quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)


O “pretenso ‘casamento homossexual’” está sendo intensamente debatido no mundo ocidental. Queremos ajudá-lo a pensar de forma bíblica e amorosa. Então, estamos começando uma série de artigos sobre o assunto. Abaixo segue a primeira parte traduzida da pregação de John Piper sobre “‘Digno de honra entre todos seja o matrimônio’ – Pensando biblicamente sobre o pretenso casamento homossexual” pregada no dia 16 de Junho de 2012.

Por John Piper
Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados. Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as 
coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13:1-6)
A mensagem de hoje é construída em torno de oito pontos projetados para dar uma visão bíblica do casamento em relação à homossexualidade, e em relação à Emenda sobre Casamento proposta em Minessota. Eu pedi para lerem Hebreus 13:1-6 não porque darei uma exposição do texto, mas porque quero enfatizar aquela frase do versículo 4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”. É isso que desejo progredir para a glória de Deus e para sua orientação e seu bem.

1. O casamento foi criado e definido por Deus nas Escrituras como uma união sexual e pactual entre um homem e uma mulher em uma aliança vitalícia e exclusiva entre eles, como marido e mulher, com o intuito de revelar o relacionamento pactual de Cristo com Sua Igreja, comprada por Seu sangue.

Isso é mais claramente visto em quatro passagens onde estas verdades são tecidas em conjunto.

1. Gênesis 1:27, 28

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra… (Gênesis 1:27, 28)

2. Gênesis 2:23, 24

Então, Deus liga seu projeto de masculinidade e feminilidade com o casamento em Gênesis 2:23, 24. Quando a mulher é criada do lado do homem, este exclama: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Em outras palavras, Deus criou a humanidade macho e fêmea para que houvesse uma união sexual de uma só carne e um apego pactual com o intuito de multiplicar a raça humana, e mostrar a aliança de Deus com seu povo, e finalmente a alinça de Cristo com sua Igreja.

3. Mateus 19:4-6

Surpreendentemente, Jesus pegou essa relação entre criação e casamento e aliança vitalícia, tecendo juntos exatamente esses dois textos de Gênesis. Mateus 19:4-6:
“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher [Gênesis 1:27] e que disse [citando Gênesis 2:24]: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
E em nossa situação cultural, as palavras “não separe o homem o homem e a mulher que Deus ajuntou” tem um significado muito maior do que qualquer um pensaria que tivesse.

4. Efésios 5:24-32

Mais um texto sobre o sentido do casamento faz a distinção entre homem e mulher – esposo e esposa –como retrato pactualmente significativo de Cristo e da Igreja. Efésios 5:24-32:
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, [...] Eis por que [citando Gênesis 2:24] deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”
Em outras palavras, desde o princípio houve um significado profundo e misterioso do casamento. E Paulo agora revela este mistério. E este o é: Deus fez o ser humano macho e fêmea com suas naturezas distintas de masculinidade e feminilidade e com papeis distintos no casamento para que no casamento, como marido e mulher, eles pudessem exibir Cristo a Igreja.
Os que significa que os papéis básico de um esposo e esposa não são intercambiáveis.  Marido exibe o amor sacrificial da liderança de Cristo  e a esposa exibe o papel submisso do corpo de Cristo. O mistério do casamento é que Deus tem essa exibição dupla (do marido e da mulher) em mente quando Ele criou a humanidade como macho e fêmea. Portanto, a realidade mais profunda do universo subjaz o casamento como uma união pactual entre um homem e uma mulher.

2. Não há algo como o pretenso “casamento do mesmo sexo”, e não seria sábio chamá-lo assim.

O ponto aqui não é apenas que o assim chamado “casamento homossexual” não deva existir, mas que ele não existe e não pode existir. Aqueles que acreditam que Deus nos falou verdadeiramente na Bíblia não devem ceder dizendo que a parceria comprometida e vitalícia de relações sexuais entre dois homens ou duas mulheres seja um casamento. Não é. Deus criou e definiu o casamento. E o que Ele uniu nessa criação e nessa definição não pode ser separado, e ainda chama-lo de casamento aos olhos de Deus.
Por John Piper © 2012 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org
Tradução: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados

terça-feira, 10 de julho de 2012

O LUCRO DESONESTO NÃO VALE A PENA


Melhor é o pouco, havendo justiça, do que grandes rendimentos com injustiça (Pv 16.8)
A riqueza é uma bênção de Deus se granjeada com honestidade. É Deus quem fortalecer nossas mãos para adquirirmos riquezas. A prosperidade proporcionada por Deus não carrega em sua bagagem o desgosto. É um terrível engano, porém, negociar princípios e vender a consciência para acumular bens. O dinheiro adquirido com injustiça não traz conforto nem descanso para a alma. Mentir e corromper para obter vantagens financeiras é uma tolice. Roubar e gananciosamente surrupiar o alheio para acumular suas riquezas é uma consumada loucura. Torcer as leis e atentar contra a vida do próximo para abastecer sua ganância insaciável é entrar por um caminho de morte. Melhor é ser um pobre íntegro do que um rico desonesto. O bom nome vale mais do que as riquezas. De nada vale morar num apartamento cobertura, mas viver inquieto. De nada adianta morar numa casa de luxo, mas não ter paz na consciência. É totalmente desprezível ostentar uma riqueza cuja origem está escondida nos porões da corrupção. A felicidade não está nas coisas, mas em Deus. A segurança não está no dinheiro, mas em Cristo. A paz interior não está em quanto dinheiro você tem, mas na habitação do Espírito Santo em seu coração.  
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A PROMESSA DO ESPÍRITO


A vida cristã é viva no Espírito. Todos os cristãos concordam nisso com alegria. Sena impossível ser cristão, sem falar em viver e crescer como cristão, sem o ministério do gracioso Espírito de Deus. Tudo o que temos e somos como cristãos devemos a ele.
Assim, cada cristão tem uma experiência do Espírito Santo desde os primeiros momentos da sua vida cristã. Para o cristão, a vida começa com um novo nascimento, e o novo nascimento é um nascimento "no Espírito" (João 3:3-8). Ele é o "Espírito da vida", e é ele quem dá vida às nossas almas mortas. Mais que isto, era vem pessoalmente morar em nós, de maneira que a presença do Espírito é o privilégio que todos os filhos de Deus têm em comum.
Será que Deus nos faz seus filhos e depois nos dá seu Espírito, ou será que ele nos dá primeiro seu "Espírito de adoção", que nos torna seus filhos? Podemos responder que Paulo diz as duas coisas. Por um lado, "porque vós sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho" (Gál. 4:6). Por outro lado, "todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção" (Rom. 8:14-15). Não importa como você encara a questão: o resultado é o mesmo. Todos os que têm o Espírito de Deus são filhos de Deus, e todos os que são filhos de Deus têm o Espírito de Deus. É impossível, até inconcebível, ter o Espírito sem ser filho, ou ser filho sem ter o Espírito. Além disso, uma das primeiras obras do Espírito que mora em nós, e, graças a Deus, sempre repetida, é assegurar-nos que somos filhos, especialmente quando oramos. Quando "clamamos: Aba, Pai!", 'o próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rom. 8:15,16; veja Gál. 4:6). Ele também inundou nosso coração com o amor de Deus (Rom. 5:5). Paulo resume o assunto ao dizer que "se alguém não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dele" (Rom. 8.9; veja Judas 19).
Toda esta passagem em Rom. 8 é muito importante, porque demonstra que, no entender de Paulo, estar "em Cristo" e "no Espírito", ter "Cristo em vós" e "o Espírito em vós" são todas expressões sinônimas. Ninguém pode ter Cristo, portanto, sem ter o Espírito. O próprio Jesus deixou isto claro em seu discurso no Cenáculo, quando não fez distinção entre a "vinda" a nós das três pessoas da Trindade. Ele disse "eu virei", "nós viremos" (o Pai e o Filho) e "o Consolador virá" (João 14:18-23; 16:7-8).
Depois que ele vem a nós, passando a residir em nós, tornando nosso corpo seu templo (1 Cor. 6:19,20), começa sua obra de santificação. Em poucas palavras, seu ministério implica tanto em revelar-nos Cristo como em formar Cristo era nós, de maneira que cresçamos firmemente em nosso conhecimento de Cristo e em nossa semelhança com ele (veja, p. ex., Efés. 1:17; Gál. 4:19; 2 Cor. 3:18). Pelo poder do Espírito que habita em nós os desejos maliciosos da nossa natureza decaída são controlados e o bom fruto do caráter cristão é produzido (Gál. 5:16-25). Da mesma forma, o Espírito não é uma propriedade particular, que ministra somente aos cristãos individualmente; ele também une todos no Corpo de Cristo, a Igreja, de maneira que a comunhão cristã é "a comunhão do Espírito Santo", e o culto cristão é adoração no ou pelo Espírito Santo (p. ex., Filip. 2:1; 3:3). Também é ele que chega a outros através de nós, levando-nos a testemunhar de Cristo, e equipando-nos com dons para o serviço para o qual ele nos convoca. Além disso, ele é chamado de "o penhor da nossa herança" (Efés. 1:13,14), porque sua presença dentro de nós é tanto a garantia de que iremos ao céu quanto o antegozo dele. Por fim, no último dia sua atividade será a de ressuscitar nossos corpos mortais (Rom. 8:11).
Esta visão de relance de algumas das principais atividades do Espírito Santo na experiência do cristão deve bastar para mostrar que, do começo ao fim da nossa vida cristã, somos dependentes da obra do Espírito Santo – o Espírito, nas palavras de Pauto, "que nos foi outorgado (dado)" (Rom. 5:5). Eu creio nisto, e espero que todos os cristãos concordem comigo.
Todavia, será que este "dom" do Espírito prometido é a mesma coisa que o "batismo" do Espírito Santo? É neste ponto que as convicções diferem. Alguns dizem "sim"; outros, "não". Os que dizem "não", crêem que "dom" e "batismo" são diferentes, passam a ensinar que o "batismo" é uma segunda experiência, subseqüente, mesmo se, pelo menos em termos ideais, ela segue a primeira muito de perto. Por outro lado, para os que crêem que ambos são idênticos, e que ser "batizado" com o Espírito é uma figura vívida para ter "recebido" o Espírito, o "batismo" é algo que todos os cristãos tiveram. Esta é a minha convicção, e em seguida explicarei o que entendo ser a base bíblica para esta posição.
Não estamos fazendo um jogo de palavras superficial, como poderia parecer. Pelo contrário, nossa posição terá um impacto considerável sobre a compreensão da nossa peregrinação cristã pessoal e sobre nosso aconselhamento de outras pessoas. Por isso, precisamos estudar algumas passagens bíblicas importantes, porque tratam desta questão. Antes, no entanto, precisamos visualizar o cenário do nosso debate.
Ao estudarmos a Bíblia, sempre é essencial que interpretemos um texto em seu contexto, e, quanto mais amplo for o contexto, mais correta provavelmente será nossa interpretação. O contexto mais amplo possível é a Bíblia toda. Cremos que toda a Bíblia é a Palavra escrita de Deus. Por isso, já que Deus não se contradiz, concluímos que a Bíblia é uma revelação divina harmoniosa. Nunca devemos "expor uma passagem da Escritura de uma maneira que seja repugnante a outra" (Vigésimo artigo dos 39 artigos da Igreja da Inglaterra). Antes devemos interpretar cada trecho bíblico à luz de toda a Escritura.
        Ao aplicarmos este princípio à nossa pesquisa do que é o "batismo do Espírito", perceberemos antes de tudo que a expressão é exclusiva do Novo Testamento (onde ocorre sete vezes), mas que, mesmo assim, é o cumprimento de uma expectativa do Antigo Testamento. Esta expectativa geralmente era expressa em termos da promessa de Deus de "derramar seu Espírito, sendo que o apóstolo Pedro, em seu sermão no dia de Pentecostes, igualou especificamente o "derramamento" do Espírito (prometido por Joel) ao "batismo" do Espírito (prometido por João Batista e Jesus). As duas expressões estavam se referindo ao mesmo evento e à mesma experiência.

Retirado do Ebook: Batismo e Plenitude do Espírito Santo - John Sttot.