sexta-feira, 27 de março de 2015

ANJOS - Um Resumo

Muito se tem escrito no mundo secular e religioso acerca dos anjos, explorando a credulidade de pessoas espiritualmente carentes e supersticiosas, induzindo-as à conceitos errados e falsos sobre o mundo espiritual. Nestas lições, procuraremos esclarecer a verdade e a realidade do assunto segundo a revelação feita peia Bíblia Sagrada.
As Escrituras ensinam que há uma ordem de seres celestiais distinto da humanidade e da divindade. Quando consideramos os anjos, como em outras divisões da teologia sistemática, existe um vastíssimo campo para uso da razão, porque desde que o universo foi ordenado, esses seres entram em foco e continuarão presente pela eternidade.
Os Anjos não são humanamente visíveis, cremos na veracidade da sua existência e cremos em tudo quanto a Bíblia afirma a seu respeito. Há um processo ordenado na história da criação que se apresenta em três fases distintas como segue:
1.      A criação das coisas espirituais.
Jó 38:1 – 7: Deus ao responder para Jó, que, quando os anjos foram criados nem o mundo material havia sido criado.
A criação material abrange todo o universo onde sua extensão nos dá uma visão da grandeza de Deus.
Deus formou o homem com uma vida material em combinação com o imaterial. Os anjos são apenas seres espirituais e os homens são seres espirituais e materiais.
O vocábulo "ANJO" tal qual aparece nas versões correntes, vem de um termo hebraico "MAL' AKH" (malaque), no grego foi traduzido como "ANGELLOS".
Em ambos os testamentos o termo "ANGELLOS" tem o significado de MENSAGEIROS DE DEUS.
ANGELOLOGIA = ANGELLOS + LOGIA ANGELLOS = ANJOS LOGIA = ESTUDO
Portanto, ANGELOLOGIA significa "Doutrina dos anjos"
Nomes aplicados aos anjos:
O termo aplica-se a todas as ordens dos espíritos criados por Deus (Hb 1.14). Existem muitas outras citações similares com outros apelativos que expressam o mesmo significado.
O termo anjo expressa todo ser celestial criado por Deus.

Querubim: Gn 3.24 – Varão: Gn 18.2 – Príncipes: Js 5.13-15 – Serafim: Is 6.2 – Filhos de Deus: Jó 1.6 – Ministros: Sl 104.4 – Principados e potestades: Ef 1.20-21 – Espíritos ministradores: Hb 1.14 e Arcanjo: Judas 9.

As Sete Igrejas de Apocalipse: Tiatira


Nas páginas iniciais de Apocalipse, nosso Senhor se apresenta como o santo guerreiro celestial (1.12-20) que prepara o seu povo para conquistar os seus inimigos (2.7, 22, 17, 26; 3.5, 12, 21) ao exortá-los a ouvirem o que o Espírito tem a dizer nas cartas que ele escreve a sete igrejas. Notavelmente, embora ele escreva cada carta a uma igreja particular, Cristo insiste que cada uma delas seja ouvida por todos (2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13, 22), tornando cada uma delas, efetivamente, uma “carta aberta” para todos os crentes lerem. O que, então, Cristo deseja que aprendamos de sua carta à igreja de Tiatira? Para ouvir essa lição, nós precisamos examinar alguns aspectos chave da carta que Cristo escreveu aos cristãos de lá.
Acima de tudo, a mensagem de Cristo aos cristãos de Tiatira é uma advertência de que eles estão em grave perigo espiritual. Mas como pode ser isso? Essa igreja, diferentemente da de Éfeso, não perdeu o seu primeiro amor (2.4-5), ao contrário, cresceu em amor e fé, com serviço e perseverança (2.19). Certamente, eles estão seguros. Todavia, junto a essas virtudes habita um vício. Em outras palavras, o risco não está vindo de fora da igreja: assim como ocorria em Laodicéia, a perseguição da Roma imperial não representava nenhuma ameaça ao bem-estar de Tiatira. Em vez disso, o perigo vem de dentro. A igreja está tolerando a presença de uma falsa profetiza e seus discípulos (2.20). Com efeito, a influência dessa árvore má e seus frutos maus (Mateus 7.15-20) está comprometendo o professo noivado de Tiatira com Cristo (ver 2 Coríntios 11.2-3). Nós entendemos melhor a ameaça posta por esses lobos ao analisarmos o pano de fundo de Tiatira.
Embora segundo padrões mundanos Tiatira fosse a menos conhecida das sete cidades do Apocalipse, ela se destacava pelo grande número de corporações de ofício (relacionadas especialmente a tecidos e armaduras) que nela prosperavam. A influência desses sindicatos na vida civil era considerável. Rigorosamente todo mês, eles patrocinavam refeições comuns para os seus membros, banquetes que envolviam adoração ao imperador romano com divindades padroeiras locais e, freqüentemente, imoralidade sexual. Não se acomodar a essas práticas pagãs colocava alguém em significativo risco econômico, particularmente se esse alguém desejasse progredir nos negócios e na sociedade.
Uma coisa seria, em Tiatira, os cristãos envolvidos no comércio (como Lídia, Atos 16.14) serem convidados para essas festas por colegas de fora da igreja; outra coisa era um líder na igreja aprovar que cristãos aceitassem tais convites. Imagine estas palavras tentadoras: “Vocês conhecem as ‘coisas profundas’ (Apocalipse 2.24) que estão em jogo aqui. Vocês sabem que “o ídolo nada é” (1 Coríntios 8.4); vocês sabem que “todas as coisas são lícitas” a vocês (6.12). Então, vão ao banquete; comam, bebam e se divirtam! Vocês precisam ganhar a vida, não é?”. Não é de surpreender que o Senhor da igreja tenha chamado a falsa profetiza de Tiatira pelo depreciador apelido de “Jezabel”. Em Israel, aquela rainha gentia do maligno rei Acabe havia perseguido os profetas de Deus e promovido a típica adoração sexualmente desenfreada a Baal (1 Reis 16.31-33; 18.4; 21.25; 2 Reis 9.22). Os paralelos entre Israel e Tiatira são óbvios.
A idolatria e imoralidade de Tiatira, contudo, expõe ainda mais acerca da falsa profetiza e seus discípulos. Se a Jezabel de Tiatira não for o modelo para o retrato da Cafetina Babilônia feito por João em Apocalipse 17, ela é ao menos uma encarnação local de tudo o que aquela prostituta representava. Como uma filha imitando sua mãe, as seduções de Jezabel ecoam as rejeições da Babilônia ao único e verdadeiro Deus e à sua justiça, rejeições encarnadas nos sistemas sociais da presente era maligna. Como a Babilônia, Jezabel faz com que seus filhos-seguidores tornem-se cúmplices das prostituições deste mundo, no corpo e na alma. E no coração dessas prostituições está o engodo da estabilidade econômica. Seguir Jezabel, então, é partilhar da identidade da Babilônia terrena; renunciá-la é partilhar da identidade da Jerusalém celestial.
Mas Cristo nos dá ainda mais discernimento acerca da escolha posta diante de Tiatira e diante de nós. Com uma sabedoria superior à de Salomão, Ele quer que as igrejas examinem seu destino pela sua semelhança com a sua mãe espiritual. Aqueles que Jesus identifica como a profetiza impenitente e seus filhos serão punidos com sofrimento e morte nesta era (Apocalipse 2.22-23); aqueles que ele identifica como o seu povo arrependido e firme (vv. 24-25) serão recompensados com uma participação na autoridade real de subjugar seus inimigos no final desta era (vv. 26-28). A lição para Tiatira e para nós é clara: partilhar da identidade de uma mãe é partilhar do seu destino.
Temos nós ouvidos para ouvir a mensagem de Cristo a Tiatira? Acaso o engodo da estabilidade econômica levou nossas igrejas a tolerarem o falso ensino? Nossos antepassados protestantes viram sua igreja tornar-se uma prostituta sujeita ao julgamento de Cristo. Então, eles renunciaram a Jezabel; eles aceitaram perder “famílias, bens, prazer” e vir “a morte enfim chegar”[1] e assim seguiu a Reforma. Que nós também nos arrependamos de nosso desejo promíscuo por estabilidade econômica neste mundo babilônio; que ponhamos um fim em nosso adultério com mestres que nos seduzem para longe da santa segurança da Jerusalém de cima e do mundo por vir.

Notas:
[1] N.T.: Trecho do hino “Castelo Forte” (letra original composta por Martinho Lutero).


Tradução: Vinícius Silva Pimentel

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Espiritualidade Reformada

Espiritualidade é um tema recorrente nas mentes das pessoas modernas. Com o seu secularismo e materialismo prevalecentes, a cultura moderna tem falhado em satisfazer seus consumidores. Muitos estão se dando conta da veracidade do que disse Moisés aos filhos de Israel: “Não só de pão viverá o homem” (Dt 8.3). Com Cristo, em seu Sermão do Monte, indaga-se: “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mt 6.25). O resultado é um novo interesse em descobrir e abraçar com apreço as dimensões interiores e espirituais da vida humana.
O Cristianismo histórico sempre partilhou deste interesse. Fundamental à fé cristã é a convicção de que “Deus é Espírito” (Jo 4.24), e que os seres humanos são criados à imagem de Deus (Gn 1.26,27). Avaliando o estado do homem caído, o apóstolo Paulo declarou que os homens estão “alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração” (Ef 4.18). Cristo mesmo declarou “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
O cultivo da vida espiritual se tem direcionado por caminhos diferentes e por tradições cristãs diferentes. O catolicismo romano tem oferecido uma espiritualidade de ritualismo e administração sacramental e, alternativamente, as disciplinas da vida monástica e a busca do misticismo. A tradição metodista wesleiana, o movimento de santidade e, mais recentemente, o pentecostalismo e o movimento carismático têm oferecido uma espiritualidade com menos conteúdo cerimonial ou intelectual e uma grande porção de emoção e subjetivismo.
O problema com grande parte da espiritualidade atual é que ela não está atada solidamente à Escritura e com muita frequência se degenera em misticismo antibíblico. Em contraste, o Cristianismo Reformado tem seguido uma vereda propriamente sua, fortemente determinada por sua preocupação em testar todas as coisas pela Escritura e em desenvolver uma vida espiritual moldada pelos ensinos e diretrizes bíblicos. A espiritualidade reformada é a solidificação da convicção de que “Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus e útil para a doutrina, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16). Em plena dependência do Espírito Santo, ela almeja empreender o que John Murray chamou de “a piedade inteligente”, unindo o conhecimento bíblico com a piedade profundamente sincera. Dos pregadores, estudiosos e escritores que têm fomentado este tipo de espiritualidade bíblica, nenhum jamais excedeu os puritanos ingleses e seus contemporâneos escoceses e holandeses. Seu legado supera em embasar na Bíblia toda a espiritualidade, a experiência e os afetos.
Hoje se faz extremamente necessária a dupla ênfase de promover a nutrição tanto da mente quanto da alma. De um lado, confrontamos o problema da ortodoxia reformada árida, que possui o ensino doutrinário correto, porém carente da ênfase no viver vibrante e santo. O resultado é que as pessoas se curvam diante da doutrina de Deus sem aquela união vital e espiritual com o Deus da doutrina. Do outro lado, um cristianismo pentecostal e carismático oferece emocionalismo em protesto contra um cristianismo formal e sem vida, porém não está radicado solidamente na Escritura. O resultado é que as pessoas se curvam diante do alimento humano, e não diante do Deus Trino.
Desejo assim encorajar o estudo cuidadoso desta rica herança da reforma, a qual nos move mais profundamente à amizade íntima com Deus, através de nosso Irmão mais velho, o Senhor Jesus Cristo.
Soli Deo Gloria!
Fonte: trecho do livro "Espiritualidade Reformada" de Joel Beeke.
Crédito: http://www.ministeriofiel.com.br/
Joel Beeke é presidente e professor de teologia sistemática no Puritan Reformed Theological Seminary (EUA) e pastor da Heritage Netherlands Reformed...

Você se Preocupa com o Inferno?

R. C. Sproul Jr.
Nós somos pechincheiros inveterados. Somos adeptos da arte de barganhar. Romanos 1 nos ensina que, em nossa condição caída, todos nós negamos o Deus que sabemos existir. Nós sabemos que somos culpados diante dele, mas nós suprimimos essa verdade pela injustiça. Todavia, nós não queremos ser completa e definitivamente egoístas, absolutamente desenfreados. Então, nós nos sujeitamos a diversas criaturas, deuses que nós mesmos criamos. Nós estamos dispostos a ter alguém que chamemos de Deus, desde que isso mantenha o Deus vivo em xeque. Estamos dispostos a admitir alguma medida de culpa – “ninguém é perfeito” – a fim de evitarmos penetrar na plenitude da nossa perversidade. E estamos dispostos a temer alguns inconvenientes menores, desde que isso nos mantenha longe do terror.
Quando Jesus pregou o seu Sermão do Monte, ele tratou a sua audiência como se composta de crentes. Ele disse aos que estavam reunidos que eles eram a luz do mundo e o sal que preserva o mundo. Os descrentes, contudo, não deixaram de ser abordados. Ao ordenar que os crentes deixassem de lado seus ínfimos temores e abraçassem uma paixão resoluta pelo reino de Deus, ao repreender os que estavam ajuntados por se preocuparem com o que haveriam de comer e o que haveriam de vestir, ele disse: “Porque os gentios é que procuram todas estas coisas” (Mateus 6.32).
Esse preocupar-se é, também, barganhar. É uma tentativa de silenciar aquele temor horripilante, trocando-o por um temor meramente incômodo. É uma grande vitória poder suspirar, com alívio, depois de honestamente perguntar-se: “Qual a pior coisa que poderia acontecer?”. Se eu não tiver o bastante para comer, isso poderia ser ruim, sob certa perspectiva. Se eu não tiver nada para vestir, isso também poderia ser ruim, sob certa perspectiva. Qualquer uma dessas privações poderia, no máximo, levar-me à morte, por inanição ou por exposição a intempéries. Parece que, em nossos dias, isso está na raiz de nossos temores. Nós vivemos em uma cultura em que a morte é vista como uma opção a ser retardada. Exercícios, dietas, cirurgias, cosméticos e Photoshop são as ferramentas de trabalho pelas quais nós desviamos os nossos olhos da verdade de que estamos morrendo.
Nós não chegamos, contudo, ao fim da nossa barganha. Nós preferimos nos preocupar com o que comeremos ou vestiremos a nos preocupar com a morte. Mas nós preferimos nos preocupar com a morte a nos preocupar com o inferno. Afinal de contas, a morte acontece apenas uma vez, e acabou. O inferno, por outro lado, é para sempre. Eu diria que, muito mais aterrorizante do que a dor do inferno, é a sua duração. Uma grande medida de dor por um tempo relativamente curto é menos do que uma dor que dura para sempre. O que deveria preocupar os descrentes não é aquele que pode matar o corpo, mas aquele que pode matar tanto o corpo como a alma (Mateus 10.28).
Isso, por outro lado, deveria nos ensinar pelo que deveríamos ser mais gratos. Esse grande temor já não está diante daqueles que confiam somente na obra consumada de Cristo. O que nós estamos fazendo, desperdiçando nosso tempo preocupando-nos com os temores barganhados dos gentios, quando nós já estamos livres do seu supremo temor? Por que nós deveríamos nos preocupar com o que comeremos, quando nos fartamos no corpo e no sangue de nosso Senhor? Por que deveríamos nos preocupar com o que vestiremos, quando estamos vestidos da sua justiça?
O inferno, contudo, não deveria sair de nosso radar, ainda que não mais precisemos temê-lo. Primeiro, nós somos chamados a constantes agradecimentos e ações de graças pelo fato de que jamais experimentaremos o inferno. Somos chamados a lembrar-nos de que, na cruz, Cristo desceu ao inferno por nós, de que ele recebeu toda a ira e o furor do Pai que eram devidos a nós por nossos pecados. Mas, em segundo lugar, o inferno não desapareceu. Por que nós estamos preocupados com o que comeremos ou vestiremos, enquanto há pessoas lá fora que terminarão no inferno, a menos que se arrependam, mas que estão preocupadas apenas com o que comerão ou vestirão? Já é ruim o suficiente que os que desejam negar que o inferno exista se preocupem com bobagens. Quão pior é que nós, os quais afirmamos a realidade do inferno, nos preocupemos com bobagens?
Quando nós buscamos em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, não estamos meramente buscando passar pelos portões antes que eles fechem. Não é meramente a nossa entrada que buscamos, ao buscarmos o reino. Em vez disso, nós estamos envolvidos no projeto de ver a glória do reinado de Cristo sobre todas as coisas ser conhecida por todo o globo. O que significa que nós buscamos o reino ao buscarmos ser usados pelo Rei para ajuntar os eleitos dos quatro cantos do mundo. Nós buscamos o reino ao proclamarmos as boas novas a um mundo perdido e moribundo. Nós buscamos o reino quando o Espírito nos usa para tirar os tições não apenas do fogo, mas do fogo que nunca se apaga.
Nenhum de nós está consciente o bastante do inferno. Se estivéssemos, seríamos marcados tanto por gratidão como por urgência: gratidão pelo nosso próprio resgate, trabalhando com urgência para o resgate de outros. O inferno é real, e o inferno é para sempre.

Dr. R.C. Sproul Jr. é o fundador do Ministério Highlands e professor parceiro do Ministério Ligonier.
25 de Setembro de 2014 - Vida Cristã - http://www.ministeriofiel.com.br/

terça-feira, 30 de setembro de 2014

O Voto e a Igreja Cidadã

Pastoral à Igreja Cidadã

A igreja é a principal expressão da presença de Deus no mundo. Um povo santo, que celebra o Cristo ressurreto todas as vezes que congrega em comunidade, caminha pelas ruas da cidade, professa um ofício com dedicação e honra ou mesmo quando cuida da família com devoção. É povo formado por gente que deseja se parecer com Jesus.

1. A dupla cidadania
No Sermão do Monte, o Senhor Jesus apresenta o significado de uma vida vivida debaixo da dinâmica do governo de Deus sobre todas as coisas. As bem-aventuranças sinalizam um modelo de contracultura, onde o discípulo de Cristo é chamado ao protagonismo no reino dos homens, na medida em que se rende ao senhorio daquele cujo propósito na vida foi o serviço humilde, em cumprimento à vontade do Pai. 

1.1. Povo quebrantado (Mt 5.3-4)
Os cidadãos do reino de Deus são aqueles que primeiro reconhecem a insuficiência dos esforços humanos como caminho de salvação (Ef 2.8). Os que entram no reino dos céus são aqueles que sabem não serem merecedores desse reino; são desprovidos de qualquer justiça própria; são humildes/pobres de espírito e, por isso, choram, quebrantados, o choro do arrependimento e da contrição. (2Cr 7.14)

1.2. Povo humilde (Mt 5.5-6)
Povo manso/humilde é povo que entende o seu lugar no mundo, debaixo do senhorio de Cristo. Suas bandeiras serão sempre as da entrega sacrificial em amor. É povo comprometido com as causas da justiça restaurativa, desejoso por ver os valores do Reino sendo sinalizados sobre a terra (Mt 6.33).

1.3. Povo compassivo (Mt 5.7-9)
O povo de Deus, cheio da graça de Deus, é povo generoso. É gente que trata o seu próximo como criatura feita à imagem de Deus, e não como inimigo em potencial. É gente promotora de paz – não a paz “ausência de guerra”, mas a shalom, a paz que promove bem-estar completo e qualidade de vida para a coletividade. 

1.4. Povo perseguido (Mt 5.10-12)
Não há garantias de segurança para quem escolhe o caminho do discipulado. Assim como o evangelho atrai a tantos, a outros tantos ele repele. O caminho da cruz envolve arrependimento e renúncia da justiça própria; isso ofenderá muitos. A igreja cidadã compreende que o seu compromisso maior é com o eterno. Ela é esperançosa e perseverante; sua fé no Cristo ressurreto não admite o desespero.

2. Os desafios do nosso tempo 
2.1. O desafio de conhecer a realidade
O mundo que se apresenta diante de nós é marcado pela secularização, a pluralidade religiosa e o relativismo ético. A igreja do Senhor Jesus, comprometida com a missão de Deus, deve buscar conhecer a realidade em que está inserida. Deve ouvir o clamor do mundo e prestar atenção nas dores, bem como nas flores. O povo de Deus é peregrino, mas também é indígena, ou seja, da terra. Está de passagem, porém tem um compromisso com a realidade como ela se apresenta. O povo de Deus reconhece na pluralidade de manifestações culturais, científicas e religiosas, oportunidades potenciais para um serviço cristão que parta das reais necessidades de um mundo fraturado pela ação do mal.

2.2. O desafio de discernir a realidade
A igreja cidadã saberá ter objetividade em relação às necessidades reais do mundo em que vive. Lucidez é essa capacidade de avaliar com inteligência as conjunturas, nas suas dinâmicas de vida e de morte. Discernir a realidade é fazer uma aproximação crítica, atenta ao controle e à manipulação da grande mídia e de outros poderes, buscando sempre entender o porquê de as coisas serem como são. O Espírito Santo guiará a Igreja nesse entendimento.

2.3. O desafio de interceder pela realidade
O povo de Deus é chamado a interceder não somente pelas causas individuais. É preciso um posicionamento sério de oração pelas causas coletivas, pelas questões que envolvem a cidade, a nação e o mundo. Cremos em um Deus que pode transformar realidades. Por isso, é preciso compromisso intencional de intercessão pelo mundo, e estar atento às questões que envolvem as grandes estruturas para a vida em sociedade.
A igreja deve orar pela libertação de grupos oprimidos, pela saída dos homens maus dos lugares de poder, pela consolidação e garantia dos espaços democráticos de expressão. 

2.4. O desafio de intervir na realidade
Todo cristão precisa dar a sua contribuição de intervenção na realidade.
Essa contribuição responde à pergunta “O que me cabe fazer?”. A igreja brasileira constrói a sua identidade por afirmação e não somente por antagonismo.
Nós não somos salvos pelas obras, mas elas foram preparadas por Deus para que andássemos nelas (Ef 2.10). É dessa forma que a igreja intervirá propositivamente na realidade social. O Brasil é, notadamente, uma nação religiosa. Nem sempre o Estado anda em compasso com os anseios da Nação. A igreja se posiciona, no espírito de Cristo, através das causas que são legitimadas pelos valores do reino de Deus. O exercício de uma cidadania responsável é um conceito de santidade cristã.

Fonte: Cartilha Os Evangélicos e a Transformação Social, p. 28-32.  ULTIMATO - Setembro-outubro 2014

O voto evangélico


Às vésperas das eleições, o Brasil respira política – para o bem ou para o mal. O debate que vai além dos interesses individuais é sadio e necessário. No entanto, não é raro perceber que muitos diálogos são moldados por polarizações irrelevantes, interesses corporativos ou mesmo descontroles emocionais. O meio evangélico não está a salvo dessas tentações. Somos movidos, muitas vezes, por discursos pretensamente religiosos, mas pouco cristãos, e por práticas não muito éticas, mesmo usando o nome de Deus.
Por isso, publicamos a seguir dois importantes textos que podem ajudar o cristão a tomar decisões e posturas mais corretas nesta arena que toma conta do país. O primeiro chama-se “Decálogo do Voto Evangélico”, publicado na década de 90 pela então Aliança Evangélica Brasileira (AEvB). Já o segundo texto – “Pastoral à Igreja Cidadã” – foi escrito recentemente e faz parte da cartilha “Os Evangélicos e a Transformação Social”, da Aliança Cristã Evangélica Brasileira, fundada em 2010. Se o primeiro texto norteia uma postura cristã individual diante das eleições, o segundo valoriza a identidade comunitária e cidadã da igreja não somente em tempo de eleições.

Decálogo do Voto Evangélico
I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu país, estado e município.

II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção.

III. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário.

IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser ouvidos sem preconceitos.

V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob pena de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a comunidade.

VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas da justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um “despachante” de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.

VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros “trocos”, ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem a prostituição da consciência cristã, mesmo que a “recompensa” seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.

VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas, que, no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal é ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”; ou: “O sicrano não vai dar nada para os evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos.

IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: “o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é compreensível que dê um “voto de confiança” a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão em questão, ele dificilmente transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apoiem.

X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.

Fonte: Núcleo de Apoio Cristão - Revista ULTIMATO Nº 350

Escolha uma igreja e volte!


Os “desigrejados” precisam voltar às suas igrejas de origem ou a outras igrejas. Só não podem continuar fora delas. A lenha fora da fogueira se apaga. O médico e pastor Paulo Brito, da Igreja Missionária Evangélica Maranata, na rua Conde do Bonfim, no Rio de Janeiro, dá excelentes dicas para quem quer voltar.

1. Não escolha a sua igreja necessariamente por causa da proximidade em relação a sua residência.

2. Escolha uma igreja cuja linha teológica ou litúrgica afine com você. Se você gosta de louvar a Deus com cânticos e palmas, não faz sentido você procurar uma igreja diferente e vice-versa.

3. Escolha uma igreja cujo pastor ministre ao seu coração. Você tem o direito de não se identificar com uma igreja cujas pregações não alimentem a sua alma. Uma pregação vazia não combina com uma alma vazia.

4. Escolha uma igreja que valorize o estudo bíblico. Tanto você como as suas crianças precisam de Escola Dominical. Cuidado com a igreja que não dá espaço nem às crianças nem aos jovens.

5. Escolha uma igreja que seja transparente quanto à arrecadação de dízimos e ofertas, que preste relatório, que tenha um conselho fiscal.

6. Escolha uma igreja que se mostre abençoada por Deus em seu ministério.

7. Escolha uma igreja que pregue contra o pecado, que fale sobre o negar-se a si mesmo sempre que for necessário.

8. Escolha uma igreja que não tenha a presunção de ser a única, a mais bíblica, a mais santa, a mais cordial, e que tenha comunhão com outras igrejas irmãs.

A Palavra de Deus é enfática: “Não deixemos de congregar-nos, como é de costume de alguns” (Hb 10.25).

Fonte: http://www.ultimato.com.br/

Tire o celular, pois a terra é santa!

Por Calebe Ribeiro
Se Moisés tivesse um IPhone na época da sarça provavelmente ele passaria por ela sem perceber o evento, ou talvez, começaria a filmar e depois la“#SemFiltro”.
O celular nos priva muitas vezes de perceber “sarças que se queimam” por aí. O que quero mostrar é que o celular também é um forte concorrente disputando o monopólio da nossa atenção.
Não me venha com esse papo de que é possível mexer em um aplicativo enquanto se conversa com alguém e ainda assim manter a atenção concentrada nas duas coisas. Bobagem! Deixou de ser atenção concentrada e tornou-se atenção fragmentada.
Nos filmes mais antigos, depois de uma boa noite de sexo, cada um virava para o seu lado da cama e acendia um cigarro, cena clássica essa. Hoje, um casal moderno e tecnológico depois do sexo vira cada um para o seu lado e vai mexer no celular, dar uma última olhada no Facebook e no Instagram.
Acordamos com o celular na nossa mão, pois ele é o nosso despertador. Tomamos café com ele, pois ficamos mandando mensagem ou lendo as notícias. Vamos para o trabalho com ele nos nossos ouvidos, pois transformou-se no nosso Ipod. Ficamos no trabalho com ele em cima da mesa e qualquer notificação já olhamos para a tela, não respeitamos nem as reuniões, nem as aulas, olhamos mesmo. Quando vamos ao banheiro não existe melhor companheiro do que um celular, só na hora do banho que fica difícil, mas agora já inventaram um que não molha. Enfim, o celular passa mais tempo com a gente do que nossas esposas, maridos, filhos, amigos.
Estou para completar um ano de casado e percebi que toda vez que minha esposa e eu levamos o celular para a cama nos privamos de conversar um com o outro. Ficamos em silêncio olhando para a tela do celular e algumas vezes comentamos alguma coisa. Depois de desligados os celulares (de forma forçada, pois a bateria já chega nos 5%) falamos boa noite um para o outro e dormimos.
Comecei a perceber que os últimos trinta minutos do meu dia, dos quais poderia passar conversando com minha esposa, passei na verdade de olho na telinha. Engraçado que quando compartilhei essa realidade com alguns amigos eles riram e falaram passar pela mesma situação.
Propus um acordo com minha mulher, o de não levar tecnologia para a cama. Estamos nos adaptando a essa nova realidade, ficar sem o celular é como se sentir nu, somos viciados àquela zapiada rapidinha que, na verdade, leva uns 15 minutos.
Na tentativa de não passar desapercebido por nenhuma “sarça ardente”, adaptamos a ordem de Deus e nos exortamos mutuamente dizendo: Tire o celular, pois a nossa cama também é solo sagrado”.
– Calebe Ribeiro é um dos pastores de jovens da Igreja Presbiteriana do Recreio, no Rio de Janeiro (RJ). É também missionário da Missão Jovens da Verdade.

FONTE: http://ultimato.com.br/sites/jovem/2014/09/26/tire-o-celular-pois-a-terra-e-santa/

RESONSABILIDADE DE PREGAR O EVANGELHO

"... vos foram anunciadas...pelo Espírito Santo enviado do céu... coisas estas que anjos anelam perscrutar" lPe 1.12. Pregar o evangelho é um glorioso privilégio. Quando o pastor inglês Charles H. Spurgeon ensinava seus alunos, no século dezenove, exortava-os, dizendo: "Filhos, se um dia a rainha da Inglaterra vos convidar para serdes embaixadores, não vos rebaixeis de posto. Vós já sois embaixadores do Rei dos reis e do Senhor dos senhores". Somos embaixadores de Deus. Trazemos uma mensagem da parte do próprio Deus, com a autoridade do próprio Deus, que nos enviou. Essa mensagem é a melhor notícia que o mundo já ouviu.
A mensagem é que Deus ama os pecadores de tal maneira que deu seu próprio Filho para morrer por eles. O evangelho fala de Cristo, seu nascimento, sua vida, sua morte, sua ressurreição, seu governo, sua gloriosa vinda. O evangelho fala da salvação pela graça mediante a fé, oferecida a todos os que creem. O evangelho é uma notícia tão gloriosa que os próprios anjos gostariam de estar engajados nessa sublime missão.
Deus, porém, a cunhou a nós. Nenhuma instituição humana pode desempenhá-la. Nenhuma ordem angelical pode proclamá-la. Esse privilégio sublime e essa gigantesca responsabilidade foram dados à igreja. Cumpre-nos desempenhá-los com senso de urgência, com fidelidade e no poder da unção do Espírito. Não perca tempo. Pregue a Palavra! Proclame o evangelho!
"Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Rm 1.16). O apóstolo Paulo foi o maior bandeirante do cristianismo. Cruzou mares, atravessou desertos, percorreu todos os rincões do vasto império romano pregando o evangelho, a tempo e fora de tempo. Mesmo sendo perseguido por causa do evangelho, jamais se envergonhou dele. Pelo contrário, sentia-se devedor, estava sempre pronto e nunca se envergonhava de anunciar as boas-novas de salvação em Cristo. Hoje, muitos se envergonham do evangelho. Outros são a vergonha do evangelho.
Nós, porém, devemos pregar o evangelho, pois este é o poder de Deus. Como Deus é onipotente, o evangelho também o é. O evangelho é o poder de Deus não para a destruição, mas para a salvação. Aqueles que nele creem são libertos das algemas do pecado e são salvos da condenação do pecado. O evangelho é poderoso, pois por meio dele, os pecadores se achegam a Cristo, o Salvador, e são salvos.
No evangelho se manifesta a justiça de Deus, uma vez que o evangelho trata da morte de Cristo em nosso favor, como oferta pelo nosso pecado. O evangelho nos apresenta a gloriosa verdade de que Cristo pagou nossa dívida na cruz, cumpriu a lei por nós e satisfez as demandas da justiça divina. Agora, não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Em vez de se envergonhar do evangelho, proclame o evangelho!


Retirado do “Cada Dia” de Agosto – Rev. Hernandes Dias.

PLANOS BEM-SUCEDIDOS

Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos (Pv 16.3).

Somos seres contingentes e limitados. Não enxergamos o que se esconde nas fímbrias do futuro. Não sabemos nem mesmo o que é melhor para nós. Não sabemos orar como convém. Muitas vezes pedimos a Deus uma pedra pensando que estamos pedindo um pão. Por essa razão, precisamos submeter a Deus nossos sonhos, planos e desígnios. Não administramos os acontecimentos, nem mesmo podemos ter a garantia de que estaremos vivos daqui a cinco minutos. Dependemos totalmente de Deus. Não podemos ficar de pé escorados no bordão da autoconfiança. Precisamos rogar a direção divina para tudo o que fazemos, a fim de sermos bem-sucedidos. Precisamos confiar ao Senhor as nossas obras, para que nossos desejos sejam estabelecidos. Não é a nossa vontade que deve prevalecer no céu, mas a vontade de Deus que deve ser realizada na terra. Não é sensato fazer por conta própria uma série de planos para depois pedir que Deus os aprove; precisamos orar para que os planos de Deus sejam os nossos planos. Os caminhos de Deus são melhores do que os nossos caminhos, e os desígnios de Deus são mais elevados do que os nossos. Os planos bem-sucedidos são aqueles que descem do céu para a terra, e não aqueles que sobem da terra ao céu.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.