segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hipertensão arterial na mulher


Hipertensão arterial sistêmica, termo médico para a famosa “pressão alta”, é uma doença que afeta milhões de brasileiros. A incidência de hipertensão aumenta com o envelhecimento. Até os 55 anos de idade, um maior percentual de homens é hipertenso, entretanto, em faixas etárias mais avançadas, a hipertensão é mais prevalente em mulheres do que em homens. Com o aumento da expectativa de vida, a hipertensão tornou-se tão importante, que cerca de 80% das mulheres a desenvolverão em algum momento após a menopausa.
Pacientes hipertensas permanecem sem sintomas durante anos. Tal fato, além de retardar o diagnóstico, acaba facilitando para que muitas mulheres não sigam o tratamento prescrito. Apesar de “silenciosa”, a hipertensão pode levar a conseqüências catastróficas, sendo a responsável direta, por cerca de 6% das mortes no mundo todo. Além disso a hipertensão é um importante fator de risco para infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, duas das principais causas de mortalidade no mundo ocidental. Por isso, é importante estar atenta à possibilidade de desenvolver hipertensão e procurar atendimento médico o quanto antes, conforme veremos a seguir.

Como saber se sou hipertensa?
A pressão arterial varia ao longo do dia e pode aumentar em condições específicas (como durante o exercício físico, por exemplo), sem que a mulher seja realmente hipertensa. É importante lembrar que, na maioria das vezes, a hipertensão não causa sintomas. Portanto, é importante a avaliação clínica periódica, com a medida da pressão arterial por médico, em condições clinicamente estabelecidas. É sabido que mulheres procuram mais atendimento médico, principalmente preventivo do que homens. Assim, muitas mulheres descobrem-se hipertensas em seus check-ups anuais. O diagnóstico precoce da hipertensão arterial permitirá início do tratamento adequado, evitando as seqüelas da hipertensão arterial crônica.

Existem fatores de risco para hipertensão arterial?
Sim. Apesar de existirem algumas condições específicas que podem por si só causar hipertensão arterial, a grande maioria dos casos de hipertensão é conseqüente a uma conjunção de fatores, os chamados fatores de risco. Estes fatores são divididos em modificáveis e não-modificáveis. Como fatores de risco não-modificáveis podemos citar a idade (quanto mais velho, maior a chance de desenvolver hipertensão) e fatores genéticos. Na verdade, qualquer pessoa que tenha parentes de 1° grau hipertensos já apresenta maior risco de desenvolver hipertensão. Os fatores modificáveis, quando presentes, também aumentam o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial. São eles: obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse, alta ingestão de sal e consumo excessivo de álcool.
Mesmo indivíduos que apresentem pressão arterial normal em repouso podem apresentar respostas exacerbadas da pressão arterial durante teste de esforço. Este aumento exagerado da pressão arterial durante o teste de esforço é um sinal de alerta e indica uma chance muito aumentada de desenvolvimento de hipertensão arterial nos próximos cinco anos.

Como prevenir a hipertensão?
O primeiro passo para a prevenção da hipertensão arterial é a correção dos fatores de risco modificáveis. Parar de fumar, perder peso e reduzir a ingestão de álcool são decisões importantes e que devem ser estimuladas. Mulheres não devem ingerir mais de um drink por dia. Deve-se ter especial atenção com a ingestão de sal. Muitas de nós acreditamos que, por não usarmos o saleiro na mesa, já estamos ingerindo pouco sal. Isso não é verdade! Alimentos embutidos, enlatados, congelados e alguns refrigerantes têm grande quantidade de sal e devem ser evitados. A atividade física regular, com avaliação médica pré-participação e orientada por profissional especializado, também deve tornar-se hábito.

Sempre tive pressão baixa, posso tornar-me hipertensa?
Sim. Com o passar dos anos e o envelhecimento das nossas artérias, os valores de pressão arterial tendem a aumentar. Assim, mesmo mulheres que sempre tiveram pressão baixa podem tornar-se hipertensas. Daí a importância da aferição periódica da pressão arterial.

Sou hipertensa, o que devo fazer?
Siga as orientações de seu médico. É bom lembrar que muitos dos medicamentos anti-hipertensivos são disponíveis gratuitamente pelos programas de incentivo do Governo Federal.
Em todos os casos, é essencial combater os fatores de risco modificáveis discutidos acima. Além disso, uma dieta rica em frutas, vegetais e produtos com baixo teor de gordura saturada está indicada. Pacientes hipertensos devem manter seu índice de massa corporal (peso/altura2) dentro do valor normal (<25kg/m2). A realização regular de atividade física é encorajada, conseguindo-se maiores benefícios na perda de peso e redução dos valores de pressão arterial.

Que tipo de exercícios devo fazer?
Ao contrário do que se imaginava até a pouco tempo atrás, a musculação não está contra-indicada na maioria dos casos, e pode inclusive ajudar no controle dos valores de pressão arterial. Os exercícios aeróbicos também estão indicados e quando realizados regularmente contribuem para o melhor controle da pressão arterial.
Não se esqueça que, apesar dos exercícios físicos serem benéficos para indivíduos hipertensos, existem algumas características clínicas que poderão indicar limitações na intensidade e forma de execução dos mesmos. Recomendamos que pacientes hipertensos procurem um especialista em cardiologia esportiva antes de começar a realizar exercícios físicos regularmente.

Quais as consequências da hipertensão?
A hipertensão é uma doença crônica que, apesar de assintomática na maioria das vezes, pode acarretar diversos danos irreversíveis ao nosso organismo. As principais conseqüências da hipertensão são: infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal crônica (podendo ser necessária a hemodiálise), acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Uma vez diagnosticada a hipertensão, o controle adequado dos valores de pressão arterial reduzirão a chance de acontecimento destas doenças.
Verifique sua pressão periodicamente, adote as medidas preventivas e não deixe de conversar com seu médico em caso de dúvidas!

Fonte: http://www.buscasaude.com.br/

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