segunda-feira, 31 de março de 2014

ATIVIDADE CRIADORA DE DEUS NO RELACIONAMENTO (3)


O TEXTO MAIS ODIADO DAS FEMINISTAS
Vamos para o texto mais odiado das feministas “cristãs”, mas que consolida a posição bíblica: “... 33 - porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos, 34 - conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
35 - Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja” (1 Co 14:33-35).
O contexto desta passagem mostra Paulo tratando com pessoas que estavam quebrando a ordem normal que deveria haver no culto
porque reivindicavam ter a liderança do Espírito para exercer esta liderança. Cremos que as mulheres da época achavam que a liberdade que tinham em Cristo e o derramar do Espírito desde Pentecostes lhes dava o direito de assumir a liderança (autoridade)
no culto. Isso torna a passagem muito interessante para nós.
Quando uma mulher questiona: “Se Deus me chamou, me vocacionou,
me encheu do Seu Espírito, me deu habilidades, inteligência,
quem é você para me dizer que não devo ser ordenada ao ministério ou que não posso ensinar?”. Bem, neste caso podemos tomar as palavras de Paulo e dizer: “O problema com este raciocínio
é que o apóstolo Paulo nos diz que ele não permite isso”.
Será que lembramos como Paulo falou aos coríntios que estavam em êxtase profetizando e trazendo revelações do Espírito através de línguas estrangeiras? Ele diz àqueles crentes de Corinto no v. 28: “Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja...”. Ou seja: “Vocês podem ter uma mensagem vinda de Deus através de línguas estrangeiras, mas se não tiverem um intérprete fiquem calados”. Ou seja, mesmo que eles tivessem alguma mensagem especial e um dom extraordinário, mesmo que tivessem esta grande “aptidão”,
se não tivessem intérprete, deviam ficar calados. Paulo está dizendo algo semelhante às mulheres aqui no texto!
Vejamos o v. 33, pois ele nos ensina muito. Será que Paulo está dando esta orientação apenas e especificamente para os crentes
da igreja de Corinto? Sim ou não? Não! Se não era apenas para eles, era para quem mais? Para todas as igrejas de Cristo – “Como em todas as igrejas dos santos”. Isso nos mostra que não é uma questão cultural de Corinto ou Éfeso. É uma questão que também
atinge as igrejas do Brasil e do mundo.
Este argumento é praticamente um paralelo do que vemos em 1 Tm 2:11-12 (“A mulher aprenda em silêncio (não fale), com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade
de homem; esteja, porém, em silêncio (não fale)”. Paulo usa duas palavras importantes aqui: “silêncio” e “submissão”; ele diz que não é permitido a mulher falar e o contexto nos leva a inferir
que a ela não é permitido ensinar, especialmente se comparamos
1 Co 14: e 1 Tm 2. Se olharmos para 1 Co 14: 26, Paulo ali descreve em breves palavras o que ele vai de tratar logo a seguir. “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação.
Seja tudo feito para edificação”. Ele não traz qualquer instrução sobre que salmo era este, mas sabemos que sem dúvida era algo inspirado (um hino inspirado), fruto de uma revelação, porque o contexto de dons extraordinários aponta para isso. Mas nas próximas palavras Paulo lista aquilo que ele vai tratar daí em diante. Ele menciona: “doutrina ... revelação ... língua ... interpretação.
Começando no v. 27 vemos a primeira coisa que Paulo trata. Trata
de línguas e sua interpretação. Não é assim que ele começa? Continuando encontramos a palavra “revelação”, pois quando Paulo trata dos profetas mais adiante, ele vai falar exatamente de revelação (vv. 29-30). Mas qual é a palavra que vem antes de tudo isso no (v. 26)? Doutrina ou instrução, ou ensino. Então, em um único texto Paulo explica de qual tema ele está tratando e intencionalmente
aborda também a questão de como a mulher deve participar no culto, na igreja. Isso é importante porque nos mostra que havia desvios daquilo que Deus estabelece em Sua Palavra.
Temos aqui um paralelismo entre 1 Co 14:33-35 e 1 Tm 2:11-14. Porém, Paulo é mais enfático quanto à questão da mulher nos
versículo 33 a 35 de 1 Co 14. Poderíamos perguntar: Por que aqui Paulo não usou a palavra “ensinar” e sim a palavra “falar” (... conservem-
se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido
falar — v. 34)? Paulo usa a mesma palavra que consistentemente
usou quando se dirigiu àqueles que falavam em línguas e profetizavam. No v. 28 ele disse: “fique calado”; no v. 30 falou: “cale-se”. E, quando chega à mulher no v. 34 ele também usa a mesma palavra — “conservem-se as mulheres caladas”.
É importante sabermos que aquele que falava em línguas e aquele que profetizava, ambos estavam trazendo algum ensino para edificar
a Igreja. Assim entendemos porque Paulo usava esta mesma palavra para os três: para os que falavam em línguas, para os que profetizavam e para as mulheres da congregação.
Por que Paulo diz que as mulheres não devem falar e devem estar submissas (v.34)? Qual o motivo que ele apresenta? Resposta: “... a lei o determina” (1 Co 14:34). Que lei é esta? Se olharmos para os comentários mais antigos infelizmente eles se reportam à maldição
decretada sobre a mulher em Gênesis 3:16, mas é um erro! Digo isso com grande respeito por grandes pastores e presbíteros. Mas mesmo assim, digo que é um erro! Creio que a lei que Paulo se refere aqui é a mesma “lei” que ele usou para argumentação de 1 Co 11:8-9 e a mesma “lei” usada em 1 Tm 2:13. Que lei é esta? (1) O homem não foi feito da mulher, mas a mulher foi feita do homem, nem o homem foi criado por causa da mulher, mas a mulher foi criada por causa do homem; (2) Adão foi criado primeiro e depois Eva. É por isso que estamos tratando desse assunto debaixo de uma visão mais ampla da lei e da piedade. Isso nos demonstra o que a lei determina: “... conservem-se as mulheres caladas nas igrejas,
porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina” (1 Co 14: 34).
Vemos que o apóstolo Paulo dirige estas palavras aos crentes. Ele está se referindo à Igreja. Ele sabe que homem e mulher são um em Cristo; sabe que somos justificados e chamados igualmente, mas somos chamados igualmente para exercermos papéis diferentes.
Paulo sabe que o que Deus ordena e institui é sem dúvida
bom para nós. Não é algo que nos rebaixa ou que nos menospreza, mas é algo bom para a Igreja!

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