Certa vez, um mendigo bate à porta de um
homem muito rico e avarento para lhe pedir ajuda. O rico, para se ver livre do
importuno, deu-lhe uma moedinha de pouco valor. O mendigo recebeu a moedinha e
agradeceu: “Deus lhe pague”. E foi embora.
Mas o rico, que nunca tinha ouvido essa
forma de agradecimento, perguntou a um empregado: “quanto vale um ‘Deus lhe
pague’?”. O empregado respondeu: “não sei, não, senhor. Talvez o padre possa
responder ao patrão”. O rico, curioso, perguntou a um padre: “Quanto vale um ‘Deus
lhe pague’?”. O padre retrucou: “Só sei que vale muito. Mas talvez o bispo
possa lhe responder com mais precisão”. O homem ficou intrigado, e como era muito
avarento, pensou que poderia lucrar com a boa ação que tinha feito ao mendigo. Foi
ao bispo, e este lhe respondeu: “Essa pergunta é difícil! Só Jesus Cristo pode
responder a senhor!”.
Acreditando
tratar-se de algo realmente muito valioso, o rico foi a uma igreja e rezou,
pedindo a Jesus Cristo que lhe dissesse quanto valia um “Deus lhe pague”. Como não
ouvisse nada, levantou-se e saiu, frustrado. Mas ao sair, eis que na porta da
igreja estava sentado um mendigo, o mesmo a quem ele havia dado a moedinha, que
lhe estendeu a Mao pedindo uma esmola. O rico, reconhecendo-o, fez-lhe esta
pergunta: “se você me disser exatamente quanto vale um ‘Deus lhe pague’, eu
sustentarei você com tudo o que você precisar, por toda a sua vida”. Mas o
pobre, abaixando a cabeça, disse: “Seu moço, infelizmente eu não posso lhe
dizer, porque um ‘Deus lhe pague’ tem um valor infinito. Nem todo ouro do mundo
valeria mais do que um ‘Deus lhe pague’ dito com o coração. Mas se o senhor
puder me dar um trocadinho, que Deus lhe pague”. O rico, vendo a sinceridade do
mendigo que não tirou proveito da situação, deu-se por satisfeito. Cumprindo com
sua palavra, cuidou do mendigo com tudo aquilo de que ele precisou, por toda a
sua vida.
“Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e
este lhe paga o seu benefício” (Pv 19.17).
Quanto você paga pela luz do
sol, pelas noites estreladas, pela chuva e pela primavera?
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ABRINDO
CAMINHOS
Dom Itamar Vian / Frei Aldo Colombo
Parábolas e reflexões – Paulinas
Digitado
por: Rev. Zé Francisco.
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