"Francisco
trabalhava em uma empresa que estava passando por mudanças e, por isso mesmo,
precisava da colaboração de todos os seus funcionários.
Um dia, o
executivo principal decidiu que seria necessário um treinamento, sendo que
todos deveriam participar de um curso de sobrevivência, que tinha a forma de
uma longa corrida de obstáculos. A prova era cruzar um rio violento e
impetuoso.
No dia do
treinamento, os funcionários foram divididos em três grupos para a superação
daquele obstáculo.
Os grupos eram:
A, B e C. O grupo A recebeu quatro tambores de óleos vazios, duas grandes toras
de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos. O
grupo B recebeu dois tambores, uma tora e um rolo de barbante. Já o grupo C não
recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; eles foram solicitados a usarem os
recursos fornecidos pela natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do
rio ou na floresta próxima. Não foi dada nenhuma instrução a mais. Simplesmente
foi dito aos participantes que todos deveriam atravessar o rio dentro de quatro
horas.
Francisco teve a
"sorte" de estar no grupo A, que não levou mais do que meia hora para
construir uma maravilhosa jangada. Um quarto de hora mais tarde, todo o grupo
estava em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os
outros grupos em sua luta desesperada.
O Grupo B, ao
contrário, levou quase duas horas para atravessar o rio. Havia muito tempo que
Francisco e sua equipe não riam tanto como no momento em que a tora e os dois
tambores viraram com os gerentes financeiro e de produção.
Mas o melhor
ainda estava por vir.
Nem mesmo o
rugido das águas do rio era suficiente para sufocar o riso quando o grupo C
tentou lutar contra as águas espumantes. Os coitados agarraram-se a um
emaranhado de galhos, que estavam se movendo rapidamente com a correnteza. O
auge da diversão foi quando o grupo bateu em um rochedo, quebrando os galhos.
Somente reunindo todas as forças que lhes restavam foi que o último membro do
grupo C, o chefe de logística, todo arranhado e com os óculos quebrados,
conseguiu atingir a margem 200 metros rio abaixo.
Quando o líder
do curso voltou, depois de quatro horas, perguntou:
-
"Então,
como se saíram?"
E todo o grupo A
respondeu:
-
"Nós
vencemos!"
O líder do curso
respondeu:
-
"Vocês
devem ter entendido mal. Vocês não foram solicitados a vencer os outros. A
tarefa seria concluída quando os três
grupos atravessassem o rio dentro de quatro horas.
Ao que me parece, todos vocês perderam, pois ninguém pensou em se ajudar
mutuamente, nem sonhou em dividir os recursos (tambores, toras, corda e remos)
para atingirem uma meta comum. Não ocorreu a nenhum dos grupos coordenar os
esforços e ajudar os outros."
E o líder do
curso continuou:
-
"Espero
que todo o grupo aprenda muito bem esta lição. Vocês caíram direto numa
armadilha e não pensaram no todo, somente em seus grupos, que poderíamos
comparar aos departamentos de uma empresa. Espero que, a partir deste dia, o
grupo tenha aprendido muito a respeito de trabalho em equipe e de lealdade em
relação aos outros. Estamos todos no mesmo barco!
Experimentem
acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés
de revidar! É difícil, sem dúvida! Mas é possível e
muito gratificante. A vida fica mais leve, o caminho fica
mais fácil e a
recompensa, muito mais valiosa. E lembrem-se sempre: A equipe faz a força.
Esse conto nos
traz à tona um comportamento que parece estar se transformando em hábito: a
busca exacerbada pela individualidade, prezando mais pelo próprio
"eu" em detrimento do grupo.
De certa forma,
reflete uma volta à Lei do Gerson, de querer levar vantagem em tudo. Parece que
tem havido uma procura somente pela satisfação pessoal, esquecendo-se do
restante do grupo. Isso significa pessoas e empresas agindo de uma forma e
discursando de outra. O homem é um ser social, que depende dos outros para
viver e que é influenciado pelo seu contexto e esfera de convivência (pessoas,
ambiente de trabalho, qualidade de vida).
Vale a pena
considerar sobre esse comportamento.
Afinal,
vitórias, quando comemoradas em coletividade, sempre são mais saborosas."
(Autor não
mencionado)
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