segunda-feira, 30 de julho de 2012

DIVÓRCIO X NOVO CASAMENTO


PASTOR, VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA O DIVÓRCIO E O NOVO CASAMENTO?


Sempre sou questionado sobre meu ponto de vista a respeito de casamento, divórcio e novo casamento. Aqui está, pois, um resumo básico do que creio.

1.  Sobre monogamia, poligamia e homossexualismo: Creio que o casamento foi instituído por Deus e deve ser apenas entre um homem e uma mulher; por isso, sou contra a união homossexual uma vez que esta é contrária à vontade de Deus e, portanto, pecado[1]. Além disso, ao homem não é licito ter mais de uma mulher nem à mulher mais de um marido, ao mesmo tempo[2].

2.  Sobre os objetivos do casamento: Creio que o casamento foi ordenado por Deus com alguns objetivos básicos: primeiro, para o mútuo auxílio de marido e mulher.Segundo, para que houvesse uma maneira legítima de se propagar a raça humana.terceiro, para impedir a impureza no corpo de Cristo[3].

3.  Sobre o casamento com descrente: Creio que o chamado casamento misto é pecado contra a Lei de Deus. Por esta razão, como pastor, não realizo casamento de crente com descrente[4]. É ordem de Deus ao cristão casar somente no Senhor e não com pessoas infiéis e idólatras, principalmente aquelas que são notoriamente ímpias em suas vidas ou que mantém heresias perniciosas que corrompem a Verdade do Evangelho.

4.  Sobre divórcio e novo casamento. Creio que o ideal de Deus é que o casamento não seja dissolvido. No entanto, também creio que Deus permitiu o divórcio e o novo casamento, e isso por causa da malignidade do coração humano. Portanto, o adultério ou fornicação cometida depois de um contrato, sendo descoberto antes da consumação do casamento, dá à parte inocente justo motivo de dissolver o contrato[5]. Creio que no caso de adultério depois do casamento, é lícito à parte inocente propor divórcio, e depois de obter o divórcio casar com outra pessoa, como se a parte infiel fosse morta; mas somente no Senhor[6].

5.  Sobre falsas justificativas para se romper o casamento: Está proibido a alguém tentar procurar argumentos a fim de indevidamente destruir o próprio matrimônio. Portanto, argumentos tais como “o amor esfriou” ou “temos temperamentos incompatíveis” são pecados maligníssimos e condenados pela justa Lei de Deus. Que fique bem claro, que há somente duas causas suficientes permitidas na Bíblia para dissolver os laços do matrimônio, a saber, o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem pelo magistrado civil. Mas, para que haja divórcio é necessário haver um processo público e regular, não se devendo deixar à vontade e à mercê das partes envolvidas o decidirem seu próprio caso[7].

6.  Sobre perdão como primeira proposta: Creio que antes de qualquer tentativa de ruptura do matrimônio, é lícito e correto propor primeiramente o perdão como cura das emoções e como meio principal de se resolver a situação.

7.  Que Deus nos ajude!

Obs: subscrevo os Padrões de Westminster. Portanto, dê uma lida na Confissão de Fé de Westminster no capítulo XXIV. Foi de lá que extraí esses pontos.

Pr. Dorisvan Cunha, Segundo a Confissão de Fé de Westminster



[1] Levíticos 18.21-23, Levíticos 20.13, Gênesis 19.4-5, Romanos 1.24-32.
[2] Gen. 2:24; Mat. 19:4-6; Rom. 7:3.
[3] Gen. 2:18, e 9:1; Mal.2:15; I Cor. 7:2,9.
[4] Heb. 13:4; I Tim. 4:3; Gen.24:57-58; I Cor. 7:39; II Cor. 6:14.
[5] Mat, 1: 18-20
[6] Mat, 1: 18-20, e 5:31-32, e 19:9.
[7] Mat. 19:6-8; I Cor. 7:15; Deut. 24:1-4; Esdras 10:3.

Nenhum comentário: