quinta-feira, 11 de abril de 2013

FAZEI DISCÍPULOS 6 – ARREPENDIMENTO NA EVANGELIZAÇÃO

Objetivo da lição: Reconhecer a necessidade do arrependimento para a confissão de fé

Texto Básico: “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele”. (Mt 21.28-32).
INTRODUÇÃO: A doutrina do arrependimento é um ensino ausente em muitas Igrejas nos nossos dias.
Temos ouvido sermões superficiais que diluem a ideia do pecado, oferecen­do muito e exigindo pouco demais.
Temos visto "conversões" que não evidenciam na prática o fruto do ar­rependimento, ou seja, uma transforma­ção, mudança radical de vida (2 Co 5.17; Mt 12.33).
A palavra grega para arrependimen­to é metanoia, que é derivada de meta - "depois", e neo - "compreender", literal­mente significa "Reflexão posterior", ou "mudança de mente".
Todavia o seu sentido bíblico vai além, significando uma mudança de rumo, mudança de direção, de atitude. Este é o significado da palavra.
Em Mateus 21.28-31, o Senhor Je­sus nos dá lições claras sobre o ar­rependimento.

EXPOSIÇÃO
1. A LIÇÃO DO PRIMEIRO FILHO: CONFISSÃO DE FÉ SEM ARREPENDIMENTO GERA UMA DEVOÇÃO MERAMENTE EXTERIOR.
Devoção meramente exterior: O primeiro filho, na parábola, representa os fariseus, e nos ensina que corremos o risco de vivermos um cristianismo só de aparências, pois podemos estar dizendo que vamos fazer, mas nunca fazemos (Mt 23.5). Isto é bastante comum em nossos dias.
Muitos que frequentam os cultos, batizam, tornaram-se membros, dão o dízimo e cumprem algumas normas da Igreja; não obstante, vivem absorvidos pelo mundanismo.
Estes são como o primeiro filho da parábola que dizem que vão obedecer, mas não obedecem. Por quê? Porque não houve arrependimento. Jesus disse: Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (Lc 6.46). Uma religião de aparências, chamam a Jesus de "Senhor, Senhor", mas não conseguem submeter à vontade de seu Senhor. Dizem, mas não fazem. Uma confissão de fé sem um genuíno arrependimento só consegue gerar uma devoção meramente exterior
(Mateus 7.21-23; 6.5,16-18; Mateus 23.3).
Jesus não se impressiona com palavras piedosas. Ele quer ver os frutos, as evidências de nosso cristianismo em obras de obediência.

2. A LIÇÃO DO SEGUNDO FILHO: CONFISSÃO DE FÉ ACOMPANHADA DE ARREPENDIMENTO GERA UMA VIDA DE OBEDIÊNCIA Á VONTADE DE DEUS.
Observe que o segundo filho, quan­do recebeu a ordem do pai disse: "Não quero". Esta é por natureza a nossa res­posta às ordens de Deus - não quero. No texto lemos que este filho disse: "Não quero; depois, arrependido, foi” (v.30). Como já vimos a palavra arrependimen­to significa um redirecionamento da von­tade humana, um desejo, uma decisão de repudiar a injustiça e buscar a retidão (Confissão de Fé, Cap. XV).
A evidência segura de uma vida cristã, não é como falamos, e sim como vivemos e o que fazemos. Os frutos dignos do arrependimento (Lc 3.8) são uma vida de obediência as ordens do Pai.
Em Lucas 19.8-9 temos uma boa ilustração de alguém realmente arrependido: "E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado al­guém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão" (RC). Observe que Jesus só declarou Zaqueu como um homem sal­vo, quando este deu provas de seu ar­rependimento. A decisão de devolver o que havia roubado era a clara evidência de que seu coração fora de fato trans­formado (2 Co 5.17).
O segundo filho embora a princípio não quisesse fazer a vontade do pai, ar­rependido, mudou de posição. Igualmen­te, precisamos desprezar nossos peca­dos, confessá-los, abandoná-los, fazer as devidas reparações e tomar providên­cias a fim de que não os repitamos. Po­deremos pecar (1 Jo 2.1) - iremos pe­car, mas o processo de santificação ja­mais poderá ser obstruído. (Fl 2.13; 1.6). O Pr. John F. McArthur Jr. diz que o ar­rependimento engloba o homem como um todo:
2.1. Engloba o homem intelectu­almente (Mt 12.41; Lc 11.32)
O arrependimento se inicia quando há reconhecimento do pecado. O ho­mem desperta para a seriedade que seu pecado tem para Deus. Há uma consci­ência de que as coisas não são como deveriam, e que algo está errado. Este é o primeiro estágio do arrependimento. É quando eu chego a compreender que algo está errado.

2.2. Engloba o homem emocional­mente (2 Co 7.10; Jó 42.6)
Uma pessoa pode até entristecer sem estar arrependida, como foi o caso de Judas (Mt 27.3-5),ou do moço rico (Mt 19.16-22). Entretanto, o genuíno ar­rependimento sempre vem acompanha­do por tristeza (Sl 51.17).
2.3. Engloba o homem volitivamente (Lc 15.17-20)
A vontade do homem é afetada. John F. McArthur Jr. afirmou que "Onde não há mudança visível de conduta, não se pode confiar que haja ocorrido arrepen­dimento". Lembra-se do filho pródigo? Em Lc 15.17-20 somos informados que ele "caiu em si", compreendeu que algo estava errado, mas não ficou só nisso, "Levantou-se e foi'. Houve uma tomada de decisão. Não haverá arrependimento verdadeiro até que tenhamos feito algo a respeito do pecado. Não basta saber que é errado, ou ficar triste por ter peca­do. O pecado precisa ser abandonado.

APLICAÇÃO
1. Jesus veio para chamar pecadores ao arrependimento. Não importa a situação da pessoa. Não importa o tamanho do pecado, se ela se arrepender, será perdoada.
Quem deve contar essa. BOA NOVA? (Lc 5.32).
2. O ensino de Jesus é que os que não reconhecem o seu pecado, e dele não se arrependem, não podem ser alcançados pela Graça Salvadora. Todos precisam ouvir isso?
3. Qual o nosso compromisso para com os pecadores sem Cristo?

CONCLUSÃO
A nossa Confissão de Fé, no Cap. XV, IV, diz o seguinte: "Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim também não há pecado tão grande que possa trazer a condenação sobre os que se arrepen­dem verdadeiramente". Até mesmo o pior dos pecados (se podemos dizer assim) não excluirá do céu um pecador, se ele se arrepender. É isso que Jesus quer dizer quando fala que "meretrizes e publicanos vos precedem no Reino de Deus" (Mt 21.31).



IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN

Estudo da Escola Bíblica do dia, 24/03/2013

Pr. José Francisco.

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