A terra virgem dos
pobres dá mantimento em abundância, mas a falta de justiça o dissipa (Pv
13.23).
Há
pobreza que não é resultado da indolência, mas da injustiça. Há pessoas
honradas que lutam com grande empenho e trabalham com grande esforço, mas não
usufruem o resultado de seu trabalho em virtude do sistema perverso e injusto
que assalta o seu direito. O povo de Israel foi muitas vezes oprimido por
inimigos políticos. Os israelitas plantavam suas lavouras e colhiam seus frutos
abundantes, mas precisavam entregar o melhor de sua colheita para pagar pesados
tributos aos reinos estrangeiros. Outras vezes eram explorados pelos próprios
irmãos, que em tempos de aperto lhes emprestavam dinheiro com usura e depois,
com juros pesados, acabavam tomando suas terras, suas lavouras, suas casas e
até mesmo seus filhos. Essa dolorosa realidade acontece ainda hoje. Temos em
nossa nação uma das mais pesadas cargas tributárias do mundo. Trabalhamos à
meia com o governo. Nossa terra produz mantimento com abundância, mas o injusto
sistema tributário dissipa o fruto do nosso trabalho. Aqueles que, por dever de
consciência, não lançam mão da sonegação gemem para pagar seus impostos. E o
pior: veem, estarrecidos, essas riquezas caindo no ralo da corrupção, desviadas
para abastecer contas nababescas de indivíduos inescrupulosos.
Gotas de Sabedoria para a Alma – LPC Publicações –
Digitado por: Rev. Zé Francisco.
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