sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SER OU NÃO SER MEMBRO DE IGREJA?

Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles (Heb 13.17)

                                               IGREJA PRESBITERIANA DE IPANGUAÇU-RN
Rua Felix Rodrigues da Silva, 104 – Centro
     CEP: 59508-000 – Fone: (84) 9473-1780
 CNPJ 04741782/0001-70
       BOLETIM INFORMATIVO Nº 09 – 2012 -       PASTOR: JOSÉ FRANCISCO DO NASCIMENTO
      EMAIL: revzefrancisco@hotmail.com

Deus nos deu Sua Palavra escrita, imutável, registrada na Bíblia Sagrada; e hoje Ele comissiona pregadores para expor e aplicar esta Palavra às situações que enfrentamos: no relacionamento familiar, no relacionamento com Ele próprio e no relacionamento com as demais coisas do mundo, como serviço, estudo, etc. O pregador fala em nome de Deus, porque Deus falou na Bíblia; a voz dele ressoa como o familiar “Assim diz o Senhor.” A Igreja tem a responsabilidade de ouvir e avaliar tudo que é dito à luz da verdade revelada de Deus. Consideremos o fenômeno contemporâneo do crente sem vínculos com a Igreja. Esta espécie não-muito-rara se imagina um membro da Igreja de Cristo de alguma maneira, mas não da igreja local ou de qualquer denominação (Jo 19.38).
Sob inspiração do Espírito Santo, o escritor sagrado exorta seus leitores, convertidos do judaísmo, a não abandonar a Igreja cristã. Ele faz advertências fortes para que não retrocedessem, não abandonassem a verdade do Cristianismo a nenhum preço: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10.25). O escritor ordena-lhes: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles”. 
Alguns pensam que ser membro formal de uma igreja é uma mera tradição sem nenhuma base bíblica. Certamente há muitos problemas com a ideia de filiação a uma igreja, pelo menos com o modo descuidado como isso é praticado frequentemente em nossos dias, mas a necessidade de ser membro de uma Igreja continua e tem suas raízes na Palavra de Deus. 
Não podemos perder de vista a exigência divina inconfundível do texto, “Obedecei aos vossos guias”. Este mesmo ensino se evidencia em duas outras ocorrências desta frase notável, neste mesmo capítulo (vv. 7, 24) Os líderes da Igreja, não os da família ou da autoridade civil, são mencionados. Cabe aos presbíteros a responsabilidade de pastorear o rebanho de Deus a eles confiado, exercendo uma supervisão espiritual satisfatória (IPd 5:1-2). Isso envolve autoridade sobre aqueles que são membros da Igreja. Como ministros, eles governam em nome de Cristo. Quando obedecemos à sua diretriz, estamos, na verdade, obedecendo a Cristo. Hebreus 13.17 apresenta uma norma para a vida cristã. Não deveriam todos os verdadeiros filhos de Deus, que entendem as implicações desta passagem, submeter-se a essa ordem expressa da Palavra de Deus? Não podemos nos esquecer de que uma pessoa é abençoada à medida que obedece a Deus: “Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração” (Sl 119.2). 
Muitos cristãos rejeitam o conceito de que as autoridades da igreja governam sobre eles. O individualismo egocêntrico e a escravidão ao erro rejeitam a ideia de submissão à autoridade. Gostamos de pensar que o que adquirimos e a posição em que estamos na vida foram conseguidos pelo nosso próprio poder e que, portanto, não precisamos nos submeter a qualquer autoridade. Mas submissão é um conceito bíblico. Devemos obedecer aos que ocupam cargos de autoridade, pois assim estaremos sendo submissos ao próprio Cristo.

Pastoral do Boletim Informativo de Setembro de 2012 - Parte de um artigo do Rev. Sebastião M. Arruda - 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

AS CORRENTES MILENISTAS - parte 2

O PÓS-MILENISMO
 2.1 A APLICAÇÃO E SIGNIFICAÇÃO DO TERMO.
É a concepção apocalíptica que defende que o Reino de Deus está sendo estendido no mundo atual pela pregação do Evangelho e obra do Espírito Santo  no coração das pessoas, sendo o mundo totalmente evangelizado, e que a volta de Cristo será depois de um período de paz e retidão que é chamado milênio.
Essa corrente de pensamento surgiu na Inglaterra por volta do ano de 1700 e teve sua ascensão entre o século XVIII e XIX, favorecida pelas idéias humanistas como as reformas políticas, missões mundiais, sociedades bíblicas, movimentos antiescravagistas e etc.[1]

O milênio aguardado pelos pós-milenistas é um período magnífico de prosperidade espiritual na era da Igreja, onde a vida econômica, social, política e cultural será em um nível muito elevado devido a transformação do caráter dos indivíduos. Esse período de mil anos, contudo não é literal, “o mundo todo gozará um estado de retidão que até agora só foi visto em grupos relativamente pequenos e isolados:”.[2] O mal existente no mundo será reduzido a proporções insignificantes, e os princípios cristãos serão a regra.
No fim deste milênio haveria então uma grande apostasia, onde o pecado e o mal voltariam com força por causa da presença do Anticristo, então se daria a Segunda vinda de Cristo com a ressurreição e julgamento de todos. Alguns pós-milenistas crêem que a nação judaica será convertida, pois defendem que a aliança de Deus é basicamente com os judeus.[3]

O Pós-milenismo defende também a proclamação universal do evangelho e a conversão de quase todos os homens durante esse período em que a igreja tem essa responsabilidade de cumprir a grande comissão, não servindo essa comissão para “testemunho” às nações, como defendem os pré-milenistas e amilenistas, mas sim a efetiva cristianização de todos os povos a fim de que as vidas das pessoas sejam transformadas.

“Devemos reconhecer que a igreja nos últimos dezenove séculos tem sido extremamente negligente de seu dever e que a necessidade gritante de nosso tempo é que ela leve a sério a tarefa que lhe foi designada...”.[4] O motivo de ainda existir no mundo povos que não conhecem a Cristo, é a igreja que ainda não cumpriu integralmente a ordenança de Jesus.
Apesar das diferenças entre os pós-milenistas, amilenistas e pré-milenistas no que diz respeito a maneira e a época da volta de Cristo, todos eles concordam que Ele voltará visivelmente na glória conforme (Tt.2:13).

2.2 O MUNDO DO PÓS-MILENISMO.
Um dos aspectos mais relevantes do pós-milenismo é fato de acreditarem que o Reino de Deus é uma realidade terrestre presente, onde gradativamente através da evangelização por parte da igreja ele é transformado.
Esse crescimento gradativo é visto na parábola do fermento.[5] O fermento do Evangelho vai transformando a sociedade de pessoa para pessoa, fazendo com que o mundo e a sociedade seja impregnada com princípios cristãos.
Esse mundo será totalmente ou quase totalmente redimido, porque assim como toda raça caiu em Adão, essa mesma raça será salva porque Jeová não é uma divindade tribal, mas sim “o grande Rei de toda a terra.”(Salmo 47:2).[6]
Os pós-milenistas crêem também que o número de salvos será muito maior do que de perdidos, usando os seguintes argumentos: O céu é sempre dito como o mundo vindouro, uma grande cidade, um país; enquanto o inferno é mostrado como um lugar pequeno, uma prisão, um lago de fogo, um abismo profundo e estreito (Lc.20:35; Ap 21:1; Mt 5:3; Hb 11:16; 1 Pe 3:19; Ap 19:20, 21:8-16); assim como os santos e os anjos são citados como hostes, miríades, multidão que não se pode enumerar, milhões de milhões e milhares de milhares(Lc 2:13; Is 6:3; Ap 5:11) todavia os perdidos será um número insignificante conforme Apocalipse 20:11-15 diz “E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.

“A julgar dessas considerações parece, se podemos arriscar um palpite, que o número de salvos pode, eventualmente, estar em proporção semelhante ao número de perdidos à do número de cidadãos livres na comunidade de hoje em relação aos que estão em prisões e penitenciárias.” [7]
  
2.3 EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS.
O pós-milenismo defende que o progresso espiritual do mundo e por conseguinte sua transformação e cristianização completa, é um processo demorado, mas que caminha ao objetivo traçado por Deus. Apesar da influência do mal no mundo, atestam que através dos séculos, apesar de haverem altos e baixos na história da humanidade na questão desse progresso, vê-se no mundo um balanço positivo com relação ao mesmo. O mundo antes de Cristo não tinha nenhum padrão fosse de ordem moral ou espiritual, com o homem mergulhado em densas trevas do paganismo, a escravidão, poligamia, ignorância, pobreza, falta de liberdade política e etc.
Hoje no mundo vemos esses padrões não ainda no nível ideal, mas vemos uma crescente melhora, com a pregação e acesso do cristianismo a quase todos os povos, bem como a confecção e distribuição de bíblias em quase todas as línguas do mundo, a escravidão e a poligamia foram quase erradicadas, assim como também o nível sócio-econômico em um nível bem superior a daquele tempo.



[1] SCHALY, Harald. Breve história da escatologia cristã. p.56
[2] CLOUSE, Robert G. Milênio - significado e interpretações. P.107
[3] ERICKSON. Millard J. Opções contemporâneas na escatologia . p.49
[4] CLOUSE, Robert G. Milênio - significado e interpretações.p.108
[5] ERICKSON. Millard J. Opções contemporâneas na escatologia.p.56
[6] CLOUSE, Robert G. Milênio - significado e interpretações.p.112
[7] CLOUSE, Robert G. Milênio - significado e interpretações.p.114

GENEROSIDADE ATÉ COM OS ANIMAIS


O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel. (Pv 12.10)
Aquilo que o homem é transborda em suas atitudes. Nosso caráter se reflete em nossos gestos. A generosidade do nosso coração se revela em nossa postura. O justo lida de forma correta não apenas com Deus, com o próximo e consigo, mas também com os seus animais domésticos.  Um individuo que tem o coração generoso jamais trata com crueldade os animais. Podemos identificar a casa de um justo ao observar como os seus animais são tratados. Aqueles que espancam os animais e os deixam passar fome revelam um coração cruel, mas os que zelam pela vida deles são justos. Atitude inversa é dar mais valor aos animais do que às pessoas. Hoje, gasta-se mais com os animais domésticos do que com as crianças. Em muitos lares os animais são mimados e cobertos de carinho, enquanto os filhos são tratados com grosseria. Há animais que são cobertos de beijos e abraços, enquanto os membros da família vivem à míngua, carentes de um gesto de amor. Tanto um extremo como o outro são nocivos. Quanto aos animais não podemos trata-los com crueldade nem colocá-los no lugar das pessoas. Quanto às pessoas, não podemos tratá-las como animais, mas devemos amá-las como nossos próximos.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.