Precisamos fazer o melhor para Deus, mas quais são os parâmetros que usaremos para avaliar o que é o melhor? Nossas opiniões sobre qualidade no louvor podem variar muito em função do nosso gosto musical ou da nossa capacidade de avaliação técnica. Muitas vezes usamos tais critérios para selecionar o que vamos cantar nos nossos cultos.
Buscamos a sofisticação no que se refere ao equipamento, aos
instrumentos e aos arranjos vocais. Mas... o que o Senhor está buscando?
Aqueles que o louvam e o adoram em Espírito e em verdade. A qualidade técnica é
boa e desejável, mas não está em primeiro plano.
Caim e Abel apresentaram diferentes ofertas ao Senhor, mas o que foi
decisivo para ambos foi o que traziam dentro de si. Enquanto examinamos o som e
a voz, o Senhor sonda os corações. O ideal é que possamos unir qualidade
espiritual e qualidade técnica, cantando e tocando com arte para o Senhor
(Salmo 33.3). Precisamos, porém, ter consciência dos aspectos essenciais do
verdadeiro louvor: um coração sincero e puro diante do Senhor.
Jesus disse que da boca das criancinhas vem o perfeito louvor
(Mt.21.16). Por quê? Elas são puras e sinceras. Imagine a alegria de um homem,
quando ouve seu filhinho pronunciando pela primeira vez: "papai", sem
melodia, sem instrumentos, mas com pureza. Aquele momento se torna
inesquecível.
Mas, como podemos ter um coração puro se já não somos crianças e já
cometemos tantos pecados? Se confessarmos os nossos pecados, o Senhor nos perdoa
e nos purifica por meio do sangue de Jesus (cf. I João 1.7,9).
Antes de entrar no santuário para louvar ao Senhor, o sacerdote
precisava se purificar. Isto se dava através do sacrifício de animais e pela
água da pia de bronze (Êx.30.17-21; Hb.5.3). Ainda hoje, antes de louvarmos ao
Senhor, precisamos pedir que ele nos perdoe, que ele nos limpe e que possamos,
como crianças diante do Pai, oferecer a ele um louvor puro, sincero e
agradável.
"Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue
de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu através do véu..." (Hb.10.19-20)
Autor: Anísio Renato de Andrade – Bacharel
em Teologia.
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