sábado, 18 de agosto de 2012

O QUE É SER CRISTÃO?


Devido a liberdade religiosa que há no Brasil, é comum encontrar pessoas religiosas envolvidas dentro de uma rotina capaz de fazer com que elas sintam razão para viver e se considerarem cristãs. Elas vivem um ciclo de hábitos muito forte. São tão fortes esses hábitos que elas não pensam em refletir se o sentimento que possuem é correto ou não. Seus costumes estão arraigados em seu ser e por causa disso entram em debates para defendê-los dizendo que eles são a prática do cristianismo.

Então, pergunto: o que é ser cristão?

Para alguns, ser cristão é apenas ter uma carteira de membro de uma denominação evangélica. Não considero errado possuir uma e ser frequentador de um templo, mas isso não significa ser cristão, embora muitos possuidores da carteirinha e do hábito de frequentar templos sejam autênticos cristãos.

Para outros, ser cristão é seguir as doutrinas de teólogos como João Calvino e Jacó Armínio. Mas estes dois homens nada mais fez do que interpretar as Escrituras Sagradas no tema soteriologia, a doutrina da salvação. As suas interpretações não têm a capacidade de fazer com que almas sejam salvas. Portanto, ser cristão não é o mesmo que adotar os conceitos deles. 

Alguns acreditam que ser cristão é ser católico, ou crente evangélico, ou crente evangélico pentecostal, ou crente evangélico tradicional... Nada disso conota e denota a essência do significado de ser um cristão. Tais detalhes apontam para a religiosidade de cada um.

Ser cristão é uma característica interna, algo forte e profundo que está lá dentro do coração. É a firme convicção da necessidade de seguir as ideias de Jesus Cristo, crer nos ensinamentos dEle. Ele mandou você amar a Deus, amar a si mesmo da mesma maneira que amar quem está em sua volta, mandou amar os inimigos. Quem obedece à ordem, em todas as circunstâncias, pode dizer que é um cristão de verdade.

Ninguém pode dizer que ama a Deus se aborrece ao próximo. Quem aborrece o próximo não está praticando o amor, então, está em desobediência a Deus. Portanto, a prova de amor a Deus é amar ao próximo. Veja: 1 João 4.20.

Se a pessoa não for praticante do amor que Jesus Cristo recomendou, não adianta ser frequentador de templos de domingo a domingo; ser calvinista; ser arminianista; ser crente católico ou ser crente evangélico pentecostal ou neopentecostal ou tradicional ou reformado, Quem não ama a Deus e ao próximo, é apenas mais um religioso, só um religioso que não podemos dizer que é cristão de verdade.

A religião não salva. A salvação está ligada à fé com obras. Quais obras? De obediência. Obedecer ao mandamento do amor. Ser cristão é ser disposto a obedecer ao mandamento do amor a Deus e ao próximo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

VOCÊ NÃO É O QUE FALA, MAS O QUE FAZ


Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão (Pv 12. 9)
O mundo está cheio de gente que fala muito e faz pouco, propagandeia seus feitos, mas não os apresenta; gente cujas obras negam as palavras. O falastrão e vanglorioso é aquele que comenta aos quatro ventos que está construindo um arranha-céu, mas na verdade está levantando apenas um galinheiro. Ele superdimensiona a sua imagem e faz propaganda enganosa de si mesmo e das suas obras. Gasta seu tempo falando de façanhas que nunca realizou, de planos que nunca concretizou, de fortunas que nunca granjeou, de influências que nunca exerceu. Aqueles que habitam na casa da ilusão e vivem no reino da mentira enfrentarão a dura realidade da pobreza extrema. A sabedoria mostra que é melhor falar pouco e dar conta do recado do que falar muito e nada fazer. É melhor ser humilde e realizar o seu trabalho. É melhor fazer do que falar, pois o homem não é aquilo que fala, mas aquilo que faz. O fim da linha da vanglória é o desprezo, mas a reta de chegada da humildade é a honra. Quem fala e não faz é alcançado pela pobreza, mas quem se estima em pouco e realiza o seu trabalho alcança prosperidade.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CONHEÇA COMO FUNCIONA O SISTEMA PRESBITERIANO


MANUAL PRESBITERIANO 
(Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil)

OFICIAIS
SEÇÃO 1ª - CLASSIFICAÇÃO
Art.25 - A Igreja exerce as suas funções na esfera da doutrina, governo e beneficência, mediante oficiais que se classificam em:
a) ministros do Evangelho ou presbíteros docentes;
b) presbíteros regentes;
c) diáconos.
§ 1º - Estes ofícios são permanentes[1], mas o seu exercício é temporário.
§ 2º - Para o oficialato só poderão ser votados homens maiores de 18 anos e civilmente capazes.[2]
Art.26 - Os ministros e os presbíteros são oficiais de Concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil; os diáconos, da Igreja a que pertencem.
Art.27 - O ministro é membro ex-officio do Presbitério, e do Conselho, quando pastor da Igreja: do Sínodo e do Supremo Concílios, quando eleito representante; o Presbitério é membro ex-officio do Conselho e dos Concílios Superiores, quando eleito para tal fim.
§ 1º - Ministros e presbíteros, embora não sendo membros de um Concílio, poderão ser incluídos nas comissões de que trata o artigo 99, itens 2 e 3, desde que jurisdicionados por aquele Concílio.
Art.28 - A admissão a qualquer ofício depende:
a) da vocação do Espírito Santo, reconhecida pela aprovação do povo de Deus;
b) da ordenação e investidura solenes, conforme a liturgia.
Art.29 - Nenhum oficial pode exercer simultaneamente dois ofícios, nem pode ser constrangido a aceitar cargo ou ofício contra a sua vontade.

SEÇÃO 3ª - PRESBÍTEROS E DIÁCONOS
Art.50 - O Presbítero regente é o representante imediato do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem como pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado.
Art.51 - Compete ao Presbítero:
a) levar ao conhecimento do Conselho as faltas que não puder corrigir por meio de admoestações particulares;
b) auxiliar o pastor no trabalho de visitas;
c) instruir os neófitos, consolar os aflitos e cuidar da infância e da juventude;
d) orar com os crentes e por eles;
e) informar o pastor dos casos de doenças e aflições;
f) distribuir os elementos da Santa Ceia;
g) tomar parte na ordenação de ministros e oficiais;
h) representar o Conselho no Presbitério, este no Sínodo e no Supremo Concílio.
Art.52 - O presbítero tem nos Concílios da Igreja autoridade igual a dos ministros.
Art.53 - O diácono é o oficial eleito pela Igreja e ordenado pelo Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:
a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos;
b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino;
d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências.
Art.54 - O exercício do presbiterato e do diaconato limitar-se-á ao período de cinco anos, que poderá ser renovado.
§ 1º - Três meses antes de terminar o mandato, o Conselho fará proceder a nova eleição.
§ 2º - Findo o mandato do presbítero e não sendo reeleito, ou tendo sido exonerado a pedido, ou, ainda, por haver mudado de residência que não lhe permita exercer o cargo, ficará em disponibilidade, podendo, entretanto, quando convidado:
a) distribuir os elementos da Santa Ceia;
b) tomar parte na ordenação de novos oficiais.
Art.55 - O presbítero e o diácono devem ser assíduos e pontuais no cumprimento de seus deveres, irrepreensíveis na moral, sãos na fé, prudentes no agir, discretos no falar e exemplos de santidade na vida.
Art.56 - As funções de presbítero ou de diácono cessam quando:
a) terminar o mandato, não sendo reeleito;
b) mudar-se para lugar que o impossibilite de exercer o cargo;
c) for deposto;
d) ausentar-se sem justo motivo, durante seis meses, das reuniões do Conselho, se for presbítero e da junta diaconal, se for diácono;
e) for exonerado administrativamente ou a pedido, ouvida a Igreja.
Art.57 - Aos presbíteros e aos diáconos que tenham servido à Igreja por mais de 25 anos, poderá esta, pelo voto da Assembléia, oferecer o título de Presbítero ou Diácono Emérito, respectivamente, sem prejuízo do exercício do seu cargo, se para ele forem reeleitos.
Parágrafo Único - Os presbíteros eméritos, no caso de não serem reeleitos, poderão assistir às reuniões do Conselho, sem direito a voto.
Art.58 - A junta diaconal dirigir-se-á por um regimento aprovado pelo Conselho.


[1] CE-69-054 e Atas e Apêndices da XX R.O do SC/IPB (pág. 38)
[2] Idem

MISSIONÁRIOS: COOPERADORES DE DEUS (Mt 28.19)

Os desafios missionários por meio do mundo nunca foram tão grandes como na atualidade. Nós precisamos conhecê-los e considerar o que significam para o reino de Cristo e seu crescimento.
É possível que a população do mundo não passasse de trezentos milhões de habitantes quando Jesus ordenou a Grande Comissão. Agora, a população mundial já ultrapassa os seis bilhões – e crescendo a cada dia. A maioria desse crescimento se dá na Ásia, América Latina, África e nos países onde o Cristianismo não é a religião dominante. Mais da metade do mundo adora a algum outro deus que não é o Deus revelado na Bíblia e em Jesus Cristo.
O que isso significa para nós? Obviamente, significa que a Seara é ainda maior que antes. Mais pessoas devem ser alcançadas pelo Evangelho. São necessários mais trabalhadores que atendam ao chamado do Senhor, se preparem e comecem a colheita.
“Missão significa envio e procede do plano e propósito de Deus” (Roger Greenway).
JESUS, O “ENVIADO” E O “ENVIADOR”
Jesus conciliou sua própria missão recebida do Pai com a missão que ele deu aos seus discípulos, quando disse: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21). Nós aprendemos em outras partes do Evangelho de João que o Espírito Santo foi enviado por Deus para suscitar testemunhas de Cristo e convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 14.25, 26; 15.26, 27; 16.7, 8). “Cristo chama seus discípulos, todos eles, para serem co-missionários e cooperadores com ele”. Ou seja, Deus nos chama para participarmos com ele no trabalho de evangelizar o mundo. No poder do Espírito Santo, nos tornamos co-participantes no plano e propósito de Deus de conciliar consigo mesmo o mundo. Servir em missões//evangelismo não significa apenas trabalhar para Deus, mas também com Deus. E isso deve ser feito de modo semelhante ao trabalho obediente e sacrificial de Jesus Cristo. “... de Deus somos cooperadores; ... edifício de Deus sois vós” (1Co 3.9; tb. 2Co 6.1).
O TESTEMUNHO DO CO-PARTICIPANTE
Todos são chamados para edificar templos vivos para Deus Pai, o qual é o único que deve ser adorado. Nós convidamos pecadores a se reconciliarem com Deus por meio do Filho que sofreu pelos nossos pecados. Nós testificamos, juntamente com o Espírito Santo, da verdade sobre Deus e a redenção por meio de Jesus Cristo, como revelado nas Escrituras... Os esforços imperfeitos dos crentes são incorporados dentro do perfeito trabalho de deus em encontrar os perdido e construir sua igreja. Deus desenvolveu seu plano da salvação do mundo incluindo a participação dos crentes, por meio do engajamento missionário.
CO-PARTICIPANTE NO TRABALHO DE DEUS
 
O Evangelho precisa de uma voz; Deus assim planejou. As boas novas sobre Jesus não podem se autoproclamar. Deve ter um anunciador, um embaixador, humano (João 1.23; 2Co 5.20). O poder e a autoridade de Deus lhes garante o sucesso da missão. As pessoas que os recebem e creem em sua mensagem recebem a Cristo e ao Pai, juntamente com todas as suas promessas. Mas, aqueles que se recusam a crer em sua mensagem, rejeitam a Cristo e sua Palavra (João 13.20). [Observa-se, porém, que o sofrimento faz parte da vida dos mensageiros do evangelho ] (Mt 10.38, 39; Cl 1.14; Rm 5.3-5; 2Tm 3.12).
MOTIVAÇÕES PARA MISSÕES
Motivos errados:
 O desejo de ser admirado e louvado pelos outros;
Ø  A busca por “autorrealização”, sem levar em consideração o esvaziar-se a si mesmo (Fp 2.5-7);
Ø  A busca por aventura e excitação;
Ø  A ambição em expandir a glória e influencia de uma igreja ou denominação em particular, ou mesmo de um país;
Ø  A fuga das situações desagradáveis do lar;
Ø  A esperança de sucesso profissional após um curto período de serviço missionário;
Ø  A culpa e o anseio pela paz com Deus por meio do serviço missionário.

Motivos corretos: (são ensinados na Palavra de Deus e aplicados nos corações dos crentes pelo Espírito Santo).
Ø  O desejo de que Deus seja adorado e sua glória conhecida entre todos os povos da terra (1Co 9.16).
Ø  O desejo de obedecer a Deus por amor e gratidão, por meio do cumprimento da Comissão de Cristo (Mt 28.19; Jo 14.15; 1Co 12.4, 5; Ef 3.10).
Ø  O desejo ardente de usar todos os meios legítimos para salvar os perdidos e ganhar não-crentes para a fé em Cristo (1Co 9.19-22; 2Co 5.18-20; Lc 15).
Ø  A preocupação de que igrejas cresçam e se multipliquem e de que o reino de Cristo seja estendido por meio de palavras e ações que proclamem a compaixão e a justiça de Cristo a um mundo de sofrimento e injustiça (Cl 1.18).
O PREPARO BÁSICO PARA SER EFICIENTE
1.        Vida espiritual forte: Inclui a disciplina de oração e a leitura bíblica na comunhão do Espírito Santo. Muito fracassam no desenvolvimento evangelístico por não nutrirem o hábito da oração particular e leituras diárias antes de ir fazer a obra.
2.        Amor pelas pessoas: Paulo é o nosso maio r exemplo de amor por missões (Fp 1.7; At 20.37). o grande amor de Paulo pelas pessoas, bem como por Deus, era a chave do seu sucesso como evangelista e plantador de igrejas. Muitos querem servir ao Senhor, mas não desejam se aproximar das pessoas. O trabalho missionário requer envolvimento com todos os tipos de pessoas e o amor por elas em nome de Cristo. Peça a Deus que lhe dê amor pelas pessoas.
3.        Uma teologia bíblica de missões: nós não cumpriremos o chamado de Deus em missões ao menos que tenhamos um entendimento básico do propósito salvífico de Deus para o mundo, revelado na Bíblia. Missões recebem inspiração e direção das Escrituras. Precisam ganhar um fundamento sólido nas escrituras antes de irem ao campo como evangelistas-missionários, e pertos da Palavra durante toda a sua vida.
4.      Alvos e estratégias: algumas vezes os cristãos cometem o erro de pensar que os planos não são necessários no trabalho evangelístico. (Ex: Pedreiro e o projeto). Precisamos estabelecer metas bíblicas para que a expansão do evangelho seja consistente e produtivo. Planos cuidadosos, humildemente submetidos a Deus, em oração, recebem sua bênção.
5.        Treinamento e experiência em áreas específicas:
a.      Evangelização pessoal – Preparado para contar a história do evangelho, da obra salvífica de Deus em Cristo, de modo claro, acurado e de fácil compreensão aos seus ouvintes;
b.      Evangelização organizada – Trabalho em equipes. Aprender a trabalhar com outros em atividades missionárias já estabelecidas;
c.      Pequenos grupos de estudos – Esse é o método mais efetivo de propagação do evangelho em todo o mundo.
d.      Aconselhamento e ensino de novos discípulos – os novos convertidos necessitam de ajuda para lidar com problemas enraizados nas suas vidas. Necessitam de instrução nas disciplinas básicas do cristianismo, tais como a oração, adoração, batismo, serviço e moral.
6.    Seus dons e personalidade – deus fez cada um de nós de um modo diferente, e ele usa todo tipo de pessoa. Espera-se, geralmente, que um missionário-evangelista seja disposto e capaz para fazer de tudo. Adquirir experiência em varias áreas de trabalho e aprender quais são seus dons para melhor usar na obra do Senhor.  Que tipo de trabalho lhes dá maior satisfação?
COMO EVANGELIZAR O – QUE FAZER NO ENCONTRO?
 Explique, em poucas palavras, que você convida as pessoas com o propósito de desfrutarem um tempo de comunhão, oração e pelas necessidades uns dos outros e estudos dos ensinamentos da Bíblia;
1.   Faca uma oração, se for permitido, pedindo por ajuda divina e entendimento da Bíblia;
2.   Leia uma passagem bíblica que já tenha sido cuidadosamente escolhida de antemão. É prudente começar com os Evangelhos e estudar o mesmo Evangelho a cada semana;
3.   Explique a passagem bíblica, respondendo as quatro questões a seguir.
1º) O que estas palavras significam para as pessoas que a ouviram?
2º) O que elas nos dizem acerca de Deus e sua vontade?
3º) O que podemos aprender sobre Jesus, por meio delas?
4º) Como devemos obedecer ao que elas nos ensinam?

Retirado do Livro “Ide e Fazei Discípulos – uma introdução às missões cristãs”, Roger Grenway,  publicado pela Editora cultura Cristã, 2001.