Como temos visto através de 1 Coríntios 14, Paulo esteve severamente restringindo o dom de línguas. Começando com o verso 26, contudo, ele adiciona mais regras ainda. Nenhum outro dom é regulado como o é o dom de línguas.
Paulo esteve explicando aos Coríntios o propósito dos dons, que eles servem como um sinal para os incrédulos. Agora ele lhes diz que este propósito não pode ser servido, a menos que o dom seja exercido do maneira apropriada e de acordo com determinados linhas de direção.
Aqui estão as regras que o
apóstolo Paulo dá para o exercício do dom de línguas:
1. Edificação (verso 26). Este é o
princípio regulador de todos os dons em geral. Eles devem servir para edificar
os outros.
2. Não mais do que três num culto
(verso 27). “Quando muito três” indica que ter três diferentes pessoas falando
em línguas em um dado culto seria raro. Congregações inteiras falando, cantando
ou orando em línguas é especificamente proibido aqui.
3. Um de cada vez (verse 27).
"Cada um por sua vez" restringe o falar em línguas a um homem por
vez; qualquer um a mais acrescentaria somente confusão. Já é uma confusão
suficiente escutar um idioma estrangeiro; escutar duas ou mais pessoas ao mesmo
tempo seria fútil e certamente não poderia edificar. A prática comum
contemporânea de ficar de pé falando em línguas durante a pregação é também
proibida aqui.
4. Deve haver somente um
intérprete (verso 27). O verbo Grego “um” é o número um, não uma palavra geral
se referindo a “algum”. Paulo requer aqui que o mesmo intérprete dê as
interpretações das mensagens dadas por uma, duas ou no máximo três pessoas.
Nenhum outro intérprete deve falar.
5. O intérprete deve ser alguém à
exceção daqueles que estão falando em línguas (versos 27-29). Paulo não permite
que alguém fale em uma língua para dar sua própria interpretação.
6. Ordem (versos 29-33, 40). Os
dons nunca devem ser exercidos de um modo que tenda à “confusão”, porque
depreciaria seu propósito (edificar). Embora o formalismo não seja a única
resposta, o caos é claramente excluído. O serviço de adoração deve ser
conduzido de uma forma ordenada.
7. Auto controle (verso 32).
"Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” exclui qualquer
escusa tal como, “Eu simplesmente não pude me refrear; o Espírito Santo apenas
tomou o comando”! Paulo expressamente requer que o homem esteja em controle de
suas faculdades mentais em todo tempo. Ser “arrastado” é refletivo das
religiões pagãs, não dos dons Cristãos (1 Coríntios 12:2). Esta regra impede
qualquer assim chamado “cair no Espírito” ou algo semelhante em que a pessoa
está completamente fora de controle; quando o Espírito Santo requer auto
controle, Ele então não causará o oposto. Ele não violará Sua própria palavra.
A objeção frequentemente dada é, “Mas e se o Espírito Santo me encher de uma
forma que eu perca o contato com a realidade?” ou, “Eu simplesmente não pude
controlar o Espírito”, ou algo parecido. Mas a clara premissa deste versículo é
que o Espírito Santo nunca fará isto. Ele proibiu-a, e Ele simplesmente nunca
fará algo que é contrário à Sua palavra. Nunca!
8. Nenhuma mulher permitida
(versos 35-38). Paulo não poderia ser mais claro nesta proibição. “As mulheres
estejam caladas nas igrejas”. Não importa ao que mais se refira, isto pelo
menos refere-se ao exercício dos dons de línguas e profecia, porque este é o
contexto no qual este mandamento é dado. Percebendo, evidentemente, a
tempestade de protesto que este mandamento receberia, Paulo acompanha o mesmo
com uma declaração de autoridade nos versos 36-38, que diz, efetivamente, “se
você não concorda comigo nisto, você é um arrogante (verso 36), não espiritual
(verso 37), e um rebeldemente ignorante” (verso 38). A regra não poderia ser
mais clara; rejeitá-la desafia diretamente o apóstolo inspirado.
Outras restrições já apontadas,
mas não declaradas ou listadas naqueles versos também se aplicam. Eles são as
seguintes:
9. As línguas
devem ser idiomas. Balbucio é completamente estranho ao dom de línguas do Novo
Testamento. Falar em uma “expressão extática” é inteiramente sem garantia
Bíblica.
10. As línguas
devem servir para propósitos apropriados. O uso pessoal e devocional não é o
propósito Bíblico servido pelo dom.
11. As línguas
devem ser públicas. O uso privado do dom é completamente sem precedente e não
pode servir como um sinal para os incrédulos.
SUMÁRIO
Estas são as regras para o dom de
línguas nas quais o apóstolo inspirado não deixa espaço para debate (versos
36-38). Onde estas regras não são seguidas, podemos estar certos de que não é
um dom genuíno, mas uma falsificação.
Novamente, alguém
pode objetar, “Mas todas estas restrições podem abolir inteiramente a prática!”
E novamente também, esta é uma observação muito criteriosa. Pergunto-me o que
aconteceu em Corinto. (Do Livro Línguas estranhas entre
nos Crentes)
(No próximo: A Cessação das Línguas? – Aguarde).
Pr.
José Francisco – Igreja Presbiteriana do Brasil
IGREJA PRESBITERIANA DE
IPANGUAÇU-RN
VIVENDO E
CRESCENDO NO EVANGELHO
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