quinta-feira, 11 de abril de 2013

O QUE VOCÊ PLANTA, ISSO VOCÊ COLHE


A desventura persegue os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem (Pv 13.21).
A lei da semeadura e da colheita é um princípio universal. Colhemos o que plantamos e colhemos mais do que plantamos. Quem semeia com fartura com abundância ceifará. A natureza da semente que plantamos determina a natureza da nossa colheita. Não podemos plantar o mal e colher o bem. Não podemos colher figos dos espinheiros. A árvore má não produz bons frutos. A Palavra de Deus diz que aquele que semeia ventos colhe tempestade, e quem semeia na carne da carne colherá corrupção. A desventura, o infortúnio e o mal perseguem os pecadores. Mas os justos serão galardoados com o bem. A prosperidade é a recompensa do justo. A prática do bem, ainda que permaneça sem a recompensa dos homens, jamais ficará sem a recompensa divina. José do Egito foi injustiçado pelos seus irmãos, mas Deus transformou essa injustiça em bênção. O apóstolo Paulo investiu sua vida na fundação de igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia  Acaia e Ásia Menor. Sofreu açoites e prisões. Foi apedrejado e fustigado com varas. Carregou no corpo as marcas de Cristo. No final da sua vida, foi abandonado numa masmorra romana, mas Deus o assistiu e o revestiu de forças. Mesmo não recebendo sua herança na terra, recebeu seu galardão no céu.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

FAZEI DISCÍPULOS 6 – ARREPENDIMENTO NA EVANGELIZAÇÃO

Objetivo da lição: Reconhecer a necessidade do arrependimento para a confissão de fé

Texto Básico: “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele”. (Mt 21.28-32).
INTRODUÇÃO: A doutrina do arrependimento é um ensino ausente em muitas Igrejas nos nossos dias.
Temos ouvido sermões superficiais que diluem a ideia do pecado, oferecen­do muito e exigindo pouco demais.
Temos visto "conversões" que não evidenciam na prática o fruto do ar­rependimento, ou seja, uma transforma­ção, mudança radical de vida (2 Co 5.17; Mt 12.33).
A palavra grega para arrependimen­to é metanoia, que é derivada de meta - "depois", e neo - "compreender", literal­mente significa "Reflexão posterior", ou "mudança de mente".
Todavia o seu sentido bíblico vai além, significando uma mudança de rumo, mudança de direção, de atitude. Este é o significado da palavra.
Em Mateus 21.28-31, o Senhor Je­sus nos dá lições claras sobre o ar­rependimento.

EXPOSIÇÃO
1. A LIÇÃO DO PRIMEIRO FILHO: CONFISSÃO DE FÉ SEM ARREPENDIMENTO GERA UMA DEVOÇÃO MERAMENTE EXTERIOR.
Devoção meramente exterior: O primeiro filho, na parábola, representa os fariseus, e nos ensina que corremos o risco de vivermos um cristianismo só de aparências, pois podemos estar dizendo que vamos fazer, mas nunca fazemos (Mt 23.5). Isto é bastante comum em nossos dias.
Muitos que frequentam os cultos, batizam, tornaram-se membros, dão o dízimo e cumprem algumas normas da Igreja; não obstante, vivem absorvidos pelo mundanismo.
Estes são como o primeiro filho da parábola que dizem que vão obedecer, mas não obedecem. Por quê? Porque não houve arrependimento. Jesus disse: Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6.46). Uma religião de aparências, chamam a Jesus de "Senhor, Senhor", mas não conseguem submeter à vontade de seu Senhor. Dizem, mas não fazem. Uma confissão de fé sem um genuíno arrependimento só consegue gerar uma devoção meramente exterior
(Mateus 7.21-23; 6.5,16-18; Mateus 23.3).
Jesus não se impressiona com palavras piedosas. Ele quer ver os frutos, as evidências de nosso cristianismo em obras de obediência.

2. A LIÇÃO DO SEGUNDO FILHO: CONFISSÃO DE FÉ ACOMPANHADA DE ARREPENDIMENTO GERA UMA VIDA DE OBEDIÊNCIA Á VONTADE DE DEUS.
Observe que o segundo filho, quan­do recebeu a ordem do pai disse: "Não quero". Esta é por natureza a nossa res­posta às ordens de Deus - não quero. No texto lemos que este filho disse: "Não quero; depois, arrependido, foi” (v.30). Como já vimos a palavra arrependimen­to significa um redirecionamento da von­tade humana, um desejo, uma decisão de repudiar a injustiça e buscar a retidão (Confissão de Fé, Cap. XV).
A evidência segura de uma vida cristã, não é como falamos, e sim como vivemos e o que fazemos. Os frutos dignos do arrependimento (Lc 3.8) são uma vida de obediência as ordens do Pai.
Em Lucas 19.8-9 temos uma boa ilustração de alguém realmente arrependido: "E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado al­guém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão" (RC). Observe que Jesus só declarou Zaqueu como um homem sal­vo, quando este deu provas de seu ar­rependimento. A decisão de devolver o que havia roubado era a clara evidência de que seu coração fora de fato trans­formado (2 Co 5.17).
O segundo filho embora a princípio não quisesse fazer a vontade do pai, ar­rependido, mudou de posição. Igualmen­te, precisamos desprezar nossos peca­dos, confessá-los, abandoná-los, fazer as devidas reparações e tomar providên­cias a fim de que não os repitamos. Po­deremos pecar (1 Jo 2.1) - iremos pe­car, mas o processo de santificação ja­mais poderá ser obstruído. (Fl 2.13; 1.6). O Pr. John F. McArthur Jr. diz que o ar­rependimento engloba o homem como um todo:
2.1. Engloba o homem intelectu­almente (Mt 12.41; Lc 11.32)
O arrependimento se inicia quando há reconhecimento do pecado. O ho­mem desperta para a seriedade que seu pecado tem para Deus. Há uma consci­ência de que as coisas não são como deveriam, e que algo está errado. Este é o primeiro estágio do arrependimento. É quando eu chego a compreender que algo está errado.

2.2. Engloba o homem emocional­mente (2 Co 7.10; Jó 42.6)
Uma pessoa pode até entristecer sem estar arrependida, como foi o caso de Judas (Mt 27.3-5),ou do moço rico (Mt 19.16-22). Entretanto, o genuíno ar­rependimento sempre vem acompanha­do por tristeza (Sl 51.17).
2.3. Engloba o homem volitivamente (Lc 15.17-20)
A vontade do homem é afetada. John F. McArthur Jr. afirmou que "Onde não há mudança visível de conduta, não se pode confiar que haja ocorrido arrepen­dimento". Lembra-se do filho pródigo? Em Lc 15.17-20 somos informados que ele "caiu em si", compreendeu que algo estava errado, mas não ficou só nisso, "Levantou-se e foi'. Houve uma tomada de decisão. Não haverá arrependimento verdadeiro até que tenhamos feito algo a respeito do pecado. Não basta saber que é errado, ou ficar triste por ter peca­do. O pecado precisa ser abandonado.

APLICAÇÃO
1. Jesus veio para chamar pecadores ao arrependimento. Não importa a situação da pessoa. Não importa o tamanho do pecado, se ela se arrepender, será perdoada.
Quem deve contar essa. BOA NOVA? (Lc 5.32).
2. O ensino de Jesus é que os que não reconhecem o seu pecado, e dele não se arrependem, não podem ser alcançados pela Graça Salvadora. Todos precisam ouvir isso?
3. Qual o nosso compromisso para com os pecadores sem Cristo?

CONCLUSÃO
A nossa Confissão de Fé, no Cap. XV, IV, diz o seguinte: "Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim também não há pecado tão grande que possa trazer a condenação sobre os que se arrepen­dem verdadeiramente". Até mesmo o pior dos pecados (se podemos dizer assim) não excluirá do céu um pecador, se ele se arrepender. É isso que Jesus quer dizer quando fala que "meretrizes e publicanos vos precedem no Reino de Deus" (Mt 21.31).



IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN

Estudo da Escola Bíblica do dia, 24/03/2013

Pr. José Francisco.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

BREVES ANOTAÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA

O que é um sermão? “Sermão é uma exposição didática da Palavra de Deus”. O sermão é mais que uma aula, mas não pode dispensar a didática porque é uma exposição da Palavra, e essa exposição precisa ser a mais compreensível possível, uma vez que o ouvinte não tem como ler o texto do pregador.

 1)      PRINCÍPIOS DE HERMENÊUTICA
Antes de tudo, quem se dispõe a pregar a Palavra de Deus tem que buscar a correta interpretação da mesma, a fim de ter o conteúdo para pregar. Essa habilidade de entender e interpretar corretamente a Bíblia é a tarefa da hermenêutica e da exegese. Essas duas “ciências” oferecem ferramentas para chegarmos à correta interpretação da Palavra, fugindo dessa forma da pregação de heresias.
Definimos hermenêutica como sendo a ciência e a arte que estuda a interpretação da Bíblia. Etimologicamente, esta palavra vem do grego “hermeneuo” que significa explicar, traduzir, interpretar. (aprece em textos como: Jo 1.42; 9.7; Hb 7.2 e Lc 24.27). O estudo da hermenêutica é importante porque cada pessoa pode ter um ponto de vista diferente ao interpretar um texto bíblico. Esse ponto de vista é influenciado pelo contexto em que vive o leitor, suas experiências, necessidades, carências, etc, e isso força-nos a ter a preocupação de tentar entender o texto por si mesmo, ou seja, independentemente de nossas experiências pessoais.
Como a Bíblia tem diversos tipos de literatura, é preciso entender como interpretar cada uma delas. Um texto poético (Salmos, provérbios), é muito diferente de um texto histórico (1Samuel, por exemplo). O texto histórico inclui muito mais detalhes contextuais.

1º. PRINCÍPIOS DA AUTORIDADE INTERNA
Considerar, antes de tudo, que cada texto bíblico, apesar de ter mais de uma aplicação, tem um só significado – deve-se buscar o sentido real do texto e aplicá-lo. O AT produziu o NT e o NT está contido no AT. Não é a Igreja que autentica a Palavra por sua interpretação; é a Bíblia que se autentica a si mesma como Palavra autoritativa de Deus.[1]

2º. PRINCÍPIOS DO CONTEXTO
Considerar a parte que vem antes e depois de cada texto a ser pregado. Não se interpreta um texto sem se verificar o seu contexto imediato, pois este ajudará a compreender o significado do texto. Ex: Sl 51 com 2Sm 12.1-15  (ver o cabeçalho em português e as referencias nas notas de rodapés).

3º. PRINCÍPIOS DO TEXTO PARALELO
A Bíblia interpreta a si mesma (1Co 2.13). Quando um acontecimento é descrito por mais de um autor, esse texto deve ser auxiliado na sua interpretação utilizando o mesmo assunto que ocorre em outras partes das Escrituras Sagradas. Ex: Evangelho com Evangelho (Mt 14.13-21; veja as informações dos escritores: Jesus pergunta para os discípulos o que eles tinham em mãos, e eles afirmam que só tinham cinco Paes e dois peixes Mt 14.17; Lucas informa que eles foram para a região de Betsaida Lc 9.10; Marcos diz que precisavam ter duzentos denários (um salário por um dia de trabalho) para comprar alimento para aquela gente Mc 6.37, e  João informa que os cinco Paes e dois peixes nem eram dos discípulos, mas de um rapaz que estava no meio da multidão Jo 6.9. São muitas informações complementares, mas não estão todas em um só texto. Isso se aplica a toda a Bíblia.

4º. PRINCÍPIOS DA AUTORIA DO TEXTO
Os diferentes autores viveram em tempos, culturas, situações sociais e regiões diferentes. Deve-se procurar conhecer o contexto do autor para se compreender melhor o texto escrito.
(veja 1Pe 1.1 foi escrito para forasteiros da dispersão – crentes fora de Jerusalém).

5º. PRINCÍPIOS DA INTERPRETACAO DO TEXO
A interpretação do texto é aquilo que texto quer dizer no tempo, no espaço e nas circunstancias que foram escritas, no estilo em que foi escrita. Alguns tem sentido literal, outros tem significado simbólico. (Ex: Jo 2.19 – Os fariseus não entenderam).

A hermenêutica tem o papel de nos aproximar do texto e do seu sentido e significado correto, fortalece a nossa convicção na revelação que Deus fez na sua Palavra, enaltece a Soberania de Deus que preservou a escrita até hoje, nos coloca na linha da história da igreja, traz equilibro entre o conteúdo (revelação) e comportamento (ética, exigência de Deus), ajuda na determinação do que é permanente e do que é temporário, evita o desvio e mantém a unidade da revelação.

  2)      EXEGESE
A palavra exegese é uma transliteração do grego e significa “narração, exposição”. É formada por duas palavras gregas: a 1ª significa “fora de” e a 2ª significa “conduzir, guiar, liderar”. O sentido, então, é “tirar”, “trazer para fora”, “expor”, e aplicando ao texto bíblico, significa “extrair a mensagem do texto”. Ou seja, trazer à luz a mensagem da parte de Deus conforme registrada nas Escrituras.

A seguir apresentamos oito dicas para uma boa interpretação:

1.      DEFINA BEM O TEXTO
2.      COMPARE DIVERSAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA;
3.      ANALISE O CONTEXTO DO TEXTO;
4.      ANALISE A GRAMÁTICA DO TEXTO;
5.      DEFINA O TIPO DE LITERATURA;
6.      PESQUISE O CONTEXTO HITÓRICO-GEOGRÁFICO;
7.      IDENTIFIQUE O TEMA PRINCIPAL;
8.      FINALMENTE, PESQUISE EM COMENTÁRIOS BÍBLICOS;

Pr. José Francisco. - Bacharel em teologia pelo STNe.



[1] Na afirmação de João Calvino, a Igreja nasce da Palavra, e é justamente pela fidelidade à Palavra que a igreja de Cristo é reconhecida (As Institutas, I. 7. 1-2).

FAZEI DISCÍPULOS 5 – O PLANO DA SALVAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO



TEXTO BÍBLICO: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Objetivo da lição: Reconhecer o plano de salvação conforme aparece na Bíblia.

INTRODUÇÃO: Vemos o Plano através do qual o amor de Deus trouxe salvação aos pecadores. Este plano foi a morte de Cristo, na cruz. Por sua morte Ele obteve o perdão e completa redenção para os pecadores. A serpente de bronze levantada no acampamento de Israel trouxe saúde e cura, a alcance de todos os que haviam sido picados pelas serpentes. Da mesma maneira, Cristo crucificado trouxe vida eterna, que está ao alcance da humanidade. Ele foi levantado na cruz; e o homem é salvo ao contemplá-Lo pela fé. Ter fé em Cristo é a chave para a salvação. Aquele que tem fé em Cristo tem a vida eterna e o que não crê nEle não tem. Vejamos o que nos ensina João 3.16:

EXPOSIÇÃO DA LIÇÃO

1. A ORIGEM DA SALVAÇÃO

A origem da salvação está em Deus. A Ele pertence a salvação e o poder de realizá-la. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; proclamai a sua salvação, dia após dia (S! 96.2). "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador. Eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir..." (Is 43.11 -12). "...quem pode ser salvo?' perguntaram os discípulos. "Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível', respondeu Jesus (Mt 19.25-26). Se Deus não tomasse a iniciativa de providenciar a salvação, nin­guém jamais seria salvo.
2. A CAUSA DA SALVAÇÃO
A causa da salvação é o amor de Deus. Tudo o que procede de Deus reflete a essência do seu ser: Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor ( 1 Jo 4.8). O amor de Deus é soberano (Ágape), isto é, o seu amor não depende do seu objeto. A razão pela qual "Deus amou o mundo de tal maneira" não se acha no "mundo", mas no próprio Deus. O amor de Deus é universal e particular. Como disse Agostinho: "Deus ama a cada um de nós como se não houvesse mais ninguém para amar."
É importante salientar porém, que o amor de Deus é "um amor eletivo". O apóstolo Paulo esclarece: "Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de 'Esaú. Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!'” (Rm 9.13-14).

3. O OBJETO DA SALVAÇÃO
O objeto da salvação é o mundo. A palavra "mundo" tem sido interpretada de três maneiras: os eleitos de Deus, todos os seres humanos e ou a totalidade da criação. B. Warfield afirma, entretanto, que a expressão "mundo" deve ser entendida qualitativa e não quantitativamente. A ênfase recai, não no tamanho do mundo mas na qualidade pecaminosa da raça humana.
Jesus envia a sua Igreja ao mundo a fim de que a mesma faça discípulos em todas as nações (Mt 18.18-20). Em todo o mundo, em todas as épocas, pessoas escolhidas por Deus serão salvas. Na visão apocalíptica de João sobre os redimidos no céu, ele diz: "Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação' (Ap 5.9). Logo, o mundo será representado no céu por pessoas de todas as etnias.

4. A BASE DA SALVAÇÃO
A base da salvação é Jesus, o Filho unigênito de Deus. Ele foi dado em sacrifício substitutivo por nós. Ele morreu por nós. O sacrifício efetuado por Cristo é a base legal em que sustenta a salvação dos eleitos."... assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação' (Hb 9.28). É por isso que Pedro afirmou: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Mas, por que tanta exclusividade? Porque somente Jesus, cumprindo a determinação de Deus, morreu por nós. Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal (1 Tm 1.15).
5. A NATUREZA DA SALVAÇÃO
A salvação é gratuita. Ela é uma dádiva de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus..." (Ef 2.8). "Graça” é um presente imerecido. "Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1). Toda pessoa que sentir sede pelas coisas espirituais, que o dinheiro não pode comprar, encontra satisfação em Jesus Cristo, "a água da vida', gratuitamente” (Is 52.3; Sl 42.2; 63.1; Jo 7.37-38).
6. O CARÁTER DA SALVAÇÃO
A salvação é individual: "Todo aquele que...". Disse Deus: Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá (Ez 18.4). A Bíblia ensina que todos pecaram e necessitam da salvação divina. Essa necessidade é individual.

7. A CONDIÇÃO DA SALVAÇÃO
A condição para a salvação é a fé: "Para que todo o que nele crê..." Contudo, o homem natural não possui essa fé nem pode produzi-la. Deus é quem dá ao homem a "fé salvadora" a fim de que o mesmo desfrute a salvação (Ef 2.8). Em outras palavras, a fé é o instrumento pelo qual se recebe a salvação: "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo..." (Rm 5.1). O carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: Que devo fazer para ser salvo? Os apóstolos responderam: "...Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa' (At 16.31).

8. O TEMPO DA SALVAÇÃO
Hoje é o tempo da salvação. Nesse versículo (Jo 3.16), os verbos que denotam a ação de Deus estão no passado: "Amou" e "Deu". São fatos consumados. Entretanto, os verbos que exigem a resposta humana estão no presente: "Crê" "não perece" e "tem a vida eterna". A mensagem salvadora de Deus sempre exige uma decisão imediata do homem (Hb 4.7). Vivemos no tempo que se chama hoje (At 16.30-31; Lc 19.9).

9. A CERTEZA DA SALVAÇÃO
A certeza da salvação: "tem a vida eterna”. A vida está em Jesus Cristo. Aquele que crê em Jesus tem a vida (Jo 3.15,36; 6.47; 17.2-3). Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida (1 Jo 5.12). A certeza da salvação não se fundamenta na capacidade que o homem tem de perseverar nem tampouco na sua estabilidade emocional. A certeza está em Deus que impede a ovelha de desgarrar-se: Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Jo 10.28).

10. O RESULTADO DA SALVAÇÃO
O resultado da salvação é "para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Há um duplo resultado, negativamente, "não pereça" e positivamente, “tenha a vida eterna”. Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (Jo 5.24).

APLICAÇÃO
1.      Se sabemos as consequências do pecado, e conhecemos o Plano da salvação, qual deve ser nossa atitude para com os perdidos?
2.      Se sabemos a origem e a condição da salvação, o que podemos fazer para parte desse Plano salvífico?
3.      Qual o resultado da Salvação para aquele que a recebe?

CONCLUSÃO
Meu amado, o Plano de Salvação, segundo a Bíblia, foi elaborado e executado por Deus. Se você necessita e deseja ser salvo, aceite este plano divino.


Estudo aplicado na EBD da Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn, em 17/03/2013 – 

Pr. José Francisco do Nascimento.

CUIDADO COM SUAS AMIZADES


Quem atida com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau (Pv 13.20).
Há um ditado popular que afirma: "Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és". Esse adágio é verdadeiro. Nossas amizades dizem muito a nosso respeito. Aproximamo-nos daqueles que se parecem conosco e refletimos o seu comportamento. Se andarmos com pessoas íntegras, honestas e piedosas, refletiremos o caráter delas em nossa vida e seremos bem-aventurados. Porém, se nos unirmos a pessoas insensatas, perversas e más, acabaremos comprometidos com essas mesmas atitudes e transtornaremos nossa vida. Por isso, a Palavra de Deus exorta: Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue (Pv 1.10-16). E melhor viver só do que mal acompanhado. Busque amigos verdadeiros, amigos que inspirem você a viver mais perto de Deus.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.