sábado, 15 de março de 2014

DEUS ODEIA O PECADO, MAS AMA O PECADOR. SERÁ?

"Arrependam-se ou pereça” exige que as pessoas ponderem seriamente acerca do slogan popular: “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador.” É necessário haver um arrependimento consistente diante da afirmação “Deus ama o pecador?” Se Deus ama o pecador, enquanto ele está vivo, é estranho que Deus o envie para o inferno, assim quando ele morrer. Deus ama o pecador até a morte? E não o amaria no tormento eterno?

Há algo errado aqui. Ou, Deus ama o pecador e não irá mandá-lo para dentro da fornalha de Sua ira eterna, ou Ele o enviará para a Sua ira eterna e não o ama. Ou, “você está indo para o inferno a menos”, porque Deus odeia você, como você é. Ou, Deus te ama e “você está indo para o inferno a menos que” é falsa.

O que leva quase todos a crerem que Deus ama o pecador é por Ele fazer tão bem ao pecador. Ele concede tantos favores incluindo deixar que continue vivendo. Como Deus pode permitir que o pecador viva e lhe dê tantas bênçãos, a não ser que Ele o ame? Há um tipo de amor entre Deus e os pecadores. Nós o chamamos de “amor de benevolência.” Isso significa que é um amor de boa vontade. Benevolens - bem disposto. Fazer bem. Deus pode fazer bem para o pecador sem amá-lo com o outro tipo de amor. “Amor complacente”, um prazer em, afeição por, admiração de. Ele existe na perfeição entre o Pai e o Filho, “em quem me comprazo” ( Mt 3:17; Mc 1:11).

Deus é perfeitamente descontente com o pecador. O pecador odeia a Deus, desobedece a Deus, é ingrato a Deus por todos os Seus favores, e até mesmo mataria a Deus, se pudesse. Este pecador está morto em seus delitos e pecados (Ef 2:1). “Os pensamentos e desígnios de seu coração são continuamente maus” (Gn 6:5). Ele é escravo do pecado (João 8:34) e um servo do diabo (Ef 2:2).

Deus não tem em nada amor complacente para com o pecador. Ele tem um ódio perfeito dele, de fato, Ele diz que “odeio-os com ódio consumado” (Sl 139:22 ).

Neste mundo o pecador em nada tem satisfação, senão no amor benevolente de Deus. Cada experiência de dor, bem como o prazer é do amor de Deus - de benevolência. Mesmo a dor é do Seu amor, porque Ele tende a despertar o pecador do seu perigo. Deus realmente ama o pecador, a quem Ele odeia com um ódio perfeito, mas com um perfeito amor de benevolência.

O pecador, como eu disse, torna em maldição cada bênção divina, incluindo o amor da benevolência de Deus. Isso ele faz por interpretar o amor de benevolência, como sendo um amor de complacência.

Tanto quanto “o ódio dos pecados” está relacionado, pois não existem pecados aparte do pecador. Deus odeia o pecar, ou seja, o matar, roubar, mentir, cobiçar, etc., mas isso faz alusão ao autor destes crimes.

Deus nunca odeia os remidos, mesmo quando eles pecam. Seria Ele um injusto admirador de pessoas? Não! (At 10:34) Deus odeia o pecador não redimido, mas ama os remidos, mesmo quando eles pecam por um motivo bom e justo. Deus ama os remidos, mesmo quando eles pecam, porque o Seu Filho, em quem Deus se compraz, vivendo sempre para interceder por eles (Rm 8:27, 34). Cristo morreu para expiar a culpa dos pecados de Seu povo. Quando eles pecam, estes são expiados - pelos pecados. Eles são pecados com sua culpa removida. Em certo sentido, estes pecados não são considerados. Deus não odeia o seu povo quando eles pecam, porque eles estão em Seu Filho, Cristo Jesus. E eles são feitos aceitáveis em seu Filho. Ele “nos faz aceitos no Amado” (Ef 1:6).

Nepotismo Divino? Não, o Seu Filho morreu por essas pessoas e pagou o preço por seus pecados passados, presentes e futuros. Eles são cancelados antes de serem cometidos. Essa é a verdade, não uma ficção. Justiça não é nepotismo favorecido. Na verdade, não é a sua relação original com Cristo que faz com que os seus pecados sejam sem culpa, mas a satisfação realizada por Cristo pelos seus pecados que criou o relacionamento como filhos adotados na família de Deus.

Quando o homem pecou, morreu espiritualmente e foi rejeitado da comunhão com Deus, seu criador e amigo (Gn 3; Rm 5:12). A ira de Deus estava sobre ele, o pesar no trabalho era a sua parte na maldição; bem como o sofrimento no parto; alienação e morte, como ameaçadas. Deus é santo; os seus olhos são tão puros que não podem contemplar a iniquidade. (Hq 1:13)

Esta foi uma terrível, mas santa ira. Deus estava usando o seu poder onipotente, mas segundo a Sua justiça perfeita. O homem foi afetado, mas ele mereceu. Não era mais, nem menos, do que ele merecia. Deus não é mais poderoso do que santo, nem mais sagrado do que poderoso.

Toda a glória a Deus por sua santa ira. (Jo 17:3; Rm 9:17).

Extraído de http://www.the-highway.com/lovesiner_Gerstner.html

Traduzido por: Ewerton B. Tokashiki

CORAÇÃO ALEGRE, ROSTO FELIZ

11 DE JUNHO
O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate (Pv 15.13).
A Organização Mundial de Saúde afirma que a maioria das doenças tem um pano de fundo emocional. As emoções se refletem na saúde física. Muitas doenças decorrem da ansiedade. Muitos males que afloram no corpo procedem de um coração triste. Um coração angustiado resulta num espírito abatido, pois a tristeza deixa a pessoa oprimida. Nenhum cosmético pode dar mais formosura ao rosto do que um coração alegre. Nenhuma cirurgia plástica pode corrigir melhor a forma do rosto do que a paz interior. Essa paz de espírito não se alcança com meditação transcendental. Essa alegria do coração não se compra em comprimidos de farmácia. Poderemos vestir roupas de grife, andar em carros importados e morar em verdadeiros palacetes e, ainda assim, ter um coração triste, um rosto abatido e um espírito oprimido. Essa alegria do coração não está em coisas, mas em Deus. Ele é a fonte da verdadeira alegria. E na presença de Deus que há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância. Somente vivendo em Cristo é que poderemos ter um coração alegre e um rosto feliz.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Quando Deus não é Suficiente

“Fizeste-nos para ti, Senhor, e o nosso coração permanece inquieto enquanto não encontra repouso em ti” (Agostinho, Confissões).
“Há um vazio no coração do homem do tamanho de Deus que não pode ser preenchido por qualquer coisa criada, mas somente por Deus, o Criador, conhecido através de Jesus” (Blaise Pascal, Pensées).
Então, vieram ter comigo alguns dos anciãos de Israel e se assentaram diante de mim. Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniquidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem? Portanto, fala com eles e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tem tal tropeço para a sua iniquidade, e vier ao profeta, eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos; para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos (Ezequiel 14:1–5).
O coração novo que temos em Cristo está ainda em processo de aperfeiçoamento, e quando Deus, de forma funcional, “não é suficiente”, nossas ansiedades e medos tomam conta, e então, saímos em busca de deuses projetados e pseudosalvadores. O que isso significa?
No início de Ezequiel 14, podemos escutar a conversa fascinante que ocorreu entre o profeta e Deus. Eis o contexto: Ao invés de apresentar e contar a história de redenção de Deus às nações, Israel havia sido gradualmente atraída para a adoração dos deuses das nações vizinhas.
O impulso de Israel à idolatria não aconteceu porque o povo ficou entediado com a liturgia de seu templo, encantado com a música das bandas de adoração nos templos pagãos, ou impressionado com a oratória do novo profeta cananeu que tinha acabado de se mudar para o bairro. Ninguém em Israel saiu em busca de um novo culto de adoração, mas de novos deuses que os servissem. O centro de sua adoração mudou de Deus para si mesmos. Eles começaram a adorar a adoração mais do que adoravam a Deus—isto é, o seu relacionamento com Deus se tornou utilitário ao invés de doxológico.
Quando a glória do único Deus vivo deixa de ser a nossa principal paixão na vida, a adoração se torna um veículo pragmático para realização de duas missões na vida: provisão e proteção. Ao invés de viver para a glória de Deus e buscá-lo para suprir nossas necessidades, passamos a existir para a nossa glória e a buscar deuses que satisfarão nossas exigências.
E como Deus reage a isso? Três fases se destacam para mim nessa passagem crucial—cada uma delas enfatiza o quão obstinadamente Deus nos ama em Cristo e quão incansavelmente ele busca o afeto de nossos corações.
O lamento de Deus: “Estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração”.
Nós somos bem capazes de levantar ídolos físicos em qualquer lugar. Mas quer seja um bezerro de ouro no pátio ou um carro novo na garagem, a principal habitação da idolatria é o coração do homem. As obras de nossas mãos ou as palavras de nossas bocas fluem simplesmente do que está acontecendo nos santuários de nossos corações. O clamor de Deus, e  mandamento, para nós é sempre “Dá-me, filho meu, o teu coração” (Provérbios 23:26). Ele terá os nossos corações, porque somente Deus é merecedor disso.
A promessa de Deus: “eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos”.
Apesar de sua paciência ilimitada, o amor de Deus por seu povo o impele a agir com poder e, se necessário, de forma dolorosa. Como Deus nos responde segundo a nossa idolatria? Deus permite que nós experimentemos as consequências sempre destrutivas resultantes da confiança nos ídolos. Somente quando os nossos ídolos falham conosco, é que nós começamos a entender a futilidade e a insanidade da idolatria (Isaías 44). A idolatria carrega um poder de cegar e escravizar. Apenas um poder tão grande quanto a graça de Deus pode acabar com os enganos e destruir as armadilhas da idolatria.
A esperança de Deus: “Para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos”.
Conforme eu tenho sido guiado, e às vezes arrastado, no processo de transformação realizado pelo evangelho, poucas palavras de esperança têm tido tanto significado para mim quanto essas. Por que, às vezes, Deus torna a vida dolorosa para nós? Por que Deus escreve histórias que nós nunca escreveríamos; segue uma linha do tempo que nós nunca escolheríamos; e responde as nossas orações de tal maneira que nós pensamos que ele está nos rejeitando? Ele nos dá a resposta: “Para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos”. Ninguém nos ama como Deus em Jesus—mesmo que seja necessário nos levar ao cativeiro da Babilônia para nos convencer disso.
O ciúme de Deus por nosso amor é o maior elogio que ele poderia nos fazer, e também o presente mais caro que ele poderia nos dar. Custou caro para Deus porque exigiu a vida e a morte do seu filho; custa caro para nós também porque significa que o amor de Deus nunca nos abandonará. Isso pode se tornar bem perturbador e confuso. Às vezes nós proclamamos: “Nada vai me separar do amor de Deus”, sem perceber tudo o que está implícito em tal declaração. O Deus de amor não tolerará o nosso amor pelos ídolos. Aleluia, e prepare-se.

Autor: Scotty Smith - Rev. Scotty Smith é o pastor fundador da Christ Community Church em Franklin, Tennessee, e é autor de Everyday Prayers: 365 Days to a Gospel-Centered Faith.

Ao Cometer Suicídio, o Cristão Perde a Salvação?

Esse tem sido um dos temas mais controversos ao longo dos anos, e que lamentavelmente muitos têm respondido de uma maneira emocional e não através da análise bíblica. Aqueles de nós que crescemos no catolicismo sempre ouvimos que o suicídio é um pecado mortal que irremediavelmente envia a pessoa para o inferno. Para muitos que têm crescido com essa posição, é impossível despojar-se dessa ideia.
Outros têm estudado o tema e, depois de fazê-lo, concluem que nenhum cristão seria capaz de acabar com sua própria vida. Há outros que afirmam que um cristão poderia cometer suicídio, mas perderia a salvação. E ainda outros pensam que um cristão poderia cometer suicídio em situações extremas, sem que isso o conduza à condenação.
Em essência temos, então, quatro posições:
 Todo aquele que comete suicídio, sob qualquer circunstância, vai para o inferno (posição Católica Tradicional).
  1. Um cristão nunca chega a cometer suicídio, porque Deus impediria.
  2. Um cristão pode cometer suicídio, mas perderá sua salvação.
  3. Um cristão pode cometer suicídio, sem que necessariamente perca sua salvação.
 A primeira dessas quatro posições foi basicamente a única crença até a época da Reforma, quando a doutrina da salvação (Soteriologia) começou a ser melhor estudada e entendida. Nesse momento, tanto Lutero como Calvino concluíram que eles não podiam afirmar categoricamente que um cristão não poderia cometer suicídio e/ou o que se suicidava iria ser condenado. Na medida em que a salvação das almas foi sendo analisada em detalhes, muitos dos reformadores começaram a fazer conclusões, de maneira distinta, sobre a posição que a Igreja de Roma tinha até então.
No fim das contas, a pergunta é: O Que a Bíblia diz?
Começamos mencionando aquelas coisas que sabemos de maneira definitiva a partir da revelação de Deus:

  • O ser humano é totalmente depravado (primeiro ponto do TULIP calvinista). Com isso, não queremos dizer que o ser humano é tão mal quanto poderia ser, mas que todas as suas capacidades estão manchadas pelo pecado: sua mente ou intelecto, seu coração ou emoções, e sua vontade.
  • O cristão foi regenerado, mas mesmo depois de ter nascido de novo, devido à permanência da natureza carnal, continua com a capacidade de cometer qualquer pecado, com a exceção do pecado imperdoável.
  • O pecado imperdoável é mencionado em Marcos 3:25-32 e outras passagens, e a partir desse contexto podemos concluir que esse pecado se refere à rejeição contínua da ação do Espírito Santo na conversão do homem. Outros, a partir dessa passagem citada, atribuem a Satanás as obras do Espírito de Deus. Obviamente, em ambos os casos está se fazendo referência a uma pessoa incrédula.
  • De maneira particular, queremos destacar que o cristão é capaz de tirar a vida de outra pessoa, como fez o Rei Davi, sem que isso afete a sua salvação.
  • O sacrifício de Cristo na cruz perdoou todos os nossos pecados: passados, presentes e futuros (Colossenses 2:13-14, Hebreus 10:11-18)
  • O anterior implica que o pecado que um cristão cometerá amanhã foi perdoado na cruz, onde Cristo nos justificou, e fomos declarados justos sem de fato sermos, e o fez como uma só ação que não necessita ser repetida no futuro. Na cruz, Cristo não nos tornou justificáveis, mas justificados (Romanos 3:23-26, Romanos 8:29-30)

A salvação e o ato do suicídio
Dentro do movimento evangélico existe um grupo de crentes, a quem já aludimos, denominados Arminianos, que diferem dos Calvinistas em relação à doutrina da salvação. Uma dessas diferenças, que não é a única, gira em torno da possibilidade de um cristão poder perder a salvação. Uma grande maioria nesse grupo crê que o suicídio é um dos pecados capazes de tirar a salvação do crente. Nós, que afirmamos a segurança eterna do crente (Perseverança dos Santos), não somos daqueles que acreditam que o suicídio ou qualquer outro pecado eliminaria a salvação que Cristo comprou na cruz.
Tanto na posição Calvinista como na Arminiana, alguns afirmam que um cristão jamais cometerá suicídio. No entanto, não existe nenhum versículo ou passagem bíblica que possa ser usado para categoricamente afirmar essa posição. Alguns, sabendo disso, defendem sua posição indicando que na Bíblia não há nenhum suicídio cometido pelos crentes, enquanto aparecem vários casos de personagens não crentes que acabaram com suas vidas. Com relação a essa observação, gostaria de dizer que usar isso para estabelecer que um cristão não pode cometer suicido não é uma conclusão sábia, porque estamos fazendo uso de um argumento de silêncio, que na lógica é o mais débil de todos. Há várias coisas não mencionadas na Bíblia (centenas ou talvez milhares) e se fizermos uso de argumentos de silêncio, estamos correndo o risco de estabelecer possíveis verdades nunca reveladas na Bíblia. Exemplo: não aparece um só relato de Jesus rindo; a partir disso eu poderia concluir que Jesus nunca riu ou não tinha capacidade para rir. Seria esse um argumento sólido? Obviamente não.
Gostaríamos de enfatizar que, se alguém que vive uma vida consistente com a fé cristã comete suicídio, teríamos que nos perguntar antes de ir mais além, se realmente essa pessoa evidenciava frutos de salvação, ou se sua vida era mais uma religiosidade do que qualquer outra coisa. Eu acho que, provavelmente, esse seria o caso da maioria dos suicídios dos chamados cristãos.
Apesar disso, cremos que, como Jó, Moisés, Elias e Jeremias, os cristãos podem se deprimir tanto a ponto de quererem morrer. E se esse cristão não tem um chamado e um caráter tão forte como o desses homens, pensamos que pode ir além do mero desejo e acabar tirando a própria vida. Nesse caso, o que Deus permitir acontecer pode representar parte da disciplina de Deus, por esse cristão não ter feito uso dos meios da graça dentro do corpo de Cristo, proporcionados por Deus para a ajuda de seus filhos.
Muitos acreditam, como já mencionamos, que esse pecado cometido no último momento não proveu oportunidade para o arrependimento, e é isso o que termina roubando-lhe a salvação ao suicidar-se. Eu quero que o leitor faça uma pausa nesse momento e questione o que aconteceria se ele morresse nesse exato momento, se ele pensa que morreria livre de pecado. A resposta para essa pergunta é evidente: Não! Ninguém morre sem pecado, porque não há nenhum instante em nossas vidas em que o ser humano está completamente livre do pecado. Em cada momento de nossa existência há pecados em nossas vidas dos quais não estamos nem sequer apercebidos, e outros que nem conhecemos, mas que nesse momento não temos nos dirigido ao Pai para buscar seu perdão, simplesmente porque o consideramos um pecado menos grave, ou porque estamos esperando pelo momento apropriado para ir orar e pedir tal perdão.
A realidade sobre isso é que, quando Cristo morreu na cruz, ele pagou por nossos pecados passados, presentes e futuros, como já dissemos. Portanto, o mesmo sacrifício que cobre os pecados que permanecerão conosco até o momento de nossa morte é o que cobrirá um pecado como o suicídio. A Palavra de Deus é clara em Romanos 8:38 e 39: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que o texto diz que “nenhuma outra coisa criada”. Esta frase inclui o próprio crente. Notemos também que essa passagem fala que “nem as coisas do presente, nem do porvir”, fazendo referência às situações futuras que ainda não vivemos. Por outro lado, João 10:27-29 nos fala que ninguém pode nos arrebatar da mão de nosso Pai, e Filipenses 1:6 diz que “aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus”. Concluindo:

  • Se estabelecemos que o cristão é capaz de cometer qualquer pecado, por que não conceber que potencialmente ele poderá cometer o pecado do suicídio?
  • Se estabelecemos que o sangue de Cristo é capaz de perdoar todo pecado, ele não cobriria esse outro pecado?
  • Se o sacrifício na cruz nos tornou perfeitos para sempre, como diz o autor de Hebreus (7:28, 10:14), não seria isso suficiente para afirmarmos que nenhum pecado rouba a nossa salvação?
  • Se até Moisés chegou a desejar que Deus lhe tirasse a vida, devido à pressão que o povo exerceu sobre ele, não poderia um paciente esquizofrênico ou na condição de depressão extrema, que não tenha a força de caráter de um Moisés, atentar contra a sua própria vida de maneira definitiva?
  • Se não somos Deus e não temos nenhuma maneira de medir a conversão interior do ser humano, poderíamos afirmar categoricamente que alguém que deu testemunho de cristão durante sua vida, ao cometer suicídio, realmente não era um cristão?
  • Baseados na história bíblica e na experiência do povo de Deus, poderíamos concluir que o suicídio entre crentes provavelmente é uma ocorrência extraordinariamente rara, devido à ação do Espírito Santo e aos meios de graça presentes no corpo de Cristo.
  • Pensamos que o suicídio é um pecado grave, porque atenta contra a vida humana. Mas já estabelecemos que um crente é capaz de eliminar a vida humana, como o fez Davi. Se eu posso fazer algo contra alguém, como não conceber que posso fazê-lo contra mim mesmo? Essa é a nossa posição.
 Como você pode ver, não é tão fácil estabelecer uma posição categórica sobre o suicídio e a salvação. Tudo o que podemos fazer é raciocinar através de verdades teológicas claramente estabelecidas, a fim de chegar a uma provável conclusão sobre um fato não estabelecido de forma definitiva. Portanto, quanto mais coerentemente teológico for meu argumento, mais provável será a conclusão que eu chegar. Agostinho tinha razão ao dizer: “Naquilo que é essencial, unidade; naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. Minha recomendação é que você possa fazer um estudo exaustivo, outra vez ou pela primeira vez, acerca de tudo o que Deus disse sobre a salvação, que é muito mais importante que o suicídio, que é quase nada.

Autor: Miguel Núñez - Retirado do Site: http://www.ministeriofiel.com.br/

A TOLICE DO ESCARNECEDOR

10 DE JUNHO
O escarnecedor não ama àquele que o repreende, nem se chegará para os sábios (Pv 15.12).

A maior de todas as tolices é ser tolo e julgar-se sábio. E não saber e julgar-se conhecedor. É ser carente de conhecimento e estar indisposto a aprender. Quando uma pessoa fecha a porta do aprendizado, passa a viver na masmorra da ignorância. Quando um indivíduo considera a pessoa que o repreende como adversário, cava sua própria ruína. O escarnecedor, o homem vaidoso, não gosta de ser corrigido. Ao contrário, odeia qualquer pessoa que procura interferir em sua vida. Uma pessoa soberba sente-se autossuficiente. Está tão cheia de vaidade que não tem mais espaço para aprender coisa alguma. O altivo de coração é arrogante e, mesmo como um restolho, onde só há sabugo e palha, mantém-se empinado. E como joio que, embora externamente pareça com o trigo, jamais se dobra diante do vento. A Bíblia diz que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Os que se exaltam serão humilhados. Aqueles que se afastam dos sábios e passam a odiar os que os exortam, esses acabam colhendo os frutos de sua insensatez. Por não ouvirem a voz da exortação, oferecem as costas ao chicote da disciplina. Por não ouvirem conselhos, verão desabar sobre a própria cabeça o seu escárnio.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Por Que Acreditar na Bíblia? John Blanchard

A Bíblia é o livro mais respeitado no mundo e, também, o mais insultado. Milhões de pessoas buscam a Bíblia todos os dias, a fim de encontrar inspiração e direção para sua vida. Entretanto, por dois mil anos, nenhum outro livro tem sido tão odiado e atacado. Muitos de seus tradutores têm sido perseguidos, torturado e assassinados, e inúmeras cópias de seu trabalho têm sido proibidas ou destruídas. Para muitas pessoas, a Bíblia não é amada nem detestada; ela é nada mais que um antigo documento religioso que suscita uma multidão de dúvidas. Como podemos saber se o texto que temos em mãos corresponde ao original? Não seria ela apenas uma exposição de tradições? Como um livro tão velho pode ser relevante no século XXI? A ciência não tomou o seu lugar no que se refere à explicação do mundo e de nosso papel nele? Neste livro você encontrará as respostas. 
Quer baixar esse EBOOK? Entre no site da Editora Fiel no link: http://www.ministeriofiel.com.br/ebooks/detalhes/44/Por_Que_Acreditar_na_Biblia.

Pr. José Francisco.

A Bênção da Disciplina de Deus

Pais veem os benefícios da disciplina mais facilmente do que seus filhos. Quando eu era criança, nunca engoli de verdade a ideia de que eu estava sendo punido porque meus pais me amavam. Minha opinião simplesmente era diferente. Agindo como meu próprio advogado de defesa, eu ensaiava na minha mente a severidade da minha punição; eu considerava a precipitação do veredito, a desproporção entre o crime e a punição. Eu alimentava minha autocomiseração e chorava no meu travesseiro. Injusto! Só quando fiquei mais velho passei a ver a disciplina através de lentes mais limpas. E, claro, hoje fico feliz pela disciplina amorosa dos meus pais.
Mas e quanto à disciplina de Deus? Nós somos gratos por ela? Nós vemos o seu amor nela?
Como crentes, lutamos para aplicar essa lição de infância para a nossa caminhada na fé. Frequentemente vemos a disciplina de Deus de uma perspectiva infantil. Nós sofremos — nos apressamos em perguntar: por quê? Quando coisas ruins acontecem com o povo de Deus, nós ficamos confusos com espanto, frustração ou dúvida. Nós questionamos a sabedoria de Deus. Nós questionamos os motivos de Deus. Assim como a disciplina paternal que enfrentamos quando crianças, questionamos a severidade do sofrimento, a competência, a justiça da prova. Por que eu deveria passar por toda essa dor?
Isso certamente se encaixa na situação abordada no livro de Hebreus. O autor insta que os cristãos hebreus considerem suas provas e os sofrimentos pelos quais estavam passando com maturidade espiritual. Ele os encoraja a lembrar de como Deus age com seus filhos. Eles precisavam de que alguém os lembrasse.
Todos nós não precisamos? Assim como eles, precisamos ser lembrados da Palavra de Deus: “e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco?” (Hb 12.5). Tais palavras são parte de uma exortação anterior para fazê-los lembrar de Jesus Cristo em seu sofrimento, aquele que “suportou a cruz” e “a oposição dos pecadores” (12.2-3).
Nós escorregamos para um esquecimento da Palavra de Deus. O autor de Hebreus, portanto, nos lembra daquela passagem, referindo-se à disciplina paternal como uma “exortação” ou um “encorajamento”. A palavra específica usada aqui tem parentesco com a palavra usada para o Espírito Santo no evangelho de João, onde ele é chamado de nosso “Advogado”, “Consolador” ou “Ajudador”. No evangelho de João a palavra é paracl?tos; aqui, a palavra éparacl?sis. Essa palavra confortadora de Deus, que o autor de Hebreus nos diz para não esquecermos, é na verdade uma citação de Provérbios 3.11-12. O autor bíblico nos informa de duas coisas, seguidas por uma explicação: primeiro, não devemos menosprezar a disciplina do Senhor; segundo, não devemos desmaiar quando formos reprovados; e terceiro, a explicação: “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (v. 6). A disciplina é fundamentada no cuidado paternal de Deus para conosco. O ponto é claro, e não devemos perdê-lo: Diante de sofrimento e luta, diante de frustrações e perseguição, Deus não nos abandonou. Ele não nos esqueceu, nem está nos tratando como rejeitados ou indesejados. Pelo contrário, ele está nos tratando como filhos e filhas.
O autor nos dá mais informações sobre o tema. Ele mostra para esses crentes rodeados por provações o exemplo de amor da paternidade humana. Nossos pais terrenos “nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia”. Ao dizer “segundo melhor lhes parecia”, o autor indica que nossos pais não eram infalíveis. Eles trabalhavam para nos criar da melhor forma que podiam — “e os respeitávamos” por isso. Sob circunstâncias normais, como adultos, nós apreciamos os esforços de nossos pais em nos criar, especialmente quando nós mesmos temos filhos. Nós respeitamos os nossos pais porque eles tentaram nos melhorar e desenvolver o nosso caráter. Honestamente, devemos ter pena de pessoas que nunca foram ensinadas a guardar os seus corações, resistir aos seus impulsos ou frear as suas línguas.
Mas Deus não nos disciplina “segundo melhor lhe parece”; mas “nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade”. Não há dúvidas aqui quanto ao fato de Deus saber o que está fazendo.  Nunca há nada desinformado, mal orientado ou injusto em suas palmadas. É agradável? O autor de Hebreus diz que não é. “Toda disciplina no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza” (12.11a). Não tem como fugir do fato — disciplina é desagradável. Ela é corretiva. Ela nos conduz a uma nova direção. Ela nos força a sair dos vícios de posturas, ações, pensamentos e palavras pecaminosas. Ela nos faz olhar para os nossos hábitos a partir de uma perspectiva melhor e mais bíblica. Embora o caminho seja doloroso, suas recompensas são benditas: “depois, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (v. 11b).
“Aos que têm sido por ela exercitados”. Nós não devemos perder esse ponto essencial. Os cristãos hebreus são instados a serem “exercitados” pelos seus sofrimentos. Em outras palavras, se querem que a disciplina tenha seu efeito desejado, eles não devem meramente suportar o que sofrem. Eles devem ser “exercitados” pelo sofrimento. Eles devem aprender dele, pois “exercício” não acontece automaticamente, assim como ir à escola não garante que aprendamos qualquer coisa. Alguns cristãos que sofreram muito aprenderam muito pouco. Outros, contudo, foram “exercitados” pela disciplina de Deus, e o “fruto de justiça” está lá para Deus e nós vermos.
A história de Jó nos ajuda nesse sentido. Jó sofreu a mais severa provação de fé. As tragédias que afligiram a sua vida não foram porque ele era um pecador, ou por causa de seus pecados. Ele foi testado porque ele era fiel (Jó 1.1, 8; 2.3). Satanás tinha um propósito na provação de Jó, mas Deus tinha outro. Lembre-se que Jó perdeu grande parte da sua família, assim como de sua riqueza e saúde — tudo isso tão cruelmente sincronizado. Até mesmo a sua esposa o abandonou. O conselho dela: “Amaldiçoa a Deus e morre!” (2.9). Jó sofreu todos esses terrores; e depois sofreu sob a acusação de três de seus supostos amigos que o informaram que coisas ruins não acontecem com pessoas boas. O conselho deles: “Arrependa-se!” (8.5-6; 15.4-5; e mais). Jó, contudo, era um homem instruído na Palavra de Deus, e então argumentou seu caso contra seus supostos consoladores. Ele também argumentou com Deus. Cambaleante de confusão, ele pediu a Deus esclarecimento. Ele queria que Deus explicasse. Deus finalmente falou, mas foi Jó que ficou sob divino interrogatório, não o Senhor (capítulo 38).
Jó se arrependeu no pó e nas cinzas (42.6). Ele se arrependeu por não confiar em Deus no meio do seu sofrimento. Ele se arrependeu por “desmaiar” e por duvidar da justiça e do bom propósito de Deus para ele através do seu sofrimento. Ele se arrependeu de questionar a sabedoria, o favor e o amor de Deus. Ele se arrependeu por falhar em ver que Deus usara as provas que ele enfrentou para o seu bem. E é isso que o autor de Hebreus também está dizendo. Deus usa as nossas provações como disciplina “para aproveitamento”.
Se queremos crer nisso, precisamos de ouvidos para ouvir.
A palavra de Deus é o agente da sua disciplina. Contudo, circunstâncias ganham a nossa atenção — e Deus usa todo tipo de circunstância como “ganhadoras de atenção”: perda de emprego, bebês desobedientes ou adolescentes problemáticos, uma lesão, uma doença, um divórcio, um acidente e muito mais. Os fardos podem ser grandes ou pequenos. O de Jó era grande.
Talvez, em comparação com o dele, o seu seja pequeno. Não importa. Deus disciplina aqueles a quem ama. Ao ganhar a sua atenção com provações e circunstâncias difíceis, a Palavra de Deus serve como o agente de correção, como uma voz em seus ouvidos para corrigir, consolar, reprovar, exercitar, etc. Isso é “disciplina” paternal. Perceba quão próxima a palavra disciplina está de outra palavra bíblica, discípulo. A disciplina de Deus serve para nos tornar discípulos de Cristo. As provações que enfrentamos são divinamente designadas para nos amadurecer, a fim de que nos tornemos discípulos mais úteis na igreja e no reino de Deus.
Você está sendo corrigido e “exercitado” pela dificuldade que está suportando? Você está se tornando um discípulo adequado de Cristo a partir da disciplina paternal de Deus? A disciplina paternal de Deus é apenas para crentes; é para discípulos. Sem dúvida, incrédulos também podem aprender muito das duras batidas da vida e, como resultado, eles podem se tornar melhores pessoas por causa das provações. Mas as duras batidas da vida não os santificam. Eles não se tornam discípulos de Jesus através do sofrimento. A disciplina de Deus para com seus filhos, contudo, é santificadora. A sua disciplina é amor em ação, pois ele nos ama não nos mimando, mas nos corrigindo. Ele está nos tornando discípulos.
Se a voz da disciplina de Deus está em seus ouvidos — talvez circunstâncias difíceis estejam fazendo você pausar para ouvir a sua voz — você é sábio e obediente somente quando dá adeus à incredulidade, marca um ponto contra o pecado e deixa para trás, sem arrependimento, seus hábitos caprichosos, posturas, rancores, questionamentos ou autocomiseração. Faça isso e confie em Deus , aprendendo a orar: “Senhor, não se faça a minha vontade, mas a tua”.
Autor: J. Mark Beach - Tradução: Alan Cristie
Retirado: http://www.ministeriofiel.com.br/

quarta-feira, 12 de março de 2014

NÃO PODEMOS NOS ESCONDER DE DEUS

09 DE JUNHO
O além e o abismo estão descobertos perante o Senhor; quanto mais o coração dos filhos dos homens! (Pv 15.11).
Deus é onisciente. Ele conhece todas as coisas, de todos os tempos, em todos os lugares, de todas as pessoas, até mesmo aquelas que são ocultas. Ninguém pode fugir da sua face nem esconder alguma coisa de seus olhos. Ele sonda o coração dos homens. Seus olhos penetram além do véu. Ele vê os segredos guardados a sete chaves. Penetra nas motivações mais secretas e inconfessas daqueles que tentam esconder seus pecados. Se o Senhor sabe o que acontece até mesmo no mundo dos mortos, como alguém poderá esconder dele os seus pensamentos? Até mesmo as sepulturas estão abertas diante dele, quanto mais o coração dos filhos dos homens! Deus é inescapável. Se tentarmos fugir de sua presença colocando o nosso ninho entre as estrelas, ele estará lá. Se descermos ao abismo e chegarmos ao fundo dos mares, ele também estará lá. Para ele, luz e trevas são a mesma coisa. Não é sensato continuar fugindo de Deus, buscando esconderijo para ocultar nossos pecados. Ao contrário, devemos voltar-nos para ele, rogando: Sonda-me, ó Deus, [...] e conhece os meus pensamentos (SI 139.23). O que precisamos fazer não é fugir de Deus por causa do pecado, mas fugir do pecado por causa de Deus.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

HUMILDADE, UMA MARCA CRISTÃ

A humildade é demonstrada quando a igreja segue o ensinamento encontrado em Tiago 4.10 e se humilha, de modo que o Senhor possa elevá-la no tempo devido. Esse ensinamento também está presente em 1Pedro 5.5,6: "[...] 'Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes'. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido".
Humildade é lembrar quem somos à luz de quem é Deus. Como cristãos, temos uma tarefa vital que não queremos perder de vista. É fácil nos envolvermos em muitas coisas e perdermos aquilo que Deus espera que sejamos. Mas somos chamados para servir a Deus e para dedicar a nossa vida a questões importantes. Às vezes o que é importante pode surpreender-nos. Mateus 10.42 diz que até um copo de água fresca dado em nome de Jesus não ficará sem recompensa. Nosso convite é para representarmos e irradiarmos Cristo, sermos embaixadores dele, pensarmos o que ele pensa e falarmos o que ele fala. Nosso chamado é para servir a Deus de qualquer maneira que ele nos peça.
A Bíblia diz em João 10.10 que o Diabo tem o propósito de nos destruir. Uma das principais maneiras pela qual ele tenta fazer isso é por meio da distração. Se focarmos os olhos nas sutilezas do pecado, será bem menor a probabilidade de enchermos nossa alma com Cristo, o verdadeiro pão da vida. É fácil distrair-nos do nosso chamado. Conta-se a história de uma centopeia que viajava por uma estrada. Um rato saiu correndo atrás dela e disse: – Ei, você tem tantas pernas, como sabe que perna deve colocar na frente? – Para ser franca, nunca parei para pensar nisso — respondeu a centopeia. O inseto começou então a considerar todas as possibilidades, e isso a distraiu de tal modo que ela não foi mais capaz de sair do lugar. Não sabia qual perna mexerem primeiro lugar, em segundo, em terceiro e assim por diante.
O mesmo vale no nosso caso. A humildade impede que nos distraiamos e nos desviemos da nossa tarefa principal. O oposto da humildade é o orgulho, que nos enreda os pés de modo que desaprendemos a andar. Ele ergue a cabeça sempre que a atitude que adotamos em relação à nossa posição, aos nossos bens e às nossas realizações — a nós mesmos, enfim — vai além de um justificável respeito próprio.
O orgulho pode assumir a forma de poder quando acreditamos que merecemos determinado sucesso. Ou pode tomar a forma do excesso de confiança. Ou pode ser a sutil transição para o sentimento de superioridade, quando começamos a nos imaginar à prova de bala.
Por outro lado, humildade tem a ver com servir e exaltar a Cristo. Na prática, a humildade se faz presente quando descobrimos que nossa maior alegria é doarmos nossa vida. A recompensa não é o aplauso, mas a consciência de que conseguimos servir a Cristo. Esse tipo de humildade não se adquire facilmente. Mas pode ser obtida intencionalmente. O motivo? A humildade não é algo natural para nós, seres humanos. Atos de humildade devem ser intencionalmente planejados e então implementados com consistência até se tornarem naturais.

(CORDEIRO, Wayne. A Igreja Irresistível, São Paulo, Editora Vida, 2012, p. 130/1).