sexta-feira, 4 de julho de 2008

Definições da Literatura de Cordel

DEFINIÇÕES DE LITERATURA DE CORDEL

Tipo de poesia popular originalmente oral e depois impressa em folhetos rústicos expostos para venda pendurados em cordas. Exposta a rima e alguns poemas são ilustrados com xilogravura. As estrofes mais comuns são as dez, oito ou seis versos. Os autores recitam esses versos de forma quase cantada acompanhado de violão.

HISTÓRIA DO CORDEL.

Geral
Na época dos povos conquistadores grego-romano, fenícios, catarinenses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado á Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na península a literatura de cordel recebeu os nomes de “pliegos sueltos” (Espanha) e “folhas soltas” ou “volantes” (Portugal). Em todos esses locais há literatura popular em versos

A literatura de cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão) nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. Essa denominação foi dada pelos intelectuais e é como aparece em alguns dicionários. O povo se refere á literatura de cordel apenas como folheto.
A tradição dessas publicações populares, geralmente em versos, vem da Europa. No século XVIII, já era comum entre os portugueses a expressão literatura de cego, por causa da lei promulgada por Dom João V, em 1789, permitindo à irmandade dos Homens Cegos de Lisboa negociar com esse tipo de publicação. Esse tipo de literatura não existe só no Brasil, mas, também, na Sicília (Itália).

No Brasil
Florescente, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão esta maravilhosa manifestação da inteligência brasileira merecera no futuro, um estudo mais profundo e criterioso de suas peculiaridades particulares.
Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou ao balaio e no coração dos nossos colonizadores, instala se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste. A pergunta que mais inquieta e intriga os pesquisadores é “Por que exatamente no Nordeste?”. A resposta não está distante do raciocínio livre nem dos domínios da razão. Como é sabido, a primeira capital da nação foi Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas, permanecendo assim até 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.Na indagação dos pesquisadores, no entanto há lógica, porque os poetas de bancada ou de gabinete, como ficaram conhecidos os autores da literatura de cordel, demoraram a emergir do seio bom da terra natal. Mais tarde, por volta de 1750 é que apareceram os primeiros vates da literatura de cordel oral. Engatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, a literatura de cordel recebeu o batismo de poesia popular.


Postagem: Zé Farncisco

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