sábado, 16 de maio de 2009

Vergonha! Para os homens que ferem as mulheres.

As estatísticas são alarmantes. De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e o portal Violência Contra a Mulher (www.violenciamulher.org.br), em 2007, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou 205 mil atendimentos, um aumento de 306% em relação a 2006. Do total, dez por cento referem-se a denúncias concretas de violência. Foram 20 mil casos de agressões físicas, psicológicas, morais e sexuais contra mulheres. Houve também 211 tentativas de homicídio e 79 assassinatos. 
A psicóloga Esly Carvalho, autora do livro Família em Crise - Enfrentando problemas no lar cristão, diz que a violência doméstica faz parte dos segredos bem guardados de muitas famílias cristãs. Para ela, que é especialista em saúde emocional e costuma tratar os mais diversos tipos de abusos no ambiente familiar, é preciso romper o silêncio. Esly chama os crentes à responsabilidade. “A Igreja deve ser a primeira a erguer sua voz profética e denunciar o terrível segredo da violência doméstica”, afirma.  
Evangélica, Esly acredita que¬ o primeiro passo para se combater a violência doméstica é falar sobre isso. “Quantas vezes você ouviu um sermão sobre violência doméstica?”, indaga. “As pessoas precisam ser orientadas”. Ela critica o legalismo religioso, que levaria muitas mulheres a suportarem caladas a violência. Mesmo sem querer entrar em polêmicas teológicas, Esly argumenta que a violência é, sim, uma razão bíblica para o divórcio. “A violência é uma traição. Quando o homem bate numa mulher, ele está traindo os votos matrimoniais. O Evangelho nos chama a uma vida em amor”, declara, observando que a sociedade está muito exposta à violência.

Solidariedade na igreja 
O folder da campanha “Quebrando o Silêncio”, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, enumera uma série de atitudes que podem ajudar vítimas de violência doméstica e seus agressores a encontrar uma solução. Destacando que “o abuso não é da vontade de Deus”, o folheto tem um tópico intitulado O que as igrejas devem fazer para prevenir a violência doméstica:  Incentivar líderes a falar sobre o problema; Convidar pessoas experientes para fazer apresentações educativas, inclusive para crianças; Participar de campanhas de conscientização na comunidade; Orientar e instruir a congregação sobre como proceder em casos assim 

Uma lei que protege 
O principal instrumento jurídico de proteção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil é a Lei 11.340/06, a Lei Maria da Penha. O nome homenageia a cearense Maria da Penha Maia, vítima de duas tentativas de homicídio perpetradas pelo seu então marido, o professor de economia Marco Antonio Herredia Viveros, pai de suas duas filhas. Paraplégica em decorrência do primeiro ataque, ela lutou por quase 20 anos para colocá-lo na cadeia. Com a demora da Justiça brasileira, Maria da Penha recorreu à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou denúncia de um crime de violência doméstica. Em 2001, a Comissão responsabilizou o Estado brasileiro por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres.  Entre as principais mudanças introduzidas pela lei, está a definição da violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão que cause morte, lesão, so¬frimento físico, sexual ou psicológico, bem como dano moral ou patrimonial. Ela prevê ainda atendimento policial especializado para as vítimas, em delegacias de Atendimento à Mulher, bem como a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – uma mudança jurídica, já que, até então, esse tipo de crime era considerado de menor potencial ofensivo. As punições também ficaram mais severas, com o aumento do tempo máximo de prisão em caso de agressão doméstica, que passou de um para três anos. (Ler na íntegra a materia inteira no site abaixo) 

Fonte: www.cristianismohoje.com.br (Valter Gonçalves Jr) 

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