terça-feira, 8 de outubro de 2013

A REFORMA PROTESTANTE (Séc. XVI)

A Igreja Cristã nasceu no momento em que Jesus convocou Seu primeiro discípulo para a obra de Deus (ver Jo 1.35-51). Jesus chamava, e as pessoas vinham se agregar ao Grupo Santo. A história da vida do Mestre nós bem a conhecemos, através dos Evangelhos e demais livros do Novo Testamento.

A História da Igreja Cristã se divide, pois, em dois períodos aparentemente distintos, mas, na realidade, praticamente não há diferença entre eles. O primeiro nos fala dos atos de Jesus e de Seus seguidores, até o dia em que Ele foi elevado às alturas (At 1.2). Sem que houvesse descontinuidade, no segundo período, Jesus age através do Espírito Santo.

Às vezes, no curso da História da Igreja, houve momentos em que nos é difícil ver a ação do Espírito Santo de Deus. Em alguns períodos parecerá que toda a Igreja abandonou por completo a fé bíblica. Contudo, devemos nos lembrar de que a História da Igreja é também a história dos atos de pessoas pecadoras como nós e, se abrirmos bem os nossos olhos, e olharmos para a História com os óculos da fé, veremos que, nos momentos mais escuros da história eclesiástica, nunca faltaram aqueles que preservaram a chama santa e ajudaram a conduzir a Igreja no caminho certo. E dentre os que preservaram a fé certamente estão inseridos os reformadores do século XVI.

Não há dúvida de que sempre houve uma semente santa na Igreja, mantida pelo Espírito Santo, o toco a que se refere o profeta Isaías (Is 6.13). Esse toco contém uma brasa eterna, o Corpo de Cristo. A Reforma foi um reavivamento dessa brasa, cuja chama de testemunho se espalhou por toda a terra. Mas uma coisa fica bem clara: a reforma não se produziu porque Lutero, Zuínglio e Calvino, os principais reformadores do século XVI, se propuseram a isso, mas porque chegou o momento oportuno de Deus.

Ao longo de nossa história houve momentos de plena obediência a Deus e Sua Palavra, assim como períodos de ênfase excessiva em valores puramente humanos. Épocas em que setores do protestantismo, por influência de doutrinas deletérias racionalistas, se afastaram dos ideais dos reformadores, a ponto de romper com uma das essências da fé cristã que é a crença na divindade de Cristo. Doutrinas estranhas à Palavra de Deus, à toda hora estão batendo à nossa porta. Cabe a nós, os atalaias da fé reformada, vigiar e orar, para que o inimigo de nossas almas não nos pegue desprevenidos e nos peneire.

Mantenhamos, pois, a sã doutrina dos reformadores, reverenciando aqueles apóstolos de Jesus Cristo, por meio de quem a pureza do Evangelho recuperou a sua honra. E que Deus nos abençoe. Amém.

Rev. Zé Francisco)


(Autor: Pb. José Roberto Costanza)

O VALOR DA TESTEMUNHA VERDADEIRA

A testemunha verdadeira livra almas, mas o que se desboca em mentiras é enganador (Pv 14.25).
Testemunhar é contar exatamente o que viu e ouviu. Não é dar a opinião própria. Ao longo da história muitos tribunais proferiram sentenças injustas porque testemunhas infiéis deram falso testemunho, escondendo e escamoteando a verdade. José do Egito foi parar na cadeia quando a verdadeira culpada do crime era sua própria acusadora. O Sinédrio judaico contratou testemunhas falsas para acusar Jesus e assim o sentenciou à morte. O mesmo destino sofreu o diácono Estêvão, que terminou apedrejado por uma turba ensandecida. O que abre sua boca para promover a mentira é um enganador. Aquele que vende sua consciência e altera a realidade dos fatos para obter vantagens pessoais, acusando inocentes e inocentando culpados, labora em erro e torna-se agente do mal. Porém, a testemunha que fala a verdade salva vidas e livra as pessoas da morte. A verdade é luz. A verdade é pura. A verdade promove a justiça. Nossos lábios devem estar a serviço da verdade e não da mentira, do bem e não do mal, da justiça e não da iniquidade. O verdadeiro cidadão do céu é aquele que jura com dano próprio e não se retrata.

Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.