terça-feira, 1 de maio de 2012

CASAMENTO, UM COMPROMISSO SÉRIO

Não existe casamento tão ruim que não possa ser consertado. Não existe casamento tão bom que não possa ser melhorado.
Introdução: o casamento nasceu no Éden. Deus instituiu e celebrou as núpcias do primeiro casal. O noivo eufórico e radiante exclamou: “esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gênesis 2.23). A harmonia entre o casal era completa: os dois era uma só carne!
Mas o pecado entrou na história do casal. Os dois foram expulsos do Éden. A harmonia acabou, a paz desapareceu, a felicidade evaporou... As acusações mútuas, os ressentimentos e outras formas de sofrimento se instalaram junto ao casal. Sobrou a insegurança, o medo, o desespero.
A história de Adão e Eva tem muita coisa em comum com a história de vários casais de nossa época. Muitos começam a vida conjugal no Éden, mas depois tudo fica pálido, insípido, sem sal, sem sabor. Ou, o que é pior, turvo, ameaçador. Mas não existe casamento tão ruim, que não possa ser consertado.
Essa palestra pretende mostrar que a felicidade daqueles primeiros dias, meses ou anos pode ser reconquistada. O sonho não acabou. É possível tornar uma família feliz.

O COMPROMISSO
O casamento foi instituído por Deus, na Criação. “Criou Deus, pois, o homem à sua semelhança, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn 1.27,28). “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24).
O casamento foi instituído por Deus para a felicidade do ser humano. Por intermédio dele ocorre a “propagação da raça humana por uma sucessão legítima”. Mas o seu principal objetivo é o companheirismo entre os cônjuges. A procriação é uma bênção adicional.
O que protegia o casamento do fracasso não era ato sexual pré-nupcial, mas o compromisso. O amor que unia os cônjuges era fruto desse compromisso. O casamento de nossos dias é bem diferente. Os pretendentes têm amplas oportunidades de se conhecer antes da decisão final. Teoricamente suas possibilidades de fazer um bom casamento, de estabelecer uma união harmônica e duradoura são bem maiores. Mas isso não tem acontecido porque eles têm feito deste sentimento emocional subjetivo, denominado amor, a base do seu casamento. E um sentimento, sujeito a muitas vicissitudes, não pode garantir o êxito de uma instituição tão importante.
Para transformar o casamento que você tem no casamento que você quer, o ponto de partida é a conscientização de que o verdadeiro fundamento do matrimonio é o compromisso. O amor é importante, mas até ele deve estar baseado no compromisso. Pois, como disse Erich Fromm: “Amar alguém não é apenas um sentimento forte. É uma decisão, um julgamento, uma promessa”. Casamento que tem como base o amor não tem futuro. A maioria dos casais tem uma compreensão do amor emocional e superficial. Eles se apaixonam, se casam, deixam de amor e pedem o divórcio.
O compromisso estabelece alvos a serem alcançados
Segundo James Hunter, de “O Monge e o Executivo”, Compromisso é Sustentar suas escolhas. Ao fazermos os votos conjugais, assumimos o compromisso de amar, honrar, cuidar e defender o nosso cônjuge e ser-lhe fiel, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na alegria e na dor. Comprometemos também a viver ao seu lado até que a morte nos separe. E estes compromissos se tornam a nossa meta, o nosso alvo. Todo casamento está sujeito a crises, mas quando o casal leva a sério o compromisso e o seu alvo é viver juntos até que a morte os separe, torna-se mais fácil superar as crises.
O Compromisso Produz Segurança
O amor é algo sublime, mas só o compromisso produz Segurança. Todos os que estão casados, pelo menos há alguns anos, sabem que nenhuma união significativa ou duradoura pode ser construída sobre a filosofia: ‘viveremos juntos enquanto o amor durar’. O casamento só irá durar sob o compromisso. Só o compromisso é que pode dar segurança ao casamento.
Pensamento: “o cônjuge mais feliz não é aquele que se casou com a melhor pessoa, mas aquele que consegue extrair o que há de melhor na pessoa com quem se casou”.
O AMOR
O fundamento do matrimonio é o compromisso. Mas é o Amor que lhe dar alegria, romantismo, sabor. Sem amor o casamento será frio, desinteressante, monótono. Por isso o casal deve cuidar do amor, alimentar o amor, investir no amor (1Co 13.1-3). Para transformar o casamento que você tem no casamento que você quer, é necessário cultivar o amor.

FICAR MAIS TEMPO JUNTOS
“Um estudo feito por um sociólogo Húngaro, Karoly Varge, que incluiu 30.000 pessoas em onze países, destaca que a estabilidade do casamento e do lar depende do tempo gasto em conversar. Quanto mais tempo gastamos um com o outro, tanto mais desejamos a companhia recíproca”. Marido e mulher precisam ficar juntos para cultivar o amor. Ficar mais tempo juntos é importante para cultivar o amor e, também, para resolver no nascedouro os problemas que possam surgir entre os cônjuges.
As cortesias, as amabilidades, o romantismo e o carinho do período de namoro não podem cessar após o casamento. O amor que dura não é o que nos levou ao altar, mas aquele manifestado e experimentado todos os dia. (1Co 13.4-7).  E quando não existe mais amor? “A única coisa que se podem fazer é aprender a amar de novo”. Cultivar o amor faz com que ele cresça e amadureça. E ressuscite, caso tenha morrido.

A COMUNICAÇÃO DO AMOR
Sentir-se amado é uma das necessidades básicas do ser humano. Mas, amar não é fácil. Difícil também é saber a forma correta de comunicar ao nosso cônjuge o nosso amor. O Dr, Gary Chapman, conselheiro matrimonial, depois de estudos e pesquisas, reuniu em cinco grupos as formas das pessoas expressam e recebem manifestações de amor. Ele classificou esses grupos e deu-lhes a denominação de As Cincos Linguagens do Amor.  São elas: (1) palavras de afirmação (2) qualidade de tempo (3) receber presentes (4) formas de servir e (5) toque físico. (faço tudo por minha esposa, e ela continua insatisfeita)  (dar vinho por água)?
(1) palavras de afirmação: Elogios, palavras de apreciação ou encorajamento para elevar  a auto-estima e se sentir amadas e felizes. Esses instrumentos criam intimidade, curam feridas e permitem a livre expressão dessas pessoas. 
(2) qualidade de tempo: algumas pessoas só captam a declaração e a afirmação de amor de seu cônjuge por meio de atenção dedicada a elas. Elas só se sentem amadas, aceitas e queridas quando seu cônjuge dedica-lhe tempo, compartilhando, ouvindo e participando de suas atividades. Elas precisam da companhia atenciosa de seu cônjuge. Necessidade emocional e psicológica de ser curtidas pelo cônjuge.
(3) receber presentes: Outras só captam a declaração e a afirmação de amor de seu cônjuge através dos presentes que ele lhe dá. Os presentes são símbolos visuais do amor. O valor monetário do presente é secundário. A menos que haja discrepância entre o que se deu e o que se poderia oferecer. O presente demonstra preocupação e amor pelo cônjuge.
(4) formas de servir: outras só se sentem amadas quando seu cônjuge faz coisas que elas apreciam. Elas captam a declaração e a afirmação de amor de seu cônjuge por meio dos serviços que o cônjuge lhe presta, fazendo para elas aquilo que elas consideram importante. – exemplo: ajudar a cuidar dos filhos, ajudar nas tarefas domésticas – preparar os pratos que apreciam, dar-lhe tudo nas mãos.  Elas só sentem-se amadas quando são servidas.
(5) toque físico: Existem também aquelas que só captam a declaração e a afirmação de amor de seu cônjuge por meio de toque físico.  Pode ser afago, abraço, beijo ou outras formas de toques amorosos. O toque amoroso varia de uma pessoa para outra. Mas todas têm algo em comum: emocionalmente anseiam pelo toque físico de seu cônjuge. Os elogios, as palavras de apreciação, as palavras de encorajamento, a companhia atenciosa do cônjuge, os presentes ou outras coisas que seu cônjuge faz para elas não satisfazem as necessidades emocionais e psicológicas dessas pessoas. Ainda que isso seja importante para elas, não será o suficiente para que se sintam realmente amadas.

COMO DESCOBRIR A LINGUAGEM DO AMOR?
1)        Preste atenção nas reclamações de seu cônjuge;
2)        Estimule seu cônjuge a revelar-lhe suas necessidades;
3)        Recorde o passado; paixão do namoro, por exemplo;
4)        Sonhe com o ideal – como seria o seu cônjuge ideal?
5)        Reveja as cinco linguagens de amor – faça uma lista
6)        Converse francamente com seu cônjuge – 1. Cuidado com as palavras; 2. Cuidado com o tom de voz; 3. Cuidado com o momento certo para falar.
Lembre-se de que investir na felicidade de seu cônjuge é investir em sua própria felicidade.

Do Livro Oficina de casamento, Rev. Adão Carlos Nascimento

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