Assuntos Preliminares: (Estaremos apresentando alguns estudos do Livro "Línguas estranhas entre os Crentes", por achar esse assunto relevante, aja vista muitos ignoram os estragos que causam em nosso meu cristão).
A Crise
Certamente não
será exagero dizer que o fenômeno de línguas causou uma das maiores crises que
a igreja enfrentou nesta geração. As línguas não são mais algo testemunhado
somente nas Igrejas Pentecostais; elas são vistas agora por toda a parte, desde
o Catolicismo Romano aos batistas e outras Igrejas independentes. Por séculos
todos da Cristandade reconheceram que o dom era inoperante; agora, junto com
suas acompanhantes reivindicações de curas, milagres, revelações, e “cair no
espírito”, (que, a propósito, é algo completamente desconhecido até mesmo na
própria Igreja primitiva), têm invadido virtualmente cada denominação. Seus
pregadores estão reivindicando a ocorrência de um Pentecoste moderno. Alguns
estão acusando os pregadores que recusam reconhecer o dom de enganadores que
roubam o povo de Deus das bênçãos por Ele enviadas. Em suma, este tem se
tornando um dos assuntos mais quentes no cenário eclesiástico: os que creem
nele não podem parar de falar a respeito, e aqueles que não o aceitam
aparentemente nunca cessarão de ouvir sobre o mesmo!
O Padrão
Deve ser
enfatizado, certamente, que há somente um Padrão pelo qual podemos medir tais
reivindicações – a Escritura. A questão envolvida neste ponto não é se algum
Cristão genuíno teve ou não algum tipo de experiência; uma experiência pode ser
muito real e, todavia, muito errada, ou pode ser muito real e mesmo assim muito
mal-entendida. Este assunto de autoridade é particularmente essencial na
discussão do dom de línguas, porque há muitos que estão seguros de que o
experimentaram. Mas re-enfatizemos isto: somente a Escritura tem a resposta
para esta questão. Qualquer e todas as experiências devem ser avaliadas à luz
da Palavra de Deus. Nós não julgamos uma experiência em cima de nossas próprias
reivindicações, mas com base nas Santas Escrituras, porque o Espírito Santo
nunca será o autor de qualquer experiência que não esteja de acordo com Sua
própria Palavra. Isto nunca poderá ser super-enfatizado, especialmente
tratando-se de um assunto que é essencialmente experiencial.
Passagens
Relevantes
O dom de línguas
não ocorre nas Escrituras tão frequentemente como alguns podem pensar. As
únicas passagens que tratam com o dom de algum modo são Atos 2:1-13; Atos
10:44-48; Atos 19:1-7; e 1 Coríntios 12-14. É possível que o dom de línguas
também tenha sido exercido em Atos 8:14-19, mas é impossível se ter certeza (a
questão é o que Simão “disse”, verso 18). Todas estas passagens serão
investigadas, mas visto que 1 Coríntios 14 é a passagem que dá a mais específica
instrução concernente a este dom, ela receberá maior atenção.
A Natureza dos Dons
Definições
Não é de modo
algum difícil definir o dom de línguas; contudo, por causa do debate em torno
deste assunto, a sustentação para a definição aqui dada será avaliada em alguns
detalhes.
O dom de línguas foi a capacidade sobrenatural
de falar em um idioma humano estrangeiro que não era previamente conhecido ou
estudado pelo locutor. Note que o dom de línguas não é a capacidade de
balbuciar – o que não requer capacidade sobrenatural. Mas nisto é onde
precisamente o debate começa. Virtualmente todos os teólogos liberais, por
causa de sua negação da possibilidade do sobrenatural e da revelação direta,
ensinam que o dom de línguas era meramente uma expressão extática. Embora eles
não questionem a possibilidade do sobrenatural, todos os Carismáticos e muitos
não-caristmáticos ensinam virtualmente a mesma coisa. Muitos deles creem que
embora as línguas de Atos fossem deveras idiomas estrangeiros, as línguas de 1
Coríntios eram diferentes – eram expressões extáticas, balbuciações, que
continham uma revelação de Deus compreensível para o próprio Deus (para uso
privado, devocional) e para o intérprete (para uso público). Contudo, este não
é o caso; e que estas línguas eram idiomas estrangeiros é evidente a partir das
seguintes considerações. (Veremos no próximo post desse mesmo assunto; AGUARDE...).
Pr. José Francisco - Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu-Rn
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