quinta-feira, 20 de setembro de 2012

TODO PRESBITERIANO DA IPB PRECISA SABER

Todo presbiteriano consciente precisa saber a posição oficial da IPB e compartilhar com outros presbiterianos. Faça sua parte!

Consulta sobre mulheres pregando no culto Público:

A CE-SC/IPB – 2012 RESOLVE:
Declarar que não há impedimento bíblico para que, em ocasiões ou situações especiais, mulheres preguem, sob a autoridade do pastor, que é o responsável pela docência da Igreja nos termos constitucionais.
Sobre a maçonaria:
A CE-SC/IPB – 2012 RESOLVE:
1. Tomar conhecimento.
2. Considerando que a decisão tomada pelo SC/IPB – 2006 e ratificada no SC/IPB – 2010 definem a incompatibilidade da maçonaria com a fé cristã.
3. Que o cumprimento das decisões supracitadas implicam na não existência de oficiais maçons.
4. Determinar que sejam cumpridas por todos os Concílios da IPB as decisões sobre a maçonaria no SC/IPB – 2006 e 2010.
Consultas sobre Igrejas em células:
Considerando:
1. Que o movimento das “igrejas em células” tem características próximas ao movimento G12, já rejeitado pela IPB conforme resoluções da CE-SC/IPB-2000 – Doc XCIX; CE-SC/IPB-2001 – Doc. XLI e SC-IPB-2002 Doc. CXXII;
2. Que a terminologia empregada pelo movimento de “igrejas em células” é semelhante ao do movimento G12, a saber, “ano de transição” e “celularização da igreja”,
3. Que a prática do movimento difere da eclesiologia da IPB, por exemplo, nos seguintes pontos: a) administração dos sacramentos ministrados nas células e não na igreja; b) ênfase nos relacionamentos e não no ensino; c) relaxamento da disciplina eclesiástica; d) incentivo ao não funcionamento das Escolas Dominicais. A CE-SC/IPB – 2012 RESOLVE:
1. Tomar conhecimento;
2. Informar que a igreja em células não é o mesmo que pequenos grupos, que permanecem jurisdicionados ao conselho da Igreja local, os quais tem importância na vida da igreja contribuindo para comunhão e instrução;
3. Reafirmar que as funções privativas do Conselho estão expostas no art. 83 da CI-IPB;
4. Responder ao Presbitério que o movimento diverge de nossa teologia bíblico-reformada e orientar as igrejas a não aderirem a este movimento em células ou a qualquer outro divergente de nosso sistema presbiteriano.
Sobre seminários idôneos:
RESOLUÇÃO CXLIII – Quanto ao documento 309: Considerando: 1 – a tempestividade do recurso; 2 – a legitimidade da parte para recorrer; 3 – o encaminhamento adequado, conforme disposto no art. 63, CI/IPB; O SC/IPB-2010 RESOLVE:
1) Tomar conhecimento do recurso.
2) Não dar provimento ao apelo.
3) Recomendar o cumprimento da resolução CE-SC/IPB 2008, conforme doc. CXXXIV, itens 3 e 4 a saber: “CE-2008- Doc. 134 – CE-SC/IPB-2008 – Doc. CXXXIV – Quanto ao documento 131 – Ementa: Oriundo da Junta de Educação Teológica que trata do Art. 118 da CI/IPB sobre a expressão “Seminários Idôneos”.
Considerando:
1. A inexistência de clara definição do que seja “Seminário idôneo”;
2. Que o Art. 118, em seu parágrafo 1º, trata de uma excepcionalidade, portanto, a regra geral e prioritária da Igreja Presbiteriana do Brasil é que seus candidatos ao Sagrado Ministério tenham “completado o estudo das matérias por cursos regulares de qualquer dos seminários da IPB”;
3. Que a excepcionalidade vem se tornando regra e que o número de candidatos ao Sagrado Ministério, mais e mais, recebe formação teológica e pastoral ministrada por instituições de Ensino Teológico, sejam seminários, Institutos Bíblicos, cursos por correspondências e outros, desconhecidos da Igreja Presbiteriana do Brasil.
4. Que tal prática pode se tornar uma porta aberta para a formação de pastores e, através destes, de igrejas e futuras gerações divorciadas de nossa herança teológica, pastoral e litúrgica bíblico-reformada a CE-SC/IPB-2008 RESOLVE:
1.Tomar conhecimento;
2. Responder que são seminários idôneos aqueles cujos conteúdos programáticos oferecidos estejam de acordo com a Confessionalidade da Igreja Presbiteriana do Brasil; 3. Responder que a competência para aferir a idoneidade dos seminários é da JET, segundo decisões SC-94-024 – Doc. CCXXVIII; CE-SC/IPB-2000-Doc.CV.
4. Reafirmar a resolução SC-70-097 – Recomendar a todos os presbitérios da IPB que encaminhem os seus candidatos ao Sagrado Ministério aos seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Sobre ministros presbiterianos exercendo o pastorado em Igrejas neo-pentecostais:
RESOLUÇÃO XVII – Quanto ao documento 220: O SC/IPB-2010 RESOLVE: Determinar que ao ministro da IPB não lhe será permitido exercer seu pastorado em denominações neo-pentecostais, conforme o Art. 43 da CI/IPB, por contrariar o prescrito no Art. 33 dos Princípios de Liturgia
Sobre a “Marcha para Jesus”:
IPB-2006 RESOLVE:
1) Pronunciar-se contrário à participação de seus concílios e membros na “Marcha para Jesus” e movimentos ou eventos de natureza teológica similar;
2) Determinar aos concílios e aos pastores que orientem suas igrejas para que não se envolvam com eventos e movimentos dessa natureza;
3) Lamentar que a matéria jornalística publicada no Brasil Presbiteriano – BP (julho de 2005) noticie indevidamente a participação da IPB no evento, e recomendar ao BP maior cuidado em suas reportagens a fim de não comprometer o nome e a imagem da IPB;
4) Determinar ao BP que publique matéria em igual proporção e destaque da matéria de julho de 2005 sobre o assunto em questão, na qual deverá apresentar as razões pelas quais a IPB não participa do movimento ou evento.

Rev, José francisco - Posicionamentos da IPB

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Correntes Milenistas - A-Milenista (1)

INTRODUÇÃO
Diante do quadro que hoje se apresenta, no que diz respeito a interpretação do livro de Apocalipse, principalmente com relação as diversas correntes escatológicas que foram desenvolvidas neste último século, entendemos a necessidade de uma pesquisa teológica-filosófica disposta a analisar a escatologia contemporânea, a partir do livro de Apocalipse, com uma ênfase nas questão dos conceitos do milênio e suas correntes de pensamento.
Mostrar o significado dos termos Amilenismo, Pós-milenismo e Pré-milenismo, bem como o bojo de suas principais doutrinas e argumentações propostas para apoia-las, suas implicações na teologia atual com aspectos negativos e positivos de cada uma delas é o objetivo desta pesquisa.
Toda dificuldade reside quanto a interpretação em especial das passagens de Daniel 2 e Apocalipse 20, onde muitos tentaram explicar a volta de Cristo através de sistemas como os acima citados, a situação ainda é mais difícil quando passa do campo sobre a volta de Cristo para a natureza e forma da Segunda vinda, onde se dá as maiores diferenças entre as correntes contemporâneas da escatologia.

I. O AMILENISMO

1.1 A APLICAÇÃO E SIGNIFICAÇÃO DO TERMO

Normalmente se costuma criticar o amilenismo por acharem que ele é demasiadamente negativo, aplicando seus esforços principalmente em fazer oposição aos sistemas escatológicos de que discorda. Deixando de lado a questão de se esta crítica é verdadeira ou falsa, este trabalho pretende mostrar algumas afirmações positivas feitas por teólogos amilenistas.
O termo amilenismo não é muito apropriado ou adequado, pois sugere que os amilenistas não crêem em qualquer tipo de milênio ou simplesmente ignoram os seis primeiros versos de Apocalipse 20, que falam de um reino milenar. Nenhuma destas duas afirmações é verdadeira, afirma Anthony ª Hoekema[1]. Apesar de ser verdade que os amilenistas não crêem em um reino terreno literal de mil anos que se seguirá ao retorno de Cristo, o termo amilenismo não é uma descrição precisa do seu ponto de vista.
Alguns substituem o termo amilenismo pela expressãomilenismo realizado, que com certeza, descreve a posição “amilenista” de forma mais precisa que o termo mais comum, já que os “amilenistas” crêem que o milênio de Apocalipse 20 não é exclusivamente futuro, mas está hoje em processo de realização. Porém, apesar de limitado utilizarei o termo mais comum, amilenismo.


  1.2 A HISTÓRIA DO AMILENISMO

Alguns têm achado elementos amilenistas bem cedo na história da Igreja Cristã. Erickson afirma que "na Epístola de Barnabé, um tipo muito primitivo de escatologia amilenista"[2] pode ser percebido. O amilenismo tem estado presente, numa forma nem sempre diferenciada do pós-milenismo, durante longos períodos da história da Igreja.
Ainda que não tenha havido nenhum amilenismo radical nos primeiros séculos da Igreja, elementos amilenistas, no mínimo, provavelmente estavam presentes. Foi Agostinho, porém, aquele que sistematizou e desenvolveu a abordagem; o argumento mais significante que Agostinho fez é que o milênio não é primariamente temporal nem cronológico, seu significado, pelo contrário, se acha naquilo a que simboliza; Esta tradição continuou na Igreja nas vertentes católicas e protestantes até o século dezenove, quando o pós-milenismo foi desenvolvido pela primeira vez de modo total e abrangente se separando do amilenismo.
Com o declínio do pós-milenismo durante o século vinte, números consideráveis de pós-milenistas anteriores acharam necessário ajustar sua escatologia. Porque o pré-milenismo representava uma alteração por demais radical, a maioria optou pelo amilenismo. O surto do amilenismo, portanto, pode ser relacionado com os eventos que precipitaram a crise para o pós-milenismo. Para alguns, era claramente uma mudança de doutrina.; Para outros, era simplesmente adotar uma posição sobre um ponto-de-vista a respeito do qual não tinham tomado posição antes.
Hoje ,em nossos dias, na sua grande maioria, os conservadores dos grupos reformadores históricos são amilenistas (Presbiterianos e outros).

1.3 A ESCATOLOGIA AMILENISTA

Este esboço cobrirá duas áreas da escatologia amilenista: A escatologia inaugurada - Aspecto da escatologia que já é presente hoje, na era do Evangelho; E a escatologia futura.

1.3.1 A Escatologia Inaugurada:
A)Cristo conquistou a vitória decisiva sobre o pecado, a morte e Satanás. O dia mais importante na História, portanto, não é a Segunda Vinda de Cristo, que é ainda futura, mas a primeira vinda, que ocorreu no passado;
B)O Reino de Deus é ao mesmo tempo presente e futuro. Os amilenistas não crêem que o reino de Deus seja primeiramente um reino judeu envolvendo a restauração de forma literal do trono de Davi. E também não crêem que por causa da descrença dos judeus de sua época Cristo tenha adiado o estabelecimento do reino para a época de seu reino futuro no milênio, na Terra. Os amilenistas crêem que o reino de Deus foi fundado por Cristo na época de sua peregrinação na Terra, está operante hoje na história e destina-se a ser revelado em sua plenitude no porvir;
C)Apesar do último dia ser ainda futuro, estamos hoje nos últimos dias. Os amilenistas entendem a expressão "últimos dias" não meramente como referência à época imediatamente anterior à volta de Cristo, mas como uma descrição do tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo;
D)No que concerne aos mil anos de Apocalipse 20, estamos hoje no milênio. A posição amilenista sobre os mil anos de Apocalipse 20 implica em que os cristãos que vivem hoje estão gozando os benefícios do milênio, pois Satanás foi preso - estar preso não significa que não esteja ativo - por todo este período ele não pode enganar as nações e nem impedir a propagação do Evangelho e das missões. Um segunda implicação é que durante este período de mil anos as almas dos crentes que morreram estão já vivendo e reinando com Cristo no Céu enquanto esperam a ressurreição do corpo.

1.3.2 A Escatologia Futura:
A)Os "sinais dos tempos" aplicam-se tanto ao presente quanto ao futuro. Os amilenista crêem que a volta de Cristo será precedida de certos sinais, porém, estes sinais não devem ser encarados como se referissem exclusivamente a época logo antes da volta de Cristo. Eles tem estado presentes de alguma maneira desde o princípio da era Cristã;
B)A segunda vinda de Cristo será um único evento. Os amilenistas não encontram base bíblica para a divisão que os dispensacionalistas fazem da segunda vinda em duas etapas, com um período de sete anos. Compreendem a volta de Cristo como um evento único;
C)Na volta de Cristo haverá uma ressurreição geral tanto de crentes quanto de não crentes;
D)Após a ressurreição, os crentes ainda vivos serão repentinamente transformados e glorificados. A base deste ensino é o que Paulo diz em 1Cor.15:51,52;
E)Acontece então o "arrebatamento" de todos os crentes. Os crentes que acabaram de ressuscitar dos mortos, juntamente com os crentes ainda vivos que acabaram de ser transformados, serão agora arrebatados entre nuvens para o encontro com do Senhor nos ares (1Tes.4:17);
F)Segue-se o juízo final. Enquanto os dispensacionalistas costuma ensinar que haverá pelo menos três julgamentos distintos, os amilenistas discordam. Eles vêem evidências escriturísticas apenas para um único Dia do juízo, que ocorrerá na época da volta de Cristo. Todos os homens comparecerão então perante o trono de julgamento de Cristo;
G)Após o julgamento é introduzido o estado final. Os incrédulos e todos aqueles que rejeitaram a cristo passarão a eternidade no inferno, enquanto os crentes entrarão na glória eterna na nova terra.

1.4 ASPECTOS DO AMILENISMO

Ao examinarmos as características do Amilenismo percebemos algumas semelhanças com o pós-milenismo e total discordância com o pré-milenismo. Isto gera alguns aspectos ,tanto positivos ,como negativos.

1.4.1 Pontos Positivos:
Do lado positivo, o amilenismo reconhece que a profecia e escatologia bíblicas fazem uso de grande quantidade de simbolismo. Os amilenistas, de modo geral, tem procurado levar a sério a natureza da literatura bíblica e tem perguntado o que esta sendo transmitido dentro daquele meio ambiente cultural, reconhecendo que o simbolismo pode estar presente e operante ainda quando não é obvio.
Em segundo lugar, o amilenismo tem procurado fazer exegese séria das passagens bíblicas relevantes, como Daniel 6 e Apocalipse 20.
E por fim o amilenismo, tem uma filosofia realista da história.

1.4.2 Pontos Negativos:
As maiores dificuldades do amilenismo se concentram na interpretação das duas ressurreições e um pessimismo sobre as condições da humanidade que antecedem a segunda vinda de Cristo.
A interpretação convencional amilenista é que há dois tipos diferentes de ressurreição, uma ressurreição espiritual e uma física, respectivamente. Mediante um exame pormenorizado, no entanto, pergunta-se se isto cria uma distinção onde não existe nenhuma.O segundo e último aspecto negativo é que os amilenistas passam um pessimismo exagerado quando não acreditam num crescimento da justiça em escala mundial, um período de paz para humanidade e nem que a evangelização será bem sucedida como um sinal para a volta de Cristo. Cristo voltará mas não necessariamente estes episódios terão que anteceder sua volta.


[1] CLOUSE, Robert G. Milênio - significado e interpretações. Trad. Glauber
Meyer Pinto Ribeiro. Campinas: Luz Para o Caminho, 202p.

[2] ERICKSON. Millard J. Opções contemporâneas na escatologia - um estudo do
milênio. Trad. Gordon Chown. São Paulo: Edições Vida Nova, 1991. 170p.

LÍNGUA BENDITA, MÃOS ABENÇOADAS


Cada um se farta de bem pelo fruto da sua boca, e o que as mãos do homem fizerem ser-lhe-á retribuído (Pv 12.14)
Do fruto da sua boca o homem se beneficia. Palavras verdadeiras, oportunas e sábias produzem ricos dividendos. Se a língua dos maus é um campo que produz o espinho da angústia, a língua dos justos é um terreno fértil onde se colhe fartura de frutos de alegria e prosperidade. Se a língua dos perversos é uma fonte contaminada de onde jorram as águas sujas da maldade, a língua dos retos é uma fonte bendita de onde fruem copiosamente rios de água viva. Quando a língua é bendita, as mãos são abençoadas; pois, assim como o homem se farta de bem pelo fruto de sua boca, ele também é recompensado pelo trabalho de suas mãos. O trabalho honesto e diligente não fica sem retribuição.  Essa retribuição brota da terra e emana do céu. Vem dos homens e também de Deus. Há quatro recompensas preciosas para aqueles que são dedicados à sua obra: a recompensa da satisfação interior, do reconhecimento humano, da prosperidade e da aprovação divina. Você tem recebido essas recompensas? Tem usufruído dessas bênçãos? Tem-se fartado dos frutos benditos de sua própria boca?
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco

QUEM É O HOMEM? A AUTO-IMAGEM – Parte 4


Texto Básico:
Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. (Rm 12:3)
Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (Mt 22: 34- 40).
Introdução:
ü  A tríplice relação do homem: com Deus, com o próximo e com a natureza.
ü  E a relação do homem consigo mesmo?
ü  A exploração do conceito de amor próprio e de auto-estima tão exploradas e, erroneamente entendidas.
ü  “O movimento do amor próprio começou com os psicólogos humanistas, e tem impactado a igreja de maneira significativa.”

O amor próprio
ü  Conceito distorcido: amar aquilo que somos por natureza, à parte da graça de Deus.
A auto-estima
ü  Conceito distorcido: confiança e satisfação em si mesmo com ela é por natureza, à parte da graça de Deus.
A auto-imagem
ü  Conceito: a concepção que uma pessoa tem de si mesma ou de seu papel, podendo ser positiva (tem valor) ou negativa (pouco ou nenhum valor).
A perversão da auto-imagem
ü  Antes da queda não havia culpa e muito menos vergonha de Deus ou do outro.
ü  A queda foi precedida por uma excessiva elevação da auto-imagem do homem (ser como Deus/ Gn 3.5).
ü  Após a queda ocorreu uma excessiva diminuição da auto-imagem (O não ser como Deus? Gn 3.7-11).
ü  A primeira elevação resultou em orgulho, e a segunda em vergonha ou menosprezo. (1Pe 5. 5; Lc 18.9- 14)
A renovação da auto-imagem
ü  No processo de redenção a auto-imagem de Deus no homem está sendo processualmente renovada.
ü  Nesta renovação Deus, em primeiro lugar, nos capacita a renunciar ao orgulho, e, também nos conduz a termos uma imagem positiva à partir da graça de Deus.
ü  Algumas figuras são utilizadas na Bíblia para tratar desta mudança ou renovação:
1ª) Novo homem X velho homem (Cl 3.9,10)
2ª) Vida no Espírito X vida na carne (Rm 8.9)
3ª) Nova criatura X velha criatura(2 Co 5.17)
O caminho a ser seguido pelo crente (1)
E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (Mt 22:35-40) – Ver: Jo 3.16; Gl 2.20 e Ef 5.25.
O caminho a ser seguido pelo crente (2)
ü  A preocupação do crente em Cristo não deve ser procurar o valor-próprio, mas, pelo contrário, tornar-se uma pessoa de valor.
ü  A satisfação, como a paz e a alegria, não é alcançada quando perseguida, mas vem sempre e inesperadamente como um subproduto de um viver cristão fiel e frutífero. O cristão avalia suas realizações de acordo com os padrões da Bíblia, realizações produzidas pela graça, e não por seu esforço pessoal.
O caminho a ser seguido pelo crente (3)
ü  A posição do valor-próprio ensina que independente de como alguém se comporta, ela tem o direito de amar a si mesma, e de fato deve amar a si mesma; e até que isso seja alcançado, pode ser que nunca mude o seu comportamento;
ü  Pensadores da auto-estima ensinam que o pecado é resultado de baixa-estima, ao passo que Deus ensina que é resultado da nossa natureza pecaminosa.
Razões para rejeitar as versões seculares da auto-estima (1)
ü  Exaltam o homem quando Deus deveria ser exaltado.
ü  Promovem um estilo de vida humanista  em vez de um estilo bíblico e centrado em Deus.
ü  Frustram crentes que procuram amar a Deus e ao próximo dizendo a eles que não podem fazê-lo adequadamente até que outros os amem apropriadamente até que eles amem a si mesmos antes.
ü  Tiram a esperança sugerindo que os maus-tratos provocam problemas de auto-imagem que podem ser para a vida toda, além do alcance da obra do Espírito Santo.
Razões para rejeitar as versões seculares da auto-estima (2)
ü  Direcionam as pessoas para caminhos de autocomiseração e egoísmo.
ü  Negam a graça ao basear a salvação do homem no seu suposto valor para Deus.
ü  Contrariam as palavras de Jesus, incentivando os homens a encontrarem-se a si mesmos, quando eles deveriam negar-se a si mesmos. Destes modo os afastam do discipulado cristão.
Aplicações:
1. Um cristão pode e deve ter uma auto-imagem positiva, tudo à luz da revelação bíblica. Isto não significará jamais o mesmo que: “sentir-se bem consigo mesmo” com base nos defeitos ou pecados. Isto significa saber quem eu sou diante de Deus (pecador redimido), dar louvor a Deus pelo que ele fez, faz e fará em mim (Deus bondoso), reconhecer que Deus pode me usar a despeito de ser um vaso de barro (santa vocação).
2. Ter uma correta auto-imagem nunca será um fim e si mesma, mas um passo para glorificar a Deus.
3. Toda auto-imagem está em processo de aperfeiçoamento segundo à imagem de Cristo.

Resumo de aulas:
Quem é o homem? 4ª parte:
Uma pessoa criada à imagem de Deus numa tríplice relação (Deus, outro e a natureza),
com uma auto-imagem ajustada e dinâmica.

Rev. José Francisco do Nascimento
Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn – Pregando e vivendo o Evangelho