, “isto é o que vocês estão fazendo, mas isto não é bom. Isto é ruim! É um uso impróprio de um dom. Você deveria antes “edificar a igreja”. Ele está simplesmente expressando a prática deles como um prelúdio de sua condenação dela; ele não está declarando o propósito das línguas. (Paulo usou este mesmo tipo de argumento anteriormente; veja 1 Coríntios 11:21) Isto não é dizer que um dom não pode edificar aquele que está exercitando-o. Um pregador ou professor está continuamente edificado pelo uso de seu dom, como toda outra pessoa pelo uso de seu próprio dom. Mas isto simplesmente significa que este não é o propósito de nenhum dom; os dons foram dados para capacitar os crentes a ministrar aos outros. Usá-los para qualquer outro propósito seria uma prostituição egoísta deles. Nenhum homem tem direito de usar seu dom para o mero propósito de autoedificação.
Além do mais, o fato de que as línguas foram dadas para ser um sinal para os incrédulos também exclui qualquer ideia de uso privado ou devocional do dom (isto será desenvolvido abaixo).
E mais, se as línguas foram designadas para edificar, a igreja em Corinto certamente teria sido uma igreja diferente. Nenhuma igreja no Novo Testamento falou em línguas mais do que a igreja em Corinto; todavia, nenhuma igreja no Novo Testamento era mais carnal. Claramente, as línguas não edificaram os Coríntios.

Os Propósitos Declarados

O Novo Testamento é claro em seu ensino que os dons espirituais são para o propósito de edificar a igreja. As línguas não têm este efeito: quando elas eram traduzidas, elas tinham a função equivalente à da profecia. Que as línguas eram então edificantes para a igreja (quando propriamente usadas) não pode ser questionado. Contudo, no caso das línguas, a edificação era somente secundária; elas tinham um propósito maior.
Após exortar os crentes de Corinto para terem um pensamento mais maduro sobre o dom, Paulo cita Isaías 28:11-12 para estabelecer o propósito das línguas: “Está escrito na lei: Por homens de outras línguas e por lábios de estrangeiros falarei a este povo; e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; a profecia, porém, não é sinal para os incrédulos, mas para os crentes” (1 Coríntios 14:21-22). Este é o propósito declarado e pretendido das línguas: elas são para um sinal, um sinal para os incrédulos.
Este é, então, o porque as línguas têm tão pequeno propósito na igreja: elas são para um sinal para os incrédulos. Seu propósito primário não era ministrar aos crentes, mas aos incrédulos – para despertar sua atenção ao evangelho e confirmar a credibilidade do Cristianismo em geral. Este é precisamente o propósito satisfeito com a ocorrência inicial do dom de línguas (Pentecoste, Atos 2).
Nem Paulo necessariamente implica nestes versos (1 Coríntios 14:21-22) que as línguas são para um sinal de julgamento ou um sinal para os Judeus somente, como é frequentemente ensinado. Ele meramente cita Isaías para traçar um princípio a partir dele, a saber, que as línguas servem como um sinal para os incrédulos. Jesus disse aos Judeus que eles não teriam outro sinal, exceto aquele da ressurreição (Mateus 16:4); e o próprio apóstolo Paulo já tinha dito aos Coríntios que os Judeus pediam mas não recebiam um sinal (1 Coríntios 1:22-23). Se este sinal era para os Judeus somente, Paulo certamente teria declarado isto amplamente na igreja Gentílica em Corinto; antes, ele meramente diz que as línguas eram sinal para os incrédulos, quer Judeu, quer Gentio. Isto é tudo que é requerido a partir desta declaração. As línguas eram um sinal para os incrédulos confirmando o evangelho e a nova mensagem Cristã.
Se o finalzinho de Marcos é genuíno ou mesmo historicamente correto, Jesus também declarou ser este o propósito das línguas; línguas são “sinais” (Marcos 16:17).
Embora este seja o declarado e assim, primário, propósito do dom de línguas, eles também serviam outro propósito: eles demonstravam o recebimento do Espírito Santo e a unidade no Corpo de Cristo. Agora, tenha cuidado! Isto não é dizer que as línguas são evidência de um Batismo do Espírito subsequente à salvação. Mas no livro de Atos, as línguas serviam para demonstrar o recebimento do Espírito, isto é, a salvação. Pela natureza disto, então, aqueles que falavam em línguas davam evidência de sua unidade no corpo de Cristo. Isto é precisamente o que aconteceu em Atos 2. Foi o dom de línguas dado para a casa de Cornélio que convenceu Pedro que os Gentios também tinham recebido o Espírito e assim se tornado parte da igreja também (Atos 11:15-58, se referindo aos eventos de Atos 10:44-48). O mesmo foi demonstrado em Atos 19 com os discípulos de João o Batista e também em Atos 8 com os Samaritanos, se realmente as línguas ocorreram ali. Crentes de todos os tipos – Judeus, Samaritanos e Gentios – receberam o mesmo dom e por isto deram evidência de sua unidade no mesmo corpo, o Corpo de Cristo.

Sumário

As línguas nunca foram pretendidas para o uso pessoal, devocional, nem pode ser encontrado qualquer verso das Escrituras que ensine tal coisa. Seria uma razão egoísta e injustificada para o exercício do dom. Os dons espirituais foram dados para edificar os outros. O dom de línguas, especificamente, foi dado como um sinal para estabelecer o evangelho e o movimento Cristão. Eles ainda serviram para demonstrar o recebimento do Espírito Santo (salvação) e assim a unidade de todos aqueles dentro da família da fé. (Do Livro Línguas estranhas entre nos Crentes)

(No próximo: As Regras “para falar línguas”? – Aguarde)
Pr. José Francisco – Igreja Presbiteriana do Brasil
IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN
VIVENDO E CRESCENDO NO EVANGELHO

FILHO ESCUTE SEU PAI


O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão (Pv 13.1)
A obediência aos pais é o caminho mais seguro para a felicidade e a rota mais certa  para a prosperidade. É ordem de Deus: Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá (Ex 20.12). O apóstolo Paulo disse que este é o primeiro mandamento com promessa. A obediência aos pais é uma atitude justa, um princípio universal. Sua ausência é sinal de decadência da sociedade. O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão. Aqueles, porém, que não escutam os conselhos sofrerão a chibata. Aqueles que fecham os ouvidos à repreensão, esses oferecerão as costas aos açoites. Muitas tragédias acontecem ainda hoje porque os filhos tapam os ouvidos aos conselhos dos pais. Muitos casamentos errados acontecem porque os filhos não escutam os pais. Muitos acidentes ocorrem porque os filhos são rebeldes aos ensinamentos dos pais. As cadeias e os hospitais estão cheios de filhos vitimados pela rebeldia, e os cemitérios estão salpicados de jovens que foram ceifados precocemente porque, rebeldes, não quiseram ouvir o conselho de seus pais. Permanece o alerta: Filhos escutem seus pais. Esse é o caminho deleitoso da vida!
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Os Faladores de Línguas: Quem Pode Falar?

Olá queridos leitores. Voltamos com mais um estudo sobre as línguas estranhas. demoramos um pouquinho e pedimos desculpas, pois são muitos artigos e quando vamos fazer a escolhas alguns têm prioridades. Bom estudo. Lembrando que esses estudos são de autores diversos e retirados do Livro "línguas Estranhas Entre os Crentes".


Enquanto muitos hoje estão reivindicando que todo Cristão deve desfrutar da benção de falar em línguas, é claramente evidente que o Novo Testamento nunca nem mesmo implica tal coisa. Os dons são dados soberanamente, “como Ele quer” (1 Coríntios 12:11). A igreja é um corpo, cada membro tem diferentes funções. Se todo o corpo tem o mesmo dom, não haverá nada senão confusão: “Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?” (1 Coríntios 12:17)
Paulo expressamente declara em 1 Coríntios 12:29-30 que nem todos falam em línguas: “Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos?” Estas questões, como estão construídas no Grego, demandam uma resposta negativa. Para entender isto completamente, as questões devem ser lidas assim: “Não são todos apóstolos, são? Não são todos profetas, são?” etc. A declaração clara é que Deus nunca pretendeu que todos os crentes tivessem o mesmo dom.
Muitos Carismáticos contemporâneos, vendo a força disto, simplesmente dizem que há dois tipos diferentes de línguas – uma como um dom per se, e a outra como uma língua para uso pessoal, privado e pretendida para todos os crentes. Evidência? Em nenhum lugar a Bíblia nem mesmo sugere que haja um dom de línguas que não seja o dom de línguas. A asserção disto é simplesmente gratuita.

Sobre este assunto eu recomendo o artigo do Rev. Augustus Nicodemus no seguinte endereço: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/02/entrevista-sobre-cessacionismo-e.html

(Do Livro Línguas estranhas entre nos Crentes)

(No próximo: O Propósito das Línguas – Aguarde)

Pr. José Francisco – Igreja Presbiteriana do Brasil em Ipanguaçu-Rn

Como Passar o Dia com Deus


“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.

Sono
Controle o tempo do seu sono apropriadamente, de modo que você não desperdice as preciosas horas da manhã preguiçosamente em sua cama. O tempo do seu sono deve ser determinado pela sua saúde e labor, e não pelo prazer da preguiça.
Primeiros Pensamentos
Dirijam a Deus os seus primeiros pensamentos ao acordar, elevem a Ele o coração com reverência e gratidão pelo descanso desfrutado durante a noite e confiem-se a Ele no dia que inicia.
Familiarizem-se tão consistentemente com isto, até que a consciência de vocês venha a acusá-los quando pensamentos ordinários queiram insurgir em primeiro lugar. Pensem na misericórdia de uma noite de descanso, mal acomodados, padecendo dores e enfermidades, cansados do corpo e da vida.
Pensem em quantas almas foram separadas dos seus corpos nesta noite, aterrorizadas por terem que se apresentar diante de Deus, e em quão rapidamente os dias e noites estão passando! Quão rapidamente a última noite e dia de vocês virão! Considerem no que está faltando no preparo da alma de vocês para tal momento e busquem isso sem demora.
Oração
Acostumem-se a orar sozinhos (ou com o cônjuge) antes da oração coletiva em família. Se possível, que isto seja feito antes de qualquer outra ocupação.
Culto Familiar
Realizem o culto familiar consistentemente e em uma hora em que é mais provável que a família não sofra interrupções.
Propósito Básico
Lembrem-se do propósito básico da vida de vocês, e quando estiverem se preparando para trabalhar ou realizar atividade neste mundo, que a inscrição santos para o Senhor esteja gravada no coração de vocês em tudo o que fizerem.
Não realizem nenhuma atividade que não possam considerar agradável a Deus, e que não possam verdadeiramente afirmar que Deus a aprova. Não façam nada neste mundo com nenhum outro propósito que não agradar a Deus, glorificá-lO e gozá-lO. O que quer que fizerdes, fazei tudo para a glória de Deus (1 Co.10:31).
Diligência na Vocação
Realizem as tarefas concernentes à ocupação de vocês cuidadosa e diligentemente. Assim fazendo:
1. Vocês demonstrarão que não são preguiçosos e escravos da carne (como aqueles que não podem negar-lhe o comodismo); e estarão mortificando todas as paixões e desejos que são alimentados pelo comodismo e preguiça.
2. Vocês estarão mantendo fora da mente os pensamentos indignos que fervilham nas mentes de pessoas desocupadas.
3. Vocês não estarão desperdiçando tempo precioso, algo do que pessoas desocupadas se tornam diariamente culpadas.
4. Vocês estarão num caminho de obediência a Deus, enquanto que os preguiçosos estão em constante pecado de omissão.
5. Vocês poderão dispor de mais tempo para empregar em deveres santos se realizarem suas tarefas com diligência. Pessoas desocupadas não têm tempo para os deveres espirituais, porque desperdiçam tempo demorando-se em seus trabalhos.
6. Vocês poderão esperar bênçãos da parte de Deus e provisões confortáveis para vocês e para as suas famílias.
7. Isto também pode exercitar o corpo de vocês, o que poderá habilitá-los mais para o serviço da alma.
Tentações e coisas que Corrompem
Estejam perfeitamente familiarizados com as tentações e coisas que tendem a corromper você, e sejam vigilantes o dia todo contra isso. Vocês devem estar alertas especialmente para as tentações que têm se mostrado mais perigosas e cuja presença ou emprego sejam inevitáveis.
Estejam alertas contra os pecados mestres da incredulidade: a hipocrisia, a auto-suficiência, o orgulho, o agradar a carne e o prazer excessivo nas coisas terrenas. Tenham cuidado para não se deixarem atrair para uma mente mundana, e para os cuidados excessivos , ou desejos cobiçosos pela abastança, sob a pretensão de serem diligentes no trabalho de vocês.
Se tiverem que negociar com outras pessoas, tenham cuidado contra o egoísmo ou qualquer coisa que se assemelhe à injustiça ou falta de caridade. Ao lidar com as pessoas, estejam alertas para não usarem de palavras vãs e desocupadas.
Sejam vigilantes também com relação às pessoas que tentam vocês à ira (ou a qualquer tipo de pecado). Mantenham a modéstia e a clareza, no falar, que as leis da pureza requerem. Se tiverem que conviver com bajuladores, sejam vigilantes para não se deixarem inchar de orgulho.
Se tiverem de conviver com pessoas que desprezam ou injuriem vocês, resistam contra a impaciência e o orgulho vingativo.
No início estas coisas serão muito difíceis, enquanto o pecado for forte em vocês. Mas tão logo tiverem adquirido profunda compreensão do perigoso veneno de qualquer destes pecados, o coração de vocês irá pronta e facilmente evitá-los.
Meditação
Quando estiverem sozinhos nas ocupações de vocês, aprendam a remir o tempo em meditações práticas e benéficas. Meditem na infinita bondade e perfeições de Deus, em Cristo e na obra da redenção, nos céus e em quão indignos são de irem para lá e em como vocês merecem a miséria eterna do inferno.
Remindo o Tempo
Valorizem o tempo de vocês. Sejam mais cuidadosos em não desperdiçá-lo do que o são em não desperdiçar dinheiro. Não permitam que recreações inúteis, conversas vãs e companhias não proveitosas, ou o sono roubem o preciosos tempo de vocês.
Sejam mais cuidadosos em escapar das pessoas, ações ou situações da vida que tendem a roubar o tempo de vocês do que o seriam em escapar de ladrões ou salteadores.
Certifiquem-se não apenas de não estarem sendo desocupados, mas de estarem usado o tempo de vocês da maneira mais proveitosa possível. Não prefiram um caminho menos proveitosos à um outro de maior proveito.
Comer e Beber
Comam e bebam com moderação e gratidão, para serem saudáveis e não por prazer inútil. Jamais satisfaçam o apetite pela comida ou bebida quando isto tender a fazer mal à saúde de vocês.
Lembrem-se do pecado de Sodoma: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade, teve ela e suas filhas...” (Ez.16:49).
O Apóstolo Paulo chorou quando mencionou aqueles: “cujo destino é a destruição, cujo deus é o ventre, e cuja glória está na infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas” (Fp.3:19). Estes são chamados de inimigos da cruz de Cristo (v.18). “Porque se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis” (Rm.8:13).
Pecados Prevalecentes (queda em pecado)
Se qualquer tentação prevalecer, e vocês vierem a cair em qualquer pecado adicional às deficiências habituais de vocês, lamentem imediatamente e confessem isto a Deus. Arrependam-se rapidamente, custe o que custar. Certamente custará mais ainda continuar no pecado e sem arrependimento.
Não façam pouco caso das falhas habituais de vocês, mas confessem-nas e esforcem-se diariamente contra elas, tendo cuidado para não agravá-las pela falta de arrependimento e pelo descaso.
Relacionamentos
Atentes diariamente para os deveres especiais relativos aos vários relacionamentos de vocês, seja na condição de maridos, esposas, filhos, patrões, empregados, pastores cidadãos ou autoridades.
Lembrem-se que cada relação tem seus deveres especiais e seus proveitos da realização de algum bem. Deus requer de vocês fidelidade nestes relacionamentos, bem como em quaisquer outros deveres.
Ao Final do Dia
Antes de dormir, é sábio e necessário relembrar as nossas atitudes e misericórdias recebidas durante o dia que termina, de maneira que sejam agradecidos por todas as misericórdias recebidas e humilhados por todos os pecados cometidos.
Isto é necessário a fim de que vocês possam renovar o arrependimento bem como ser mais resolutos na obediência, e a fim de que examinem a si mesmos, para ver se a alma de vocês progrediu ou piorou, para ver se o pecado foi diminuído e a graça aumentada; e para avaliar se vocês estão mais preparados para o sofrimento, para a morte e para e eternidade.

Conclusão
Que estas instruções sejam gravadas na mente de vocês e se tornem prática diária nas suas vidas.
Se vocês observarem sinceramente estas instruções, elas conduzirão vocês à santidade, à frutificação, à tranqüilidade na vida, e ainda acrescentarão a vocês uma morte confortável e em paz.

Escrito por Rev. Richard Baxter


Nota sobre o Autor: O Rev. Richard Baxter foi um conhecido pastor reformado, o qual viveu na Inglaterra durante o século XVII (1615 - 1691). Era um não-conformista, que tentou reformar a Igreja da Inglaterra, sendo muitas vezes preso por isso. Dentre os seus livros mais importantes estão: O Pastor Reformado (PES), O Descanso Eterno dos Santos, A Vida Divina, Um Tratado sobre a Conversão, Um Apelo ao não Convertido, Agora ou Nunca, Convite para Viver (PES) e muitos outros clássicos evangélicos.
Os escritos, a pregação e a vida de Baxter produziram um inegável reavivamento espiritual na cidade de Kdderminster, onde realizou o seu ministério. Quando ele chegou na cidade, eram poucos os crentes e duvidosas as suas conversões. Algum tempo depois , entretanto, o templo de sua igreja teve que ser aumentado - ainda assim não comportava mais as pessoas, que escalavam as janelas para ouvir suas pregações; muitas ruas da cidade tiveram todos os seus moradores convertidos; podia-se ouvir centenas de pessoas cantando hinos de louvor a Deus em plena rua; e as conversões davam provas suficientes de serem sinceras e profundas.
Tradução: Pastor Paulo Anglada

HOMENAGEM A MULHER PRESBITERIANA


FILHO ESCUTE SEU PAI


O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão (Pv 13.1)
A obediência aos pais é o caminho mais seguro para a felicidade e a rota mais certa  para a prosperidade. É ordem de Deus: Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá (Ex 20.12). O apóstolo Paulo disse que este é o primeiro mandamento com promessa. A obediência aos pais é uma atitude justa, um princípio universal. Sua ausência é sinal de decadência da sociedade. O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão. Aqueles, porém, que não escutam os conselhos sofrerão a chibata. Aqueles que fecham os ouvidos à repreensão, esses oferecerão as costas aos açoites. Muitas tragédias acontecem ainda hoje porque os filhos tapam os ouvidos aos conselhos dos pais. Muitos casamentos errados acontecem porque os filhos não escutam os pais. Muitos acidentes ocorrem porque os filhos são rebeldes aos ensinamentos dos pais. As cadeias e os hospitais estão cheios de filhos vitimados pela rebeldia, e os cemitérios estão salpicados de jovens que foram ceifados precocemente porque, rebeldes, não quiseram ouvir o conselho de seus pais. Permanece o alerta: Filhos escutem seus pais. Esse é o caminho deleitoso da vida!
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco