Ted Engstrom, um dos principais mestres
cristãos de liderança e gerenciamento, enfatiza:
A liderança cristã representa ação, mas é,
também, um jogo de ferramentas para homens e mulheres espirituais. Não é moral
nem imoral – é amoral [nem certo, nem errado].... A questão é a espiritualidade
da pessoa e como ela pode usar, da melhor maneira possível, as ferramentas da
liderança para a glória de Deus... Creio
que todo princípio básico e honrado na liderança e gerenciamento tem suas
raízes e está fundamentado na Palavra de Deus. A Bíblia está repleta de
exemplos de Deus procurando líderes e, quando os encontra, faz uso deles, a
despeito de suas falhas humanas, a fim de cumprir seus propósitos.... Muitos
falharam de modo marcante em algum ponto de suas vidas, mas a chave do seu
sucesso foi que jamais rastejaram o pó. Tais pessoas apresentaram através do
fracasso, arrependeram-se e foram usadas de forma ainda mais poderosa.
Cada um de nós, como cristãos ou seguidores
de Cristo, tem a tremenda responsabilidade de continuar o trabalho que Jesus
iniciou na terra. A grande comissão é por nós bem conhecida [Mc 16.15; Mt
28.19]; todavia, parecemos viver como se a Bíblia não pertencesse ao ambiente e
circunstâncias de hoje. Usamos a desculpa de que os personagens bíblicos são
muito diferentes do ser humano comum e não podemos, de forma alguma, antever o
sucesso em nossas próprias vidas.
Jesus Cristo
não se satisfaz em apenas adquirir seguidores. Não acreditava que o líder fosse
simplesmente alguém que liderasse pessoas. Sentia que sua tarefa como líder não
estaria terminada até que reproduzisse a Si mesmo nas vidas de seus doze
discípulos e os transformasse, passando estes de seguidores a líderes. Ele, na
verdade, redefiniu o que é liderança eficaz – Para Jesus “O Líder cristão possui coração de servo” – Mc 10.43,44.
O líder
“Servo/mordomo” utiliza a autoridade que lhe foi delegada, bem como os recursos
a fim de produzir resultados que beneficiem os outros. Ele deve ser um bom
mordomo dos seus próprios dons espirituais, talentos, habilidades e
capacidades, como também dos seus seguidores.
EXISTEM TRÊS GRANDES DESAFIOS QUE PRECISAMOS
ENFRENTAR:
Desafio Nº 1
Seleção
– Constitui um desafio o selecionar pessoas para determinadas posições ou
responsabilidades. Com essa situação precisamos combinar personalidade, talento,
habilidade e experiência. É um desafio ser capaz de prever as habilidades ocultas
num jovem – porém isto é essencial para a liderança bem-sucedida.
Desafio Nº 2
Desenvolvimento – As pessoas precisam desenvolver seus
talentos e habilidades dadas por Deus. Ele não concede dons espirituais para
que sejam enterrados! O líder deve certificar-se de que os indivíduos sejam
bons dispenseiros de seus talentos e habilidades, desenvolvendo o seu
potencial.
Desafio Nº 3
Capacitação
– O líder deve capacitar e equipar as pessoas para utilizarem suas habilidades
e talentos e que por sua vez, ajudem outros a também desenvolverem e utilizarem
os seus. O desafio da liderança e da formação de líderes é um ministério que
não dá margem a concessões.
Os líderes se reproduzem em líderes mais
jovens. Isto é bíblico! Está nas Escrituras!
LIDERANÇA DO ESPINHEIRO
A parábola do Espinheiro [Jz 8.28-921] é uma
clássica passagem bíblica a respeito da liderança. Gideão havia guiado os
Israelitas, mas morrera. Israel precisava de um novo líder, de alguém que o
guiasse nos caminhos de Deus. Gideão falhara em preparar um sucessor, portanto
a nação estava sem líder. O profeta Jotão diagnosticou habilmente a má
situação, e narrou a "Parábola do Espinheiro" para ensinar ao povo uma importante
lição. A oliveira, a figueira e a videira se recusaram a reinar na floresta
quando as árvores se achavam em busca de um líder. O único disposto a torna-se
rei da floresta era o Espinheiro – e o desastre imperou durante seu reinado de
terror e tirania. Veja:
A oliveira: “deixaria
eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as
árvores?”
A figueira: “Deixaria
eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores?”
A videira: “Deixaria
eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as
árvores?”
O
espinheiro: “Se deveras me ungires rei sobre vós, vinde e refugiai debaixo de minha
sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano”.
Aprendemos com esta passagem que, quando não
se apresentam bons líderes, os maus avançam e tomam seu lugar.
Se você
deixa de aceitar uma certa responsabilidade ou algum papel de liderança que
Deus tenha para você, poderá ser culpado por entronizar o espinheiro. Se em qualquer organização, se os
indivíduos bons e de talentos não aceitarem responsabilidades, então os
perversos e os maus as aceitarão. E aí, cuidado! Os problemas estão à vista!
Deus chamou cada um de nós para sermos luz e sal na terra. Quando nada fazemos,
o mal impera e os tiranos passam a nos governar. Você está permitindo que os
espinheiros entrem em sua organização, seus negócios, sua família, seu
ministério, sua Igreja?
“Onde estão os líderes?” As nações precisam de líderes; a sociedade
precisa de líderes; as igrejas precisam deles; e as famílias também.
Precisamos
de líderes que estejam na linha de frente, que se movam entre os seus
seguidores, que conheçam suas fraquezas e seus pontos fortes; que saibam ouvir,
que vejam seus seguidores no local de trabalho e que os visitem em suas casas;
que partilhem de suas alegrias e tristezas e que a estejam bem perto da ação, a
fim de mostrar que a liderança não está separada de seus liderados e da linha
de frente. Os líderes precisam estar com seus seguidores ao subirem juntos até
o cume da montanha.
Se você
considera-se um líder ou está almejando a liderança, lembre-se que é
responsável, do modo mais solene possível, a exercer a mordomia dos talentos,
dons e habilidade daquelas pessoas que Deus confiou à sua liderança. Elas terão
de prestar contas, mas você será, em parte, responsável pelo que foi feito de
seu potencial e de quanto ouro, prata e pedras preciosas foram antecipadamente
remetidas por esses indivíduos.
"Para ser mais do que um mordomo indolente dos talentos confiados sob seus cuidados, o executivo deve aceitar a responsabilidade de fazer o futuro acontecer. Á a disposição de atacar isso com propósito, a última das tarefas econômicas nas empreitadas empresariais, que distingue uma grande firma de uma meramente competente, e o edificador de negócios do zelador das dependências do executivo" [Peter Drucker]
Digitado por: Rev. Zé Francisco, Pastor da Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu, RN.
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