Não havendo bois, o celeiro fica limpo,
mas pela força do boi há abundância de colheitas (Pv 14.4).
Há
pessoas que têm mania de limpeza. Preferem a falta de atividade à desarrumação
empreendedora. Preferem ver a casa limpa a qualquer movimento de trabalho.
Preferem ver o celeiro limpo, mesmo não havendo bois. O trabalho gera movimento,
e movimento produz desconforto, barulho, desinstalação. Um celeiro cheio de
bois jamais fica impecavelmente limpo. No entanto, a limpeza sem trabalho não é
sinal de progresso, mas de estagnação. A limpeza sem trabalho desemboca em
pobreza, e não em prosperidade. Quando há boi no celeiro, quando há gado no
curral, mesmo que isso gere o desconforto da sujeira, também traz a recompensa
do trabalho e a abundância das colheitas. Há muitas casas nas quais os filhos
não podem tirar uma cadeira do lugar. Os móveis estão sempre impecavelmente
limpos, os tapetes sempre bem escovados, mas nessas casas também não há a
agitação de estudantes com livros abertos, nem trabalhadores que se lançam na
faina do progresso. Esse tipo de limpeza cujo resultado é mente vazia, mãos
ociosas e falta de abundantes colheitas não é um bem a ser desejado, mas um
perigo real a ser evitado.
Gotas de Sabedoria
para a Alma – LPC Publicações – Digitado por: Rev. Zé Francisco.
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