sexta-feira, 7 de março de 2014

PAULO, UM COMISSIONADO DE CRISTO

Paulo evangelizava como um representante comissionado pelo Senhor Jesus Cristo. A evangelização era uma tarefa que havia sido confiada especificamente a ele, "Porque não me enviou Cristo para... mas para pregar o evangelho ( 1Co 1.17). Agora, observe bem a maneira como ele considera a si mesmo em virtude dessa comissão. Em primeiro lugar, ele se via como o despenseiro de Cristo: "Assim, pois, importa que os homens nos considerem [a mim mesmo, e a meu companheiro pregador Apolo]", escreveu ele para os coríntios, "como ministros de Cristo e [nesta condição] despenseiros dos mistérios de Deus." ( 1Co 4.1.). "A responsabilidade de despenseiro (isto é, uma comissão para administrar: 'uma mordomia') me é confiada". (1Co 9.17). Paulo via-se como um escravo que foi promovido a um cargo da mais alta confiança, como mordomo de uma casa nos tempos do Novo Testamento, sempre ocupava esta posição; tendo sido "aprovado(s) por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho" (1Ts 2.4. cf. 1Tm 1.1 1ss; Tt 1.3), e pesava sobre ele agora a responsabilidade de ser fiel, como um mordomo deve ser (Cf. 1Co 4.2), cuidando bem da preciosa verdade que lhe foi confiada (como ele mais tarde encarregaria Timóteo de fazer) (ITm 6.20; 2Tm 1.13 ss. ), e distribuí-la e administrá-la de acordo com as instruções do seu Mestre. O fato de lhe ter sido confiado este cargo de mordomia significava para ele, como disse aos coríntios, que "sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!"(1Co 9.16. cf. Atos 20.20,26ss; 2Co 5.10ss; Ez 3.16ss; 33.7 ss.). A figura do mordomo põe em relevo, assim, a responsabilidade que Paulo tinha de evangelizar.
Além disso, Paulo se vê como um arauto de Cristo. Quando ele se define como "designado pregador" do evangelho ('"Tm 1.2: ITm 2.7). Paulo considerava-se embaixador de Cristo. Mas o que é um embaixador? Ele é o representante autorizado de um soberano. Alguém que não fala no seu próprio nome, mas em favor do governo que representa, e tudo o que ele tem o dever e a responsabilidade de fazer é interpretar, de modo fiel, a mente do governador àqueles para quem ele é enviado. Paulo usou esta metáfora duas vezes, ambas associadas à sua obra evangelística. Orem por mim, escreveu ele da prisão, "para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo." "Deus", escreveu ele ainda, "estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus (Ef 6.19ss; 2Co 5.19ss).
Que possamos imitar o apóstolo que imitava e obedecia o Senhor Jesus Cristo.


(Do Livro: Evangelização e a Soberania de Deus, J. I. Packer).

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