segunda-feira, 10 de setembro de 2012

QUEM É O HOMEM? A IMAGEM DE DEUS: UMA PERSPECTIVA TEOLÓGICA SOBRE A NATUREZA HUMANA – PARTE 3


Texto Básico: Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gn 1.27) .
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Ef 2:10).
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo. (Ef 4:11-13).
Também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho.  (Rm 8:29).

INTRODUÇÃO:
ü Deve todo crente saber o significado e a importância da doutrina da imagem de Deus.
ü Esta imagem foi dada para dois fins específicos:
1º) espelhar a Deus: devendo refletir Deus, ao ser contemplado por seu semelhante (At 4. 13, 14)
2º) representar a Deus: devendo exercer a função como um embaixador (2 Co 5. 20)

OS ASPECTOS ESTRUTURAL E FUNCIONAL
ü Isto diz respeito ao exercício vocacional do homem.
ü Há uma missão a ser cumprida dada por Deus e há também dons, capacidades e talentos para que seja possível realizar estas vocações. Sendo assim, pode-se afirmar:
ü A imagem de Deus tem aspectos estruturais (dons, capacidades e talentos) e aspectos funcionais (suas ações relações e maneiras de utilizar os dons).
ü A afetação por conta do pecado nestes aspectos foi apenas no aspecto funcional.
ü Ver: Gn 4. 21, 22; 11. 1; 1 Co 10. 31
CRISTO: A VERDADEIRA IMAGEM DE DEUS
ü “Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1. 15). Cristo é a imagem perfeita do que o homem deveria ser em Gênesis 1.
ü Na sua perfeita imagem Cristo era:
1.    Inteiramente voltado para Deus (Jo 4.34;Mt 26.39)
2.    Inteiramente voltado para o próximo (Lc 19.10; Mc 10.45)
3.    Dominador da natureza (Lc 22.25; 9.15- 17)
ü A manifestação de Cristo aponta quão distantes estamos do propósito inicial por conta da queda.
O HOMEM EM SUA TRÍPLICE RELAÇÃO
ü Como semelhança de Deus o homem deveria estar relacionado:
1.    Com Deus: Criador, Salvador e Senhor. Esta é a primeira e mais importante relação que foi perdida (Gn 3.8; Rm 3.23; 2 Co 5. 18, 19).
2.    Com o seu semelhante: iguais na essência e diferentes na função (Lc 6 32- 36; Gl 5.15)
3.    Com a natureza: governo sobre a criação explorando e desenvolvendo-se por meio dos dons concedidos pelo Senhor, tudo de modo responsável e santa (Gn 3.17,18).
A IMAGEM E SEUS ESTÁGIOS
Quanto à imagem é sabido que o homem a perdeu, mas é necessário conhecer todos os estágios possíveis antes e após a queda.
1º) Imagem original: CM (pergunta 17)
Depois de ter feito todas as mais criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea; formou-o do pó, e a mulher da costela do homem; dotou-os de almas viventes, racional e imortal; fê-los conforme a sua própria imagem, em conhecimento, retidão e santidade, tendo a lei de Deus escrita em seus corações e poder para a cumprir, com domínio sobre as criaturas, contudo sujeitos a cair.
2º) Imagem pervertida: CM (perguntas 21 e 23)
21 – Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, pela tentação de Satanás transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto proibido, e por isso caíram do estado de inocência em que foram criados.  Gn 3:6-8, 13.
23 – Essa queda reduziu o gênero humano a um estado de pecado e miséria. Rm 5:12; Gl 3:10.
3º) Imagem restaurada: CM (perguntas 30–32,57, 58)
30 Deixa Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?
 Deus não deixa todos os homens perecer no estado de pecado e miséria, em que caíram pela violação do primeiro pacto comumente chamado o pacto das obras; mas, por puro amor e misericórdia livra os escolhidos desse estado e os introduz num estado de salvação pelo segundo pacto comumente chamado o pacto da graça. I Ts 5:9; Gl 3:lC; Tt 3:4-7.
31 – Com quem foi feito o pacto da graça?
O pacto da graça foi feito com Cristo, como o segundo Adão, e nEle, com todos os eleitos, como sua semente. Gl 3:16; Is 53:10-11; e 59:21.
32 – Como é manifestada a graça de Deus no segundo pacto?
 A graça de Deus é manifestada no segundo pacto em Ele livremente prover e oferecer aos pecadores um Mediador e a vida e a salvação por Ele; exigindo a fé como condição de interessá-los nEle, promete e dá o Espírito Santo a todos os seus eleitos, para neles operar essa fé, com todas as mais graças salvadoras, e para os habilitar a praticar toda a santa obediência, como evidência da sinceridade da sua fé e gratidão para com Deus e como o caminho que Deus lhes designou para a salvação. Gn 3:15; Is 4:3-6; Jo 3.26, 6:27; Tt 2:5.
57 – Quais são os benefícios que Cristo adquiriu pela sua mediação?
Cristo, pela sua mediação, adquiriu a redenção, juntamente com todos os mais benefícios do pacto da graça.  Heb. 9:12; 1 Cor. 1:20.
 58 – Como nos tornamos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu?
Tornamo-nos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu, pela aplicação deles, a nós, que é especialmente a obra do Espírito Santo.  João 1:12; Tito 3:5-6; João 16:14-15
4º) Imagem aperfeiçoada: CM (perguntas 82-83; 86-87, 90)
82 – Em que tempo se realiza a comunhão em glória que os membros da Igreja invisível têm com Cristo?
A comunhão em glória que os membros da Igreja Invisível têm com Cristo realiza-se nesta vida e imediatamente depois da morte, e é finalmente aperfeiçoada na ressurreição e no dia do juízo. 2 Co 3:18; Cl. 3:3; Lc 23:43; 2Co 5:8; 1 Ts. 4:17.
83 – Qual é a comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam nesta vida?
Aos membros da Igreja Invisível são comunicadas, nesta vida, as primícias da glória com Cristo visto serem membros dEle, a Cabeça, e, estando nEle têm, parte naquela glória que na sua plenitude lhe pertence; e como penhor dela sentem o amor de Deus, a paz de consciência, o gozo do Espírito Santo e a esperança da glória. Do mesmo modo, o sentimento ,da ira vingadora de Deus, o terror da consciência e uma terrível expectação do juízo, são para os ímpios o princípio dos tormentos, que eles hão de sofrer depois da morte.
86 e 87 – Que devemos crer acerca da ressurreição?
Devemos crer que no último dia haverá uma ressurreição geral dos mortos, dos justos e dos injustos; então os que se acharem vivos serão mudados em um momento, e os mesmos corpos dos mortos, que têm jazido na sepultura, estando então novamente unidos às suas almas para sempre, serão ressuscitados pelo poder de Cristo. Os corpos dos justos, pelo Espírito e em virtude da ressurreição de Cristo, como cabeça deles, serão ressuscitados em poder, espirituais e incorruptíveis, e feitos semelhantes ao corpo glorioso dEle; e os corpos dos ímpios serão por Ele ressuscitados para vergonha, como por um juiz ofendido.
At 24:15; I Co 15:51-53: 1Ts. 4:15-17; 1Co 15:21-23, 42-44; Fl 3:21; Jo 5:28-29; Dn 12:2.
90 – Que sucederá aos justos no dia do juízo?
No dia do juízo os justos, sendo arrebatados para encontrar a Cristo nas nuvens, serão postas à sua destra e ali, abertamente, reconhecidos e justificados, se unirão com Ele para julgar os réprobos, anjos e homens; e serão recebidos no céu, onde serão plenamente e para sempre libertados de todo o pecado e miséria, cheios de gozos inefáveis, feitos perfeitamente santos e felizes, no corpo e na alma, na companhia de inumeráveis santos e anjos, mas especialmente na imediata visão e fruição de Deus o Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo, por toda a eternidade. É esta a perfeita e plena comunhão de que os membros da Igreja invisível gozarão com Cristo em glória, na ressurreição e no dia do juízo.
APLICAÇÕES:
1.    Devemos ver o homem através das lentes corretas: criação, queda, renovação e aperfeiçoamento/glorificação(podem ser sintetizados em uma só palavra: redenção)
2.    Recuperar a visão de que esta situação é válida tanto para os homens quanto para as mulheres.
3.    Entender o homem nesta perspectiva produz conseqüências diretas na tarefa da evangelização.
4.    O corpo de Cristo, a Igreja, deve ser na terra a imagem de Deus. (At 2. 42- 47)

RESUMO DE AULAS:
Quem é o homem? Parte 3:
Uma pessoa criada à imagem de Deus numa tríplice relação (Deus, outros e a natureza).

  Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu – RN - Pregando e vivendo o Evangelho
·         Rev. José Francisco do Nascimento.

Esta série de estudos está sendo apresentados em slides na EBD da Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu. 

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